quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O ciúme é muitas vezes um sintoma de uma doença




O ciúme  é  muitas vezes  um sintoma de uma doença

Resumo do Texto
Com as agruras de um dia de ciúme, nem pode competir a eternidade. Campoamor

Há que se considerar os fatores sociais e culturais, que desempenham papel fundamental na com­preensão das vivências pessoais.

Enquanto os estudiosos de digladiam em polêmicas academicistas, pessoas como Maria Emília sofrem sua dor sem resposta objetiva.

Paranóia? Esquizofrenia? Delírio sistematizado pri­mário? Parafrenia? Pouco importa o nome que se dê a um sofrimento tão impalpável quanto este, da alma, do espírito, da mente.

Para quem o sofre, assim como para muitos outros, a ajuda só pode ser possível com a união de todos. Família, marido, médico, psiquiatra, psicólogo, padre...

Só o apoio inicial e o trabalho psicoterapêutico e medicamentoso que se sucederam foram capazes de trazer alívio a Maria Emília.

 A infância desastrosa, o casamento desastroso, as experiências de vida desastrosas, algum provável neuro-hormônio desastroso, tudo junto, e mais alguma coisa ainda inexplicável, foram responsáveis por aquele quadro. Como no pensamento gestáltico, o todo é muito mais que a simples soma das partes.

Sob o ponto de-vista exclusivamente medico, o ciúme pode aparecer como manifestação de algumas doenças que comprometem o psiquismo humano.


 E importante que o cônjuge, os amigos e os familiares de uma pessoa que apresente sinais claros de ciúme exagera­do estejam atentos para outros sinais que possam signifi­car um quadro psiquiátrico grave.

Em uma pessoa que o leigo reconhece como tendo “complexo de perseguição”, pode aparecer, em meio aos delírios de que está sendo maltratada na escola ou no tra­balho, ou que está sendo vítima de intrigas de amigos e colegas, a ideação de que a esposa ou o marido a trai com o melhor amigo. Ou com todos os amigos! E mesmo com desconhecidos...

Nesses casos, o quadro clínico completo também apresenta um certo alheamento dos acontecimentos importantes à sua volta, uma concentração obsessiva na ideia delirante e, - às vezes, até alterações dos sentidos, as chamadas “alucinações”, em que a pessoa vê coisas que não estão lá, ouve vozes, sente cheiros.

São quadros importantes (pode ser uma esquizofrenia, por exemplo) que, quanto mais cedo, se iniciar o tratamento, psiquiátrico e psicoterapêutico, maior é a possibilidade de se obter resultados satisfatórios de melhora e cura.

Há, no entanto, uma situação particular de ciúme delirante que acomete pessoas que fazem uso abusivo do álcool. Os alcoolistas, como são hoje chamados, costu­mam ter um comportamento quase padrão e, embora se discuta muito até a origem genética do alcoolismo, não há dúvida de que eles acabam por ter grandes problemas físi­cos, psíquicos e sociais.

A famosa desculpa “bebo porque tenho problemas” é encarada como “tem problemas porque bebe”. Na reali­dade, ambas são verdadeiras, e atrás de um alcoolista quase sempre se esconde alguém deprimido e desesperan­çado.

 Ele é um prisioneiro do presente, pois seu passado geralmente é uma coleção de fracassos e seu futuro não lhe oferece muitas perspectivas. O próprio presente é desastroso, de modo que não lhe sobra muita coisa. “Sobra beber!” — acreditam eles.

Nessa roda viva paralisada, sua vida conjugal torna- se também um estorvo, pois desaparecem a potência sexual, o interesse e o brilho das coisas.

Pode surgir, então, o “monstro dos olhos verdes” em sua forma mais demo­níaca, e o ciúme delirante se instala com força total, pio­rando terrivelmente o clima familiar que já não era dos mais favoráveis. Esse não é um quadro comum, mas é fre­quente e seu tratamento requer muitos cuidados.

O ciúme também pode aparecer como um sintoma em outras situações. Há, por exemplo, as de uso abusivo de drogas, nas quais o inconsciente se liberta frequentemente, deixando transparentes todas as fragilidades e inse­guranças do drogadito.

Este texto deve servir como um alerta a pais, cônjuges, familiares e amigos de pessoas que podem ter escondida, atrás de um ciúme aparentemente inocente, alguma patologia mais grave. 

Na verdade, o ciúme é, nes­ses casos, tão avassalador que não tem nada de inocente, nem mesmo para o mais apaixonado defensor do ciúme como um sentimento absolutamente normal!

"O que é o ciúme?"

O ciumento acaba sempre encontrando mais do que procura. Mademoiselle Scudéry

Meu Senhor, livrai-me do ciúme! É um monstro de olhos verdes, que escarnece do próprio pasto que se alimenta. Quão felizado é o enganado que, cônscio de o ser, não ama a sua infiel. Mas que torturas infernais padece o homem que amando, duvida, e, suspeitando, adora. Shakespeare.

Para não fugir do habitual, nada melhor do que começa? pela definição de ciúme: 
AURÉLIO ELETRÔNICOVerbete: ciúme S. m.

1.     Sentimento doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade, fazem nascer em alguém; zelos. [Nesta acepção o masculino usado no plural.]

2.     Emulação, competição, rivalidade. 
3.     Despeito invejoso; inveja.
 4.     Receio de perder alguma coisa; cuidado, zelo. 
Essa mesma origem é encontrada no italiano geloso e no espanhol celoso.

Zelo (no singular) é também apresentado como um outro significado para ciúme, aí com o sentido de cuidar, tomar conta para que não se perca (ou seja roubado) algo ou alguém por quem se tem apreço, amor.

O que conta é a ideia de propriedade, agregada à de afeição, que entram da conceituação primeira do ciúme. O medo, a ansiedade e a angústia, que já se prenunciam como sentimentos básicos, darão o tom de aflição e sofrimento que acompanham o sentir ciúme.

Como nas definições do Aurélio, porém de uma forma mais dramática, alguns dicionários de inglês também trazem para o ciúme uma lista de sinônimos que inclui cobiça, inveja, ressentimento, rivalidade, desconfiança, paranoia, suspeita, vigilância, cautela, prudência, defensiva. E, como seus antônimos, são apresentados, por exemplo, abnegação e confiança.

Por outro lado," em alemão, a palavra Eifersucht (“ciúme”) indica uma relação com o fogo, que arde. Portanto, no sentido literal, a palavra Eifersucht significa “doença (ou vício) que arde”. De fato, estas definições não são nada agradáveis.

Muitos de nós não conseguem imaginar o ciúme não associado ao amor. À primeira vista, parece mesmo que sentir ciúme é uma contingência quase que obrigatória do sentir amor.

 Para vários casais, mede-se a quantidade de amor pela quantidade de manifestações ciumentas. Para........

O simples desejo de conservação e zelo de suas proprieda­des, pode revelar um imenso vazio interior, cuja forma de compensar é a ideia da posse de coisas.

As pessoas que sofrem desse tipo de ciúme se esquecem de que, quase sempre, as coisas mais importan­tes da vida não são coisas!

Quando esse sentimento aparece especialmente em relação a um animal de estimação, há um significado ainda mais ainda, por trás dele. O que se percebe é a criança depositando em seu animalzinho o mais alto grau de amizade e confiança.

 Afinal de contas, ele nunca lhe dá uma resposta mal-educada, não grita, sempre lhe dá uma atenção toda especial e individual, nunca faz per­guntas constrangedoras, aceita qualquer argumento e nunca o ridiculariza ou questiona.

 Na medida em que ele é seu grande companheiro e confidente, às vezes até con­selheiro, parte da criança está depositada no animalzi­nho. Assim, qualquer ameaça ao bicho é obviamente uma ameaça a si mesmo, à sua integridade.

Do mesmo modo, são numerosas as manifestações ameaçadoras que a vida adulta apresenta. Como o ressen­timento pela atenção dedicada a um novo funcionário na empresa,;

 o desconforto pela presença de outras pessoas na vida relacionai do companheiro (mesmo que sejam aqueles amigos “vagabundos” do chopp de sexta-feira), a atenção especial que o filho dá à nova babá ou o marido à empregada... (Humm... aí tem coisa!)

Como podemos perceber, o ciúme surge de diver­sas formas. Porém, há sempre em sua origem um senti­mento de alguém sentindo-se inferiorizado, desprezado, desonrado, minorizado, excluído por outro alguém. E mais, em todas essas situações aparece uma característica marcante do ciúme: o imaginário.

 O grande defensor dessa ideia é Marcei Proust, que apresenta como ingre­dientes fundamentais da composição do ciúme a opaci­dade da mulher amada, a inacessibilidade ao mundo do qual ela participa e a infinidade de mentiras escondidas por trás das aparências banais e tenazes da suspeita.

Todos estes ingredientes estão , condimentados pelo que Nicolas Grimaldi chama de: efeito perverso de espelho que o nosso ciúme desperta, suspei­tando no outro o que conhecemos em nós mesmos e imaginando seus desejos e suas volúpias secretas por uma simples transposi­ção dos nossos.

É na incerteza e na insegurança que, baseado apenas em suposições e ideações inquietas, o ciúme se instala. A angústia, característica marcante do ciumento, é por defi­nição um sentimento que deriva da ambiguidade, da opo­sição. Sou OU não sou traído? É OU não é verdade o que ele me diz?

O ciumento duvida de si mesmo, assim como atribui ao outro uma série de desconfianças. Como o ciúme resi­de na dúvida, no medo, quando há a certeza da traição, o sentimento que aparece é outro. Pode ser raiva, depressão, desespero, mas não é mais ciúme.

Desse modo, procuro reduzir a concepção do ciúme ao plano do imaginário, do possível — talvez provável —, mas (ainda) não confirmado.

Quem sente ciúme é, portanto, devorado pela imagi­nação obsessiva de que pode estar sendo ameaçado de perda ou humilhação. A comprovação,em muitos casos, chega a atenuar o sofrimento.

Isso me faz lembrar daquela anedota na qual um amigo corre para informar alguém que sua esposa está com um outro. O informado assusta-se e parte em disparada atrás da confirmação.

Pouco depois, volta aliviado e, com um sorriso no rosto, afirma ao amigo: “— Puxa, que susto você me deu! Ela não está com outro. Ela está com o mesmol”

Para algumas pessoas, no entanto, um sentimento que pode ser chamado de “ciúme” só aparece depois de perdida a confiança no companheiro, devido a uma confir­mada “traição”, por parte dele.

Foi o que aconteceu com Rosa Maria, uma dona-de- casa de 50 anos que, desde que flagrou seu marido com a amante, há quase 20 anos, não confia mais nele e vive a sofrer, imaginando que cada encontro de trabalho fora do expediente normal é apenas uma desculpa para ele se encontrar com alguma “vagabunda”.

Mesmo ela acreditando realmente nisso, mesmo com todo esse sofrimento, ela não tem coragem de tomar nenhuma atitude. Já pensou até em contratar um detetive particular para seguir o marido (o que parece ser um bom negócio:

basta olhar os classificados dos jornais e revis­tas para se ver a quantidade destes detetives dispostos a vasculhar a vida alheia), mas, segundo ela, não teve cora­gem. Prefere sofrer em silêncio, angustiada em seus pesadelos de infidelidade, com medo de conversar sobre isso e, dependendo da resposta dele, não saber o que fazer depois.

O drama de Rosa Maria é comum a muitas pessoas, que acabam por se eximir de sua responsabilidade no rela­cionamento, deixando o barco correr. E o barco corre, corre... até cair cachoeira abaixo!

 Aí, então, parece uma surpresa. Sendo assim, um aviso aos ciumentos: “NÃO DEIXEM AS COISAS SE AVOLUMAREM; NÃO SE OMITAM HOJE PARA NÃO SEREM ‘SURPREENDI­DOS’AMANHÃ.”

De qualquer forma, esse sentimento está presente em nosso cotidiano com uma força brutal, mesmo que nossa sociedade machista muitas vezes insista em escondê-lo, em disfarçá-lo em anedotas, ou, ainda, em denun­ciá-lo sob suas formas mais cruéis ou patológicas.



E coisa mais do que provada não haver ciúme sem loucura. E também sem amor, meu senhor, isso se pode igualmente afirmar. Ora, ciúme é ódio, e de ódio, sempre, o amor está vazio. Cervantes

Ciúme do irmãozinho, da babá, da empregada, da colega do escritório, dos irmãos, dos pais, da professora, da tia, do marido, da namorada, da ex-mulher, do ex- namorado, de si mesmo...
Enfim são tantas as manifestações de ciúme por pessoas, e mesmo por objetos, que fica muito difícil com­preendera origem dessas situações.

 Além disso, cada pes­soa sente de um modo diferente, manifesta de uma forma peculiar, vivência do seu próprio jeito! Para alguns, no entanto, esse sentimento acaba tomando proporções que fogem ao que podemos considerar “normal”.

Talvez seja apenas uma condição de grau, de quan­tidade, de intensidade do sentir. Algumas pessoas são mais ciumentas do que outras, é verdade, mas há situações em que essa simples conceituação quantitativa do sentir começa a mostrar que, numa determinada pessoa, o ciúme foge totalmente do seu controle, tomando uma porção considerável de sua vida, senão toda ela.

É realmente difícil precisar em que momento algo deixa de ser apenas exagerado para se tornar doentio. Há uma zona de transição que talvez seja mais conceituai do que perceptiva, mas, de qualquer forma, quando a questão se torna patológica, não há como deixar de reconhecê-la como ''tal’.

Menos para o acometido pela situação que, envolvido em sua ideação delirante, não pode perceber essa perda de contato com a realidade.

Partindo dos trabalhos de Freud e de alguns de seus seguidores, podemos classificar o ciúme em três catego­rias diferentes:

A primeira, que pertence ao plano do ciúme normal, tem sua origem em diversos mecanismos inconscientes, os quais visam proteger a pessoa de um sentimento maior de angústia.

Dependendo da qualidade da auto-estima da pes­soa, esse tipo de ciúme pode atingir níveis intoleráveis, embora, via de regra, seja momentâneo e fugaz. Freud estudou melhor o ciúme originado da projeção, vendo no ciumento uma pessoa que simplesmente depositava no outro o seu próprio desejo de infidelidade ou a sua atração homossexual pelo suposto rival.

Uma segunda categoria, que já se poderia pensar como neurótica, está lastreada na vivência universal do triângulo edipiano e em suas implicações na competitivi­dade que nasce no indivíduo ao ter que disputar o amor da mãe com o pai, ou, no caso das meninas, do pai com a mãe.

 Para Freud, essa competição tinha sempre conteúdos sexuais, e a ameaça da perda do objeto amado, causando dor e aflição, representava, em última instância, o medo da castração. Esse seria o único motivo, dentro da concepção psicanalítica, que poderia explicar tamanho sofrimento e tortura mental, totalmente instalados no imaginário.

Hoje em dia, ainda se pensa no triângulo edipiano como desencadeante de uma série de transtornos neuróti­cos, mas, mesmo entre os psicanalistas, se discute sua ori­gem sexual. O pensamento mais moderno admite que o perigo da triangulação é, de fato, a ameaça de exclusão que a criança pode sentir em relação a seus pais.

Finalmente, em uma terceira categoria, aparece o ciúme paranoide, a sua forma mais maligna e delirante, na qual a pessoa tem absoluta certeza de que é traída, mesmo que as evidências mostrem o contrário.

 Esse tipo de esqui­zofrenia paranoide foi apresentado por Freud na análise do famoso “Caso Schreber”, no qual o médico vienense, ao tomar contato com o livro autobiográfico de Daniel Paul Schreber, chamado Memórias de um doente dos nervos,

 realizou diversas observações sobre elementos psicologi­camente esclarecedores da paranoia, além de analisar uma série de conceitos psicanalíticos importantes, como delí­rios constantes de perseguição e a homossexualidade reprimida na forma de ciúme.

Um bom exemplo de ciúme paranóide é encontrado no filme Ciúme, de Claude Chabrol (cujo título original em francês é L’Enfer [O Inferno]).

 Nele, o protagonista Paul é subitamente tomado pela convicção absoluta de que Nelly, sua jovem, bela e extrovertida esposa, tem relacio­namentos extraconjugais.

 Mesmo quando ela faz de tudo para diminuir as possibilidades de eventuais encontros com outras pessoas, ele vê nisso apenas outra manifesta­ção “clara” da culpa dela.

Segue-a, persegue-a, chama-a de mentirosa, agride- a de início verbal e, depois, fisicamente. Nelly até deixa de ir ao centro da cidade visitar sua mãe, e Paul mais uma vez interpreta isso como uma ação provocativa dela, pois agora ela irá traí-lo ali mesmo, no hotel do qual são donos.

 E irá fazê-lo com um determinado hóspede habitual, depois com qualquer outro e, finalmente, com todos os hóspedes.

Levado a um médico na cidade, Paul acredita que ele também faz parte de um complô, junto com Nelly (“Talvez ele tenha um caso com ela também... talvez não, certamente eles têm um caso”), que foge de qualquer ten­tativa de abordagem de ajuda.

O sofrimento de Paul é flagrante, e sua tortura, infi­nita, assim como o filme, que Chabrol genialmente encer­ra com a legenda “não fim”.

A produção cinematográfica já realizou grandes fil­mes sobre o tema, às vezes em tom humorístico, às vezes em tom alucinante como L’Enfer, e chamou à atenção de cineastas de peso como Fellini (Julieta dos espíritos) e Bunuel (Tristana). Bille August (A casa dos espíritos, baseado no romance de Isabel Allende);

 Gabrielle Beaumont (Mulher ardente) e Bob Fosse (Star 80) tam­bém produziram obras fantásticas, tanto baseadas na fan­tasia quanto na realidade, como no caso dos dois últimos, que se basearam na história da modelo que pousou para a Playboy e foi assassinada pelo marido.

A história da Maria Emília,  não é um filme, não é ficção. E a vivência realmente tenebrosa de um delírio de ciúme, pro­vocando um conjunto de transtornos na vida da pessoa de tal monta, que muitas vezes é irrecuperável.

Ela, por sua condição de mulher esclarecida, ou, mais ainda, apenas por ser mulher e, desse modo, ter socialmente aprendido a lidar melhor com seus sentimentos do que os homens, procurou a ajuda que a pudesse livrar daquele sofrimento infernal.

Perambulou por diversos consultórios médicos, psiquiátricos, psicológicos. Agarrou-se firmemente a uma religião e, por um momento, pensou ter encontrado a paz! Mas não! Volta e meia, lá vinha o pensamento obsessivo a atormentá-la. Será que ele me trai?!

Mas como, de maneira geral, se processa toda essa mobilização mental? Como funcionam as coisas lá dentro de nossas cabeças, criando esse grande tormento?

Eduardo Ferreira  Santos


Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte. Postado por Dharmadhannyael

Nenhum comentário:

Postar um comentário