“Você sabe o que é Diabete na vida da Criança”.
Embora todos já ouviram falar sobre diabetes, ainda é
falho para a maioria das pessoas o conhecimento real sobre o efeito negativo
provocado pelo açúcar à saúde da criança. O consumo exagerado de açúcar na
infância pode favorecer o surgimento da diabetes tipo 2, diagnosticada com
maior frequência em crianças acima do peso.
O risco da diabetes tipo 2 (mais comum) é
potencializado às crianças que, além de consumir muito doce, são sedentárias,
que fazem pouca ou nenhuma atividade física e estão acima do peso.
O recomendável é que a criança consuma uma porção de
açúcar por dia (um doce). A questão primordial é “qual a frequência de
atividades físicas de seu filho?”. O açúcar é imprescindível ao corpo, porque
pode se transformar em energia.
Mas a ausência ou baixa frequência de exercícios
físicos podem fazer com que esse açúcar se acumule no corpo em forma de
gordura. Por isso são indicados esportes (qualquer um!) ou atividades
recreativas na infância para que o açúcar seja “convertido” em energia.
“Qualquer esporte na infância é recomendável, menos a
musculação.
A obesidade está diretamente relacionada a
diabetes tipo 2. É importante que a criança consuma fibras, que reduzem a
absorção do açúcar. As fibras são encontradas nas frutas, verduras, legumes,
cereais, aveia, pão integral e trigo integral”, aconselha a nutróloga Ana Luísa
Vilela.
Para que fique claro: o consumo excessivo de açúcar
não determina se a pessoa desenvolverá o diabetes tipo 1. Já na diabetes tipo
2, o desenvolvimento tem mais a ver com um “conjunto de erros”, entre os quais
maus hábitos alimentares, falta de exercícios e excesso de gordura no corpo. O
açúcar seria um elemento que contribui para uma quantidade maior de gordura,
esta sim a grande vilã.
Portanto, não dá para dizer que a tipo 2 se
desenvolverá só comendo açúcar. Tanto que a Organização Mundial da Saúde, por
meio da Federação Internacional de Diabetes, alerta para o crescimento
alarmante de crianças obesas, entre outras coisas, pelo mau hábito alimentar e
sedentarismo.
Mais do que o controle no açúcar, é preciso que os
pais controlem os hábitos alimentares e físicos do pequeno.
O excesso de açúcar no corpo é transformado em
gordura. O açúcar, assim como nos alimentos doces, também é encontrado em pães
e massas.
Alguns possíveis sinais da diabetes tipo 1 (mais raro)
- Perda acentuada de peso
- Urina em excesso
- Muita sede
- Visão embaçada
- Cansaço
- Dificuldade de cicatrização
- Fraqueza
Alguns possíveis sinais da diabetes tipo 2 (mais
comum):
- Aumento de peso da criança
- Escuridão entre as dobrinhas do corpo (barriga, debaixo do braço,
pescoço)
- Dificuldade de cicatrização
- Fraqueza
Pais que não cuidam da alimentação do filho – Os
pais têm culpa pelo diagnóstico de sobrepeso em crianças. E a diabetes tipo 2
na infância está diretamente ligada ao sedentarismo e o sobrepeso. Pai e mãe
são os responsáveis por monitorar e decidir a alimentação do filho.
Foi observado que na maioria dos casos de crianças com
diabetes ou com potencial de desenvolver a doença, os pais se alimentam muito
mal. É aquela coisa: não adianta o pai pedir para o filho comer fruta se os
pais odeiam frutas ou sucos. A criança obviamente vai querer o doce, o refrigerante,
a fritura...
Portanto, os pais estão incluídos no tratamento de
reeducação alimentar feito por profissionais de saúde.
O que é diabetes - A diabetes é uma deficiência
na produção de insulina no pâncreas. De uma forma mais resumida, a glicose de
uma pessoa com diabetes não chega adequadamente à corrente sanguínea. Isso
porque a glicose depende da insulina para entrar nas células e começar a
produzir energia ao corpo.
Mas a insulina de um diabético apresenta dificuldades
nesse contato com a glicose. A produção insuficiente de insulina provoca
aglomeração de glicose no sangue e urina. Em alguns casos, diabéticos
necessitam de aplicação diária de insulina.
A diabetes é uma doença perigosíssima, que pode levar
à morte caso não tratada adequadamente. A longo prazo, a doença causa perda de
visão, derrame, infarto, hipertensão, impotência sexual, doenças pulmonares e
insuficiência renal.
A prevenção é uma palavra-chave contra a diabetes. Uma
vez que a pessoa passa a ter a doença, ela terá de fazer monitoramentos para o
resto da vida e seguir alimentação com diversas restrições.
Especialistas da saúde usam uma medição chamada de
percentil para avaliar se o indivíduo tem potencial para desenvolver a
diabetes.
Açúcares mascavo, orgânico, frutose (o das frutas) e
mel – De acordo com a nutróloga Ana Luisa Vilela, os açucares mascavo e
orgânico também possuem alto índice glicêmico, assim como o refinado. Eles
devem ser evitados.
“O açúcar orgânico passa por menos processo químico
que o refinado, mas também tem alto índice glicêmico e não é aconselhável em
excesso às crianças”, diz a nutróloga Ana Luísa Vilela.
O açúcar também é encontrado nas frutas (frutose). Mas
a frutose não representa tanto perigo. Isso porque a frutose apresenta baixo
índice glicêmico.
O mel também possui um alto índice glicêmico, pois o
mel contém sacarose, e outros tipos de açúcar (glicose e frutose). Assim como
os açúcares o mel deve ser consumido com moderação.
Bruno Rodrigues . Guia do Bebe
Veja outro artigo :
Como diminuir a vontade de comer açúcar.
Fontes: Cintia Cercato e Gláucia Carneiro,
endocrinologistas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM)
Revista Veja
Doces estão vinculados a uma ideia de felicidade. Eles são presença certa em comemorações e ajudam a apaziguar os ânimos em momentos estressantes — depois de um dia difícil no trabalho, é comum se considerar merecedor de uma generosa fatia de bolo de chocolate.
De fato, os
doces fornecem energia ao organismo e estimulam a produção de um hormônio
ligado ao bem-estar, a serotonina, provocando uma sensação de prazer quase
tão viciante quanto uma droga – o corpo quer sempre mais.
E é por isso
que as guloseimas, calóricas e muitas vezes cheias de gordura, estão entre as
piores vilãs de qualquer dieta.
É possível enganar o cérebro para reduzir o
apetite por doces. Segundo Cintia Cercato, endocrinologista da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o maior aliado nessa tarefa
é o exercício físico.
"Estudos
já mostraram que, logo após praticar uma atividade física, as pessoas tendem a
ter menos vontade de comer açúcar, gordura e carboidratos", explica.
Além disso, controlar fatores como o stress e a
ansiedade também ajudam a diminuir a ânsia pelas guloseimas. "Algumas
pessoas usam os doces como antidepressivos. Então, ter uma boa vida afetiva
contribui para que a pessoa não desconte a frustração nos doces", afirma a
endocrinologista Gláucia Carneiro, da SBEM.
Para a maioria das pessoas, cortar doces de uma vez
pode provocar uma espécie de abstinência, que levará a um posterior abuso de
açúcar.
Por isso, o
ideal é parar gradativamente: comer doces por cinco dias na primeira semana,
três na semana seguinte, até atingir a cota de um dia da semana. Para quem tem
compulsão alimentar semelhante a um vício em drogas, porém, a recomendação é
cortar o açúcar de uma vez.
Tomar líquido durante a refeição faz com que a comida
se mova mais rapidamente do estômago para o intestino.
Como a presença
de comida no estômago é o que promove a sensação de saciedade, misturar
líquido com sólido pode causar fome.
Comer devagar,
mastigando bastante os alimentos, também contribui para que o organismo se
sinta satisfeito e esqueça qualquer vontade de comer doces.
É comprovado: além de todos os benefícios que traz à
saúde e à estética, a atividade física ainda diminui a vontade de comer doces.
Estudos mostraram que, logo após se exercitar, as pessoas se sentem menos
propensas a comer alimentos ricos em carboidratos, açúcar e gordura. Isso
porque a atividade física estimula a liberação de hormônios responsáveis pela
sensação de bem-estar no organismo — o mesmo efeito causado pelo consumo de
doces.
O simples fato de ter um doce apetitoso ao alcance do
olhar já é suficiente para despertar no organismo o desejo pela guloseima. Por
isso, manter os doces longe do campo de visão — ou simplesmente não tê-los em
casa — pode ser uma boa ideia.
Estabeleça um horário para as refeições.
Ficar muitas horas em jejum faz com que o organismo
busque uma fonte rápida de energia para manter seu funcionamento – com fome,
dispara a vontade de comer carboidratos e açúcares. O ideal é alimentar-se de
forma fracionada, com pequenas refeições a cada três horas.
Alimentos ricos em fibras e proteínas ajudam a
prolongar a sensação de saciedade no organismo – logo, são aliados no combate à
vontade de engolir doces. Consuma fontes proteicas como ovos, peixes e fibrosas
como frutas, legumes e verduras.
Prefira comer doces logo após a refeição
Se a vontade por um doce for incontrolável, a
recomendação é comer uma sobremesa na próxima refeição. O perigo de exagerar é
menor: o organismo já estará saciado e ficará satisfeito com poucas colheradas
de açúcar.
Consuma carboidratos com moderação
A ingestão de alimentos ricos em carboidrato, como
pães e massas, libera insulina no sangue. Esse hormônio ativa a região cerebral
responsável pela sensação de fome, aumentando o apetite.
Tome café da manhã
Pular o café da manhã pode aumentar o desejo por
guloseimas. Como a refeição é a responsável por fornecer energia para o
organismo começar o dia, ignorá-la pode fazer com que o organismo busque outras
fontes rápidas de energia, como o doce.
Troque um doce por uma fruta
O açúcar dos doces é chamado de sacarose, e o das
frutas, frutose. Enquanto a sacarose tem absorção rápida, pois é fácil de ser
quebrada, a frutose demora mais para ser absorvida pelo organismo, o que
prolonga a sensação de saciedade. Por isso, sempre que possível, é melhor
trocar um doce por uma fruta.
Doces liberam serotonina, hormônio que causa a
sensação de bem-estar. Assim, muitas vezes acabam sendo usados como
antidepressivos. Controlar a ansiedade e o stress, praticando atividades que
possam servir como fonte de prazer, pode ajudar a diminuir o desejo por
açúcar.
Estragar os dentes já não precisa mais ser um dos
únicos argumentos para convencer seu filho a manter distância dos doces.
Um estudo da
Universidade de Cardiff, no Reino Unido, concluiu que o consumo diário de
açúcar na infância pode levar à violência na vida adulta. A explicação pode
estar na dificuldade em aprender como postergar a gratificação.
A pesquisa, publicada na edição de outubro do British
Journal of Psychiatry, foi baseada em dados de cerca de 17.500 pessoas. Os
cientistas descobriram que 69% dos participantes violentos aos 34 anos de
idade ingeriam doces e chocolate quase todos os dias quando tinham dez anos. O
índice caiu para 42% entre os não-violentos.
Doce na infância pode levar à violência
A relação entre o consumo de açúcar e os riscos de
delinquência permaneceram mesmo após levados em consideração fatores como
ambiente familiar, qualificações educacionais após os 16 anos e posse de carro
aos 34.
"Nossa explicação foi que dar doces e chocolates
regularmente para crianças pode impedir que elas aprendam como esperar para
obter o que querem", disse Simon Moore, líder da pesquisa. "Ser
incapaz de adiar a gratificação pode levá-las a um comportamento mais
impulsivo, que é fortemente associado à delinquência".
Outra possível razão apontada por especialistas foi
que crianças que já são "difíceis" podem acabar ganhando mais doces
para se acalmarem.
Postado por Dharmadhannya
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