domingo, 26 de junho de 2022

Oração da Paz

 




São Francisco de Assis podemos rezar a oração da Paz:

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor.

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.

Onde houver discórdia, que eu leve a união.

Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.

Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:

consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe.

É perdoando que se é perdoado.

E é morrendo que se vive para a vida eterna.


 
Cânticos das Criaturas

São Francisco de Assis

Altíssimo, Onipotente, Bom Senhor!

Teus são o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.

Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que clareia o dia e que com sua luz nos ilumina.

Ele é belo e radiante, com grande esplendor, de ti, altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas, que no céu formastes, claras, preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento, pelo ar e pelas nuvens, pelo sereno e todo tempo com que dás sustento às tuas criaturas.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, útil e humilde, preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, pelo qual iluminas a noite. Ele é belo e alegre, vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa, produz frutos diversos, flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam, pelo teu amor, e suportam as enfermidades e as tributações.

Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, de quem homem algum pode escapar.

Louvai todos e bendizei ao meu Senhor, dai-lhe graças e servi-o com grande humildade


Visão Beatífica

Dante Alighieri (1264-1321)

E o que vi, então, na imensidade, ultrapassou quanto a palavra humana possa exprimir e quanto a memória possa gravar.

Como o homem que, a sonhar, vê claramente, depois só guarda a sensação impressa em seu espírito, sem que nada mais lhe volte à mente, assim, para mim, quando cessou a visão sublime!

E em meu coração permaneceu apenas a alegria causada por essa

contemplação.

Tu, ó abundante graça, me animando, ousei fixar com meus olhos a luz eterna, a ponto de nisso consumir a minha vista. E lá, na profundeza, vi que está contido, unido pelo Amor, num só volume, tudo o que o universo encerra.

 Acidente, substância e tudo mais, reunidos entre si de tal maneira que, na verdade, mal posso descrevê-lo. Creio que a forma universal inteira vi nesse foco, pois, refletindo, sinto, ao dizê-lo, transportes de júbilo...

De êxtase, assim, minha alma toda presa, atenta, absorta, imóvel se imergia, em contemplar sempre mais acesa estava e tal efeito produzia que me seria impossível consentir deixá-la para encarar outros seres, pois o bem, que é objeto de sua aspiração, está todo nela.

Nela tudo é perfeito, como fora dela tudo é defeituoso. Mas, como olhando minha vista se levantava, a imutável essência parecia mudar, quando era somente eu que me transformava.

Ó luz eterna, que em ti somente habitas, somente tu te compreendes a ti mesma, e, compreendendo-te, te amas e sorris.

Como o geômetra que o espírito crucia, procurando em vão um apoio, para medir seu círculo incircunscrito, assim estava eu diante dessa visão tão nova, procurando ver como a imagem humana pode inserir-se nesse círculo e descrevê-lo.

 Para mim isso seria empresa insana, se não me houvesses clareado a mente, com teu fulgor, que dá a posse da verdade.

Desde esse momento, a visão desfaleceu

Mas já se achavam em movimento o desejo e a vontade, que,

Como a roda que ao motor obedece volviam àquele amor, que move o sol e as estrelas.


Postado por Dharmadhyannya

Nenhum comentário:

Postar um comentário