NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS
CHAKRAS
CHAKRAS e NÁDIS –
Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos
espirituais do homem; também são chamados lótus ou rodas.
Quando eles estão inativos assemelham-se a rodas; quando despertam, eles tomam a aparência de uma flor (lótus) aberta, irradiante, colorida pela freqüência da energia das pétalas.
Quando eles estão inativos assemelham-se a rodas; quando despertam, eles tomam a aparência de uma flor (lótus) aberta, irradiante, colorida pela freqüência da energia das pétalas.
No Mundaka Upanishad
define-se o chakra como o local “onde os nádis se encontram como os raios no
cubo de uma roda de carruagem”. Os centros são formados pelo encontro destas
linhas de força (nádis), do mesmo modo que os plexos, no corpo físico, são
formados pelo encontro de nervos.
Existem centros
maiores, aqueles que resultam do encontro de um número maior de nádis (21
vezes, segundo Coquet, Les Çakra L’anatomie occulte de L’homme, Paris, 1982), e
os centros menores em que a confluência dos nádis é menor. Entre estes últimos
existem 21 formados pelo encontro de 14 nádis e outros bem menores formados
pelo cruzamento de sete nádis.
NÁDIS e MERIDIANOS – Os
nádis são, portanto, linhas de força que não devem ser confundidas com os
nervos do corpo físico, embora estejam em relação com eles, como os chakras
estão em relação com os plexos e órgãos do corpo físico. São condutores de
energia.
Os estudos de Motoyama (Teoria dos Chacras, Ed.Pensamento), indicam
que eles podem ser comparados aos meridianos sobre os quais trabalha a
acupuntura. Esta é também a opinião de Coquet.
No corpo etérico,
denominado também pelos teosofistas de corpo físico invisível, porque nasce com
o corpo físico e com ele desaparece, os nádis se apresentam como se fossem
milhares de finos filamentos de gás néon, entrecruzando-o em toda sua extensão.
O número deles difere
na literatura hindu, pelo que se atribui um caráter esotérico às quantidades
apontadas: 72.000, 550.000, 720.000, etc. Os mais importantes são Sushumna,
Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini,
Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni. Os três primeiros são os
mais importantes, sendo que o Sushumna domina a todos os demais.
IDA, PINGALA, SUSHUMNA
– Para que se possa ter uma noção desses três nádis ao longo da coluna
vertebral, tomemos uma série de números “8” e os coloquemos em posição
horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral. Teremos então uma
figura semelhante às serpentes no caduceu de Mercúrio. O nádi que sobe pela
esquerda é o Ida; o da direita, o Pingala. Não estão, porém, dispostos de forma
paralela. Eles entrecruzam-se como nos referimos acima.
No centro corre um
canal: é o nádi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de
confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde
desembocam. Ida e Pingala estão sempre ativos, mas o Sushumna permanece
inativo, pois o prana ainda não circula através dele.
No interior do Sushumna
acham-se três outros nádis: o Vajna, o Chitrini, dentro do qual se encontra o
Brahma nádi, ao longo do qual se elevará a energia kundalini.
NÁDI = NATUREZA –
Coquet esclarece que: “Cada nádi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco
fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma bainha que os
recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações
transversais.”
É preciso, entretanto,
notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu
conjunto, eles formam a própria bainha etérica. É, diz-se, através destes cinco
canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo
humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nádis
subjacente à sua forma.
PRANA – ESPÉCIES –
Segundo Coquet (op. Cit.,p 43)“as cinco diferenciações do Prana no corpo humano
são: Ø PRANA: estende-se do nariz ao coração e influencia particularmente
a garganta e a palavra, o coração e os pulmões. Ø SAMANA: estende-se do
coração ao plexo solar e age, sobretudo, sobre o poder de assimilação do
alimento e da bebida. Está, deste modo, em estreita relação com o
estômago.
Ø APANA: é particularmente ativo desde o plexo solar até a
planta dos pés e age sobre os órgãos de eliminação, de dejeção e da geração.
Seu poder está, pois, fortemente unido aos órgãos geradores e
eliminadores. Ø UDANA: está situado entre o nariz e a parte superior do
crânio. Está em relação com o cérebro, os olhos e o nariz.
Ø VYANA:
corresponde à soma total das energias prânicas tal como é
repartida através de todo o corpo por intermédio de milhares de nádis e nervos,
assim como dos canais sanguíneos, das veias e das artérias.”
CHAKRAS MAIORES –
ENUMERAÇÃO –
Os chakras maiores são em número de sete:
Denominação: 1.
Centro básico ou fundamental
2. Centro sacro ou sexual (genésico)
3.
Centro solar ou umbilical (gástrico)
4. Centro cardíaco
5. Centro
laríngeo
6. Centro frontal ou cerebral
7. Centro coronário
Em sânscrito: 1.
Muladhara 2. Swadhisthana 3. Manipura 4. Anahata 5.
Vishuddha 6. Ajna 7. Sahashara
Além destes, alguns
outros são destacados nos estudos sobre chakras: o centro esplênico (do inglês
splen = baço), “uma parte espiritual no interior do coração físico”, o
alta-maior e o bindu. O número de chakras médios e menores é muito grande; daí
alguns afirmarem que é infinito o número dos chakras.
A enumeração varia por
diversos motivos. Leadbeater (Os Chakras, Ed. Pensamento) põe de lado o centro
sexual (sacro) por “entender que o despertamento deste centro deve
considerar-se como uma desgraça pelos graves perigos a ele relacionados”,
mencionando que “no plano egípcio de desenvolvimento se tomavam esquisitas
precauções para evitar tal despertamento” (vide também – A vida oculta da
Maçonaria, Pensamento).
Por isto, prefere estudar, em seu lugar, o chakra do
baço (esplênico). Edgard Armond, embora assinale o sacro (genésico) além do
esplênico, ao tratar da reativação dos chakras não o inclui, esclarecendo que
“essa passagem não só é suprimida pela sua diminuta influência na aplicação dos
passes, mas sobretudo pelos graves e notórios viciamentos existentes no setor
do sexo, pois seria maléfica, em todos os casos, a excitação desse centro de
força.” (Passes e Radiações, Ed. Aliança Espírita Evangélica).
A enumeração também
varia de acordo com os sistemas adotados em relação aos centros. Nos sistemas
tibetanos de meditação, bem como na concepção budista dos centros psíquicos, o
sagrado não é considerado como centro independente, porém se acha combinado com
o fundamental a formar um só centro (Anagarika Govinda, Fundamentos do
Misticismo Tibetano, Pensamento).
André Luiz (Entre a Terra e o Céu,
psicografia de Chico Xavier, FEB), não menciona o chakra fundamental,
incluindo, no entanto, o esplênico. No Yoga tibetano, por outro lado, o centro
frontal e o coronário são considerados como um só, e assim são mencionados nas
escrituras (Anagarika Govinda, op. cit., pp 151/152).
A escola japonesa Shingon
omite o centro sagrado. Indica, porém, o centro das espáduas e os dois centros
situados à altura dos joelhos (Coquet, op. cit., pp 14/15).
O Shat-chakra-Nirupana
(Descrição dos seis centros), considera o coronário como de ordem mais elevada
do que os simples chakras. O Espírito White Eagle nomeia entre os sete chakras
principais o esplênico, mas omite o muladhara como centro independente,
indicando, porém, o genital ou sacro a que denomina de kundalini.
LOCALIZAÇÃO DOS CHAKRAS
–
Os centros se acham situados nos vários corpos espirituais. Temos, assim,
centros etéricos, astrais, etc. Leadbeater faz sempre referência aos etéricos,
mencionando, no entanto, os astrais (op. cit., cap. IV).
Satyananda estuda-os
no corpo astral, do mesmo modo que o espírito André Luiz. Estas diferenças
devem ser levadas em conta, porque uns são construídos com matéria etérica e
outros com matéria astral, etc..
Os chakras etéricos
estão situados na superfície do duplo etérico (a cerca de seis milímetros
da superfície do corpo físico). Os centros astrais estão geralmente situados no
interior do corpo astral (Powell e Leadbeater).
Os chakras etéricos
transferem para o físico as quantidades inerentes aos chakras astrais. Por outro
lado, determinados fatos físicos repercutem pelos chakras etéricos até os
chakras astrais, alterando-os, de modo que, numa próxima encarnação, esta
alteração se expressará em forma de desequilíbrio ouenfermidade.
As viciações
mentais provocam também graves alterações nos centros de força.
INFLUENCIAÇÃO RECÍPROCA
DOS CHAKRAS
– Destaca Pierre Weil que os chakras não estão isolados uns
dos outros; eles mantêm uma influenciação recíproca.
“Os chakras inferiores
retêm o homem na vida animal, propiciando-lhe, no entanto, as energias
necessárias à sobrevivência, enquanto os superiores buscam acelerar a evolução
do indivíduo (Fronteiras da Evolução e da Morte, Vozes, p. 69).
No Yoga se
afirma que cada chakra é constituído metade dele mesmo e metade dos seis chakras
restantes. As características funcionais de um chakra seriam, assim,
influenciadas pelos outros chakras.” (para maiores detalhes, vide Pierre Weil,
op. cit.).
CHAKRAS, FORMAÇÃO DO
CORPO ASTRAL E EVOLUÇÃO – Os chakras são responsáveis pela formação do
corpo espiritual. É o que ensina André Luiz ao dizer que “vibrando em sintonia
uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para
nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um
campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado.” (Entre
a Terra e o Céu, p. 126).
Esta também é a opinião
emitida por Coquet: “… os centros são as causas primárias na formação e na
construção do templo do homem ou, em outros termos, do mecanismo da alma. É,
pois, normal constatar as dificuldades que têm as glândulas endócrinas de se
adaptarem aos ritmos que lhes impõe a consciência objetiva em curso da evolução
e particularmente neste século rico de novidades.
“Mas isto faz parte do
plano de evolução e cada um deve estar consciente disso. À medida que a
natureza emocional se desenvolve e o intelecto torna-se mais ativo, os centros
correspondentes tornam-se igualmente mais ativos e pode-se observar a
emergência de determinadas perturbações.
Tomemos o exemplo do centro laríngeo
que, em se desenvolvendo, arrasta consigo uma crescente atividade do intelecto
e determina assim uma grande complexidade do pensamento: nós veremos a aparição
de perturbações de ordem psicológica. Cada centro determina, pois, um número bem
preciso de perturbações inerentes à qualidade de sua energia respectiva” (op.
cit., p.85).
CENTROS DE CONSCIÊNCIA
– Os chakras não são simples centros energéticos, mas também centros de
consciência. A esse respeito, esclarece Anagarika Govinda:
“Enquanto que, de
acordo com as concepções ocidentais, o cérebro é a sede exclusiva da
consciência, a experiência yogue mostra que nossa consciência cerebral é apenas
“uma” entre muitas formas possíveis de consciência, e que esta, de acordo
com suas funções e natureza, pode ser localizada ou centralizada em vários
órgãos do corpo.
Estes “órgãos” que coletam, transformam e distribuem as forças
que fluem através deles são chamados de chakras ou centros de força. Deles
irradiam correntes secundárias de força psíquica, comparáveis aos raios de uma
roda, às varetas de um guarda-chuva, ou às pétalas de um lótus” (op. cit., p.
145).
Depois de destacar que
os chakras são pontos nos quais as forças psíquicas do corpo se
interpenetram, situando-se a sede da alma nos pontos em que o mundo exterior e
interior se encontram, conclui:
“Por isso, podemos dizer que cada centro
psíquico nos quais nos tornamos cônscios desta penetração espiritual torna-se a
sede da alma, e que pela ativação ou despertar das atividades dos vários centros
nós espiritualizamos e transformamos nosso corpo” (idem p. 145/146).
Jung considera-os
também centros de consciência: “uma espécie de graduação de consciência
que vai desde a região do períneo até o topo da cabeça” (Fundamentos de
Psicologia Analítica, Vozes, 1972, p. 26).
Miguel Serrano registrou uma
conversa tida com Jung sobre os chakras: “Os chakras, diz Jung, são centros da
consciência e Kundalini, a Serpente Ígnea, que dorme na base da coluna
vertebral, é uma corrente emocional que une de baixo para cima e também de cima
para baixo” (O Circulo Hermético – Hermann Hesse a C. G. Jung, Ed. Brasiliense,
1970, p. 71).
E reafirmou na
conversação: “Os chakras são centros de consciência. Os inferiores são centros
de consciência animal. Existem outros centros ainda abaixo do Muladhara” (p.
72).
Este ponto de vista
também foi sustentado em um seminário (Hauers Seminar. Psychological
comentary by C. G. Jung, Zurich, 1932, exemplar datilografado, Bíblíthéque de
Jung – cit., por Pierre Weil, Mística do Sexo, E. Itatiaia, pp. 104/105 e 113).
Jung observa que na história da humanidade, o centro da consciência sofreu
variações e, ainda agora, existem tribos, como dos Pueblos, que situam no
coração o centro de consciência. (Fundamentos, pp. 06 e 07).
Os ensinamentos
esotéricos também indicam que as várias raças-mãe desenvolveram determinados
centros preferentemente (Coquet, op. cit., pp. 35/37).
Jung (cit. por Pierre
Weil, Mística do Sexo, pp 104/105), interpreta estes vários centros assinalando
o grau de consciência de cada um deles: Ø Centro fundamental – mundo dos
instintos – consciente. Ø Centro sacro – entrada no inconsciente – novo
nascimento – batismo. Ø Centro umbilical – emoções – paixões – o
inferno.
Ø Centro cardíaco – começo do self – sentimento – pensamento e
valores. Individuação. Ø Centro laríngeo – reconhecimento da independência
da psique – pensamento abstrato – conceitos – produtos da imaginação. Ø
Centro frontal – união do self no todo, não no ego. Ø Centro coronário –
nirvana.
A referência aos
chakras como centros de consciência permite-nos entender uma passagem de O
Livro dos Espíritos, aparentemente defasada no tempo, mesmo na época de sua recepção.
No item 146, Allan
Kardec registrou o ensinamento dos Espíritos sobre a sede da alma:
“146. A alma tem, no
corpo, sede determinada e circunscrita? – Não; porém, nos grandes gênios,
em todos os que pensam muito, ela reside mais particularmente na cabeça,
ao passo que ocupa principalmente o coração naqueles que muito sentem e cujas
ações têm todas por objeto a humanidade.
a) Que se deve pensar
da opinião dos que situam a alma num centro vital? – Quer isso dizer que o
Espírito habita de preferência essa parte do organismo, por ser aí o ponto de
convergência de todas as sensações. Os que a situam no que consideram o centro
da vitalidade, esses a confundem com o fluído ou princípio vital.
Pode, todavia, dizer-se que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais.”
Pode, todavia, dizer-se que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais.”
Naturalmente que, do
ponto de vista físico, na época de Kardec já se considerava o cérebro como a
sede do pensamento, pelo que não havia razão para referência ao coração, como
sede da alma, nem à outra parte do organismo físico. A referência, portanto,
era aos chakras localizados à altura do coração ou à altura do cérebro, com
suas ligações correspondentes, centros de ligação preponderante da alma ao
corpo físico.
Segundo André Luiz, as
três regiões fundamentais no processo de liberação da alma (e conseqüentemente
de ligação do perispírito ao corpo físico) são:
“o centro vegetativo ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax; e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.” (Obreiros de Vida Eterna, FEB, 1956, p. 210).
Isto significa que o perispírito está mais ligado a determinadas regiões.
“o centro vegetativo ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax; e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.” (Obreiros de Vida Eterna, FEB, 1956, p. 210).
Isto significa que o perispírito está mais ligado a determinadas regiões.
Anota Alice Bailey que
na humanidade comum o centro laríngeo está começando a despertar (Jung dizia
que o europeu pensa pela garganta, Miguel Serrano, op. cit., p. 71), enquanto
os centros cardíaco e coronário dormem.
Mas, “no ser humano altamente evoluído, no líder da raça, o filósofo intuitivo e o cientista, assim como nos grandes santos, o centro coronário e o cardíaco começam a fazer sentir sua vibração;
determina-se a prioridade do coronário e do cardíaco pelo tipo de pessoa e pela qualidade de consciência emocional e mental.” (El alma y su mecanismo, Kier, B. Aires, 1967, pp. 110/1).
Mas, “no ser humano altamente evoluído, no líder da raça, o filósofo intuitivo e o cientista, assim como nos grandes santos, o centro coronário e o cardíaco começam a fazer sentir sua vibração;
determina-se a prioridade do coronário e do cardíaco pelo tipo de pessoa e pela qualidade de consciência emocional e mental.” (El alma y su mecanismo, Kier, B. Aires, 1967, pp. 110/1).
CHAKRAS E MEDIUNIDADE –
Uma experiência interessante, às vezes, é registrada nas reuniões mediúnicas – alguns espíritos, ao se comunicarem, o fazem através do chakra solar (umbilical), porque o médium psicofônico, embora emitindo a voz pela boca, sente como se ela estivesse saindo a partir da região onde se localiza o umbigo (a observação, por enquanto, limitou-se a casos de espíritos necessitados).
Uma experiência interessante, às vezes, é registrada nas reuniões mediúnicas – alguns espíritos, ao se comunicarem, o fazem através do chakra solar (umbilical), porque o médium psicofônico, embora emitindo a voz pela boca, sente como se ela estivesse saindo a partir da região onde se localiza o umbigo (a observação, por enquanto, limitou-se a casos de espíritos necessitados).
A comunicação mediúnica
se opera com o auxílio dos chakras, e quanto maior o número de chakras
envolvidos na ligação, maior a sua perfeição. Quando esta ligação não se
faz como seria de desejar, a comunicação se dará através de comunhão mental,
reduzida ao mínimo a influência sobre os centros neuropsíquicos.
André Luiz destaca a
atuação dos centros na comunicação mediúnica, em se referindo, no livro No
Mundo Maior (FEB), à mediunidade de Eulália, médium em desenvolvimento:
“No entanto, o nosso antigo médico não encontra em sua organização psicofísica elementos afins perfeitos: nossa colaboração não se liga a ele através de todos os seus centros perispirituais; não é capaz de elevar-se à mesma freqüência de vibração em que se acha o comunicante;
não possui suficiente “espaço interior” para comungar-lhe as idéias e os conhecimentos; não lhe absorve o entusiasmo total pela Ciência, por ainda não trazer de outras existências, nem haver construído, na experiência atual, as necessárias teclas evolucionárias, que só o trabalho sentido e vivido lhe pode conferir.” (palavras do espírito Calderaro).
“No entanto, o nosso antigo médico não encontra em sua organização psicofísica elementos afins perfeitos: nossa colaboração não se liga a ele através de todos os seus centros perispirituais; não é capaz de elevar-se à mesma freqüência de vibração em que se acha o comunicante;
não possui suficiente “espaço interior” para comungar-lhe as idéias e os conhecimentos; não lhe absorve o entusiasmo total pela Ciência, por ainda não trazer de outras existências, nem haver construído, na experiência atual, as necessárias teclas evolucionárias, que só o trabalho sentido e vivido lhe pode conferir.” (palavras do espírito Calderaro).
Esclarece André Luiz
que, em vista disto, só através da boa vontade o espírito comunicante e Eulália
podiam comunicar-se, e, por isto, o médico teria que despir-se da nomenclatura
e técnica científica se quisesse identificar-se com a médium. Para isso teria
de adotar a “comunhão mental, reduzindo ao mínimo a influência sobre os centros
neuropsíquicos.” (op. cit.).
A EXISTÊNCIA DOS
CENTROS –
Ainda que toda literatura clássica do hinduísmo dê por assentada a existência dos centros, encontramos opiniões isoladas negando-lhes a realidade.
Ainda que toda literatura clássica do hinduísmo dê por assentada a existência dos centros, encontramos opiniões isoladas negando-lhes a realidade.
Gopi Krishna sustenta a
sua inexistência por não se ter deparado com nenhum deles durante a aventura
vivida com o despertamento da Kundalini (Kundalini, Ed. Record, p. 196).
Para ele, a existência
dos chakras foi sugerida como uma forma de ajudar o discípulo a concentrar-se,
chamando sua atenção para “os pontos mais sensíveis e mais suscetíveis aos
efeitos dos centros cerebrais e nervosos, bem como para simbolizar a
castidade”.
Esclarece que nunca se
dedicou ao yoga tântrico, no qual a prática de pranayana e a meditação nos
centros nervosos são essenciais.
Se o tivesse feito, com a convicção na existência dos lótus, teria confundido “as luminosas formações e discos incandescentes de luz, ao longo da medula; em estado de imaginação excitada, teria sido levado, inclusive, a perceber, de forma bem viva, as letras sânscritas e as deidades que presidem cada chakra, sugeridas pelas imagens já presentes em minha mente” (op. cit. p. 197).
Se o tivesse feito, com a convicção na existência dos lótus, teria confundido “as luminosas formações e discos incandescentes de luz, ao longo da medula; em estado de imaginação excitada, teria sido levado, inclusive, a perceber, de forma bem viva, as letras sânscritas e as deidades que presidem cada chakra, sugeridas pelas imagens já presentes em minha mente” (op. cit. p. 197).
Pode-se, de imediato,
verificar que a reserva de Gopi Krishna a respeito dos chakras é devida a não
ter visualizado os chakras na forma descrita pelas escrituras hindus, em que
cada um deles aparece com um pecíolo mandálico, arrodeado de pétalas com letras
sânscritas, contendo, no seu interior, uma forma geométrica (yantra), um animal
(nos quatro primeiros), duas divindades (uma masculina e outra feminina) e uma
letra sânscrita (bija mantra).
Ele viu os chakras, portanto. O que ele não percebeu foram os detalhes existentes nas escrituras hindus.
Ele viu os chakras, portanto. O que ele não percebeu foram os detalhes existentes nas escrituras hindus.
É evidente que isto não
seria o bastante para descartar a realidade dos chakras. Leadbeater, por
exemplo, não encontrou tais alegorias e, por isto, manifesta a opinião de que
“os desenhos traçados pelos yogues hindus, para o uso de seus discípulos, são
sempre simbólicos e não guardam relação com o efetivo aspecto do chakra, exceto
a indicação da cor e o número de pétalas.” (op. cit., p. 115).
No entanto, atesta a existência dos chakra
s com o pecíolo central e as pétalas.
No entanto, atesta a existência dos chakra
s com o pecíolo central e as pétalas.
Se relermos os trechos
de Gopi Krishna, verificaremos que, em realidade, ele se deparou com os
chakras: “as luminosas formações e discos incandescentes de luz, ao longo da
medula espinhal, nas diversas junções nervosas”.
Acontece que, como sua experiência ocorreu com repercussões sobre o corpo físico muito evidentes, tomou ele tais discos apenas como resultantes das junções nervosas, já que não percebia os símbolos da literatura hindu, sem atentar que exatamente nestas junções (plexos) localizam-se, no duplo, os chakras etéricos.
No entanto, a descrição que dá dos discos é precisa quanto aos chakras – “… discos luminosos girando, enfeitando com luzes, ou lembram flores de lótus em plena florescência, reluzindo aos raios de sol.
O círculo de incandescência irradiante envolvendo a cabeça, tingindo às vezes com cores do arco-íris, e sustentado pela estreita faixa de luz que se move em ascensão ao longo do dueto espinhal, também ostenta uma inconfundível semelhança com um lótus em florescência. (…)
Assemelha-se de fato a um deslumbrante lótus de brilho extraordinário, tendo milhares de pétalas a denotar suas dimensões avantajadas.” (op. cit. 196/197)
Acontece que, como sua experiência ocorreu com repercussões sobre o corpo físico muito evidentes, tomou ele tais discos apenas como resultantes das junções nervosas, já que não percebia os símbolos da literatura hindu, sem atentar que exatamente nestas junções (plexos) localizam-se, no duplo, os chakras etéricos.
No entanto, a descrição que dá dos discos é precisa quanto aos chakras – “… discos luminosos girando, enfeitando com luzes, ou lembram flores de lótus em plena florescência, reluzindo aos raios de sol.
O círculo de incandescência irradiante envolvendo a cabeça, tingindo às vezes com cores do arco-íris, e sustentado pela estreita faixa de luz que se move em ascensão ao longo do dueto espinhal, também ostenta uma inconfundível semelhança com um lótus em florescência. (…)
Assemelha-se de fato a um deslumbrante lótus de brilho extraordinário, tendo milhares de pétalas a denotar suas dimensões avantajadas.” (op. cit. 196/197)
OS SÍMBOLOS DOS CHAKRAS
NA OPINIÃO DE MOTOYAMA
– A respeito dos símbolos indicados no Shat-chakra-Nirupana, é de interesse conhecer a opinião de Hiroshi Motoyama.
– A respeito dos símbolos indicados no Shat-chakra-Nirupana, é de interesse conhecer a opinião de Hiroshi Motoyama.
Afirma o pesquisador
japonês que, em sua própria experiência de despertamento dos chakras, ele nunca
pode perceber os símbolos referidos (op. cit., p. 238).
Apesar disto, ele está
convicto de que não são apenas meros símbolos, mas que há uma realidade neles.
Transcrevemos alguns parágrafos da obra pela importância das experiências
relatadas a respeito.
”Superficialmente,
estes detalhes podem parecer ser meras representações simbólicas, ou talvez
figuras que podem ser visualizadas para facilitar a meditação. Contudo, os
relatos de muitas pessoas que têm experimentado o treinamento espiritual
comprovam muitos dos detalhes descritos aqui (no Shat-chakra-Nirupana).
Por exemplo, indivíduos que se concentram nos chakras muladhara ou swadhisthana – mesmo aqueles que não possuem qualquer conhecimento anterior do simbolismo do chakra – freqüentemente relatam o brilho semelhante a uma chama, seja em redor do períneo ou abaixo do umbigo.
Isto pareceria corresponder às pétalas vermelhas que esses dois chakras, segundo se diz, possuem. Eu achei plausível que as cores designadas de cada chakra possam representar a coloração de sua aura na dimensão astral, e que os outros símbolos possam ter realidade.
Por exemplo, indivíduos que se concentram nos chakras muladhara ou swadhisthana – mesmo aqueles que não possuem qualquer conhecimento anterior do simbolismo do chakra – freqüentemente relatam o brilho semelhante a uma chama, seja em redor do períneo ou abaixo do umbigo.
Isto pareceria corresponder às pétalas vermelhas que esses dois chakras, segundo se diz, possuem. Eu achei plausível que as cores designadas de cada chakra possam representar a coloração de sua aura na dimensão astral, e que os outros símbolos possam ter realidade.
Ӄ de particular
interesse aqui a experiência de minha mãe, uma personalidade religiosa bem
respeitável e altamente evoluída.
De seus 20 a 30 anos ela praticou o ascetismo da água freqüentemente no fundo das montanhas. Durante esta prática ela muitas vezes viu em redor de seu coração um caractere como de um barco invertido circundado por brilhante luz dourada.
Quando ela perguntou-me pela primeira vez o que era, eu não soube, mas um ano ou dois mais tarde eu comecei a estudar sânscrito e li este Shat-chakra-Nirupana. Eu compreendi imediatamente que o “barco invertido” que ela descreveu não era outra coisa do que o “YAN”, o bija mantra do chakra anahata.
Além disso, a luz dourada que ela percebeu está provavelmente relacionada ao triângulo dourado localizado dentro do bija (veja a figura do chakra Anahata, segundo as escrituras hindus, na obra de Leadbeater – Os Chakras). Em seu livro Os Chakras, o Rev. C. W. Leadbeater, também descreve o anahata como brilhando com uma cor dourada.
De seus 20 a 30 anos ela praticou o ascetismo da água freqüentemente no fundo das montanhas. Durante esta prática ela muitas vezes viu em redor de seu coração um caractere como de um barco invertido circundado por brilhante luz dourada.
Quando ela perguntou-me pela primeira vez o que era, eu não soube, mas um ano ou dois mais tarde eu comecei a estudar sânscrito e li este Shat-chakra-Nirupana. Eu compreendi imediatamente que o “barco invertido” que ela descreveu não era outra coisa do que o “YAN”, o bija mantra do chakra anahata.
Além disso, a luz dourada que ela percebeu está provavelmente relacionada ao triângulo dourado localizado dentro do bija (veja a figura do chakra Anahata, segundo as escrituras hindus, na obra de Leadbeater – Os Chakras). Em seu livro Os Chakras, o Rev. C. W. Leadbeater, também descreve o anahata como brilhando com uma cor dourada.
”Por conseguinte, em
minha opinião, as descrições dos chakras no Shat-chakra-Nirupana são mais do
que meras representações simbólicas. Eu estou de acordo com Swami Satyananda
Sarasvati, que declara em seu Tantra of Kundalini Yoga, que existem numerosos
mundos além da nossa consciência comum nas dimensões astral e causal onde estas
figuras geométricas, cores e sílabas podem realmente existir.
Sem dúvida, muitos detalhes iconográficos, bem como as habilidades paranormais e estados mentais descritos aqui (no Shat-chakra-Nirupana), como associados com cada chakra, correspondem exatamente com a experiência de vários ascetas de muitas religiões em todas as partes do mundo.” (op. cit., pp. 183/184; vide também pp. 238/239).
Sem dúvida, muitos detalhes iconográficos, bem como as habilidades paranormais e estados mentais descritos aqui (no Shat-chakra-Nirupana), como associados com cada chakra, correspondem exatamente com a experiência de vários ascetas de muitas religiões em todas as partes do mundo.” (op. cit., pp. 183/184; vide também pp. 238/239).
CLARIVIDÊNCIA – Com
isso não se quer afirmar que na vidência e na sua interpretação não possa haver
condicionamento à sua crença. As visões são sempre filtradas através do
vidente, e cada vidente, além do seu ângulo personalíssimo de “ver”, de
conceber o mundo, é também o produto de uma determinada cultura e de seu determinado
momento histórico.
O que se vê objetivamente passa pelo crivo da subjetividade do vidente. Acrescente-se a isto a interpretação do objeto, isto é, da visão, exatamente a parte mais difícil, porque aí se torna necessário distinguir fatos observados e projeções mentais de encarnados ou desencarnados captáveis pelo médium.
O que se vê objetivamente passa pelo crivo da subjetividade do vidente. Acrescente-se a isto a interpretação do objeto, isto é, da visão, exatamente a parte mais difícil, porque aí se torna necessário distinguir fatos observados e projeções mentais de encarnados ou desencarnados captáveis pelo médium.
Ocorre, evidentemente,
um condicionamento à crença na vidência, o que determina, como conseqüência,
seja a visão percebida e interpretada de acordo com ela.
Preleciona Emmanuel que “como acontece na alimentação do corpo, a visão, no campo da alma, é diferente para cada um.” (Clarividência, in Seara dos Médiuns, FEB, p. 47). Na vidência há de se distinguir, como dissemos acima, o que de fato se passa no momento das projeções mentais, que podem ter distintas origens. A recepção de umas e outras subordina-se ao continente mental que traduz o captado em termos visuais.
Preleciona Emmanuel que “como acontece na alimentação do corpo, a visão, no campo da alma, é diferente para cada um.” (Clarividência, in Seara dos Médiuns, FEB, p. 47). Na vidência há de se distinguir, como dissemos acima, o que de fato se passa no momento das projeções mentais, que podem ter distintas origens. A recepção de umas e outras subordina-se ao continente mental que traduz o captado em termos visuais.
Na obra de Tereza de
Jesus e de Juan de La Cruz, duas almas cuja grandeza é indiscutível, anotamos,
por exemplo, a visão da Trindade. Em uma das vezes em que celebrava a missa,
afirmou Juan de La Cruz ter visto as Três Pessoas em uma nuvem muito
resplandecente (M. Teixeira Penido, O Itinerário Místico de São João da Cruz,
Vozes, 1954, p. 61).
Não há uma descrição pormenorizada da visão, de modo a que nos possibilite a compreendê-la fora do contexto católico, porém uma observação feita por Juan de La Cruz a Ana de Santo Alberto nos permite avaliar o observado. Dizia ele que em companhia daquele mistério se encontrava tão bem que “sem particular auxílio do céu, ser-lhe-ia impossível continuar em vida.” (op. cit., pp. 61162).
Não há uma descrição pormenorizada da visão, de modo a que nos possibilite a compreendê-la fora do contexto católico, porém uma observação feita por Juan de La Cruz a Ana de Santo Alberto nos permite avaliar o observado. Dizia ele que em companhia daquele mistério se encontrava tão bem que “sem particular auxílio do céu, ser-lhe-ia impossível continuar em vida.” (op. cit., pp. 61162).
Ramakrishna fazia
observação semelhante referindo-se ao samadhi, com o florescimento do lótus de
mil pétalas, onde mora o Satchitdananda Shiva, o Absoluto, afirmando que o
indivíduo não resistia mais de 21 dias após esse fato (El Evangelio de
Ramakrishna, tomo II, pp. 16 e 173). Só o desejo de servir poderia manter “o
ego do Conhecimento” ou “o ego da Devoção”, evitando a morte.
Naturalmente que, por isto, o período mencionado não é fatal; busca-se avisar o praticante dos perigos de uma subida de Kundalini sem os cuidados necessários e sem o suporte físico para suportá-lo. O que importa, no caso, é perceber que os efeitos da “experiência”, tanto para Juan de La Cruz como para Ramakrishna eram os mesmos, o que demonstra a igualdade de valor do objeto percebido.
Naturalmente que, por isto, o período mencionado não é fatal; busca-se avisar o praticante dos perigos de uma subida de Kundalini sem os cuidados necessários e sem o suporte físico para suportá-lo. O que importa, no caso, é perceber que os efeitos da “experiência”, tanto para Juan de La Cruz como para Ramakrishna eram os mesmos, o que demonstra a igualdade de valor do objeto percebido.
Pierre Weil, ao
reportar-se às extraordinárias experiências de Muktanananda, comparando-as com
as de Juan de La Cruz e Tereza de Jesus, comenta: “Eles também descrevem esses
estados de consciência e visões parecidas, porém dentro do contexto cultural
cristão
. Tudo indica que a fonte de experiência é a mesma; porém a mensagem vem dentro de uma codificação cultural ao alcance de cada pessoa; essa codificação é feita por esse “campo informacional” do qual falam os russos.” (A revolução Silenciosa, Pensamento, p. 171).
. Tudo indica que a fonte de experiência é a mesma; porém a mensagem vem dentro de uma codificação cultural ao alcance de cada pessoa; essa codificação é feita por esse “campo informacional” do qual falam os russos.” (A revolução Silenciosa, Pensamento, p. 171).
A mesma visão pode ser
diferentemente percebida. Se o indivíduo é cristão, a visão de uma entidade
feminina de alta hierarquia pode ser percebida como a de Maria, mas se ele é
hindu reportar-se-á a Shakti, a Mãe Divina. Mirra Alfassa, a Mãe do Ashram de
Sri Aurobindo, escreveu umas certeiras palavras a respeito.
É certo que há
experiências espirituais que sobrepassam a toda a espécie de condicionamento
mental, quando o vidente se sobrepõe a este. Eis, por exemplo, os fatos
descritos por Swami Nikhilananda, na Introdução ao vol. 32 de El Evangelio de
Sri Ramakrishna:
“Sri Ramakrishna ficou fascinado pela vida e ensinos de Jesus. Certo dia, estando sentado na sala da casa de campo que Yadú Maldick possuía em Dakshineswar, seus olhos se fixaram em um quadro da Virgem e do Menino. Mirando-o com intensa atenção, ficou pouco a pouco embargado por uma divina emoção.
As figuras do quadro tomaram vida e os raios de luz que delas emanaram entraram em sua alma. O efeito dessa experiência foi mais forte que a da visão de Maomé. Consternado, exclamou: “Oh! Mãe (referindo-se à deusa Kali), que estás fazendo?” E rompendo as barreiras do credo e de religião, entrou em um novo reino de êxtase.
Cristo tomou posse de sua alma. Por três dias não pisou no templo de Kali. Na tarde do quarto dia, enquanto estava caminhando no Panchavati, viu acercar-se-lhe uma pessoa de formosos e grandes olhos, expressão serena e tez clara. Ao encontrarem-se os dois, ressoou uma voz no mais fundo da alma de Sri Ramakrishna:
“Eis aqui o Cristo, quem verteu o sangue de Seu coração para redimir ao mundo; quem padeceu um mar de angústia por amor da humanidade. Mestre de Yogues, Ele está em permanente união com Deus. É Jesus, Amor Encarnado”.
O filho do homem abraçou o Filho da Divina Mãe e Se confundiu com ele. Sri Ramakrishna experimentou sua identidade com Cristo, como já havia experimentado sua identidade com Kali, Rama, Hanumám, Radha, Krishna, Brahma e Maomé.
O mestre entrou em samadhi e em relação íntima com Brahma dotado de atributos” (p. 441 vide também Swami Vijoyananda Ramakrishna, Deus Homem, Ed. Vedanta, p. 41).
Desconheço o autor.
Postado por Dharmadhannya
“Sri Ramakrishna ficou fascinado pela vida e ensinos de Jesus. Certo dia, estando sentado na sala da casa de campo que Yadú Maldick possuía em Dakshineswar, seus olhos se fixaram em um quadro da Virgem e do Menino. Mirando-o com intensa atenção, ficou pouco a pouco embargado por uma divina emoção.
As figuras do quadro tomaram vida e os raios de luz que delas emanaram entraram em sua alma. O efeito dessa experiência foi mais forte que a da visão de Maomé. Consternado, exclamou: “Oh! Mãe (referindo-se à deusa Kali), que estás fazendo?” E rompendo as barreiras do credo e de religião, entrou em um novo reino de êxtase.
Cristo tomou posse de sua alma. Por três dias não pisou no templo de Kali. Na tarde do quarto dia, enquanto estava caminhando no Panchavati, viu acercar-se-lhe uma pessoa de formosos e grandes olhos, expressão serena e tez clara. Ao encontrarem-se os dois, ressoou uma voz no mais fundo da alma de Sri Ramakrishna:
“Eis aqui o Cristo, quem verteu o sangue de Seu coração para redimir ao mundo; quem padeceu um mar de angústia por amor da humanidade. Mestre de Yogues, Ele está em permanente união com Deus. É Jesus, Amor Encarnado”.
O filho do homem abraçou o Filho da Divina Mãe e Se confundiu com ele. Sri Ramakrishna experimentou sua identidade com Cristo, como já havia experimentado sua identidade com Kali, Rama, Hanumám, Radha, Krishna, Brahma e Maomé.
O mestre entrou em samadhi e em relação íntima com Brahma dotado de atributos” (p. 441 vide também Swami Vijoyananda Ramakrishna, Deus Homem, Ed. Vedanta, p. 41).
Desconheço o autor.
Postado por Dharmadhannya
Nenhum comentário:
Postar um comentário