domingo, 14 de janeiro de 2018

Depende do coração - Monja Zen




Depende do coração

Que nosso coração-mente, nosso kokoro, seja sensível e terno às outras pessoas e seres, pois eles são apenas um reflexo do nosso próprio ser
Texto: Monja Coen


Todos os meses, o mestre Yogo Rôshi vinha ao Mosteiro Feminino de Nagoia para liderar nosso retiro. Nós, monjas em treinamento, nos estressávamos nas preparações e nos irritávamos umas com as outras.

 Entretanto, no dia de sua chegada, como num passe de mágica, ficávamos gentis. Mesmo antes de ele chegar. Com sua presença, então, nos tornávamos seres celestiais. Yogo Rôshi falava inglês, e fui perguntar a ele o porquê dessa situação.

Eu também gostaria de ter essa capacidade de trazer harmonia só de pensarem em mim. “Tudo depende do seu coração”, me respondeu.

Quando cheguei ao mosteiro, também fora visitar a antiga abadessa, que estava no hospital. Ela pedira que eu levasse um poema, mostrando minha compreensão dos ensinamentos. Fui com uma colega japonesa que falava inglês. Ela traduziu para a idosa abadessa. 

Sem aprovar ou desaprovar, a mestra me disse apenas: “A prática dependerá do seu coração”.

Meu coração. Em japonês, a palavra é kokoro ou shin. Kokoro é o âmago do ser. Toda a nossa vida, como tratamos os outros e somos tratados, depende de nosso kokoro?

 Há um praticante que reclama muito em minha comunidade. Se vai a uma farmácia, acaba brigando com o farmacêutico. No trânsito, está sempre envolvido em conflitos.


 Sua vida familiar é de desentendimentos e sofrimento. Veio me pedir orientação, e lhe respondi: “Tudo depende do seu coração”. “Fale mais, Sensei, a senhora também vai dizer que a culpa é minha?”

Acrescentei: “Não é bem assim, mas parte da responsabilidade é sua também. O seu coração significa também a sua mente, as suas expectativas. Você é um homem inteligente,
talvez mais inteligente que a média das pessoas.

Isso lhe poderia ser vantajoso se você não esperasse dos outros as respostas que não podem dar. Entretanto, você se torna a palmatória do mundo. Se cometem erros no trânsito, você buzina, grita e acaba entrando em encrencas.

 Na família, espera que seus irmãos se comportem da maneira que eles não conseguem. Considera todas as pessoas burras. De certa forma, você está estimulando a parte negativa dessas pessoas. Se seu coração nada esperar, poderá observar com maior grandeza o que está acontecendo”.

Seu olhar estava distante. Afastou-se da comunidade por uns tempos. Lembrei-me de quando eu reclamava para a superiora do mosteiro sobre o comportamento das outras monjas, e ela sempre me respondia: “Depende de você.

 Não seja de porcelana. Porcelana quebra. Seja como a água, que toma a forma do vaso que a contém”. A superiora trabalhava tanto. Era a primeira a se levantar e a última a se deitar.


Durante todo o dia, escrevia, recebia pessoas, fazia palestras, dava aulas, participava das meditações e liturgias. 

Nas noites de banho (e eram só de quatro em quatro noites que nos banhávamos), ela, que deveria ser a primeira a entrar para apreciar a água quente e limpa, fazia questão de ser a última. Estava ocupada, escrevendo, atendendo as monjas reclamonas como eu.

Confira algumas mensagens de paz da Monja Coen que vão fazer seu coração vibrar e encher de amor.






3 mensagens de paz da Monja Coen para refletir
Se a paz não começar em mim
“(…) Se a paz não começar em mim, não começará.

Se eu levantar a bandeira da paz em desafio, não será paz.

É preciso erguer as bandeiras brancas com o coração de harmonia, respeito, compaixão.

Se nosso estado é de rancor, de vingança, de demonstrar nossa força, não terá a força de transformar violência em paz ativa (…)”

Vamos nos respeitar nas nossas diferenças. Sem exigir que nos tornemos iguais, que pensemos da mesma forma, que tenhamos a mesma religião e a mesma cultura.

Unidos estamos pelo ar, pelo céu, pela terra, pela vida e pela morte, pelo sonho, a utopia que se realiza quando corações e mentes se unem no Caminho da Verdade.

Vamos nos respeitar nas diferenças de cor de pele, de culturas, de gêneros, de alegrias, de tristezas, de curas e de doenças.

Caminhemos juntos, pois é inevitável (…)”.

Juntos estamos, juntos somos, intersomos
“Juntos estamos. Juntos somos no cosmos. Intersomos, numa rede fantástica de interconexões. Interdependência de instantes que jamais se repetem. Jamais.

Façamos deste o momento sagrado. Deste local o solo, o céu, o ar, as águas e a vida abençoada. Basta mudarmos só um pouquinho. Da ganância, da raiva e da ignorância criamos o compartilhar, o compreender, o saber superior iluminado da verdade (…).

Quanto mais pessoas descobrirem, e colocarem em prática, soluções de não violência ativa para conflitos, mais nos acercaremos da justiça social, do compartilhar da vida, da cura da Terra, da inclusão social, da preservação da natureza, do respeito à nossa casa comum, na celebração da vida.

Pouco a pouco, dando tempo ao tempo, vamos nos reunindo, na grande tenda global. Não da globalização licenciosa, que se aproveita para ludibriar, excluir e explorar. Não. A força global que nos une, a energia que perpassa tudo que existe, permeia o globo terrestre e universalmente a existência. Natureza-Buda (…)”

Está na hora do despertar da humanidade
“(…) Está na hora do despertar da humanidade.

Bom dia!

Que haja discernimento correto na opção da vida.

Que conheçamos os três venenos temíveis a serem evitados: a ganância, a raiva e a ignorância, nos seus disfarces mais variados.

A maioria de nós demora a perceber o próprio envenenamento.

Devem ser apiedadas, orientadas e não apedrejadas.

Não queimem bandeiras.

Não joguem pedras.

Não gritem insultos.

Não condenem pessoas, mas situações.

Podemos juntos transformar a maneira de ser dos habitantes da Terra.

Com isso modificaremos o habitat.

Faremos daqui o local, não da espera, mas do chegar.

Onde se fica bem.

Onde a vida cuida com cuidado uns dos outros (…)

Pois tudo que queremos aqui mesmo se alcança.”


Conheça as mensagens de paz da Monja Coen

Se você acha que o mundo está perdido, que não há mais solução para os conflitos, impasses e guerras, ou se está prestes a perder a esperança na humanidade é porque ainda não conhece as mensagens de paz da 

Monja Coen.

Claudia Dias Baptista de Sousa, uma ex-repórter de família cristã, tradicional de São Paulo, é a pessoa conhecida hoje como Monja Coen Roshi.

Monja Coen teve sua primeira experiência com o Zen em Los Angeles no ano de 1983, mas foi pouco depois, na cidade de Nagoia no Japão, que se converteu ao Zen Budismo.

Já como missionária oficial da tradição Soto Shu no Japão, retornou à São Paulo em 1995, tornando-se a primeira mulher não-japonesa Monja a assumir a Presidência da Federação das Seitas Budistas no Brasil. No ano de 2001 fundou, na capital paulista, a primeira sede brasileira da Comunidade Zen Budista.

Hoje, a Monja Zen é uma ilustre figura brasileira, autora de vários livros sobre a doutrina Zen Budista, participa de palestras, reuniões interreligiosas e prega a paz, amor e respeito ao meio ambiente por onde passa.



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por isto estou em oração permanente contra ataques.

Os meus textos estão em vários blogs com o nome do impostor



Repassando à Chama  Trina da Purificação e da Liberação
se puder  repasse...

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Coloque a mão no seu coração e sinta o fogo do amor Divino da sua  Alma no seu coração.
Que seu coração ascenda a  Chama  Violeta da liberação e  do dharma;
Amem!

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