terça-feira, 10 de outubro de 2017

Epidemia de hepatite A e a saúde do fígado




Epidemia de hepatite A em Saõ Paulo e a saúde do fígado.
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Secretaria Municipal da Saúde afirmou que só este ano 517 casos foram registrados na capital paulista; doença pode ser transmitida por contato com fezes de pessoas doentes, relação sexual ou alimentos e água contaminados

Quantidade de casos de pessoas com hepatite A na cidade de São Paulo é nove vezes maior do que no ano passado

Quantidade de casos de pessoas com hepatite A na cidade de São Paulo é nove vezes maior do que no ano passado

Um surte de hepatite A está afetando a cidade de São Paulo neste ano. Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, até 16 de setembro, 517 casos da doença haviam sido registrados. Comparado ao mesmo período do ano passado, apenas 54 casos tinham sido notificados.

Por em quanto, a epidemia de hepatite A está concentrada na capital paulista, que é responsável de mais de 90% dos casos de pessoas infectadas no Estado, em 2016 a participação era menor, com apenas 40% dos registros.

Apesar de ser considerada menos grave do que as demais hepatites, a do tipo A causa inflamação no fígado e é uma virose de fácil contagio, basta o contato com as fezes de alguém com a doença ou alimentos e água contaminados.

Conforme divulgado pela secretaria, de todas as notificações neste ano, apenas dois pacientes foram a óbito e quatro casos tiveram o comprometimento do órgão, necessitando de um transplante de fígado.

Transmissão por relação sexual
Outro meio que pode fazer com que a doença seja transmitida são as relações sexuais orais e anais sem o uso de preservativos. Descuidos com a higiene podem aumentar ainda mais a contaminação.

Segundo a médica Geraldine Madalosso, da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, o aumento dos casos pode ser relacionado aos relacionamentos homossexuais, já que a incidência da doença é maior entre jovens de 20 a 39 anos que tenham relações sexuais com outros homens.

Prevenção
A vacina contra a condição está disponível pelo Sistema Único de Saúde para crianças entre 1 e 2 anos e pessoas com vírus HIV. Porém, qualquer pessoa pode ter acesso ao imunizante na rede particular.
Lavar as mãos antes de comer e preparar as refeições podem ser algumas das medidas de prevenção da hepatite A.

 Além disso, evitar o consumo de alimentos crus, beber apenas água potável, e praticar sexo anal e oral sempre com o uso de preservativos são outras dicas que ajudam a evitar a doença.


"à medida que se reduz a endemicidade da doença, aumenta o número de crianças mais velhas, adolescentes e adultos susceptíveis que, geralmente, apresentam sintomas quando adquirem a doença", o que faz com que, "paradoxalmente, o número de casos notificados" possa aumentar, explica ainda a DGS.

A infecção pode ser assintomática, ou provocar uma doença aguda associada a sintomas como febre, mal-estar, icterícia, anorexia, náuseas, vómitos e dor abdominal.


Chá Verde e a hepatite
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Ela havia comprado duas caixas de chá e estava tomando três xícaras por dia há alguns meses. Os médicos pediram, então, que ela parasse de tomar imediatamente e fizeram o tratamento para restabelecer a sua saúde. Os especialistas, então, descobriram que um ingrediente contido no chá estava causando todo o problema na garota. 
Depois de dois meses de tratamento, os médicos conseguiram recuperar as funções do seu fígado, órgão responsável por eliminar as toxinas do corpo.

O chá verde já havia sido ligado à danos ao fígado no passado, e há dúzias de casos documentados na literatura médica de pessoas que ficaram doentes depois de tomar chá verde nas mais diversas formas, seja em pó, em infusões, extratos ou pílulas. 
Em entrevista  ao iG , o hepatologista membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná, explicou que o chá verde, em excesso, é tóxico e pode causar hepatite grave.
Segundo ele, a lesão no fígado costuma acontecer quando ingerido em grande quantidade por dois a três meses. "Precisa de um tempo para acumular e depende do uso por mais de 30 dias”, informa.

A catequina que está presente no chá verde é tóxica ao fígado. “Em uma ou duas xícaras, a quantidade de catequina é pequena, mas em quantidades maiores causa mal ao fígado. O chá verde não é antioxidante coisa nenhuma. É só um chá”, alerta o médico.

“O fígado sofre muito com crendices populares”, diz médico; chás como o verde, espinheira santa, cáscara-sagrada, além de álcool, obesidade e automedicação lesionam o órgão


Silencioso, o fígado trabalha arduamente para garantir a boa saúde do corpo. No entanto, quando é agredido por qualquer que seja o agente, como vírus, álcool ou alimentação ruim, começa a se desgastar.

No início, sofre quietinho. Quando resolve botar a boca no trombone, a situação já fugiu do controle. Vem daí a importância de entender o que faz mal para o fígado para aprender a cuidar desse órgão vital.

Aquele chazinho recomendado pela vizinha? Pode ser um veneno que leva até mesmo a um transplante.

Automedicação? O risco é alto. Beber demais para esquecer os problemas? Saiba que o fígado guardará mágoas.
É essencial entender que sem o fígado não se vive, já que é um dos órgãos mais complexos do organismo. Segundo o hepatologista Raymundo Paraná, da Sociedade Brasileira de Hepatologia e professor da Universidade Federal da Bahia (UFB), o fígado tem uma função imunológica,:

ele retira as impurezas de todo o sangue que vem do intestino, permitindo que ele vá limpo para o coração. Além disso, tem células que barram a passagem de bactérias que eventualmente venham por meio do sangue. “Elas são capturadas e destruídas”, explica o médico

Mas não para por aí: o fígado também excreta a bile, que carrega substâncias importantes para a digestão de vitaminas lipossolúveis. Não obstante, é um órgão endocrinológico, pois produz substâncias do tipo hormônios.

“Essas substâncias também controlam algumas funções, como a renal. Além disso, produz fatores de crescimento celular. O fígado é uma grande usina do organismo, produz uma série de proteínas fundamentais, incluindo a albumina, que circula no corpo e mantém os líquidos dentro dos vasos”, detalha Paraná.


Diante de um órgão tão nobre, muitos não se dão conta que atitudes corriqueiras podem lesioná-lo. O médico hepatologista explica que quando o fígado é agredido de forma severa, seja por uma substância tóxica ou por vírus e bactérias, acontece a hepatite aguda.

 “Nesse caso, há sofrimento agudo do órgão. A pessoa pode ficar com olhos amarelos, fadiga, cansaço, náuseas e ter vômitos”, diz. É o único caso em que o fígado manifesta sua insatisfação em um curto período de tempo entre a agressão e a lesão.

Ao contrário do que muitos pensam, boca amarga, azia, má digestão e manchas na pele não são sinais de problemas no fígado.

 “Quem reage à má ingestão de alimentos são o esôfago, estômago e duodeno”, explica a hepatologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Cátia Rejania de Melo.

A obesidade também é uma vilã para o bem-estar do órgão. “Uma forma de proteger o fígado é não engordar. As causas principais da gordura no fígado (esteatose hepática não alcoólica) são a obesidade e o colesterol alto.

 É apenas um sinal de que o órgão está sob estresse metabólico. A cada 100 obesos ou pessoas com sobrepeso, 80 terão esteatose”, diz Paraná.

No dia a dia, além da obesidade, o consumo de álcool, os vírus da hepatite B e C, chás, remédios fitoterápicos, alopáticos, suplementos alimentares inadequados e as populares e ilegais “bombas” que muitos tomam para crescimento muscular podem arruinar esse órgão.

“Normalmente, a agressão é bem tolerada e não apresenta sintomas específicos, mas o órgão continua sendo agredido e vai respondendo com cicatrizes dentro dele, as fibroses.

No intervalo de duas a quatro décadas, elas aparecem e formam a cirrose hepática”, alerta o médico. A hepatologista Cátia Rejania de Melo complementa: o tratamento para quando o fígado falha é o transplante.

“O fígado sofre muito muito também com crendices populares”, diz Paraná. O médico se refere principalmente aos chás que, popularmente são recomendados para curar mil males, mas que na verdade machucam o órgão.

“Essa história de que há medicamentos que protegem o fígado, sejam alopáticos ou naturais, não é verdade. Não existe nada comprovado do ponto de vista científico”, enfatiza o hepatologista.

“No chá de boldo, por exemplo, só há possibilidade de malefício. O chá verde, em excesso, é tóxico e pode causar hepatite grave. A erva-cavalinha também agride o fígado.

A cáscara-sagrada e uma série de outros que passam a ideia de protetores podem causar muito mal”, alerta Paraná.

Além disso, ele coloca na lista negra a espinheira-santa, mãe-boa, sacada, aloe vera, fedegoso e picão preto. O médico explica que não há níveis seguros de consumo para que possam ser recomendados.

No caso do popular chá verde, a lesão costuma acontecer quando ingerido em grande quantidade por dois a três meses.

“Precisa de um tempo para acumular e depende do uso por mais de 30 dias”, diz ele. A catequina presente no chá verde é nociva ao fígado. “Em uma ou duas xícaras, a quantidade de catequina é pequena, mas em quantidades maiores causa mal ao fígado. O chá verde não é antioxidante coisa nenhuma. É só um chá”, alerta o médico.

O único alimento que, segundo o médico, comprovadamente faz bem ao fígado é o café. “É recomendado para quem tem doença no fígado e não tem contraindicações para o consumo, como a arritmia cardíaca. O consumo diário de café bloqueia uma proteína que produz as cicatrizes no fígado. Não é tratamento, mas um coadjuvante importante”, detalha.

Vitaminas
Paraná se preocupa com a suplementação vitamínica sem precedentes. Segundo ele, o excesso de vitaminas pode causar grandes males ao órgão.

“Há tratamentos absurdos com superdosagem de vitaminas. Nenhum organismo precisa de vitamina se a alimentação é saudável”, diz o hepatologista. “Suplementação também não é antioxidante, isso não é uma verdade científica. O que se sustenta cientificamente é que a alta dose pode causar danos ao organismo, inclusive ao fígado”.

Fonte: Saúde - iG @ http://saude.ig.com.br/

Postada por Dharmadhannya 

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