Quando praticamos a benevolência nosso coração abre para amar e ser amado, para perdoar e ser perdoado, para seguir com as asas da paz em direção a felicidade.
Nossa Divina Presença ou Buda Interior ilumina nossa aura com o dharma e nos libera, nos protege dos ataques da escuridão do egoísmo.
A semente do Buda interior cresce... espande...
A compaixão liberta o carma, é um antídodo contra o mal, nos protege das vibraçoes negativas e nos envolve com a luz da Fonte de todas as Graças da Unidade.
Faça esta meditação agora, se você estiver sendo perseguido no trabalho ou por um adversário.
O Espirito da Paz é soberano e invencível.
Eu sou a Fonte.
Eu sou Um-a só consciência.
Dharmadhannya
Meditação : PRÁTICA
Metta Bhavana: a Benevolência
Nesta prática você desenvolve
metta— benevolência e amizade
solícita. Deve ser feita durante vinte a trinta minutos, com cinco ou dez
minutos de permanência em cada estágio.
Sente-se numa posição confortável, quer numa cadeira, quer numa almofada no chão. Feche os
olhos, respire fundo e solte a respiração, sentindo a quietude e o
relaxamento em você.
•
Comece
concentrando-se em sua respiração, ao mesmo tempo que dirige a atenção para o
coração, para o espaço do coração no centro do peito.
•
•
Nesse
momento, repita seu nome ou visualize a si mesmo no coração, de modo a sentir sua presença
ali. Abrace a si mesmo como uma mãe abraçaria o filho — com suavidade e
ternura. Cada vez que expirar, abandone toda e qualquer tensão; quando
inspirar, inspire suavidade e abertura.
•
•
Repita
consigo em silêncio:
•
Que eu me
sinta bem, que eu seja feliz, que tudo dê certo para mim, que eu tenha paz.
•
•
Continue concentrado
no coração e não se limite a repetir as palavras como um exercício mental, mas sinta ressoar em seu
ser o profundo significado delas.
•
•
Preste
atenção a qualquer resistência
— qualquer razão para você não estar bem, ou para não merecer a felicidade.
Admita a presença desses sentimentos e então renuncie a eles.
•
•
Que eu me
sinta bem: sinta-o no corpo, levando metta
em especial para a região que não estiver bem.
•
•
Que eu seja
feliz. Leve para dentro do coração todos os sentimentos de infelicidade,
solidão, raiva, desamparo, injustiça, carência abrace-os ternamente, aceite-os
e ame-os.
•
•
Que tudo dê
certo para mim: leve para dentro do coração todas aquelas áreas que não
estiverem bem e deixe a benevolência transformá-las e elevá-las.
•
Que eu tenha
paz.
•
Leve
para dentro do coração toda a inquietação e sinta-a se abrandar, e se dissolver,
e se transformar.
Agora leve sua benevolência para junto das pessoas mais próximas e
queridas — sua
família e amigos. Traga-as para dentro do coração, uma de cada vez, enquanto as
visualiza e repete os nomes delas.
Dirija-lhes sua benevolência, enquanto repete em silêncio: Que você se sinta bem, que você seja feliz, que
tudo dê certo para você, que você tenha paz.
Dirija metta para seus corpos físicos, seus sentimentos, seus
problemas. Ao expirar, expulse qualquer conflito ou discórdia que possa ter, e
inspire alegria e felicidade (se achar mais fácil, pode fazer uma pessoa apenas,
cada vez que praticar).
“
Agora leve sua benevolência para alguém que não conhece ou que lhe seja
indiferente: uma pessoa neutra. Abra seu coração para essa pessoa desconhecida
enquanto repete:
Que
você se sinta bem, que você seja feliz, que tudo dê certo para você, que você
tenha paz.
Enquanto o faz, comece a ver que a personalidade não é aquilo que você
está amando, mas sim a própria essência da condição de ser, e isso vocês
compartilham: vocês caminham sobre o mesmo planeta, vocês respiram o mesmo ar.
*
Agora dirija
sua benevolência a alguém com quem está tendo problemas: um colega de
trabalho, um desafeto, um parente. Qualquer um cuja comunicação não esteja fluida
ou com quem haja mal-entendido ou conflito.
*
*
Continue a expirar toda e qualquer resistência
e inspirar suavidade e abertura, enquanto retém essa pessoa em seu coração: Que você se sinta bem, que você seja feliz, que
tudo dê certo para você, que você tenha paz.
*
*
Não se deixe envolver na recordação da
história e outros detalhes. Os problemas surgem quando os egos entram em
choque e se debatem entre si, quando alguém toca num ponto sensível dentro de
nós.
*
*
Abrace a área com delicadeza, enquanto se concentra
neste outro. Ele também está sofrendo. Abrace-o com delicadeza e ternura,
desejando a ele bem-estar e felicidade.
*
•
Agora procure
expandir sua benevolência, na direção de todos os seres, em todos os
quadrantes. Abra seu coração a todos os seres, sejam quais forem, repetindo em
silêncio:
•
Que todos os
seres se sintam bem,
•
e a
felicidade, você manterá aberto seu coração, mesmo que as palavras não
reflitam, a princípio, seus sentimentos.
Devemos ampliar o círculo de nosso amor , Benevolência até vê-lo englobar a aldeia inteira; a aldeia, por sua vez, deve receberem seu âmago o município; o município deve englobar a província, e assim por diante, até o escopo de nosso amor abranger o mundo inteiro.
— MAHATMA GANDHI
Para compartilhar metta com
todos
Se
você pode estender metta em direção a si mesmo, aos entes queridos, a
pessoas neutras e até a seus inimigos, então estendê-lo na dire ção de todos os
seres, sejam estes quais forem e estejam onde estiverem, é naturalmente o
próximo passo, e, em termos teóricos, parece muito fácil.
Mas isto pode
enfatizar questões de preconceito e resistências. Você consegue realmente
estender metta aos terroristas, assassinos ou ditadores, na mesma medida
em que consegue fazê-lo na direção de cuidadores, agentes filantrópicos ou
mestres espirituais?
Você é capaz de dar um passo além da personalidade e
chegar à essência da condi ção compartilhada de ser? Você consegue enxergar
através do ego mascarado de fanfarrão e ver a pessoa interior, pessoa confusa
ou traumatizada? Você consegue estender metta a todos os seres de
modo a que em seu coração eles sejam iguais?
O
preconceito pode ser muito profundo e, muitas vezes, extremamente sutil. Na
esteira do 11 de setembro, o mundo teste munhou uma circunstância marcada por
muito preconceito; e, no entanto, o que se logrou com essa atitude? A
erradicação do inimigo torna a vida mais feliz?
A pergunta vale para os dois
lados envolvidos no conflito. A única forma de curar o antagonismo consiste em
pôr fim à guerra dentro de nós, para termos a coragem de abrir o coração aos
que são diferentes de nós, que diferem nas cren ças adotadas, na cor da pele,
na forma de vida, e estender a bonda de na direção deles.
Quando você abre a si próprio seu coração, então consegue abri-lo para
todos, vendo neles aquela humanidade compartilhada.
Isso
realmente corresponde a oferecer a outra face, a ver a parcela de Deus em cada
homem, a estar disposto a se abrir, a aprender, a ver que a experiência humana
compartilhada está repleta de sofrimento, mas que um pouquinho de bondade faz
milagres no alívio do sofrimento.
Em
seu coração, o desejo mais intenso é o da felicidade para todos os seres.
A
metta se iniciará no exato momento em que você pensar em benevolência,
em afabilidade, em conexão.
Se
pensar bastante naquelas, começará a sentir um calor no coração, uma crescente
percepção, e isso se converte em algo que lhe influencia as relações, as
interações com os outros e seu próprio comportamento.
Posteriormente
você se transforma na benevolência mesma, ela será simplesmente quem você é.
Naquele estágio, não há estranhos, não há inimigos, não há separação — todos
são iguais.
Ou despertarmos a verdadeira compaixão por todos, ou não teremos
compaixão por ninguém, nem mesmo por nossos entes queridos... Porque o amor é o
amor: não dá para abri-lo e fechá-lo como se fosse uma torneira.
—
BO LOZOFF
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