A
criação de um filho compreende quatro tarefas principais.
Os pais são
responsáveis por desenvolver na criança:
1.
independência
emocional
2.
auto
disciplina
3.
capacidades
4.
moral
“Quando você evita explicar muito, avisar muito, adular,
subornar, ameaçar e punir, você poupa tempo e energia e mantém a sua dignidade
como pai ou mãe.
Quando você pede, diz e deixa a distância emocional fazer o
trabalho, suas crianças rapidamente aprenderão que quando você pede que eles
façam algo – ou que parem de fazer algo – eles não tem alternativa a não ser
fazê-lo”.
Receconhecer e evitar estratégias exaustivas e
inúteis torna os pais mais convincentes em suas ordens ou instruções. Ela
explicou, as atitudes menos efetivas na
hora de impor limites – e, do outro lado, as que mais garantem êxito. Leia
abaixo os conselhos.
Divulgação
"Quando você evita explicar muito,
avisar muito, adular, subornar, ameaçar e punir, você poupa tempo e energia e
mantém a sua dignidade como pai ou mãe"
1. Não se explique demais
“Quando pedimos para uma criança fazer algo ou para parar de
fazê-lo, nosso hábito é de seguir com uma grande explicação de porquê tal ação
é necessária. Se nossos filhos não respondem à primeira explicação, pensamos
que ela não teve apelo para eles (ou que eles apenas não a entenderam) e,
então, gastamos tempo e energia em tentar convencê-los novamente”,
Se a criança não entendeu porque está sendo solicitada a
fazer ou deixar de fazer algo, dificilmente ela será convencida por mais e mais
explicações. O que ela precisa entender é que tudo o que você pede é para o bem
dela – e assim será até ela crescer.
2. Não dê mais de um aviso
“Ao dar várias chances e avisos, nós mostramos às crianças
que não acreditamos naquilo que dizemos e que não esperamos uma ação efetiva
até darmos muitos e muitos avisos”,
“A maioria das crianças entende que enquanto os pais estão nesse ‘modo de aviso’, nada irá acontecer com elas”.
Portanto, seja firme.
3. Não adule
Você se pega usando frases como “se você arrumar seu quarto,
ganha um chocolate” ou “faça toda a lição e te dou um brinquedo” com
frequência?
Pense melhor. “Quando os adultos se esforçam adulando e coagindo as
crianças para que elas façam o que devem, isso significa que só os pais estão
fazendo o trabalho duro, enquanto os filhos esperam uma recompensa convincente
o bastante para encorajá-los a começar uma tarefa que não é mais que obrigação
deles”.
4. Não suborne
As crianças devem ser acostumada a agir dentro de um senso
de obrigação. “Se o único jeito de conseguirmos fazer com que as crianças façam
o que mandamos é oferecendo algo, nos deixamos vulneráveis a ter que pensar em
maiores e melhores ‘mimos’ com o tempo.
Além disso, essa ação dá às nossas
crianças a permissão de perguntar ‘o que você me dará se eu fizer isso?’ – e
esse não é um bom hábito para se encorajar”
5. Não ameace
Ameaças funcionam com "se você não fizer isso.. então
eu irei…”.Você abre um contrato e isso dá margem
para a criança negar a oferta. "Aprendi essa lição muito cedo com o meu
primeiro filho.
Quando dizia 'Robert, se você não guardar seus brinquedos
agora, não iremos ao parque essa tarde', ele apenas respondia 'tudo bem'. E eu
ficava sem saber para onde ir", relembra.
"Outro problema em ameaçar é que, se você fala que irá
fazer algo, é obrigado a cumprir isso. A maioria das ameaças que tem como
objetivo persuadir a criança a fazer o que foi pedido nos pune mais do que a
elas"
E exemplifica: “Os pais ameaçam: 'Se você não fizer
isso imediatamente, não verá mais TV pelos próximos três dias'. É mais provável
que a vida de quem fique mais difícil com essa ameaça?".
6. Não puna
Segundo Diane, algumas crianças aprendem através das
punições, mas muitas se tornam ressentidas, irritadas e se sentem tratadas de
forma desleal. “Também, se usarmos a punição, nossos filhos podem simplesmente
aprender como aguentá-las – e voltarem a fazer aquilo que tentamos evitar”,
afirma.
Mas se os pais deixarem de explicar, avisar, adular,
subornar, ameaçar e punir, o que eles podem fazer? Basta uma estratégia
simples, com três passos: peça, diga e aja.
7. Peça uma vez só
Diane recomenda que os pais simplesmente peçam o que deve
ser feito e observem a resposta do filho. Isso dará a eles uma informação
importante.
“Quando as crianças se negam a fazer o que foi pedido, eles
usualmente expressam uma das três formas a seguir: tristeza, irritação ou
distanciamento”, ensina ela.
A tristeza é simbolizada por chateação. “Eles parecem
ofendidos e dizem ‘por que eu?’”, descreve. A irritação se manifesta em
confronto: “eles discutem e acusam você de ser injusto com eles”.
O
distanciamento é caracterizado por indiferença. “Eles ignoravam você, olham
para outro lado e continuam o que estão fazendo”, “Tudo isso
significa que a criança não fará aquilo que pediu”. Mas como reagir?
8. Diga de maneira enérgica
“Vá até o seu filho – isso pode ser um pouco difícil para os
pais, pois significa que eles terão que parar aquilo que estavam fazendo,
levantar e ficar do lado da criança”.
“Uma vez que aparecemos perto da criança, ela sabe que
isso significa que ela terá que fazer o que foi pedido”.
Que os pais falem baixo – isso mostra que
eles estão no controle tanto da própria voz quanto da criança – e que olhem seu
filho nos olhos.
9. Aja
Se seu filho não respondeu a nenhuma das ações anteriores,
você precisa fazer algo. “A coisa mais efetiva que você pode fazer é usar a
‘distância emocional’ até que ele esteja pronto para fazer o que foi pedido”
“Pegue-o no colo ou pela mão e o leve para o quarto. Diga
firmemente ‘você é bem-vindo para se juntar à família assim que estiver pronto
para fazer o que pedi’, e deixe-o sozinho”, completa. Lembre-se: o seu filho
tem o poder de se reunir à família ao fazer o que lhe foi pedido. site do Portal Ig
Quando
o bebê nasce, depende inteiramente de nós para ter todas as suas necessidades
emocionais atendidas.
Em
seu maravilhoso livro The Continuum Concept (não publicado em
português), Jean LiedlofF oferece uma ótima descrição da sensação de segurança
do bebê ao ser carregado por uma pessoa amorosa.
Jean Liedloff aponta o afago como a maneira de
fazer com que o pequeno corpo do bebê descarregue energia ou a transfira para
um corpo maior.
E
a descarga de desconforto é recebida pelo adulto sem maiores problemas. Uma vez
descarregada a energia, o bebê se sente em paz novamente - à vontade no mundo.
Emocionalmente
dependente ► Emocionalmente independente
No
aspecto emocional, o bebê depende inteiramente do adulto. Queremos, porém, que
os nossos filhos cheguem emocionalmente independentes à idade adulta. Não
emocionalmente apáticos: independentes.
Queremos que sejam capazes de sentir e
administrar, de maneiras socialmente adequadas, toda a gama de emoções: da
alegria à tristeza, do entusiasmo à raiva.
Quando
as emoções forem fortes demais e difíceis de suportar, queremos que nossos
filhos saibam buscar a ajuda de um parente ou amigo capaz de se interessar pelo
que eles estão passando.
Richard
Gordon, autor da série de TV Doctor in the House, descreveu o bebê como “uma
pessoa muito pequena, sem qualquer disciplina de uma ponta a outra”.
Como pais, nossa tarefa é pegar essas
pessoinhas indisciplinadas e ajudá-las a se tornarem mais crescidas e
autodisciplinadas.
Precisamos
criar filhos capazes de estabelecer metas, trabalhar por elas e experimentar
satisfação ao vê-las atingidas e ter os sonhos realizados.
Emocionalmente
dependente ► Emocionalmente independente
Indisciplinado ►
Autodisciplinado
Com
independência emocional e autodisciplina, nossos filhos podem adquirir os
próximos dois requisitos para a vida adulta: capacidades e moral.
Capacidades
Talvez
seja injusto descrever um recém-nascido como alguém sem qualquer capacidade.
Realmente. Nossos bebês fazem verdadeiros milagres.
Mas a complexidade e o número de capacidades
que terão de desenvolver para viver com independência na idade adulta são
enormes. É responsabilidade nossa cuidar para que tenham conseguido isso antes
de se lançarem no mundo.
Emocionalmente
dependente ► Emocionalmente independente
Indisciplinado > Auto
disciplinado
Incapaz ► Capacitado
Moral
Os
bebês começam a vida como seres essencialmente amorais. Não sabem identificar o
certo e o errado.
Quando
chegar o momento de viverem sozinhos, precisamos da certeza de que carregam com
eles a moral, os valores e a ética da família, além da certeza de que estão
desenvolvendo seu lado espiritual.
Emocionalmente
dependente ► Emocionalmente independente
Indisciplinado ► Autodisciplinado
Incapaz ► Capacitado
Amoral ► Moral
Como alcançar
independência emocionai e auto disciplina
Este
texto enfatiza a importância dessas duas tarefas dos pais.
Acredito
que, se nossos filhos desenvolverem independência emocional e autodisciplina,
seguirão um imperativo natural de adquirir as habilidades necessárias ao seu
bem-estar,
inclusive
levando em consideração nossas observações a esse respeito. Paralelamente, eles
desenvolverão a espiritualidade e comportamentos morais e éticos.
Aprendendo
por meio do erro sem risco
Meus
dois primeiros filhos cresceram em uma época em
que estavam na moda umas
chaleiras brilhantes e coloridas, bem “chamativas”. Dizer a eles para não tocar
na chaleira porque era perigoso não tinha nenhum significado.
O
que faz uma mãe numa hora dessas? Como deixar que os filhos errem com
segurança, para aprender?
Enchi
a chaleira com água bem quente - mas não a ponto de oferecer perigo - e mostrei
a eles que poderiam colocar o dedo muito rapidamente, apenas para verificar a
temperatura. E, toda vez que eu tocava a chaleira, repetia: “Quente.”
Este
modelo - deixar que a criança aprenda por meio de erros seguros - tem grandes
probabilidades de sucesso em comparação com conselhos, regras e castigos, mas
exige ponderação e planejamento. A maioria dos pais acha mais fácil gritar.
A
escolha é nossa, porém não é fácil.
Os pais devem
refletir a vida real
Nossos
filhos são tão preciosos que temos dificuldade em deixar que eles errem. Quando
caem, queremos levantá-los. Quando pedem “só mais uma historinha”, que mal há?
Mas nossa tarefa é refletir o mundo para o qual estamos preparando nossos
filhos. Quando estiverem no mundo lá fora, eles vão precisar saber:
1.
como se
levantar e seguir em frente;
2.
que estar
junto não é garantia de amizade;
3.
que às vezes
é preciso terminar o trabalho antes da diversão;
4.
que completar
uma tarefa é muitas vezes a maior dificuldade.
Gosto
muito do título do livro do psicólogo austríaco Bruno Bettelheim, The
Good-enough Parent (Pais Suficientemente Bons, em tradução livre). Nesse
trabalho, ele afirma que, se os pais agirem com razoável acerto na maior parte
das vezes, os filhos ficarão bem.
Essa afirmativa sempre me traz grande conforto
quando perco o controle e grito com meus filhos.
Uma
das mais belas artes da educação é refletir a vida real em doses que a criança
seja capaz de suportar.
Aprendendo a fazer escolhas acertadas
Quando
os filhos são pequenos, decidimos quase tudo por eles. Se queremos que mudem de
lugar, simplesmente os tiramos daqui e o colocamos ali.
Antes
da idade adulta, existe aquela fase adorável chamada adolescência, em que
metade das decisões cabe a nós, e a outra metade, a eles - e costuma ser bem
difícil chegar a um consenso acerca da divisão.
Um
modo de ver a educação é considerá-la a tarefa de ensinar os filhos a fazer
escolhas acertadas. O mundo que nossos filhos vão encontrar, quando adultos,
será tão complexo que é impossível - como sempre foi - armá-los com todas as
repostas para todas as situações.
O máximo que podemos fazer é oferecer a eles
muitas oportunidades de tomar decisões enquanto forem jovens até que conheçam a
si próprios e consigam pensar em termos de causa e efeito.
É
preciso que, durante sua curta experiência, os filhos tenham cometido erros
seguros em quantidade suficiente, de modo que possam recorrer ao que
aprenderam, evitando assim novos e desnecessários erros.
Quando
alguma coisa sai mal para minha filha Deborah - não me lembro de ter sido tão
cuidadosa com meus dois filhos mais velhos -,
a observação que menos gosto de me ouvir fazer
é “eu avisei”, e o que mais gosto de me ouvir perguntar é
“o
que você aprendeu com isso?”
Para mim, será um grande dia quando conseguir
me restringir à segunda possibilidade.
A mãe que trabalha ou
"o que meu filho vai dizer ao terapeuta?"
A
falta que mais nos incomoda é a de tempo. Embora muitos afirmem não querer ter
como epitáfio “queria ter passado menos tempo no trabalho”, não
é isso o que se vê por aí.
Hoje em dia, são comuns casais que trabalham
fora de casa, também é muito comum encontrarmos situações em que o pai ou a mãe
criam os filhos sozinhos, enfrentando a tarefa hercúlea de acompanhar e prover.
Dizer
que “é preciso muita gente para criar um filho” já não é novidade. Todos
sabemos disso e nos perguntamos:
como
encontrar essa gente quando vivemos correndo da casa para o trabalho, para a
escola, para as atividades extracurriculares, para a academia e tudo o mais?
Simplesmente
não sobra tempo para formar o círculo de amizades que manteria nossos filhos em
segurança.
Com
frequência, vejo homens de 30 ou 40 anos se emocionarem quando contam que o pai
era um homem que parecia ter tempo de sobra, mas vivia ocupado demais “no
escritório” para estar presente nos momentos mais importantes.
O fator crítico talvez seja o fato de “parecer
que ele tinha tempo”. Não vejo a mesma resposta nos filhos que descrevem os
pais como alguém que trabalha muito para garantir casa e alimento à família.
Na
verdade, não temos como saber qual interpretação os filhos darão mais tarde às
decisões tomadas pela mãe de construir uma carreira, conquistar um lugar na
escada profissional ou corporativa, ganhar dinheiro bastante para oferecer a
eles bens materiais e experiências além de suas necessidades.
Nos
últimos dez anos, cada vez mais tenho observado que os pais comparecem às
consultas acompanhados de uma terceira pessoa: a babá. Esse é um arranjo
bastante útil, pois deve haver coerência no trato com as crianças.
Por
isso, nunca é demais lembrar que, embora muitas babás sejam equilibradas e
dedicadas aos adultos e às crianças para os quais trabalham, elas podem ser
responsáveis por cuidados e ensinamentos, mas não pela criação do seu filho.
Essa é responsabilidade e privilégio dos pais.
Tendo
em mente uma das minhas frases preferidas -
“O lugar da mãe é no erro” - se
você quiser examinar como vem agindo e verificar se tem necessidade de
mudanças, uma boa estratégia é imaginar o que o seu filho dirá, daqui a trinta
anos, do modo como foi educado.
Você tem sido o tipo de pai ou mãe que deseja
ser? Se concluir que alcançou 50% do que pretende, pode-se dizer que está indo
bem.
Somente sessenta minutos
E,
se eu tivesse apenas sessenta minutos para estar com os meus filhos, o que
faria? Minha melhor sugestão para os pais que dispõem de pouquíssimo tempo para
dedicar aos filhos é:
“Use o tempo para ser pai ou mãe(ou Outras pessoas podem ser babás,
amigas ou colegas dos seus filhos. Pai ou mãe, só você. Use o tempo disponível
para atender às necessidades
dos
filhos - não necessariamente os desejos dele.
Você
tem como primeira responsabilidade (proporcionar aos seus filhos o apoio
emocional de que necessitam para alcançarem a aprendizagem e viverem as
experiências que vão torná-los adultos emocionalmente independentes.
Sua segunda responsabilidade é estabelecer
expectativas adequados, de modo que os seus filhos possam trilhar com segurança
o caminho que vai da indisciplina à autodisciplina.
Quer
você disponha de uma ou de vinte e quatro horas por dia para ser pai ou mãe,
aproveite o tempo para cumprir essas duas responsabilidades básicas.
Postado por Dharmadhannya
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