segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O Anjo Guadião




O anjo Guardião
Henrique  Rosa

Todos nós temos um Ser Angélico, que na literatura esotérica aparece também com o nome de Anjo Solar, e que não deve ser confundido com “o Anjo da Guarda” do catolicismo nem com o que outras crenças aplicam à palavra Anjo.

O nosso Ser Angélico se encontra ligado ao aspecto Amor- Sabedoria no Espírito, o Eu Divino, ele procura ajudar nossa alma a se libertar e se iluminar, daí sua ligação também com a nossa alma.

Enquanto os Guias nos acompanham durante uma única encarnação terrena, os Mestres nos acompanham várias vidas nes­te planeta o Ser Angélico Solar nos acompanha até retornarmos à nossa Unidade Divina, ou seja, à Consciência Cósmica.

Ele também nos ajuda a fazer as nossas religações internas com a alma e o espírito para chegarmos ao Pai Celestial, mas o ser humano não tem, também, consciência do seu Anjo Solar. Apenas quando areligação entre cérebro-mente- consciência-alma é fei­ta, o discípulo aceito começa a contatá-Lo.

O Ser Angélico Solar é um ser cosmicamente ligado a nós e que faz parte das Hierarquias Superiores Angélicas. Contudo, an­tes de o contatarmos, podemos e devemos contatar muitos outros Seres Angélicos, visto que existem nove Hierarquias Angélicas e cada uma delas tem várias hostes.

Nos diz o Mestre Tibetano:
“A mistura da evolução angelical, ou dévica, com a humana. Isto é um mistério que será solucionado quando o homem chegar à consciência de seu próprio Anjo solar, somente para descobrir que aquela também nada mais é do que uma forma de vida, que, tendo servido ao seu objetivo, precisa ser abandonada.

A evolução angelical, ou dévica, é uma das grandes linhas de força, contida na divina expressão e os Anjos Solares, os Agnishvattas pertencem — em seu aspecto forma — a esta linha.”
Nos nossos dias, os Anjos povoam as imaginações de milha­res de seres humanos.

Mas sempre o homem teve uma certa fasci­nação por eles.
A palavra Anjo vem do grego ággelos e do latim angelu que quer dizer ser espiritual que exerce o ofício de mensageiro entre Deus e os homens.
Durante milênios os povos deram vários nomes a estes Seres, entre muitos e em síntese temos:

—                   Egito e Grécia Antiga: Deuses.
—                   Oriente, Índia: Devas.
—                   Religiões ocidentais de uma maneira geral: Anjos e Arcan­jos e suas Hostes Angélicas.
Dentro de uma filosofia religiosa surgiu o Anjo da Guarda, também conhecido como Anjo Custódio, que segundo o dicioná­rio, é um espírito celeste que se crê velar sobre cada pessoa, afas­tando-a do mal e inclinando-a para o bem.

Também quando uma pessoa protege e defende outra é chamada de anjo da guarda mas os dois casos não possuem nenhuma relação com a linha evolutiva angélica.

“Os povos orientais, bem como numerosos membros de celtas[1] e outras raças naturalmente psíquicas, estão e estavam familiarizados com a idéia da existência dos Deuses.

No Oriente eles são denominados devas, uma palavra sânscrita significando “seres brilhantes” se referindo à sua aparência luminosa. Eles são considerados agentes onipresentes e superfísicos da Vontade Cri­adora e diretores de todas as formas, leis e processos naturais solares, interplanetários e planetários.”[2]

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As Hostes Angélicas de uma maneira geral e até os Espíritos da Natureza, normalmente e no ocidente, recebem todos o nome de Devas, mas na realidade, o nome de Deva, se refere aos Anjos, visto que a palavra oriental “Deva”, é sinônimo de Anjo e não de Espírito da Natureza.
Vamos analisar rapidamente os três principais estágiosda
Linha Evolutiva Angélica e suas correspondências com a Linha Evolutiva Humana para que todos possam compreender um pou­co melhor.

1.     Os Espíritos da Natureza. Correspondem em termos evolutivos, aos nossos animais e pássaros, são impulsionados por uma alma grupalcompartilhada com outros do mesmo gênero, cuidam de vários aspectos energéticos da natureza.

2.     Os Anjos ou Devas. Evoluíram na alma-grupal e se sepa­raram, se individualizaram, tanto que entre eles, existe uma enor­me variação na escala evolutiva tal como o ser humano.
Deva como adjetivo, também significa: divino, celeste, glori­oso, resplandecente, etc.”
  
3.     Os Arcanjos e outros mais elevados transcenderam as limitações da individualidade e penetraram na consciência cósmi­ca ou universal, tal como os Mestres de Luz ou Ascensionados.
Os Devas ou Anjos são seres celestiais que segundo Blavatsky, habitam “os três mundos” ou três planos superiores ao nosso, ou seja: o astral, o mental e o búdico (um dos mundos da alma). Diz ela que há trinta e três grupos ou trezentos e trinta milhões deles.

Na realidade são muitos Anjos, mas é isso o que a tradição esotérica oriental ensina.
“As Hostes Angélicas podem ser encaradas como Inteligências ativas, criadoras e construtoras de formas, de toda a criação objetiva. São manifestações do Uno, dos Três, dos Sete e todos os seus produ­tos. Da alvorada ao crepúsculo do Dia Criador, elas estão incessante­mente em ação, como diretores, administradores, delineadores, ar­tistas, produtores e construtores, sempre sujeitas e expressivas da Vontade Una, da substância Una, do Pensamento Uno.”[3]
“A evolução humana deveria dar força à dévica, e a dévica, alegria à humana. O homem deveria comunicar aos devas o ponto de vista objetivo, enquanto estes, por seu turno, verter sobre ele seu magnetismo curador. Eles são os guardiães do prana, do mag­netismo e da vitalidade, assim como o homem é o guardião do quinto princípio, manas”[4] ou a mente.

Com a entrada da era aquariana, que é coordenada peloséti­mo raio, é possível haver um contato maior e mais consciente com os Seres Angélicos ou Devas. Não podemos cair no mesmo erro do passado, querendo ser aprendizes de Deus e em nome Dele fazer e manipular tudo e todos a nosso bel prazer, sem espiritualidade quase nenhuma, e sem evolução adequada.

Não há nada de errado em contatar os Anjos, mas temos que saber nos proteger e estar bem conscientes do que estamos fazendo e para que objetivos e finalidades estamos agindo e ser­vindo.

Não é pelo fato de ser um Anjo que um ser deve ser julgado como bom, elevado ou superior. Não se esqueçam de que muitos Anjos têm uma evolução comparativa a de um ser humano co­mum. Os mais evoluídos se equiparam em termos evolutivos com homens espiritualizados; somente a evolução de um Arcanjo é que equivale a um iniciado no grau de Mestre.

A fascinação é um dos graves perigos para aqueles que bus­cam uma espiritualidade. Quando alguém ficaobcecado, cego, deslumbrado, sua mente fica obscurecida pelas trevas, o que pode levá-lo a cair em perigosos abismos.
— E por quê?
Ele não sabe distinguir um verdadeiro Ser Angélico,que ser­ve a Luz, de uma entidade humana que se encontra no mundo as­tral inferior que se faz passar por Anjo, e que serve as trevas.
A imagem dos Anjos que está arquivada no inconsciente co­letivo é aquela apresentada pelo catolicismo e, pelos pintores da idade média[5] e pelos renascentistas[6], ou seja, aqueles anjos com longas asas.

E também são estas as imagens que vemos espa­lhadas por muitos livros, onde os Anjos são interpretados como serviçais das vontades humanas e com isto o imaginário tem cor­rido solto nas mentes dos seres humanos.

As asas são formas simbólicas que querem dizer que esses seres não estão presos à matéria física, por isso, podem voar, do mesmo modo que um ser humano voa para o mundo astral quando desencarna ou quando dorme. Pela ação da mente também podemos voar pelo mundo astral, contudo, não temos asas.

Não devemos criar imagens fantasiosas dos Seres Angélicos porque corremos o grande risco de nos ligar ao imaginário cole­tivo e ficarmos longe da verdade.

Eles não ligam muito a nomes, nós é que precisamos de nomes, rótulos; mesmo assim, eles costu­mam apresentar nomes que são mais simpáticos e familiares a lin­guagem dos homens. O que importa, na verdade, são seus ensina­mentos e suas energias.

Infelizmente, hoje em dia, há muitas fantasias sobre os An­jos, tentando ganhar força às custas da falta de informação corre­ta de muitos. São fantasias que só espelham os níveis de neuroses de seus criadores, e tudo isso é muito triste.

São jogos de mani­pulação das sombras.
Existe um ensinamento oculto, hoje pouco conhecido do mun­do físico, que diz:
No princípio da evolução da Terra não existiam homens como hoje se conhece, porque todos eram resplandecentes Filhos de Deus, Filhos da Mente Divina, por isso, todos eram brilhantes como os Anjos, mas alguns não quiseram seguir as Leis Ocultas do Grande Criador porque queriam evoluir mais rapidamente e não tão lenta­mente.

Daí começaram a se rebelar cada vez mais, até que foram criando seus próprios karmas, caindo na matéria mais densa, sua irradiação foi perdendo brilho, ficando cada vez mais opacos e aquosos, até perderam a consciência de suas verdadeiras origens.

Estes, que acabaram por criar não uma rebelião mas uma re­volução na estrutura universal da evolução, sabiam que quanto mais denso é o plano dimensional mais rápido é a evolução mas, em contrapartida, maiores são as possibilidades de errar e de criar pesados karmas.
É dentro deste ensinamento oculto que Blavatsky na sua

“A Doutrina Secreta, vol. VI” diz:
“Os chamados Anjos caídos são a Humanidade mesma.
A queda dos Anjos é uma alegoria Universal; representa a ação da inteligência diferenciando-se, ou a consciência em seus diversos planos buscando a união com a Matéria, num extremo da
escala evolutiva e no outro extremo inferior, a rebelião da Maté­ria contra o Espírito, ou a ação contra a Inércia espiritual.”

[7] Nos tempos atuais há uma grande busca pelos Anjos e mais uma vez o ser humano procura no exterior e no céu imaginário; sua personalidade não compreende que o verdadeiro Anjo se en­contra dentro dele próprio, em sua alma e em seu espírito.

A nostalgia de um passado cheio de mistérios e enterrado nas profundidades da alma e do espírito leva-o a buscar suas verdadei­ras origens de uma forma inconsciente e assim ele projeta para fora, o que na realidade, sempre esteve dentro dele mesmo.

Conforme já citamos acima, segundo a tradição esotérica, os anjos rebeldes ou os anjos caídos, somos nós, a própria humani­dade, e talvez daí venha a grande atração, amor e carinho que te­mos pelos Seres Angélicos e a razão pela qual eles sempre estive­ram tão perto de nós, nos ajudando.
Quando a alma do ser humano se ilumina, ela se torna res­plandecente e brilhante como um Ser Angélico, daí que numa fu­são completa com a Luz, a alma torna-se o próprio Anjo Solar, ela retorna às suas origens, ao Reino do Pai.

O Mestre Djwhal Khul é claro quando disse:
“Todas as almas no plano mental tomam as formas dos Anjos Solares, dos Filhos Divinos da Mente.[8]
O Anjo Solar nos acompanha desde nossas origens e é res­ponsável também pelo desenvolvimento da inteligência e do amor- sabedoria em nós. Isto corresponde ao Terceiro e Segundo Aspec­tos da Trindade interna do homem, unificados.

O Anjo Solar se funde a nossa alma e assim, ocultamente, passa a ser o Princí­pio, a Consciência e também o Ser Crístico em cada um de nós.

A alma procura revelar, chegar e se unificar ao espírito ou ao Pai, o discípulo busca chegar a conscientização do Anjo, de Sua presença, e o Anjo Solar se torna na própria alma, no Ser Crístico.

Daí, a alma atinge a luz e torna-se um Ser de Luz; este é o destino de toda a humanidade, quer acreditem ou não, porque - em verdade, todos somos Filhos da Luz, Filhos de Deus, Filhos da Mente Divin





[1]Os celtas eram da raça indo-germânica, que já na Idade do Bronze chegaram às Ilhas Britânicas, através dos Balcãs e a Gália central, e foram vencidos pelos romanos no séc. III a. C.
[2]O Reino dos Deuses, Geoffrey Hodson.
[3]O Reino dos Deuses, Geoffrey Hodson, pág. X-XI.
[4]Cartas Sobre Meditação Ocultista, Alice A. Bailey.
[5]  “Período histórico compreendido entre o começo do séc. V e meados do séc. XV.”
[6] Movimento artístico e científico dos sécs. XV e XVI, que pretendia ser um retorno à Antigüidade Clássica. O estilo que se caracteriza pelos abundantes ornatos dourados, largo emprego de arcos e florões, etc.” — Dicionário Aurélio.
[7]  A Doutrina Secreta, Helena P. Blavatsky.
[8]  Um Tratado Sobre Magia Branca, Alice A. Bailey.



Postado por Dharmadhannya
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