quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A Vítima e a Autopiedade




NÃO PERCA TEMPO SENTINDO
PENA DE SI MESMAS

A autopiedade é de longe o mais destrutivo dos
narcóticos não farmacêuticos. Ela vicia, dá um prazer
momentâneo e afasta a vítima da realidade.
- JOHN GARDNER

AUTOPIEDADE

Todos passamos por situações dolorosas na vida. E, embora a tristeza seja uma emoção normal e saudável, deixar-se afundar nela é um comportamento autodestrutivo. Leia as frases a seguir e veja se alguma delas se aplica a você:
                    Você tende a pensar que seus problemas são maiores que os dos outros.

                    Se não fosse pela má sorte, certamente você não teria proble­ma algum.
                    Seus problemas parecem se acumular muito mais rapida­mente que os dos outros.

                    Você está razoavelmente convencido de que ninguém entende de verdade como sua vida é difícil. 
Você não percebe que vivemos  nos dias de hoje em um mundo "colorido" pelo sonho "Eu venci - Eu sou feliz! 

Por isso, as pessoas revelam um sorriso paradisíaco da sua "felicidade." Por isso, as pessoas podem começar a evitar a sua companhia.

                    Às vezes você evita atividades de lazer e compromissos sociais para poder ficar em casa pensando sobre seus problemas.

                    E mais provável que você compartilhe com as pessoas as experiências ruins do seu dia do que as boas.

                    Com frequência você se queixa de as coisas não serem justas.
                    Para você, às vezes é difícil encontrar algo pelo qual seja grato.

                    Você acha que os outros são abençoados com uma vida mais fácil.
                    De vez em quando, você se pergunta se o mundo está contra você.

E então? Você consegue se ver em algum dos exemplos cita­dos? A autopiedade é capaz de consumi-lo até transformar seus pensamentos e seu comportamento, mas você deve tomar o controle da situação.

 Mesmo que não possa modificar as circunstâncias, você pode mudar sua maneira de reagir a elas.

POR QUE SENTIMOS PENA DE NÓS MESMOS


Se a autopiedade é tão destrutiva, por que nos deixamos levar por ela? E por que, de vez em quando, é tão fácil e reconfortante cair nessa armadilha?
A piedade foi o mecanismo de defesa dos pais de Jack para protegê-lo e se protegerem dos perigos futuros.

 Eles escolheram se concentrar no que o filho não podia fazer como modo de blindá-lo contra qualquer problema em potencial.

É compreensível que estivessem preocupados com a seguran­ça dele. Não queriam perdê-lo de vista e temiam por sua reação emocional quando visse um ônibus escolar outra vez.

Foi apenas uma questão de tempo para que a piedade despejada sobre Jack por seus pais se tornasse pena de si mesmo.

É muito fácil cair nas garras da autopiedade. Enquanto se com­padece de si mesmo, você pode adiar quaisquer circunstâncias que o obriguem a encarar seus medos de frente e, assim, evitar assumir responsabilidade por suas ações.
 No entanto, a autocomiseração apenas pode fazê-lo ganhar algum tempo.

 Quando você exagera e enxerga sua situação como se fosse pior do que efetivamente é - em vez de tomar uma atitude ou seguir em fren­te -, isso justifica sua relutância em fazer algo para melhorá-la.

 Mas, cedo ou tarde, você terá que enfrentá-la.
Com frequência, as pessoas usam a autopiedade para chamar atenção. Dar uma de coitadinho pode resultar em algumas pala­vras gentis dos outros - pelo menos a princípio.

 Para quem tem medo de rejeição, a autopiedade pode ser uma forma indireta de conseguir ajuda partilhando histórias do tipo “pobre de mim” na esperança de atrair alguma assistência.

Mas, infelizmente, a tristeza adora companhia, e às vezes a autopiedade se torna um direito. Uma conversa pode se tornar uma competição para ver quem passou pelo trauma maior.

 A autocomiseração também pode ser uma desculpa para fugir das responsabilidades. A ideia de dizer a seu chefe quão terrível sua vida é pode vir de alguma esperança de que depositem menos expectativa em você.
Além disso, a autopiedade pode se tornar um ato de rebeldia. É como se achássemos que algo vai mudar se nos esforçarmos para lembrar ao universo que merecemos algo melhor.

Mas não é assim que o mundo funciona. Não existe um ser superior - ou mesmo um ser humano - que possa cair do céu e assegurar que todos nós seremos tratados com justiça na vida.



O PROBLEMA DE SENTIR PENA DE SI MESMO

Sentir pena de si mesmo é um comportamento auto destrutivo leva a novos problemas e pode trazer sérias consequências.
Em vez de se sentirem gratos por Jack ter sobrevivido ao acidente seus pais se preocuparam com o que a tragédia havia ti­rado dele. Como resultado, potencializaram os danos causados pelo acidente.

Isso não significa que não eram pais amorosos. Apenas que seu  comportamento vinha do desejo de manter o filho em segurança. No entanto, quanto mais se apiedavam de Jack, mais isso afetava negativamente seu humor.

Ceder à autopiedade pode impedi-lo de alcançar uma vida ple­na pelas seguintes razões:

         Ê uma perda de tempo. Quando sentimos pena de nós mes­mos, gastamos muita energia mental e não fazemos nada para mudar a situação. Mesmo que você não possa resolver o problema, pode escolher enfrentar os obstáculos da vida de forma positiva. Sentir pena de si mesmo não vai deixá-lo mais perto de uma solução.

         Leva a mais emoções negativas. Se você deixar que a autopie­dade assuma o controle, ela dará início a uma enxurrada de emoções negativas. Você pode começar a sentir raiva, ressen­timento, solidão e outros sentimentos que alimentam ainda mais os pensamentos negativos.

         Pode se tornar uma profecia autorrealizável. Sentimentos de autopiedade podem levar a uma vida deplorável. É imprová­vel que você consiga dar o melhor de si quando se entrega a sentimentos de autocomiseração. Como consequência disso, você pode encontrar mais problemas e fracassos ainda maio­res, o que vai dar início a um círculo vicioso.

   Impede você de lidar com outras emoções. A autopiedade é um obstáculo quando temos que lidar com o luto, a tristeza, a rai­va e outras emoções. Ela pode estagnar seu processo de cura porque mantém o foco na razão pela qual as coisas deveríam ser diferentes, não na necessidade de aceitarmos a situação como ela é.
   Faz você deixar de notar as coisas boas da vida. Se cinco coisas boas e uma ruim aconteceram no seu dia, a autopiedade vai fazer você se concentrar apenas naquela única coisa ruim.

    Quando você sente pena de si mesmo, deixa de perceber os aspectos positivos da vida.

. Atrapalha suas relações. Uma mentalidade vitimista não é uma característica atraente. Ficar reclamando da vida faz os outros se cansarem muito rápido de você. Nin­guém diz: “O que eu  realmente gosto nela é que ela vive se lamentando.”

Durante as semanas que se seguiram ao acidente de Jack, sua mãe não conseguia parar de falar no “acidente horrível”. Todo dia, ela recontava a história de como o filho quebrara as duas pernas ao ser atingido por um ônibus escolar. Sentia-se culpada por não estar lá para protegê-lo, e vê-lo numa cadeira de rodas durante semanas era quase insuportável.
Embora os médicos tivessem previsto uma recuperação total, ela repetidamente advertia Jack de que suas pernas poderiam nunca sarar por inteiro. Queria que ele estivesse ciente de que corria o risco de nunca mais jogar futebol ou correr por aí como faziam as outras crianças - apenas para o caso de haver algum problema.
A coragem para seguir em frente
Apesar de os médicos o terem liberado para voltar à escola, os pais decidiram que a mãe deixaria o emprego e iria educá-lo em casa pelo restante do ano.
 Achavam que ver e ouvir ônibus escola­res todos os dias poderia provocar nele lembranças perturbadoras. Queriam também poupá-lo de assistir da cadeira de rodas a seus colegas brincando no recreio.

 Esperavam que, ficando em casa, Jack iria se curar mais rápido, tanto emocional quanto fisicamente.

Jack em geral terminava seu dever de casa pela manhã e passava a tarde e a noite assistindo à TV e jogando videogame.

 Em algu­mas semanas, seus pais notaram que seu humor começou a mudar. De uma criança alegre e de alto-astral, Jack se tornou irritável e triste. Seus pais ficaram mais preocupados ainda, pensando que o acidente devia tê-lo traumatizado mais do que imaginavam.

Foram  procurar um psicólogo na esperança de que ele pudesse cuidar da cicatrizes emocionais de Jack.

Os pais levaram a criança a uma conhecida terapeuta especializada em traumas da infância. Como havia sido indicada pelo pediatra de Jack, a terapeuta já sabia um pouco da história dele antes de conhecê-lo.

Quando a mãe o levou na cadeira de rodas para dentro do con­sultório, Jack fitou o chão em silêncio. Então ela começou dizendo: "Está sendo muito difícil desde este acidente terrível. Isso arruinou nossa vida e causou muitos problemas emocionais a Jack. Ele sim­plesmente não é mais o mesmo.”

Para surpresa da mãe, a terapeuta não demonstrou qualquer sinal de compaixão. Em vez disso, falou, entusiasmada: “Puxa! Eu não via a hora de conhecer você, Jack! Nunca conheci uma criança quee tivesse vencido um ônibus escolar! Você vai ter que me contar tudo. Como conseguiu entrar numa briga com um ônibus e sair vencedor?” O jovem sorriu pela primeira vez desde o acidente.

Nas semanas seguintes, Jack trabalhou junto com a terapeu­ta para escrever seu próprio livro. Apropriadamente, chamou-o Como derrotar um ônibus escolar. Ele criou uma história mara­vilhosa sobre como lutar com um ônibus e sair com apenas alguns ossos quebrados.

Ele embelezou a história descrevendo como agarrou seu cache­col, torceu-o e usou-o para proteger a maior parte do corpo.

 Apesar dos detalhes exagerados, o ponto principal se manteve o mesmo - Jack sobreviveu porque era um garoto durão. Ele concluiu o livro com um autorretrato, desenhando a si mesmo na cadeira de rodas vestindo uma capa de super-herói.
A terapeuta incluiu os pais de Jack no tratamento, ajudando-os a ver quão afortunados eles eram por Jack ter sobrevivido.

Ela também os encorajou a parar de sentir pena do filho. Sua recomendação foi que o tratassem como um menino de grande força física e mental, capaz de superar tamanha adversidade.

 Mesmo que suas pernas não se curassem por completo, queria que eles se concentrassem naquilo que Jack ainda podia conquistar na vida, não no que o acidente o tornaria incapaz de fazer.

A terapeuta e os pais de Jack trabalharam junto aos funcionários da escola preparando seu retorno. Além das acomodações especiais de que ele precisaria por ainda estar em uma cadeira de rodas, queriam assegurar que os outros alunos e professores não se apiedassem dele.


 Jack compartilharia o livro com os colegas para contar como tinha derrotado um ônibus e lhes mostrar que não havia ra­zão para sentirem pena dele.

Agradeço a Cris o envio do texto.


Postado por Dharmadhanna
Psicoterapeuta Transpessoal
Este texto está livre para divulgação
desde que seja citada a fonte:

Meus blogs


! Eu estou no G+ : Dharmadhannya
Comunidade do G+: Dharmadhannya Luz e União
https://plus.google.com/communities/111702837947313549512

Este espaço está protegido pelos anjos e por Hermes
Estou neste momento me unindo com o Poder  e a Força da Unidade,
com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.

Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel, Rafael, Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel,  Samuel.

Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina. Amém
Seja feita a Vontade de Deus!
Amem!
Kodoish! Kodoisch! Kodoisch!

Copyright © Dharmadhannya - 2011 - Todos os Direitos Reservados – Autorizamos a reprodução do conteúdo desta página em outras páginas da web, para fins de estudo, exclusivamente.

Você pode copiar e redistribuir este material contanto que não o altere de nenhuma forma, que o conteúdo permaneça completo e inclua esta nota de direito e o link: http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/

 Porém, comunicamos que as nossas obras estão protegidas pela lei
dos direitos autorais, o que nos reserva o direito de exigir a indicação dos nomes dos autores e a  fonte das obras utilizadas em estudos.

Direitos Autorais -  Algumas imagens neste Blog foram obtidas no Google Imagens ,alguns sites e de meus arquivos. A publicação das mesmas não têm fins lucrativos e é de boa-fé, caso se sinta ofendido em seu direito autoral, favor entrar em contato para exclusão das
imagens.
AVISO: De acordo com a legislação vigente, o conteúdo deste blog não substitui a apropriada assistência médica , legal, financeira ou psicológica. De modo que, aceitar o conteúdo do mesmo estará sujeito a sua própria interpretação e uso. Os artigos aqui publicados estão escritos para estudiosos do assunto.











Nenhum comentário:

Postar um comentário