Proteção
da Aura
1.
Se você
realizou trabalhos metafísicos antes, é possível que tenha conhecido alguns
sistemas de proteção psíquica, como o Muro, o Espelho e a Luz Branca.
Esses sistemas são barreiras que algumas
pessoas usam para proteger-se de outras - e de qualquer energia “má” que possa
interferir em sua vida. Descobri que essas barreiras tendem mais a criar do
que a resolver problemas.
O
Muro é uma barreira de energia que de fato se assemelha a um muro de tijolos.
As pessoas que usam o Muro geralmente são rígidas e inflexíveis em seu
relacionamento com o mundo.
O Muro é como uma defesa impenetrável.
Infelizmente, muitos seres gostam de um desafio e são atraídos para pessoas que
usam esse instrumento como mariposas são seduzidas por uma chama.
Embora queiram realmente ficar sozinhas, as
pessoas-Muro quase sempre se surpreendem cercadas de pessoas descentradas e
manipuladoras.
Elas não percebem que seu sistema de defesa
é, na verdade, atraente e/ou insultante aos outros, que tentarão atravessá-lo
apenas para provar que podem fazer isso.
As
pessoas-Muro raramente conseguem o isolamento que desejam e com frequência
podemos ouvi-las dizer: “Como essas pessoas/atividades/relações loucas me
encontram?
Tenho
algum sinal na testa, ou coisa parecida?” De fato, como as pessoas são
intuitivas e totalmente capazes de perceber coisas como barreiras de energia
grosseira, o Muro pode ser comparado a um sinal na testa que diz, “Por
favor, aborreça-me!”
O
Espelho condiz com o nome, e é uma barreira ligeiramente menos agressiva que o
Muro, construída para refletir, devolvendo a energia ou atenção dirigida para
a pessoa que a usa. Usar o Espelho é uma maneira de dizer:
“Tudo o que você envia para mim pertence a você, por
isso não vou me envolver em suas comunicações, absolutamente.”
A
eficácia do Espelho é apenas parcial. Enquanto a maioria das pessoas se cansa
de receber de volta suas comunicações sem nenhuma alteração, algumas gostam de
vagar a esmo e aproveitar o espelho para “fazer seu cabelo espiritual”, por
assim dizer.
Viver atrás de um Espelho pode ser solitário,
porque pouca coisa passa por ele. Pode ser também tedioso, se o Espelho atrair
narcisistas espirituais que gostam de andar por perto da pessoa que o usa e de
ficar se vendo nele.
Como
o Muro, o Espelho é morto e quebradiço. Nem um nem outro têm fluxo, e é difícil
fazer com que se alegrem ou que sejam bem-humorados. Devido à sua rigidez, ambos
interferem na saúde e fluidez da aura.
A
Luz Branca é algo completamente diferente. A Luz Branca é uma bolha de aura
branca brilhante usada como sistema de proteção para todos os fins. Esse
sistema foi inspirado pelos guias espirituais e pelos anjos da guarda, cuja
energia geralmente aparece nas cores branca ou prateada numa aura ou num
chakra.
Essencialmente,
guias e anjos são seres que concordam em velar sobre nós em nossa vida na
Terra. Eles frequentemente atuam como mediadores entre nós e a informação que
desejamos, entre nós e Deus e entre nosso espírito e nosso trauma imediato.
Em tempos de transição ou de choque, os guias
espirituais frequentemente nos favorecem com uma tela protetora de energia
branca ou prateada.
Esse manto branco de segurança é
maravilhosamente curativo, mas desgasta-se rapidamente, para que nossas
próprias cores e energias naturais possam assumir seu lugar.
Quando
as pessoas constroem uma barreira de Luz Branca para todos os propósitos por
conta própria (ou, pior ainda, a enviam para outros), pensando que se uma
pequena quantidade de luz branca faz bem, uma grande quantidade será ainda
melhor, uma espécie de rigor mortis áurico se instala.
A aura enrijece e enfraquece devido ao
esforço de ter de manter uma única cor o tempo todo. As pessoas-Luz Branca
rapidamente se surpreendem isoladas da energia terrestre, de sua própria
energia e das outras pessoas.
Seus guias espirituais podem inclusive ter
dificuldade para entrar em contato com elas, porque o trabalho da Luz Branca é
manter tudo fora. Sem uma entrada, o desenvolvimento pessoal em geral para.
Não me
entenda mal; a Luz Branca é muito importante. Ela é extraordinária para
emergências ou doenças, mas sua esfera de ação não foi projetada para ser um
instrumento aplicável a todos os propósitos. Nunca uso Luz Branca em minhas
meditações; deixo sua aplicação a critério dos meus guias espirituais.
Quando
as pessoas me procuram para cursos ou tratamento com esses tipos de fronteiras,
abordo imediatamente o medo subjacente que eles implicam.
Em
geral, as pessoas que têm necessidade dessas fronteiras acreditam firmemente
no mal e no perigo espiritual, e provavelmente passaram por muitas experiências
com ambos.
Eu sei que passei por isso, isto é, até que
comecei a ancorar-me e a delimitar minha aura. Com o trabalho que estamos aprendendo
agora, consegui entrar em contato com as projeções que eu acalentava -
projeções que me ajudaram a viver num mundo espiritual repleto de mal e de
perigos.
Fui
molestada durante toda minha infância por muitas pessoas, desde a idade
aproximada de dois ou três anos. Cresci muito interessada em horror e mal.
Quando me envolvi com a espiritualidade, em torno dos dez anos, eu me imaginava
encontrando o mal em muitos níveis.
Como meus orientadores espirituais pertenciam
todos à Fraternidade Branca, eu acreditava que devia portanto existir uma
Fraternidade Negra contra a qual eu teria de lutar sempre em alguma batalha
apocalíptica gigantesca.
Em
minhas viagens interiores, eu usava todos os sistemas de proteção acima
mencionados, além de tudo o mais que pudesse encontrar para manter todos os
“malvados” longe de mim.
As vezes a magia funcionava, mas não como
regra geral. Enveredei por muitas emergências psíquicas. Felizmente, uma dessas
emergências levou-me à porta de um centro de estudos psíquicos. Ali, finalmente,
vi que minha crença no mal tinha muito mais a ver com minhas crenças
relacionadas com minha vida do que com a realidade.
Como
eu não acreditava que Deus pudesse proteger quem quer que fosse (onde Ele
estava enquanto eu era molestada?), comecei a ver que eu vivia num mundo cheio
de perigos infindos.
Viajando sozinha, sem conhecimento ou relações,
e armada de fronteiras baseadas no medo, perambulei pelo mundo interior (e
exterior) como um acidente esperando para acontecer. Eu vivia com medo
inconsciente constante e atraía experiências amedrontadoras para mim como se
fosse um ímã.
Eu não conseguia nem sequer reconhecer as
pessoas e as mensagens positivas, seguras e vivificadoras que encontrava todos
os dias.
Eu não tinha tempo para essas amenidades; eu
estava demasiadamente ocupada esquadrinhando e destruindo o mal! Eu iria curar
o planeta, mesmo que perdesse minha mente ou morresse na tentativa. Eu estava
numa missão.
Felizmente,
minha missão terminou com as habilidades que lhe estou ensinando agora. A
medida que fui aprendendo a ancorar-me e a delimitar e limpar minha energia,
minhas posturas defensivas começaram a desaparecer.
Pessoas maldosas e experiências desagradáveis
não me atingiam mais com tanta frequência. Acho que, pelo fato de eu não estar
mais envolvida num drama tão tempestuoso, era menos interessante incomodar-me.
Quando
você pensa no mal, tem medo da escuridão você está conectado com ela.
Inicialmente,
senti-me perdida sem a excitação e o terror de ver espíritos repugnantes e de
estar em constante perigo. Senti-me inclusive entediada.
Perseverei, porém, porque parecia que as
habilidades que eu estava aprendendo me punham numa categoria espiritual
diferente, uma categoria que me dava mais espaço para respirar.
De
dentro da minha cabeça e detrás da minha aura, eu podia observar o caos sem
ser obrigada a participar dele.
Logo
especializei-me em tratar pessoas perturbadas. Era muito simples para mim, até
mesmo confortável, entrar no ambiente da esquizofrenia, das visões, das vozes
e da paranóia.
Como curadora treinada, eu podia usar minhas novas habilidades
de proteção para levar com segurança a mim mesma e a meus “curandos” para fora
da loucura e daí para uma terra firme.
Trabalhando
comigo mesma e tratando dos terrores das outras pessoas, aprendi uma lição
muito importante. Comecei a ver que os seres que eu costumava chamar de
horríveis, loucos e maus eram mais dignos de compaixão do que de qualquer outra
coisa.
Exatamente como eu, eles abrigavam uma reserva
profunda de tristeza, de ódio e um sentimento indizível de perda logo abaixo da
superfície de sua aparência medonha.
Deixei de reagir aos modos com que eles
tentavam amedrontar-me e controlar-me (criando aparições espantosas, repetindo
palavras sem parar e ameaçando-me), e descobri que tínhamos muita coisa em
comum.
Pude ver seres medrosos perdidos, crianças
assustadas que precisavam ir para casa e se sentir seguras. Dirigi-me a eles a
partir de um ponto semelhante dentro de mim. O mal se tornou um conceito curioso
e simples quando comecei a compreender os indivíduos confinados nos seus
limites.
Deus
é luz e escuridão, tudo é a sua consciência.
O iniciado respeita a escuridão, mas não teme ele segue protegido por sua integridade ética, espiritual.
O iniciado não julga o outro, não quer medir forças com ninguém e segue o plano de Deus.
A luz da Unidade se protege com a luz que nos guia para o Bem de todos.
A vontade de Deus é invencível.
Durante
um tempo, realizei exorcismos e libertei muitos seres sofridos. Cada espírito
torturado que ajudei a libertar possibilitou-me libertar-me mais do meu próprio
medo do mundo do espírito.
Hoje, uso toda minha intensa energia de cura e
libertação para tratar a mim mesma e para ajudar os outros a aprender a comunicar-se
consigo mesmos.
Sei
hoje que cada um de nós escolhe ser bom ou mau; cabe a mim aprender a
identificar os seres negros e evitá-los, pois todos podemos fazer isso.
Aprendi que, se presto atenção a mim mesma e à
minha cura, aproximo-me naturalmente de Deus e me afasto dos seres que estão
presos no horror. De fato, quando finalmente comecei a cuidar de minha vida
interior, descobri que Deus e a segurança estiveram esperando por mim o tempo
todo.
Eu
Sou Luz!
Minha
atitudes, palavras, pensamentos e vibrações espelham meu mundo interior divino.
Eu
Sou!
Os
sistemas de proteção que uso agora não se originam do medo de outras pessoas ou
de espíritos, mas de uma compreensão que passei a ter das necessidades deles.
A necessidade de luz, de Justiça, de Ordem e equilibrio nos une por afinidade com o Bem e nos fortalece.
Quando preciso distanciar-me dos outros, não
os imagino como repugnantes. Eu os vejo como seres que perderam seu caminho,
ou seu Deus, como aconteceu comigo uma vez.
Quando
ergo fronteiras enormes, complicadas e fascinantes, não protejo realmente
nenhum de nós; apenas interrompo nossas jornadas, chamo a atenção para minhas
próprias fronteiras e dificulto nossa cura.
Somos
Um-a só consciência.
Em vez disso, aprendi a distanciar-me das
pessoas ficando dentro do meu próprio corpo e atrás da minha aura.
Quando
pressinto uma intrusão (para a qual minha aura saudável me alerta mudando
subitamente de forma ou de cor), ou quando pessoas e situações começam a
importunar-me, não fico assustada ou irritada com tanta frequência como
antigamente.
Eu
uso um símbolo de proteção e um tratamento abreviado que afastam as pessoas de
mim de maneira muito eficiente, sem medos ou insultos de ambas as partes. Eu
envio presentes vivos, afetuosos; envio flores.
É
de longa data que presentes de flores e plantas simbolizam amor, respeito,
acolhimento e reconhecimento. Embora outros presentes tenham seus significados
próprios, nenhum transmite interesse e atenção de forma mais universal do que
flores e plantas vivas e saudáveis.
Plantas e flores são usadas para celebrar um nascimento
ou prantear uma morte, para cumprimentar ou consolar, e para demonstrar
afeição, ardor ou amizade.
Elas podem inclusive representar o fim de um
relacionamento. Devido ao simbolismo universal das flores e dos verdes, eles
são símbolos perfeitos para usar como autoproteção e comunicação com os
outros.
No
mundo do dia-a-dia, presentes vivos assim são geralmente aceitos como símbolo
de interesse e devoção. O mesmo se aplica ao mundo energético ou espiritual.
Como as plantas e flores são discretas e não ameaçam, o uso delas não exige
que você se arme de uma estrutura de medo mental; por isso, elas não lhe
atrairão experiências de medo.
O
medo nos afasta da fonte.
Pelo
contrário, a proteção com flores e com a vida vegetal exige que o medo injustificado
dos outros e do reino do espírito seja aliviado e dissipado.
Os
sistemas de proteção que você cria com plantas vivas e coloridas são muito
simples - tão simples que é difícil acreditar que possam realmente funcionar.
Inicialmente, tive grande dificuldade em
substituir meus formidáveis Muros, Espelhos e Luzes Brancas por frágeis
florzinhas, samambaias e árvores.
Em muito pouco tempo, porém, aprendi a
preferir meus recursos simples, mas eficientes, aos velhos e pesados limites
que eu havia usado uma vez.
Meus
símbolos de proteção vivos, em crescimento, eram a chave para afastar-me do
terror.
O
primeiro símbolo de proteção viva que você criará se chama Sentinela. A função
da Sentinela é ficar na sua frente, saudar todas as pessoas que você encontra
e expurgar a energia que chega a você.
Ela estará com você o tempo todo, vigiando a
borda externa da sua aura. Antes, porém, faremos um pequeno exercício de
intuição e uma breve leitura com nossa primeira criação - uma rosa imaginária.
Continua parte 4.
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Amem!
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