15 Dicas
para viver uma vida mais consciente, plena e equilibrada
1. Todos nós ao nascer, ganhamos um espelho. Este espelho é, então, colado no nosso peito. E assim vivemos toda a nossa vida, refletindo o outro e vendo no (espelho do) outro o nosso reflexo. Hermann Hesse disse : “ Se você odeia uma pessoa, odeia algo nela que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos incomoda.” Viver considerando isto, vai desenvolvendo nossa compaixão, nossa tolerância, nossa empatia e nossa solidariedade para com as nossas fraquezas e dificuldades e as dos outros. 2. Cem por cento do que somos e vivemos (inclusive o que supomos ser acidentes) é fruto de nossas escolhas e opções. Conscientes ou inconscientes. Desta ou de outras vidas. Viver consciente disto desenvolve nosso discernimento e nossa responsabilidade para com a vida, com as pessoas e com nossas atitudes. 3. Livre-se da culpa. A única função da culpa é manter sua auto-estima baixa (por isso algumas religiões fomentam a idéia da culpa para assim manter poder). Transmute a culpa por responsabilidade.
Ninguém é
culpado de absolutamente nada, mas todos são completamente responsáveis por
tudo.
Viver assim te torna mais atento e cuidadoso para com toda a existência. 4. Desenvolva a aceitação. Sempre que entramos em contato com alguma dificuldade ou fraqueza nossa, através de alguém ou de alguma circunstância, normalmente o primeiro impulso da mente/ego é:
ou nos defendemos, negando e resistindo a
entrar em contato (muitas vezes entrando na irritação e na revolta,
geralmente imputando a culpa a alguém ou a alguma coisa), ou entramos na
condição de vítimas, mergulhando na baixa auto-estima.
Aceite sua natureza humana como ela é e aceite também a sua sombra. Entenda que você está aqui na Terra para aprender e expandir sua existência. Um Mestre hindu falou: “Errar, ter defeitos, falhas, fraquezas, é seu direito. Trabalhar para transmutar isso tudo é seu dever”.
5. Tudo no
Universo tem duas polaridades : yin/yang, masculino/feminino,
positivo/negativo, etc. As emoções e os sentimentos também tem duas
polaridades: o outro lado da tristeza é a alegria, do medo é a coragem, da
raiva é a energia de realização, do ódio é o amor e o perdão, da ansiedade e
da angústia é a calma e o centramento, da baixa auto-estima é a confiança em
si mesmo, enfim, nosso grande trabalho de transmutação é estar constantemente
reequilibrando estas polaridades.
Os hindus diriam que devemos estar sempre
transmutando Tamas e Rajas em Sattwa, isto é, trazendo sempre os pensamentos,
sentimentos e atos densos , limitadores e negativos, para as frequências mais
sutis.
Viver assim economiza um bocado de energia. Considerando que tudo na vida é passageiro, é mais inteligente procurar mudar a polaridade das coisas e dar a volta por cima do que ficar naufragando constantemente nos mesmos padrões psico-emocionais. 6. Desenvolva a neutralidade e a observação. Os índios chamam isto de “visão da águia”: sair voando de dentro do burburinho dos eventos e, de cima, com uma perspectiva ampla, observar os acontecimentos sem identificação ou julgamentos.
Ou, em outro exemplo: sair de dentro do rio
caudaloso de nossa vida - onde estamos imersos até o pescoço - sentar na
margem e observar. Quando dentro do rio, imersos até o pescoço, qualquer
ondinha nos parece um vagalhão, mas quando nos sentamos à beira do rio, a
ondinha novamente vira ondinha, e aí podemos ter uma perspectiva mais correta
e um envolvimento menos sofrido com as coisas.
Isto desenvolve uma profunda consciência da relatividade dos pontos de vista e, por conseguinte, o redimensionamento da nossa identificação e envolvimento com a transitoriedade da vida. 7. Evite as comparações. Lembra do “jardim do vizinho é sempre mais bonito” ? Ledo engano! Grande armadilha! Mal sabemos que o vizinho ao olhar nosso lado também pensa a mesma coisa sobre algum aspecto de nós... Considerar este fato, te livra do peso dos julgamentos alheios e te torna mais centrado em teu próprio eixo. 8. Os hindus dizem que todas as doenças que existem - sejam físicas, emocionais, psíquicas ou energéticas - derivam, de uma forma ou de outra, de uma única doença: a ignorância de nossa natureza real, a Unidade (eles chamam esta ignorância de avidya e a Unidade de Brahman). Toda a criação é uma grande web onde tudo é interagente, interdependente e holográfico. Realmente não estamos irremediavelmente presos a tempo e espaço e às três dimensões (não só as antigas tradições, mas a física quântica atual afirmam amplamente esta questão).
Considerando nossa natureza una, saiba que
não há nada fora de você que você precise obter que já não tenha. Está tudo
dentro de você, todo o Universo.
Você
apenas precisa relembrar sua natureza original, que está pulsando em cada
partícula do Universo, em cada pessoa, em cada ser de cada reino. Todo amor,
paz e felicidade já estão dentro de você, sempre.
Você decididamente não é um pecador. Você não é uma pedra bruta que precisa ser lapidada. Você já é uma jóia pronta, maravilhosa, só que recoberta pela poeira desta ignorância primordial. Passar a considerar estas verdades milenares em nossa vida cotidiana desenvolve nossa co-participação consciente no Universo nos seus mais diversos níveis de existência. 9. Todo o Universo é consciente ! Cada pessoa, cada animal, cada planta, cada pedra, cada célula, cada átomo, cada galáxia... A consciência não é um privilégio do cérebro humano, que é apenas um dos veículos onde esta Consciência se expressa.
Esta é a chamada onipresença e onisciência
de Deus. Os índios têm formas sofisticadas de entrar em contato e interagir
com a consciência subjacente à Natureza.
Viver considerando este fato torna tua vida muito mais respeitosa, consciente e responsável. 10. Quando a vida nos apresenta algum evento desconfortável, algum obstáculo ou algum confronto, normalmente o que é acionado em nosso corpo/mente é o “automático” lutar ou fugir.
A adrenalina está sempre pronta para
desencadear ação. Mas a verdade é que na maior parte das vezes não seria
necessário lutar nem fugir, bastaria relaxar e observar, e a partir daí agir
com consciência, ou então deixar os acontecimentos se desenrolarem
naturalmente.
Vamos
investir mais nas endorfinas! Faça Yoga ou TaiChiChuan!
Desta forma, em todos os níveis e setores da nossa vida, podemos integrar firmeza e simultaneamente relaxamento – só firmeza gera rigidez e só relaxamento gera moleza ! 11. Adote a pergunta : “O que é que eu tenho que aprender com isso?”. Todas (todas mesmo) as coisas que nos acontecem, vem para nos ensinar.
A vida está sempre fazendo suas arrumações
para que possamos aprender e evoluir. Por isso alguém já disse: “cuidado com
o que você deseja pois pode acontecer!”.
Nós costumamos achar que quando pedimos à
Deus alguma virtude, Ele vai milagrosamente introduzir esta virtude em nossa
mente e de repente ficamos pacientes, ou disciplinados, ou tolerantes.
Provavelmente o que a vida fará é te
proporcionar situações que vão te fazer desenvolver aquela virtude. Se você
pediu paciência, provavelmente vai atrair pessoas que vão te fazer perdê-la,
e aí é que estará o seu aprendizado.
Então, sempre que as pessoas ou as circunstâncias te trouxerem desconfortos ou incômodos, ao invés de se revoltar, se ofender ou se entristecer, ou ainda, achar que a culpa é do outro, pergunte à Vida o que esta situação está te obrigando a trabalhar, que virtudes e qualidades você está tendo que desenvolver para lidar com isso de forma harmônica e equilibrada. Este procedimento com certeza vai aumentar enormemente a qualidade de nossa consciência e a consequente percepção dos movimentos da vida e do seu sentido. 12. Gastamos grande tempo mental ficando angustiados por um passado que não podemos mais mudar e/ou ficando ansiosos por um futuro que ainda não chegou.
Outra grande parte, ainda, gastamos sonhando
acordados, delirando os nossos sonhos e desejos. E aí duas coisas ocorrem:
uma: sobra pouco tempo para a consciência do aqui-e-agora, o presente, que é
onde
efetivamente a vida acontece; duas: quando precisamos da mente para as
coisas que ela foi feita para funcionar – a nossa vida humana diária – esta mente
tem dificuldade em se concentrar, em estar presente, inteira, poderosa,
centrada.
Concentrando-nos no presente desfrutamos mais da vida. A meditação é um ótimo treinamento para aprender a viver no presente, nos livrando das pré-ocupações e desenvolvendo uma mente verdadeiramente eficiente.
13.
Infelizmente, ainda vivemos sob a ideologia do “ganha-perde”, ou seja, temos
muito incutida em nossa cultura a idéia de que para se ganhar alguém precisa
perder. É assim que se construiu, por exemplo, o sistema capitalista.
Também é seguindo esta filosofia que está-se
destruindo nosso planeta. E é desse ganha-perde que estão impregnadas as
nossas relações (lembra da lei de Gérson?). Não só no sentido profissional e
financeiro, mas também no emocional e no afetivo.
É urgente reimplantar-se o “ganha-ganha” nas relações interpessoais e nas relações do homem com a Natureza. Não existe nenhuma possibilidade de ganho real para nada nem ninguém, em nenhum setor da vida, se este ganho for obtido em detrimento da perda de alguém ou de alguma coisa.
Na visão
oriental, o Karma Yoga é a técnica que visa reeducar o homem e a sociedade
para a verdadeira forma de ganhar.
Este procedimento simples pode transformar toda a perspectiva que temos em relação à vida, entendendo e vivendo na prática a grande lei universal de causa e efeito. 14. Atente para a sincronicidade. Uma escritura hindu diz : “Nenhuma folha de grama se mexe sem uma razão”. Nada é casual, mas tudo é intrinsecamente causal. Um outro Mestre disse :
“nós falamos com Deus através da oração, e
Ele nos fala através da sincronicidade”. O Dr. Jung percebeu que era esta
qualidade da Criação que fazia com que as artes divinatórias (I Ching, Tarot,
Runas, Búzios) funcionassem. Todo o Universo é Um, portanto tudo é interrelacionado.
E a Lei do Karma é quem disciplina este
interrelacionamento. Atente para os sinais! O tempo todo o Universo está
interagindo com você!
Estar atento à sincronicidade desenvolve a intuição e a expansão da percepção do movimento consciente e multidimensional do Universo.
15. E
finalmente – e sobretudo - “não faças aos outros o que não queres que te
façam” ainda é a regra de ouro.
Viver integralmente assim te torna efetivamente consciente, pleno e equilibrado.
Ernani Fornari (Dharmendra
http://www.luzdaserra.com.br/
Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal
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sábado, 19 de dezembro de 2015
15 Dicas para viver uma vida mais equilibrada
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