quinta-feira, 5 de março de 2015

A Realização do Self, Atma



A Realização do Self, Atma
Paramahansa  Hariharananda

Deus é único, absoluto e sem dualidade. Antes da criação, Deus existia como Brahman Absoluto ou Alma Impessoal. Foi Seu desejo manifestar-se sob várias formas de existência. Assim, Brahman Absoluto se transformou na existência relativa e converteu-se no universo visível.

 Por isso, tudo aquilo que podemos perceber e reco­nhecer e que existe em forma de matéria ou vida, é uma manifestação de Deus. De acordo com o Katha Upanishad, o Self que habita o inte­rior de todas as criaturas é esse Brahman, que é apenas um, apesar de manifestar-se sob diferentes formas.

 Essa transformação no eternamen­te mutável universo é o conceito de Jagannath, o Senhor do mundo. Na palavra jagannatha, jagat significa o mundo eternamente mutável, e natha, o Senhor. Essa noção de Deus é venerada por todos os hindus no Templo de Jagannath em Puri, no estado de Orissa, na índia.

Entre todas as criaturas, apenas os seres humanos são racionais e dotados de discernimento. Consequentemente, somente os seres huma­nos podem realizar Deus, espírito onipresente que se encontra no cor­po humano e em tudo que existe.

 O homem possui a capacidade de per­ceber que ele é o próprio Deus vivo e que o cosmo como um todo na­da mais é do que a manifestação de Deus. Na prática, porém, não temos essa realização a partir da experiência direta. Apesar disso, a única coi­sa que existe é a presença de Deus, e nada mais.

Por que não experimentamos essa verdade? De acordo com a von­tade de Deus o homem atua sob a influência de duas poderosa forças — centrípeta e centrífuga.

 A força centrífuga é uma força de expansão na­tural que atrai o homem para o mundo exterior e, com isso, dissipa to­da sua energia, induzindo-o à ilusão, à decepção e ao erro.

 Essa força centrífuga é apenas uma manifestação diferente da força centrípeta, o atma (Self). É errado, porém, pensar na força centrífuga como uma entidade separada. O Self que habita o corpo é quem governa a pessoa. O Self é sempre puro, pleno de felicidade, eterno, imutável e não é ou­tro senão Brahman.


Self é como um espelho que reflete o universo inteiro. Apesar de refletir a imagem de milhares de objetos, não retém nenhuma delas. Na verdade, ele não possui qualquer ligação com os objetos que reflete e é indiferente a eles.
 De forma semelhante, mesmo que o homem este­ja envolvido por amor, luxúria, raiva, orgulho, arrogância, avareza e ilu­são, o Self permanece imune a esses sentimentos, mantendo-se sempre puro, luminoso, imaculado e incorruptível.

Dentre todas as criaturas, o homem é a única capaz de reverter o poder da força centrífuga por meio da meditação. Com esforço sincero ele poderá perceber que Deus é tu­do que existe, inclusive ele próprio.

Assim como o universo inteiro é uma manifestação de Deus, a me­ta final da vida é a realização do Self no corpo, na mente e no espírito. Por causa da ilusão, da má interpretação dos fatos e do apego aos obje­tos externos, não somos capazes de perceber que Deus existe em nós co­mo o Self e que toda pessoa é um Deus vivo.

O Deus que habita o cor­po é o Self e o Self, em sua natureza onipresente e onipotente, é Deus. Deus governa o corpo físico por meio dos seis centros cérebro-espinhais  e dos vasos sanguíneos, que atuam como força de defesa, preservação e sustentação do corpo.

Apesar de ser invisível e im­pessoal, por meio de suas inumeráveis manifestações o Self produz uma sensação de contentamento divino. Completamente envolvidas pelas pai­xões, raivas, ilusões e estímulos sensoriais, as pessoas ignoram essa bênção.

O Rig Veda declara que a Verdade é uma só, embora os sábios a cha­mem por diferentes nomes. Essa Verdade representa o Ser Supremo, o purusha, a quem percebemos, através do passado, presente e futuro, co­mo a existência que a tudo permeia.

 O Yajur Veda afirma que Ele é a alma do universo e que o homem só pode alcançar a imortalidade depois de conhecê-Lo. Ele é Brahman, a Unidade Suprema, independente, imperecível, indivisível, que tem brilho próprio e é autossuficiente e indes­critível.

Ele é a origem de todos os nomes e formas e o sustentáculo de toda a criação. Ele permeia todo o universo e, ainda assim, o transcen­de. Apesar de conter em Si toda a criação, Ele é completamente separa­do dela.
Ele é a testemunha silenciosa dos três estados — vigília, sonho e so­no profundo. O atma é a porção imortal da pessoa e transcende corpo, mente, tempo, espaço e causalidade.

Não tem começo, fim ou causa. É Conhecimento Absoluto, Existência Absoluta, Felicidade Absoluta. A realização desse conhecimento espiritual, ou Brahma jnana, liberta o ser humano dos ciclos de nascimento e morte.
Subjacente a esse mundo, a todos os fenômenos físicos, a todos os nomes e formas, aos sentidos, pensamentos, emoções e sentimentos, existe a Verdade.

 Como é possível que algo sem existência permanente possa ser verdadeiro? A Verdade é eterna; somente a ilusão pode fazer o que é irreal parecer real. Essa Verdade é o Self, testemunha única e silen­ciosa que governa o indivíduo, promove sua felicidade e o liberta definitivamente.

A realização do Self não é uma tarefa para o fraco e medro­so, mas para o forte e corajoso, capaz de enfrentar todas as tormentas e sacrificar o ego no altar da Verdade.

O Bhagavad Gita também ensina que o Self é indestrutível, eterno, invisível, incorruptível, onipresente, intemporal, não se manifesta e é impossível de ser compreendido.

 Como não está sujeito a nascimento ou morte, o Self não adere ao corpo. Da mesma forma que alguém joga fora suas roupas surradas e veste roupas novas, a. alma incorporada também se livra do corpo deteriorado para habitar um novo corpo.

 O Infinito sustenta e anima a existência finita e por ser o Self essencial - mente um com o Infinito, não é afetado por nascimento e morte, cres­cimento ou decadência, limitação ou mudança, apesar do corpo voltar ao pó de onde foi retirado.

Deus a tudo permeia e suas mãos, pés, olhos, face e cabeça estão por toda parte. Embora desprovido dos sentidos, Ele reconhece todos os sentidos e os objetos dos sentidos. Livre e sem atributos, Ele ainda assim preserva e dispõe de tudo. Ele constitui o universo animado e inanimado.

 De natureza sutil, é impossível de ser compreendido. Ele está próximo e, ao mesmo tempo, distante; é a Luz de todas as luzes, o conhecimento e o objeto do conhecimen­to.

Ele é o atma transcendental que habita o corpo físico. Consequentemente, Ele é a testemunha, o guia, o sustentáculo, o conhecedor e o Senhor Supremo.

O SONHO DE DEUS

Um famoso provérbio afirma que todo o sistema advaita-vedanta pode ser resumido por metade de um verso — brahma satyan jagan mithya jiva brahma iva naparam — que significa: Brahman é a única Realidade.

 O mundo é totalmente ilusório e a alma individual não é di­ferente de Brahman. Brahman e o atma são idênticos. O mundo é uma criação de maya. A alma encarnada, graças à ignorância ou avidya, ima­gina-se diferente de Brahman, e por isso vive em um mundo de multi­plicidade, acreditando ser uma entidade independente.

 Na verdade, tu­do é Brahman. Somente a ilusão faz com que Brahman pareça não ser Brahman, da mesma forma que um pedaço de corda pode ser confun­dido com uma cobra. Avidya desaparece com o despertar do conheci­mento — a união com Brahman conduzindo à libertação.

Maya, a natureza ilusória do mundo, é percebida após o estágio de realização. Por ter vivido com grande intensidade essa experiência, Sri Shankara deu-lhe grande importância.

 Maya é o jogo cósmico de Deus, ou lila. De acordo com Sri Aurobindo, a palavra lila engloba e transcen­de a ideia de Maya. Deus é um só, mas essa unidade não o limita. Pare­ce ser muitos, porque assim deseja. Não-manifestado, 

Ele transcende qualquer definição e não se pode dizer que é um ou muitos, ensinam os Upanishads, que dizem ainda ser Ele limitado e ilimitado, o primeiro que não tem segundo.

 Tudo que percebemos Ele é. Em seus infinitos aspectos, o mundo visível é o jogo da consciência Divina que, portanto, é real. Tudo o que existe é Deus.

Onipresente, Deus é cada alma incorporada, dotada aparentemen­te de individualidade e independência. Ele é o ser primordial em união com para-prakiti, simbolicamente denominada raãha.

 Enquanto os se­res humanos são escravos de prakiti ou maya, Deus é o Senhor e, se as­sim o desejar, pode contê-la dentro de Si ou projetá-la para fora. De acordo com uma das escolas de pensamento, maya e Deus são idênticos;

segundo outra escola, maya e Deus são separados e maya existe perpe­tuamente, em estado latente ou manifestando-se. As dúvidas a esse res­peito só podem ser esclarecidas quando se realiza Deus.

Brahman não pode ser representado por meio de palavras nem po­de ser percebido pela mente. Não pode ser descrito, pois está além de qualquer descrição. Pode apenas ser designado pelo termo sat-chit-ananda, ou seja, existência, consciência e felicidade. É tanto pessoal co­mo impessoal.

Como governante supremo interior, Brahman é denominado antaryami, a Alma das almas — e também a Alma de prakiti. Sendo transcendental, está além do universo, que Ele cria, mantém e destrói, sendo simbolicamente representado por Brahma, Vishnu e Shiva, res­pectivamente. 

Ele é a origem e o desfecho de tudo. Ele é o objeto de devoção e o inspirador dos preceitos morais. Em resumo, Ele é tudo em tudo.

Brahman, ou atma, é a única realidade, o Absoluto sem atributos. Nele não existe dualidade, nem diversidade. Qualquer dúvida sobre o Self permanece no próprio Self e todos os meios de cognição fundamen­tam-se Nele.

 Para aquele que obteve o conhecimento não existe mudan­ça, sua verdadeira natureza é a eterna existência. Quem conhece Brah­man se torna Brahman, que não pode ser apreendido pelo intelecto li­mitado. Erradicando a avidya, ignorância, é possível perceber que nada existe separado de Brahman.

O Self invisível habita em cada um de nós e é a divindade pessoal que nos governa, guia, mantém e preserva. Os hindus reverenciam o Self invisível sob a forma de diversas deidades como Shiva, Kali, Durga, Krishna, Ganesha e Surya. Não se trata de idolatria, mas de prestar culto ao Self sob a forma de imagens.

 Além do mais, como Deus é onipresente, não é preciso dotar as imagens de divindade; Deus já se encontra presente nelas. Mesmo que o ego e o Self da pessoa se­jam aparentemente contraditórios, a base da existência do ego é o Self. Nada existe sem o Self.

A IMORTALIDADE DO SELF

Quando transcendemos o mundo da relatividade e chegamos ao reino do Absoluto, encontramos dois seres, aparentemente diferentes, que são imortais: o Self e Deus. Na realidade eles são iguais.

 A imortali­dade do Self é o tema tratado nos Upanishads, na Vedanta e no Bagha- vad Gita. A imortalidade é a preocupação central de todas as religiões do mundo e, de fato, a meta suprema de nossa existência

O Gita ensina que matéria e espírito não têm princípio, nem fim. Iodas as modificações e atributos pertencem à natureza. A matéria pro­duz o corpo físico denso, enquanto o espírito interior nos faz sentir pra­zer ou dor. 

É o espírito inerente à matéria que se serve de todos os ob­jetos da natureza. A natureza, por sua vez, é constituída de três qualida­des ou gunas: satva (pureza), rajas (atividade) e tamas (inércia).
 O nas­cimento em ambientes favoráveis ou desfavoráveis é atraído por essas qualidades. O Self, mesmo quando habita o corpo, é transcendental, es­tando além dessa natureza tríplice. Para realizar o Self, é necessário transpor essas qualidades.

Essas qualidades da natureza estão sujeitas a modificações sendo, portanto, irreais. Como ensina o Gita (2:16), o irreal não existe, en­quanto o real jamais deixa de existir. A existência eterna, a única Verda­de, está além da natureza e de suas três qualidades.

A imortalidade que transcende a natureza denomina-se sat, uma das definições de Brah­man. Simplesmente existir é vegetar; é essencial que tomemos conheci­mento do que seja existir.

O conhecimento que transcende a inteligên­cia denomina-se chit. Não tem nenhum sentido uma vida infeliz. Reco­nhecer a imortalidade da alma conduz à felicidade infinita que está muito além do prazer e da alegria. Essa felicidade denomina-se ananda. Brahman é categoricamente sat-chit-ananda.

O mundo é simplesmente o teatro de Deus. A matéria, por si só, não é real, sendo apenas uma forma de consciência. A matéria, a vida, a mente e tudo o mais são apenas modificações de Brahman brincando com o mundo como sat-chit-ananda.

Quando realizamos isso, perce­bemos a verdade contida nos Upanishads: quem possui a felicidade de Brahman nada mais teme nesse mundo. Sua visão muda e, para ele, o mundo todo se assemelha a um oceano de beleza, luz e bem-aventurança. Depois de alcançar essa realização, ele perceberá Deus em tudo e em todos os lugares.

Os Upanishads transmitem a mais sublime filosofia da identidade do Self e de Brahman e, assim, eliminam todas as barreiras que separam o homem de Deus. Não se trata apenas de teoria, mas da experiência vi­vida pelos profetas dos Upanishads, que não é monopólio de ninguém, pois pertence a todos os seres humanos.

Na realidade não somos ondas individuais de consciência separa­das do oceano de consciência Cósmica, mas sim o próprio oceano. So­mente nos consideramos como ondas individuais de consciência em ra­zão da ignorância, ou, avidya.

 O espírito de Deus se transformou no homem e esse homem é o oceano de consciência cósmica, o próprio Deus. A verdadeira natureza do homem é o Self onisciente, a testemunha imu­tável do corpo, da mente e do mundo exterior, sempre sujeitos a mu­dança.

 O Self é o único fator constante no homem. Ele integra todos os elementos físicos e psíquicos num todo coerente, coordenando as diver­sas funções do corpo, da mente e dos outros órgãos.

 Apesar de todas as mudanças internas e externas que ocorrem, é ele que mantém a identi­dade do homem cuja essência é o espírito luminoso e autossuficiente. O Kena Upanishad (1:2) afirma: “Ele é a Vida da vida”.

O Self é real e faz com que cada pessoa reconheça sua própria indi­vidualidade e a diversidade do mundo. Essa capacidade de perceber dis­tingue os seres sencientes.

O Self não precisa provar que existe, ele é sua própria evidência. A imortalidade do Self, (atma), é descrita com minú­cias no Gita. O reconhecimento da imortalidade do Self elimina com­pletamente o medo da morte.

 O medo da morte existe porque nos afer­ramos ao ego e por isso vivemos dominados pela ansiedade, covardia e sofrimento. É o desejo pelos prazeres do mundo que faz o Self reencarnar.

 O desejo pode ser superado pelo conhecimento e a morte dos de­sejos conduz à imortalidade. A imortalidade do Self pode ser realizada na meditação por meio da técnica científica de Kriya Yoga. Este é o pa­raíso interior.

A HISTÓRIA DE DOIS PÁSSAROS

Em razão da ignorância, a pessoa desenvolve uma consciência subjetiva de seu próprio eu em relação ao corpo e ao meio em que vive.

Esse “eu” é o ego. O Self, por sua vez, é essencialmente espírito — eter­no, onisciente, com alegria sempre nova. O Bhagavad Gita afirma que assim como o sol dissipa a escuridão ao nascer, o conhecimento do Self dissipa a ilusão.

Para ilustrar esse fato, o Mundaka Upanishad (3:1:1) utiliza a imagem de dois belos pássaros que viviam na mesma árvore. Um de­les, num ramo perto da copa e o outro mais embaixo.

Este último ocu­pa-se provando os frutos da árvore, enquanto o de cima, tranquilo e majestoso, simplesmente observa, absorto em sua própria glória.

 Quando, ocasionalmente, o primeiro pássaro prova algum fruto amargo, ele salta imediatamente para um galho mais alto e nota o des­prendimento do outro, que não se interessa nem pelas frutas doces, nem pelas amargas.

Satisfeito, não procura nada fora de si mesmo. Na tentativa de aproximar-se desse pássaro, ele então pula para um galho acima, mas, por força do hábito, começa a provar os frutos daquele galho.

 Depois de experimentar outro fruto amargo, ele olha para o al­to e, mais uma vez, observa a autossatisfação do outro pássaro. Ele en­tão salta para um galho superior e, por força do hábito, novamente começa a provar os frutos que ali se encontram.

 Prossegue dessa ma­neira, saltando de galho em galho, até chegar bem perto do segundo pássaro. Nesse instante, a luz que emana das plumas do segundo pás­saro reflete-se nas suas plumas, que começam a dissolver-se.

Quando finalmente ele alcança o mesmo galho em que o segundo pássaro se encontra, sua percepção muda completamente, e ele se dá conta de que, durante todo o tempo, o segundo pássaro era ele mesmo. 

A apa­rente dualidade existira somente porque, para saborear os frutos da árvore, ele havia se transformado num reflexo distorcido de seu ver­dadeiro Self.

A natureza humana é assim. O homem vive em busca de satisfação sensorial e da enorme variedade de prazeres oferecidos pelo mundo. As­sim como o primeiro pássaro, ele deseja saborear os frutos doces dos prazeres mundanos por meio dos sentidos.

 Quando, ocasionalmente, é forçado a experimentar os frutos amargos dos golpes infligidos pelo mundo das sensações, ele começa a refletir profundamente e, assim tem um vislumbre de seu verdadeiro e majestoso Self.

Os velhos hábitos, po­rém, são difíceis de extinguir e mais uma vez ele se perde no mundo dos sentidos. Depois de repetidos golpes, ele volta para seu mundo interior em busca da felicidade e, finalmente, descobre o Self que está presente em tudo que existe e é a essência de todas as coisas. Deus revela-se e, li­vre de todas as amarras, ele imerge no oceano da suprema felicidade.

O Self não pode ser visto pelos olhos, nem é reconhecido pela men­te ou sentidos. Não pode ser realizado por meio de penitências ou boas ações.
Não pode ser revelado pelo estudo dos Vedas, pelo intelecto ou por qualquer tipo de aprendizado. Também não pode ser realizado por alguém desprovido de força moral ou que tenha medo de fazer sacrifí­cios.

Somente quando uma pessoa tem sua natureza purificada pela luz do conhecimento é que o Self se revela em toda sua glória na meditação. Ela então funde-se na consciência de Brahman e se estabelece no Self

Esta união absoluta (yoga) significa o mesmo que liberdade abso­luta (kaivalya). O indivíduo sabe que todas suas faculdades alcançaram a total plenitude e que obteve o perfeito conhecimento.

 Experimenta o estado no qual não há mais nada a fazer, no qual não mais existe dese­jo algum. O Bhagavad Gita também descreve este estado que, ao ser al­cançado, faz com que o universo pareça algo totalmente sem importân­cia.

 Quando alguém obtém a visão interior do Self e experimenta a per­cepção direta do Absoluto, uma alegria inefável invade todo o seu organismo. Uma sensação de expansão e plenitude é observada em cada di­mensão de seu ser.

Esse contato com o Absoluto torna a pessoa plena e perfeita. A experiência direta é a única maneira de alcançar o verdadei­ro conhecimento.

O Bhagavad Gita ensina que Brahman é a harmonia perfeita. A sensação de aprisionamento surge em virtude do desconhecimento da verdadeira natureza do Self que, no entanto, pode ser realizado por meio do discernimento.

 Quando nossos olhos, cegos pela ideia da ma­téria, se abrirem para a luz suprema do conhecimento, descobriremos que nada é inanimado. Tudo é uma manifestação de Brahman que é prana (vida), manas (mente), vijnana (conhecimento), ananda (felici­dade), chit (força divina) e sat (existência).

 O mundo inteiro e cada um de seus objetos foram criados para ser a morada do Senhor. Realização significa a habilidade de vê-Lo em todos os acontecimentos, ações, pen­samentos, no nosso próprio Self e nos outros, por toda a criação — por­que Deus se manifesta em tudo. Deus pode ser comparado a um círcu­lo cujo centro está em toda parte e a circunferência, em parte alguma.

                         Pesquisado Por DharmaDhannya


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