A negatividade e a obsessão.
O processo obsessivo
“Justapondo-se
sutilmente cérebro a cérebro, mente a mente, vontade
dominante sobre vontade que se deixa dominar, órgão a órgão, através
do perispírito pelo qual se identifica com o encarnado, a cada cessão feita
pelo hospedeiro, mais coercitiva se faz a presença do hóspede,
que se transforma em parasita insidioso...”
(Nos Bastidores da Obsessão, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, “Examinando a obsessão”.)
Encontrando em sua
vítima os condicionamentos, a predisposição e as defesas desguarnecidas, disso
tudo se vale o obsessor para instalar a sua onda mental na mente da pessoa visada.
A interferência se dá por processo análogo ao que acontece no rádio, quando uma
emissora clandestina passa a utilizar determinada frequência operada por
outra, prejudicando lhe a transmissão.
Essa interferência
estará tanto mais assegurada quanto mais forte, potente e constante ela se
apresentar, até abafar quase por completo os sons emitidos pela emissora
burlada.
O perseguidor age
persistentemente para que se efetue a ligação, a sintonia mental, enviando os
seus pensamentos, numa repetição constante, hipnótica, à mente da vítima, que,
incauta, invigilante, assimila-os e reflete-os, deixando-se dominar
pelas ideias intrusa.
Kardec explica que há
também um envolvimento fluídico: “Na obsessão, o Espírito atua exteriormente,
com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando
este afinal enlaçado por uma como teia e constrangido a proceder contra a sua
vontade.”
Há, pois, uma
afinização da aura de ambos, uma identificação, cujas raízes se encontram nos
compromissos do passado, possibilitando a sintonização inicial, que, por
carência de méritos morais do paciente e por sua invigilância mental e moral,
transforma- -se em obsessão.
A princípio, é uma ideia
que o perseguidor emite e que, repetida, acaba por se fixar, perturbando o fluxo
do pensamento de quem está sendo visado.
Tendo a liberdade de
escolha para refugar ou aceitar os pensamentos intrusos, a vítima geralmente se
deixa dominar, torna-se passiva, por trazer nos refolhos da consciência a
sensação da culpa ou, conforme o caso, por se comprazer no conúbio mental que
se está instalando.
O obsessor atua na
ânsia de alcançar os seus intentos, certo de que a perseverança, a perseguição
sem tréguas, a constância da manifestação de sua vontade subjugarão o seu
devedor.
É uma guerra sem
quartel, que não tem hora e nem local, que se processa de modo silencioso e às
ocultas, tendo por campo de batalha as consciências endividadas, fragilizadas,
a personalidade desestruturada e como arma o pensamento dos contendores.
O obsessor usará de variados estratagemas mas,
de táticas diferentes, dependendo do seu grau de inteligência. Aquele que está
sendo perseguido pode, aparentemente, apresentar-se indefeso.
Mas, mesmo o maior dos
devedores, terá ao seu alcance o escudo da prece e o amparo das Hostes de Luz, que lhe oferecem recursos para
a defesa.
A maioria porém, fecha-se no poço de seus
próprios erros, não enxergando as oportunidades sagradas de redenção que o Pai oferece.
Afastando-se propositadamente da luz, deixar-se-á envolver pelas trevas. Estas
durarão até que a vítima se resolva a sair finalmente, para a claridade de uma
nova vida.
André Luiz, no livro Libertação,
analisando a obsessão de Margarida, denominou-a de “cerco temporariamente
organizado” e observou que os obsessores atuavam de forma cruel e meticulosa.
Ao lado dela ficavam permanentemente Espíritos
hipnotizadores. Entre as técnicas utilizadas por eles, ressaltamos que se
poderia chamar de “vibrações maléficas”, isto é, energias desequilibrastes e
perturbadoras que eram aplicadas pelos algozes com a finalidade de prostrá-la,
colocando-a completamente vencida.
O obsessor luta com todas as suas
armas para assegurar sua presença ao lado da vítima, ele precisa “ter vida”
nessa realidade.
Além da constrição
mental, o perseguidor se utiliza também do envolvimento fluídico, o que torna o
paciente combalido, com as suas forças debilitadas, chegando até ao estado de
prostração total. Dessa forma ele não tem condições de lutar por si mesmo,
cerceado mentalmente e enfraquecido, vampirizado fisicamente.
Após consolidar o
cerco, o obsessor passa a controlar sua vítima por telepatia, favorecida agora
pela sintonia mental que se estabeleceu entre ambos. Essa comunhão mental é
estreita e, ainda que a distância, o perseguidor controla o perseguido, que age
teleguiado pela mente mais forte.
Não podemos perder de
vista que isto acontece porque os seres humanos, desviados dos retos caminhos,
preferem situar-se mentalmente em faixas inferiores, escolhendo com esse
comportamento as suas próprias companhias espirituais.
O grupo Ramatis (2) refere-se aos SINTOMAS como INDICADORES DA OBSESSÃO. – O drama da obsessão
ocorre quando o ser encarnado se situa num quadro de falta de controle de
alguma tendência nefasta, algum vício incontrolável, perturbações mentais com
irritabilidade constante, percepção da falta de sono, desencadeamento de
situações prejudiciais a vida, como descontroles raivosos que impossibilita um
convívio satisfatório com o rol de pessoas do seu meio, desânimo, cansaço,
estado depressivo, estado emocional em que não encontra razão para viver, por
achar que não têm motivo que o faça esperançoso em ser feliz.
– A condição de obsidiado ocorre por haver
desentendimento do passado ainda carente de solução. Tivemos muitas vidas e
nestas vivências cometemos deslizes que magoaram ou prejudicaram alguém, e que
por ainda não nos ter perdoado, no presente quer nos prejudicar por vingança.
– Os obsessores tanto
agem por conta própria como quando sente necessidade de acelera o processo de
vingança, solicita a ajuda de obsessores, espíritos que mesmo não possuindo
queixa da vítima assume o papel de executor de missões vingativas a serviço
alheio.
– Esses obsessores se
especializam nas tramas, das mais hábeis artimanhas diabólicas, através da
orientação técnica de experimentados veteranos.
– São inúmeras as dificuldades para que seja
solucionada a questão da obsessão. Esta é uma das questões mais dolorosas e de
difícil eliminação. – Para agravar a situação, a humanidade terrícola, por sua
vez aumenta assustadoramente as oportunidades para a atuação dos espíritos
obsessores, cometendo delitos que favorecem sua aproximação e facilidades para
exercerem suas intenções danosas.
– No mundo material, a porcentagem maior de
alienações mentais, ainda são frutos das forças destrutivas e obsessoras,
muitíssimo favorecidas pelo descaso evangélico dos próprios obsidiados. – Afora
os casos de alienações provocadas pelos casos naturais das lesões nos cérebros,
todas as outras de ordem mental se originam pelo desequilíbrio da própria alma.
– Toda criatura que perde o controle sobre
algum tipo de atuação, torna-se uma vítima fácil para desencarnados viciosos. –
Devemos considerar ainda os casos em que os que se sentem ofendidos ou
prejudicados, que estão a espreitar suas vítimas, na ânsia da oportunidade mais
apropriada para se vingar dos seus desafetos. –
Os mentores e os
técnicos espirituais não podem intervir drasticamente num circulo vicioso de
mútua obsessão entre os terrícolas, ainda incapazes da humildade e do perdão, e
que o reforçam com a vaidade, o orgulho, o ódio, a crueldade da vingança, e
pela distância em que se encontram do Evangelho.
– É prematura qualquer intervenção forçada no
mecanismo da obsessão, sem que haja sido iniciada a reforma íntima e espiritual
no mínimo em uma das partes envolvidas.
– A retirada do obsessor, de junto de sua
vítima, não resolve problemas obscuros, cujas raízes podem estar fixadas há
muitos séculos, num passado repleto de ações comprometedoras, razão pela qual
se encontram a vivenciar o drama de hoje.
– Pouco adianta afastar de maneira abrupta
espíritos perseguidores, os impedindo de se aproximarem de suas vítimas, pois
esse processo apenas interrompe a ação benfeitora da lei do carma, mas não
soluciona a questão; a solução do problema fica em suspenso e, sem a solução
definitiva, a “enfermidade” espiritual voltará.
– A cura definitiva,
requer o desatamento espontâneo das algemas que os prendem há longo tempo, e
isso só será possível pela força do perdão e da humildade.
A obsessão apresenta
sintomas tais como: angústia, depressão, perturbação do sono (insônia ou
pesadelos), mau humor, desinteresse pelo estudo ou pelo trabalho,
agressividade, alcoolismo, uso de drogas, inveja, pensamento obsessivo, isolamento social, pensamentos suicidas,
desregramento sexual etc..
As várias expressões
de um mesmo problema
“(...) existem problemas obsessivos em várias
expressões, como os de um encarnado sobre outro; de um desencarnado sobre
outro; de um encarnado sobre um desencarnado e, genericamente, deste sobre
aquele.” - Manoel Philomeno de Miranda.
(Sementes de Vida
Eterna), Autores Diversos, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, cap. 30.)
Obsessão - um problema a expressar-se de
várias maneiras.
Pessoas obsidiando
pessoas existem em grande número. Estão entre nós. Caracterizam-se pela
capacidade que têm de dominar mentalmente aqueles que elegem como vítimas.
Este domínio
mascara-se com os nomes de ciúme, inveja, paixão, desejo de poder, orgulho,
ódio, e é exercido, às vezes, de maneira tão sutil que o dominado se julga
extremamente amado. Até mesmo protegido.
Essas obsessões correm
por conta de um amor que se torna tiranizante, demasiadamente possessivo,
tolhendo e sufocando a liberdade do outro.
É por exemplo, o
marido que limita a liberdade da esposa, mantendo-a sob o jugo de sua vontade;
é a mulher que tiraniza o companheiro, escravizando-o aos seus caprichos; são
os pais que se julgam no direito de governar os filhos, cerceando-lhes toda e
qualquer iniciativa;
são aqueles que, em nome da amizade,
influenciam o outro, mudando-lhe o modo de pensar, exercendo sempre a vontade
mais forte o domínio sobre a que se apresentar mais passiva.
São ainda as paixões
escravizantes que, desequilibrando emocionalmente os seres, podem ocasionar
dramas dolorosos, configurados em pactos de suicídio, assassínios, etc.
A dominação mental
acontece não só no plano terrestre, isto é, nas ocorrências do dia-a-dia, mas
prossegue principalmente durante o sono físico, quando os seres assim
comprometidos se defrontam em corpo astral, parcialmente libertos do corpo
carnal, dando curso em maior profundidade ao conúbio infeliz em que se
permitiram enredar.
O mesmo sucede sob o
império do ódio ou quaisquer outros sentimentos de ordem inferior. Até mesmo
dentro dos lares, na mesma família, onde se reencontram antigos desafetos,
velhos companheiros do mal, comparsas de crimes nefandos, convocados pela
Justiça Divina ao reajustamento.
Entretanto, escravizados ao passado, deixam-se
levar por antipatia e aversão recíprocas, que bem poucos conseguem superar de
imediato. Surgem daí muitas das rixas familiares, já que esses Espíritos, agora
unidos pelos laços da consanguinidade, prosseguem imantados às paixões do
pretérito, emitindo vibrações inferiores e obsidiando-se mutuamente.
São pais que recebem,
como filhos, antigos obsessores. É o obsessor de ontem que acolhe nos braços,
como rebento de sua carne, a vítima de antanho.
E esses seres se
entrelaçam nos liames consanguíneos para que tenham a preciosa ensancha de
modificar os próprios sentimentos, vencendo aversões, rancores e mágoas.
Reduzido, porém, ainda
é o número dos que conseguem triunfar, conquistando o vero sentimento de
fraternidade, tolerância e amor.
Sem embargo, a
experiência vivida, à custa de sacrifícios e lágrimas, será para todos o passo
inicial da longa e bela escalada, em busca do Pai que nos aguarda em Sua
Infinita Misericórdia.
Desencarnado para
Desencarnado
Espíritos que obsidiam
Espíritos. Desencarnados que dominam outros desencarnados, são expressões de um
mesmo drama que se desenrola tanto na Terra quanto no Plano Espiritual
inferior.
As consequências da
obsessão.
“A subjugação
corporal, levada a certo grau, poderá ter como consequência a loucura?
Pode, a uma espécie de
loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura
ordinária. Entre os
que são tidos por
loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento
moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos.
Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer
essa distinção e
curarão mais doentes do que com as duchas.”
(O Livro dos
Médiuns, Allan Kardec, item 254, 6~ questão.)
Q
uando ultrapassam o limite de simples
influenciações, enraizando-se na mente da vítima que passa a viver sob o domínio
quase total do obsessor, as obsessões assumem caráter de subjugação ou
possessão e ocasionam sérios danos ao organismo do obsidiado.
Surgem, assim,
distúrbios variados, difíceis de serem diagnosticados com precisão e difíceis
até de serem constatados.
Se refletirmos bem,
iremos verificar que os problemas que acometem o obsidiado são bastante
complexos e dolorosos.
A obsessão é a
escravização momentânea do pensamento, quando este se apresenta tolhido na sua
livre manifestação, em razão de onda mental alheia que o constringe e perturba,
impedindo a sua expansão, o seu voo.
Qualquer cativeiro é
doloroso. O cativeiro físico apresenta a possibilidade de deixar liberto o
pensamento do cativo. Na obsessão, entretanto, o ser torna-se escravo de
maneira integral. É a pior forma de servidão. A mais pungente. E também a que
mais nos toca o coração.
Quando uma criatura
cai nas malhas do cativeiro físico, mantém livre o seu pensamento, que de
muitas formas se expande em sonhos, fé e esperanças, tornando pelo menos
suportável o cerceamento material.
Mas, nos processos obsessivos graves, a pessoa
se apresenta aparentemente livre, porém, em realidade, está acorrentada,
mentalmente dominada por seres invisíveis que detêm o voo do seu pensamento,
isto é, da manifestação da própria essência da individualidade, do Espírito.
Esse confinamento, essa prisão, a mais triste,
escura e solitária é, pois, a mais cruel e a que mais faz sofrer.
Soma-se à influência
dos obsessores a sensação, a certeza do remorso, do passado que se ergue como
fantasma insepulto e que vem assombrar os dias presentes.
Então, realmente, o
obsidiado é prisioneiro em todos os sentidos, vencido ao peso de tormentos
inenarráveis que ele mesmo engendrou, e avança em sua aspérrima caminhada, nulo
evadir-se da miserável cela onde geme e chora, para o claro sol da liberdade.
Na noite tempestuosa
em que se debate, imaginemos, por um instante, o que representa para ele os
recursos que a Doutrina Espírita lhe oferece. Somente o Espiritismo tem condições
de dar a esses sofredores o alívio, a compreensão, o caminho para a liberdade.
É a chave que vem
abrir as portas da masmorra pessoal e livrar da mais completa escravidão não apenas
os obsidiados, mas também os obsessores, que, afligindo e fazendo sofrer, automaticamente
se aprisionam ao jugo do ódio, que os converte também em escravos e em vítimas,
tal como acontece àqueles a quem perseguem.
Encontramos no caso
Ester, narrado por Manoel Philomeno de Miranda em sua obra Grilhões Partidos,
o exemplo de obsessão em grau muito avançado, com características de possessão.
O autor narra com detalhes os tormentos que a obssediada enfrenta.
Evidentemente são
sofrimentos acerbos. Tolhida em seu pensamento, incapaz de se exteriorizar, a
doente padece a aflição sentir que uma figura apavorante[1] se
intromete em sua casa mental, roubando-lhe a paz, quebrando-lhe a resistência e
ocasionando, com o seu pensamento desequilibrado, alucinações, visões
terríveis que a enchem de terror.
O medo que então
experimenta desestrutura-a psiquicamente, fazendo-a viver em clima de constante
pesadelo, do qual não consegue despertar.
Se
tenta agir, gritar, reagir, não tem forças, não comanda mais o seu próprio
comportamento e vê-se perdida no cipoal de ideias enlouquecedoras, que sabe não
serem as suas, mas às quais tem que obedecer porque se sente dominada em todos
os centros de registro.
A permanência nesse
estado lesa o organismo físico, instalando-se nele enfermidades reais.
Dessa forma, a obsessão
pode ter como consequência, entre outras, a loucura, a epilepsia, a
esquizofrenia, e levar ao suicídio, ou aos vícios em geral.[2]
Temos presenciado
muitos casos dolorosos, onde a
aparente loucura
mascara o verdadeiro quadro: a possessão.
.
André Luiz
apresenta-nos elucidação a respeito, sobretudo, das enfermidades psíquicas
clássicas: “(...) na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideação ou
da afetividade, da atenção e da memória, tanto quanto por trás de enfermidades
psíquicas clássicas, como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as
oligofrenias e a paranoia, as psicoses e neuroses de multifária expressão,
permanecem as perturbações da individualidade transviada do caminho que as Leis
Divinas lhe assinalam à evolução moral.”
São pois enfermidades da alma a se refletirem
no corpo físico.
Importa deixar bem
claro que não se deve confundir e generalizar, afirmando que tudo é
obsessão, que tudo é provocado por obsessores, como também não se deve
atribuir todas as nossas dificuldades à ação dos Espíritos perturbadores.
E Kardec não deixou de
nos advertir quanto a isto, a esse exagero tão comum no meio espírita12.
Nem sempre os problemas são de origem espiritual. Pode ser até mesmo um
processo de auto- -obsessão, como já vimos.
Também é preciso não
confundir esses estados com sintomas de mediunidade. Ocorre frequentemente que
muitos espíritas de boa vontade e bem-intencionados, por desconhecimento,
diante de pessoas portadoras de epilepsia, em quaisquer de suas modalidades,
afirmam tratar-se de mediunidade, sendo necessário desenvolvê-la.
Tais enfermos são encaminhados sem mais
delongas às reuniões mediúnicas, onde não somente persistem com seus
problemas, mas ainda provocam desequilíbrio nos trabalhos, já que não estão
aptos a assumir as tarefas da mediunidade que requerem disciplina, estudo e
discernimento.
Mediunidade não é
doença e nem os sinais de sua eclosão podem ser confundidos com enfermidades.
Há que se fazer distinção entre uma enfermidade e os sintomas do desabrochar da
faculdade mediúnica. “Conveniente, nesse como noutros casos, cuidar-se de
examinar as síndromes das enfermidades psiquiátricas, a fim de não as confundir
com os sintomas da mediunidade, no período inicial da manifestação, quando o
médium se encontra atormentado.”13
É muito comum encontrarmos, casos de caráter mistos
onde se conjugam obsessão e males físicos. O espirito enfermo, endividado
plasma no seu envoltório perispirítico os desvios, as deformidades de que é
portador. Conseqüentemente, renascerá em corpo físico que por sua vez refletirá
as desarmonias preexistentes no
Espírito.
O codificador, ciente
dessa possibilidade, aconselhava, já em sua época, que se deveria aliar, nesses
casos, o tratamento magnético ao médico. O que se vê, contudo, é que muitos
espíritas, ignorando as ponderações de Kardec, acostumaram-se diagnosticar
apressadamente, confundindo doença com mediunidade.
E, como acham que tudo é mediunidade, muitos aconselham
logo a suspensão do tratamento médico e da mediação anticonvulsiva, o que poderá
acarretar sérios danos ao enfermo. Os remédios que controlam as crises
epilépticas não podem ser suspensos repentinamente, sob pena de o paciente ter seu
estado agravado.
O grupo Ramatis nos
diz que: – Em todas as comunidades do Além, que se dedicam ás tarefas
benfeitoras de cura e tratamento desobsessivo, só se emprega uma “técnica
espiritual”: o despertamento incondicional do Amor!
– Os mentores
espirituais de alta experimentação sideral acham que só existe uma solução
lógica e sensata para esse acontecimento confrangedor: converter
simultaneamente o obsessor e sua vítima, aos postulados amorosos do Cristo.
– O que sofre pelo drama da obsessão, situação
que correspondem á uma grande quantidade de casos, fica o esclarecimento de que
seu drama se origina num passado distante. No presente, por seu desafeto o ter
localizado no cenário terreno, e se aproveitando de sua situação no mundo
invisível, o prejudica por julgá-lo ser o culpado por sua infelicidade de outrora.
O drama da obsessão
deve ser resolvido, por um tratamento cuidadoso, orientado com base nos
conceitos expostos por Jesus, sob um estreito entendimento entre obsidiado,
grupo mediúnico e equipe espiritual. Os mínimos detalhes devem ser observados e
cobrados do vitimado, caso contrário a situação permanecerá a mesma quando não
agravada.
Este texto é resultado
de uma pesquisa inspirado no livro: Obsessão Desobsessão - Profilaxia e terapêutica espiritas. De Suely Calda Shubert
E de pesquisas feita no site: http://www.gruporamatis.org.br/
Pesquisado por Dharmadhannya
Este texto está libre para divulgação desde que seja citada a fonte, o endereço do blog:
[1] Na
maioria dos casos, não há apenas um obsessor mas vários, já que ele alicia os
comparsas de que carece para melhor atingir os seus fins.
[2] Uma
pessoa pode ser levada aos vícios pela atuação de obsessores ou, ainda, de
moto-próprio, atraindo entidades infelizes que se utilizarão dela para se
locupletarem.
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