Quando
você está concentrado na sua respiração, você assume o controle da sua mente,
você impede que você seja dominado por energias negativas que alimentam a
raiva.
Uma
pessoa do mal, vive para despertar o ódio nas pessoas, assim, ela fragiliza sua
aura, assim, o mal se alimenta da sua energia e desperta dentro de nós o que
temos de pior e ai, lutamos no campo do inimigo, é com o ódio que ele fica forte e invade nossa
mente. Nesse momento alimentamos o nosso
animal destruidor...e o animal do adversário.
Uma
mulher bonita que vive com um homem que inferniza sua vida, e se ela vive com
ódio, vai perdendo aos poucos sua
beleza, seu magnetismo; muitas engordam muito e depois ele abandona a mulher e encontra uma outra mulher
bonita para que ele possa destruir sua beleza.
O
psicopata se diverte com a raiva do
outro, ele manipula conscientemente seu adversário, ele rouba, calunia, trai o
outro e depois assiste se divertindo o desespero do outro. Podemos ver isso nas
empresas, muitas vezes a pessoa é competente mas, não tem estabilidade
emocional e por isso perde o controle do seu barco profissional, basta
encontrar um psicopata pela frente que ele cai da “cadeira” ou per perde o
emprego.
dharmadhannya.
Quando alguém diz ou
faz alguma coisa que nos deixa com raiva, nós sofremos. Temos a tendência de
dizer ou fazer de volta alguma coisa que também provoque sofrimento na outra
pessoa, na esperança de assim sofrermos menos. Pensamos:
"Quero punir você, quero fazer você
sofrer porque você me fez sofrer. E quando eu perceber que você está sofrendo
bastante, eu me sentirei melhor.”
São muitos os que
acreditam nessa prática infantil. O que acontece é que, quando você faz o outro
também sofrer, ele tentará sentir alívio fazendo você sofrer mais ainda.
Cria-se assim um processo progressivo do sofrimento de ambas as partes. Na
verdade, as duas pessoas necessitam de compaixão e ajuda.
Nenhuma das duas
precisa ser punida. Quando você sentir raiva, volte-se para dentro de si mesmo
e cuide dela o melhor que puder. E quando alguém fizer você sofrer, cuide do
seu sofrimento e da sua raiva.
Não diga nem faça nada. Qualquer coisa que
você diga quando está com raiva pode causar ainda mais dano ao relacionamento.
No entanto, a maioria
de nós não faz isso. Em vez de nos voltarmos para dentro de nós e cuidarmos da
raiva, queremos ir atrás cia outra pessoa para puni-la.
Se sua casa estiver
pegando fogo, a coisa mais urgente que você tem a fazer é tentar apagar o
incêndio e não correr atrás da pessoa que o provocou. Esta não seria uma
atitude sábia.
Da mesma maneira, quando você sente raiva, se
continuar a discutir com a outra pessoa, se tentar puni-la, você estará agindo exatamente
como aquele que corre atrás do criminoso enquanto as chamas estão devorando a
casa dele.
Ferramentas para esfriar as chamas
O Buda nos deu, instrumentos
extremamente eficazes para apagar o fogo que arde dentro de nós:
o método da respiração
consciente, o método do andar consciente, o método de abraçar nossa raiva, o
método de examinar profundamente a natureza das nossas percepções e o método de
observar profundamente a outra pessoa para compreender que ela também sofre
muito e precisa de ajuda.
Esses métodos são muito práticos e procedem
diretamente do Buda.
Inspirar
conscientemente é saber que o ar está entrando no corpo e expirar
conscientemente é saber que o corpo está permutando ar.
Assim, você fica em
contato com o ar e com o seu corpo, e como sua mente está atenta a tudo isso,
você fica em contato com ela também. Basta apenas uma única respiração
consciente para voltar a ter contato com você e com tudo em torno, e três
respirações conscientes para manter esse contato.
Quando estiver andando
de um lado para outro da sala, ou de um prédio para outro, permaneça consciente
do contato dos seus pés com o solo e do contato do ar à medida que ele entra e
sai do seu corpo.
Procure descobrir o número de passos que você
pode dar com conforto enquanto inspira e quantos você pode dar enquanto solta o
ar dos pulmões.
Enquanto inspirar, você pode dizer
mentalmente “entrando”, e quando expirar, “soltando”. Desta forma você estará
praticando meditação sempre que andar e, com isso, poderá transformar a vida do
dia-a-dia.
Não o basta ler livros
a respeito de diferentes tradições espirituais ou realizar seus rituais. O
importante é praticar os ensinamentos dessas tradições, porque são eles que
podem nos transformar, não importa a religião ou tradição espiritual a que
pertencemos.
Se você procurar
praticar aquilo que estou lhe ensinando, deixará de ser um mar de fogo e se
tornará um lago refrescante. Seu sofrimento vai diminuir e você se tornará uma
fonte de alegria e felicidade para muitas pessoas à sua volta.
Qual a nossa aparência quando estamos com
raiva?
Sempre que surgir a
raiva, pegue um espelho e olhe para seu reflexo. Quando você sente raiva,
centenas de músculos do seu rosto ficam muito tensos e você deixa de ser uma
pessoa bonita. Sua face parece uma bomba prestes a explodir.
Olhe para alguém que está com raiva. Quando
nota a tensão nessa pessoa, você leva um susto. A bomba dentro dela pode
explodir a qualquer minuto. Por isso, é muito útil olhar para nós mesmos nos
momentos em que estamos com raiva.
Este é o sino destinado a alertar a mente,
pois, quando você se vê dessa maneira, sente vontade de fazer alguma coisa
para se modificar.
Você sabe o que
precisa fazer para melhorar sua aparência. Não são necessários cosméticos, basta
respirar profunda e tranquilamente, relaxar e sorrir conscientemente.
Se você conseguir
fazer isso uma ou duas vezes, sua aparência ficará mais bonita. Olhe-se
simplesmente no espelho, inspire com calma, solte o ar sorrindo e você sentirá
um grande bem-estar.
Como já disse, a raiva
é um fenômeno psicológico, mas está estreitamente ligada a elementos
biológicos e bioquímicos.
Ela faz os músculos
ficarem tensos, mas quando você sorri abertamente começa a relaxar e a raiva
diminui. O sorriso permite que a energia da plena consciência nasça em você,
deixando-o abraçar a raiva.
Antigamente, os servos
dos reis e das rainhas sempre tinham consigo um espelho para verificarem sua
aparência quando o monarca recebia um visitante.
Experimente fazer isso. Carregue com você um
espelho e mire-se nele para ver qual o seu estado. Depois de inspirar e expirar
algumas vezes, sorrindo para si mesmo, a tensão será substituída pelo alívio.
Abraçando a raiva com a luz do sol da plena
consciência
A raiva é como um bebê
que grita, sofre e chora. Ele precisa que a mãe o abrace. Você é a mãe do seu
bebê - a sua raiva. No momento em que começa a praticar a respiração
consciente, você possui a energia de uma mãe para embalar e abraçar o bebê.
Abraçar a raiva, inspirar e soltar o ar já é
suficiente. O bebê sentirá um alívio imediato.
Todas as plantas são
nutridas pela luz do sol, e todas são sensíveis a ela. Qualquer vegetação que é
abraçada pela luz do sol passa por uma transformação. De manhã, as flores ainda
não se abriram, mas, quando o sol aparece, sua luz abraça as flores e tenta
penetrá-las.
A luz do sol é formada por minúsculas
partículas chamadas fótons. Estes penetram gradualmente na flor, um por um, até
que muitos conseguem chegar do lado de dentro. A flor então deixa de resistir e
se abre para a luz do sol.
Do mesmo modo, todas a
formações mentais e fisiológicas existentes em nós são sensíveis à plena
consciência. Se esta estiver presente, abraçando seu corpo, ele se
transformará. Se a plena consciência estiver presente, abraçando sua raiva ou
seu desespero, estes também serão transformados. De acordo o Buda e segundo a
nossa experiência, qualquer coisa que receba o abraço da plena consciência
passará por uma transformação.
A raiva é como uma
flor. No início, você pode não compreender a natureza da sua raiva ou por que
ela se manifestou.
Mas, se você souber
como abraçá-la com a energia da plena consciência, ela começará a se abrir.
Para gerar a energia da plena consciência e abraçar à raiva, você pode ficar na
posição sentada, acompanhando mentalmente sua respiração, ou praticar a
meditação andando e concentrando-se em cada passo.
Depois de dez ou vinte minutos, a raiva terá
se aberto para você e, de repente, você verá sua verdadeira natureza. Ela pode
ter surgido apenas por causa de uma percepção errada ou da falta de habilidade
de alguém que não tinha a intenção de lhe causar sofrimento.
Cozinhando a raiva
Para que a flor da
raiva se abra, você precisa manter a plena consciência durante um certo período
de tempo. É como quando se cozinha batatas: você coloca as batatas na panela,
tampa a panela e a põe no fogo.
Mesmo que a chama
esteja muito alta, se você desligar o fogo passados cinco minutos, as batatas
não estarão cozidas. Você precisa manter o fogo aceso pelo menos durante quinze
ou vinte minutos para as batatas cozinharem. Depois disso, você destampa a
panela e sente o delicioso aroma das batatas cozidas.
A raiva é assim. Ela
precisa ser cozida. No início, ela está crua. Você não pode comer batatas
cruas. É muito difícil gostar da raiva, mas, se você souber cuidar dela, souber
cozinhá-la, a energia negativa da raiva se transformará na energia positiva do
entendimento e da compaixão.
Você é capaz de fazer
isso. Não é algo que somente um Grande Ser possa fazer. Você também pode. Você
é capaz de transformar o lixo da raiva na flor da compaixão.
Muitos conseguem
fazer isso em apenas quinze minutos. O segredo é continuar a prática da respiração
consciente, a prática do andar consciente, gerando a energia da plena
consciência a fim de abraçar a raiva.
Abrace a raiva com
bastante ternura. Ela não é sua inimiga, ela é seu bebê. Ela é como seu
estômago ou seu pulmão. Quando tem algum problema no pulmão ou no estômago,
você não pensa em jogar o órgão fora.
O mesmo acontece com relação à raiva. Você a
aceita porque sabe que pode cuidar dela. Você é capaz de transformá-la numa
energia positiva.
Como transformar o
lixo em flores
O jardineiro orgânico
não pensa em jogar fora o lixo. Ele sabe que precisa do lixo, pois é capaz de
transformá-lo em adubo composto, para que este possa novamente se transformar
em alface, pepino, rabanete e flores. Ao praticar os ensinamentos, você é uma espécie
de jardineiro, um jardineiro orgânico.
Tanto a raiva quanto o
amor possuem uma natureza orgânica, o que significa que ambos podem mudar. O
amor pode se transformar em ódio. Você sabe muito bem disso. Muitos de nós
começamos os relacionamentos com um amor muito intenso.
Tão intenso que acreditamos que não
conseguiremos sobreviver sem nosso parceiro. No entanto, se não estivermos
plenamente conscientes, um ou dois anos são suficientes para que o amor se
transforme em ódio.
Então, na presença do
nosso parceiro, nós nos sentimos muito mal. Viver juntos se torna impossível, e
a única saída passa a ser o divórcio. O amor se transformou em ódio, nossa flor
virou lixo. Mas, com a energia da plena consciência, você pode olhar para o
lixo e afirmar: “Não estou com medo. Sou capaz de transformar o lixo novamente
em amor.”
Se você enxergar em si
mesmo os elementos do lixo, como o medo, o desespero e o ódio, não entre em
pânico. Na qualidade de um bom jardineiro orgânico, de uma pessoa que pratica
bem os ensinamentos, você tem condições de enfrentar essa situação:
“Reconheço que existe lixo em mim. Vou
transformar esse lixo num adubo composto capaz de fazer meu amor reaparecer.”
Aqueles que têm
confiança na prática da plena consciência não pensam em fugir de um
relacionamento difícil.
Quando você conhece e pratica as técnicas da
respiração consciente, do andar consciente, do sentar consciente e do comer
consciente, você consegue gerar a energia da plena consciência e abraçar sua
raiva ou seu desespero.
O simples fato de você
acolhê-los e abraçá-los já lhe trará alívio. Depois, sem afrouxar o abraço,
você pode se dedicar à prática de examinar profundamente a natureza da sua
raiva.
A prática, portanto,
encerra duas fases. A primeira envolve o abraçar e o reconhecer: “Minha querida
raiva, sei que você está presente, estou cuidando muito bem de você.” A segunda
fase consiste em contemplar profundamente a natureza da sua raiva para ver como
ela surgiu.
Cuidando do bebê, a
raiva
Você precisa ser como
a mãe que presta atenção ao choro do bebê. Se a mãe está trabalhando na cozinha
e ouve o bebê chorar, ela para qualquer coisa que esteja fazendo e corre para
confortar seu filho.
Ela pode estar
preparando uma ótima sopa, mas nada é mais importante do que o sofrimento do bebê.
O surgimento da mãe no quarto do bebê é como a luz do Sol, porque ela está repleta do calor do
amor, do cuidado e da ternura.
A primeira coisa que ela faz é pegar o bebê e
abraçá-lo com carinho. Quando a mãe abraça o bebê, sua energia penetra nele e o
acalma.
É exatamente isso que
você precisa aprender a fazer quando a raiva começar a se manifestar. Você tem
que abandonar tudo que estiver fazendo, porque a tarefa mais importante que
você tem diante de si é se voltar para dentro e tomar conta do seu bebê, a
raiva. Nada é mais urgente do que cuidar bem do seu neném.
Você se lembra que,
quando era criança e tinha febre, mesmo que lhe dessem aspirina ou algum outro
remédio, você só se sentia melhor quando sua mãe punha a mão na sua testa escaldante?
A sensação era tão boa!
A mão dela parecia a mão de uma deusa. Quando
ela o tocava, você sentia um grande frescor, amor e compaixão entrando no seu
corpo. A mão da sua mãe é a sua própria mão.
A mão dela ainda
estará viva na sua se você souber como inspirar e expirar, se você ficar
plenamente consciente. Depois, ao tocar sua testa com sua própria mão, você
perceberá que a mão da sua mãe ainda está presente, tocando sua testa. Você
receberá a mesma energia de amor e ternura.
A mãe segura de forma
consciente o bebê, totalmente concentrada nele. O bebê sente um certo alívio
porque está sendo abraçado com ternura pela mãe, como a flor que é envolvida
pela luz do sol.
Ela abraça o bebê não
apenas porque o ama, mas também para descobrir o que há de errado com ele. Como
ela é uma verdadeira mãe, extremamente talentosa, consegue descobrir
rapidamente o problema do neném. Ela é especialista em bebês.
Na qualidade de
praticantes dos ensinamentos, temos que ser especialistas em raiva. Temos que
cuidar da nossa raiva e praticar até compreender a sua origem e o seu
funcionamento.
Abraçando o bebê
Ao abraçar conscientemente
o bebê, a mãe descobre a causa do sofrimento dele e fica muito mais fácil para
ela corrigir situação. Se o bebê está com febre, ela lhe dará um remédio para
baixar a febre. Se estiver com fome, ela o alimentará, e se a fralda estiver
molhada, ela a trocará.
Como praticantes, é
exatamente isso que fazemos. Abraçamos conscientemente nosso bebê - a raiva -
para obtermos alívio. Continuamos a praticar a respiração consciente e o andar consciente,
como uma canção de ninar para a nossa raiva. A energia da plena consciência
penetra na energia da raiva, exatamente como a energia da mãe penetra na
energia do bebê. Não existe nenhuma diferença. Se você souber sorrir, praticar
a respiração consciente e a meditação, concentrando- se nos seus passos, é
certo que sentirá alívio em cinco, dez ou quinze minutos. Texto de Thich Nhat Hanh
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para divulgação desde que seja citada a fonte, o blog de origem.
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Grata dharmadhannya
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