quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Somos seres atômicos


Somos seres atômicos

Renata Saladino

Quando penso no que eu poderia dizer ao outro, o que poderia ajudar ao outro, acho que é necessária uma consciência profunda de pertencer a um organismo, muito maior do que se é, muito maior do que você mesmo.

Ainda que tenha estudado em escola pública, e tido professores que tornaram as matérias insuportáveis e colegas que tornaram elas, também, igualmente enfadonhas, ou a marca de que eu seria sempre um pária, gostasse ou não delas, minhas teorias são todas baseadas em Física, Química e vários cursos quânticos. Somos parte de um organismo enorme, e precisamos entender, tal qual células, átomos, partículas, temos vida, e função individual e função no conjunto total do organismo.

Um organismo não vai entrar em pane devido ao mal funcionamento de uma célula... será? Então o que é o câncer? Observe como em uma casa com um elemento caótico, toda caoticidade vem à tona, basta um, para todo organismo não funcionar.

Cada célula, molécula, partícula deve então, assumir sua responsabilidade, mesmo que ínfima, pelo bem estar do organismo. Essa é uma das clarezas mentais que precisamos ter. 




Outra questão é a do pertencimento ou não pertencimento, o que você escolhe para você? O que te é natural e porque? E se você escolhe algo, é sobre uma circunstancia e por um tempo, isso se chama evolução, você precisa aprender a passar pela escolha e pela não escolha (escolher o não) sem culpa. A mesma pessoa pode aceitar algo por uma fase da vida, e não aceitar em outra, e isso ser evolução. Não é uma traição aos seus princípios, não é traição aos outros, é a escolha de ao que pertencer, e essa escolha sempre esteve na sua mão.

Sendo assim, imaginando ainda o ser como parte de um conjunto, você pertencerá a esse conjunto enquanto for favorável, ao conjunto ou a você, e essa relação não pode ser unilateral, não poderá somente o organismo se favorecer, ou somente a partícula se energizar. Química e fisicamente, aquele átomo que não tem carga energética combinativa com o conjunto ao qual pertence, fica à margem do conjunto, esperando outro campo energético que o atraia para poder se desprender e se combinar.




Comparando com a vida, quantas vezes não estamos felizes, não estamos trazendo felicidade, mas não conseguimos nos desprender do conjunto ao qual pertencemos? Seja família, emprego, namoro, casamento, estudos... esperando o impulso criativo de algo novo, algo que anime, algo que energize, para que possa ocorrer o desprendimento?

O que traz a necessidade de se combinar a algo ou de estar combinado ao algo para ser feliz?

Saiba que também existem células, átomos e partículas soltos no universos, não combinadas a conjunto nenhum e com carga energética variantes da quase não existência, a neutralidade total, a eletricidade e sim, o negativo, o positivo e o bombástico. Existem partículas que ao se combinarem causam tão somente estrago e outras, ao se combinarem criam universos, e assim, podemos metaforicamente combinar isso com o poder da mente humana, agindo em conjunto, ou separadamente.


Como podemos viver bem, tanto em conjunto como separadamente? Como podemos ser bem sucedidos fazendo parte de um organismo ou apenas, existindo e coexistindo separadamente?

Tal qual na metáfora apresentada, envolvendo física e química, podemos ser bem sucedidos trabalhando pela totalidade da nossa carga energética. Trabalhando nosso núcleo interno, nossa integridade, e tudo que a compõe, retirando do outro o poder que damos, ao acreditar que precisamos nos combinar por alguma sensação de incomplenitude. A complenitude está no aproveitamento total e único de toda sua carga energética.




Isso não quer dizer egoísmo, isso quer dizer assumir o que você é, seu poder, sua capacidade, sua energização, e porque só falamos do positivo, e hoje é necessário mais do que isso, mais do que ser um gnomo de felicidade, assumir também sua carga negativa, sabendo que só cuidamos daquilo que assumimos, se não há problemas, não há o que resolver.

A resolução está no reconhecimento, de tudo que se é, e do que não se é, de tudo que se quer e do que não se quer, e de que forma se vai alcançar aquilo, trabalhando essa meta, sem sofrimento e sem culpa, como a decisão clara de assumir o seu poder, em toda sua capacidade e em todas as suas limitações.
http://semmedodefazersentido.blogspot.com.br/2014/09/seres-atomicos.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário