quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O que predispõe à obsessão







“(...) as imperfeições morais e mentais dão azo à ação

dos Espíritos obsessores.” (0 Livro dos Médiuns, AIlan Kardec,
item 252.)

Tal como acontece quando nos apresentamos com

predisposição para um mal físico qualquer, assim também
ocorre no campo espiritual.

Pensamentos e estados emocionais negativos criam zonas

mórbidas em nosso campo mental, facultando a inoculação de
pensamento alheio, que, virulento - por ser de teor inferior, age em nós como se fora uma afecção mental, instalando-se em 
decorrência o processo obsessivo.


Somente existe a obsessão porque há endividados,

criaturas que se procuram através dos tempos para acertar os
débitos do passado.


Companhias Espirituais
“(.,.) criando imagens fluídicas, o pensa-

mento se reflete no envoltório perispirítico,
como num espelho; toma nele corpo e aí de
certo modo se fotografa. (...) Desse modo é que
os mais secretos movimentos de alma
repercutem no envoltório fluídico; que uma
alma pode ler noutra alma como num livro e
, ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.”

(.A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV, item 15.)


 A uma simples vibração do nosso ser, a um pensamento

emitido, por mais secreto nos pareça, evidenciamos de
imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que terá pronta
repercussão naqueles que estão na mesma frequência vibracional.
Assim, atrairemos aqueles que comungam conosco e que se
identificam com a qualidade de nossa emissão mental.


Através desse processo, captando as nossas intenções,

sentindo as emoções que exteriorizamos e “lendo” os nossos
pensamentos é que os Espíritos se aproximam de nós e, não raro,
passam a nos dirigir, comandando nossos atos. Isso se dá
imperceptivelmente.


Afinizados conosco, querendo e pensando

como nós, fácil se torna a identificação, ocorrendo então que
passamos a agir de comum acordo com eles, certos de que a sua
é a nossa vontade - tal a reciprocidade de sintonia existente.

Não entraremos na questão do livre-arbítrio, sobejamente conhecida dos espíritas. Sabemos que a nossa vontade é livre

de aceitar ou não estas influenciações. Que a decisão é sempre de nossa responsabilidade individual.

O importante é meditarmos a respeito de quanto somos

influenciáveis, e quão fracos e vacilantes somos. O Espiritismo,
levantando o véu dos mistérios, nos traz a explicação clara
demonstrando-nos a verdade e, através desse conhecimento, nos
dá condições de vencer os erros e sobretudo de nos preservarmos
de novas quedas.


Fácil é pois, aos Espíritos, nos dirigirem. Isto acontece

com os homens em geral, sejam eles médiuns ostensivos ou não.
E que, como médiuns, todos somos sensíveis a essas

aproximações e ninguém há que esteja absolutamente livre de
influenciações espirituais.


 Escolher a nossa companhia espiritual

é de nossa exclusiva responsabilidade. Somos livres para a opção.
No passado, sabemo-lo hoje, escolhemos o lado das

sombras, trilhando caminhos tortuosos, tentadores, e que nos
pareciam belos. Optamos pelo gozo material, escolhendo a
estrada do crime, onde nos chafurdamos com a nossa loucura,
enquanto fazíamos sofrer os seres que de nós se aproximavam.


Eis a opção que a vida nos faculta agora. Escolha

consciente, amadurecida. Escolha feita por quem já sabe e
conhece. Por isto mesmo muito mais responsável.


O jugo dos obsessores só é possível em razão da

desarmonia vibratória de suas presas, que só alcançarão a
liberdade quando modificarem a própria direção mental.


Certamente recebem, tanto quanto os obsessores, vibrações

amorosas e equilibradas dos Benfeitores Espirituais, que lhes
aguardam a renovação.


Se a antena do nosso rádio, estiver conectada com a gratidão, com o amor, as energias magnéticas negativas não serão compatíveis com o nosso campo áurico e ficam na periferia esperando nossos deslizes para a escuridão. A depressão abre a porta dos nossos adversários, porque perdemos contato com a vida da alegria e entramos no mundo dos obsessores infelizes e vingativos.

 Espíritos endividados e compromissados

entre si mesmos, através de associações tenebrosas, de idêntico
padrão vibratório, se aglomeram em certas regiões do Espaço, obedecendo à sintonia e à lei de atração, formando hordas que
erram sem destino ou se fixam temporariamente, em cidades, colônias, núcleos, enfim, de sombras e trevas.


As drogas, a bebida alimentam com o nosso ectoplasma a ligação com os obsessores -  fique alerta contra o vício, ele nos arrasta para a decadência moral, mental e física.

Tais núcleos têm

dirigentes, que se proclamam juízes, julgadores, chamando a si a
tarefa de distribuir “justiça” aos Espíritos igualmente culpados e
também devotados ao mal, ou endurecidos pela revolta e pela
descrença.


As várias expressões de um

mesmo problema “(...) existem problemas obsessivos em
várias expressões, como os de um encarnado
sobre outro; de um desencarnado sobre outro;
de um encarnado sobre um desencarnado e,
genericamente, deste sobre aquele.” — Manoel
Philomeno de Miranda.


O que é a obsessão
“A obsessão é a ação persistente que um

Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples
influência moral*, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.”

(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan

Kardec, cap. XXVIII, item 81.)

Obsessão - do latim obsessione. Impertinência, perseguição,

vexação. Preocupação com determinada idéia, que domina
doentiamente o espírito, e resultante ou não de sentimentos
recalcados; idéia fixa; mania.[1]


Vulgarmente a palavra obsessão é usada para significar

ideia fixa em alguma coisa, gerando um estado mental doentio,
daí podendo advir manias, cacoetes, atitudes estranhas.


Entre nós, espíritas, o termo tem acepção mais profunda, tal como foi colocado pelo Codificador. Confrontando a significação vulgar do vocábulo e a definição de Kardec, verificaremos

que a “preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito”, pode também resultar da certeza da culpa existente nos recessos da mente, denotando realmente
“perseguição” a traduzir-se na presença do obsessor que vem
desforrar-se do antigo algoz ou comparsa.


Esclarece ainda o mestre lionês: (...) “a obsessão decorre

sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um
Espírito mau.” (...)


“Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por

um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas
relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência.”


Obsessão - cobrança que bate às portas da alma — é um

processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um lado o
cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impresso no seu perispírito as
matrizes da culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu.


A obsessão, tanto vista do ângulo do obsidiado quanto

do prisma do obsessor, somente ocorre porque os seres humanos
ainda carregam em suas almas mais elevada taxa de sombras que de luz. Enquanto isso ocorrer, haverá obsessores e obsidiados:



o domínio negativo de quem é mentalmente mais forte, sobre o mais fraco; do credor sobre o devedor. E haverá algozes e vítimas.

Tal estado de coisas unicamente se harmonizará quando

existirem apenas irmãos que se amem.

Resumindo, diremos: configura-se a obsessão toda vez

que alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre outrem constrição mental negativa - por um motivo qualquer - através
de simples sugestão, indução ou coação, com o objetivo de
domínio — processo esse que se repete continuamente, na Terra ou no Plano Espiritual inferior. E, por conseguinte, teremos  o
obsessor e o obsidiado.


Você pode perceber traços da obsessão em sonhos repetitivos, de perseguição, de ódio, de brigas com um adversário ou com muitos.

Gradação das obsessões
“E assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos,

alienados mentais em marcadas circunstâncias
de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimá-
veis da desarmonia, pela nossa permanência lon-
ga em reflexos condicionados viciosos, adquirin-
do compromissos de grave teor nos atos menos
felizes que praticamos, semi-inconscientemen-
te, sugestionados uns pelos outros, porquanto,
perante a Lei, a nossa vontade é responsável em
todos os nossos problemas de sintonia.”


(.Mecanismos da Mediunidade, André Luiz,

psicografia de Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, cap. XVI.) í


O problema da obsessão reside, principalmente, no estado de sutileza em que possa apresentar-se, de tal forma que não é detectada com facilidade, passando muitas vezes inteiramente despercebida.

São influenciações espirituais sutis que levam a pessoa

visada a procedimentos dos quais se arrependerá, provavelmente, quando conseguir refletir com algum equilíbrio.

Não se julgue que, debaixo de tais influências, as

criaturas ajam como verdadeiras marionetes, completamente
destituídas de vontade própria. Ocorre que os obsessores valem--se de processos com os quais acionam intenções recônditas, desejos imanifestos, ocultos nos refolbos do ser, mas que eles
captam, açulando-os.


 O mais corriqueiro é que a pessoa se deixe

levar pelo seu lado negativo, já que as sombras ainda têm maior o campo de domínio nos seres humanos.

Não damos, na maioria das vezes, importância alguma

aos nossos estados emocionais, que oscilam bastante. Se
ponderarmos, iremos constatar que, para o desequilíbrio de
nossas emoções, pequeninos nadas tornam-se agentes poderosos e fazem vacilar a nossa aparente serenidade interior, levando-nos a estados de visível turvação mental.


E, sobretudo, no cotidiano, que se patenteiam tais

possibilidades, mascaradas, comumente, com o nome de “gênio
forte”.


 E com essa desculpa - aceita e generalizada por outros

tantos seres humanos com igual “fortaleza de gênio” — que
procuramos justificar nossos desvios de caráter, quando
assomamos a esta porta com a nossa má-formação íntima a
expressar-se na irritação, no mau humor, na ira, na maledicência, e tantos outros procedimentos negativos.


Dependendo da intensidade desses estados é que nos

iremos mostrar aos olhos de todos como doentes da alma, cuja insanidade temporária deixa entrever a nossa indigência espiritual.

Alienados por breves ou longos momentos, somos tal qual

um vulcão em erupção a vomitar lavas e estilhaços da matéria que constitui o nosso mundo interior, vinculados a outros seres
cm análoga situação, medianeiros todos nós da desarmonia, do desequilíbrio e da loucura.


O que se depreende da advertência de André Luiz é que

somos os únicos responsáveis pelas sintonias infelizes do nosso
hoje, graças sempre ao longo caminho de vícios que
palmilhamos ontem.


Ação e reação. Causa e efeito. Hoje, choramos ao peso

das aflições que nós mesmos semeamos. Agora, reclamamos pelos padecimentos obsessivos que nos atormentam a alma.
Somos os atormentadores, agora atormentados, como nos fala. Manoel Philomeno de Miranda.


Invigilância: a porta

para a obsessão
“Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque

não sabeis quando será o tempo” — Jesus.
(Marcos, 13:33.)

 A existência dos fatores predisponentes — causas cármicos — facilitam a aproximação dos obsessores, que, entretanto,

necessitam descobrir o momento propício para a efetivação da sintonia completa que almejam.

Este momento tem o nome de invigilância. E a porta que

se abre para o mundo íntimo, facilitando a incursão de
pensamentos estranhos, cuja finalidade é sempre o conúbio
degradante entre mentes desequilibradas, o inevitável encontro entre credor e devedor, os quais não conseguiram resolver suas
divergências pelos caminhos do perdão e do amor.


É o instante em que o cobrador, finalmente, bate às portas da alma de quem lhe deve. E, sempre o faz, nessas circunstâncias, pela agressão, que poderá vir vestida de sutilezas, obedecendo a um plano habilmente traçado ou de maneira frontal para atordoar e desequilibrar de vez a vítima de hoje.

Momentos de invigilância existem muitos. Todos os

temos em incontáveis ocasiões.

Citaremos alguns dos estados emocionais que representam invigilância em nossa vida: revolta, ódio, ideias negativas de

qualquer espécie, depressão, tristeza, desânimo, pessimismo, medo, ciúme, avareza, egoísmo, ociosidade, irritação, impaciência, maledicência, calúnia, fúria, inveja, desregramentos sexuais, vícios -
fumo, álcool, tóxicos, etc.


Adverte-nos Scheilla: “Toda vez que um destes sinais

venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei Divina está
presente, recomendando-nos a prudência de parar no socorro da
prece ou na luz do discernimento.”


Um momento de invigilância pode ocasionar sérios pro-

blemas, se este for o instante em que o obsessor tentar conseguir a sintonia de que necessita para levar avante os seus planos de
vingança.


Convém ressaltar que um minuto ou um instante de

medo, revolta, impaciência, etc., não significa necessariamente que a pessoa esteja obsidiada. Mas, sim, que uma ocasião destas
poderá ser utilizada pelo obsessor como ensejo que ele aguarda para insuflar na vítima as suas ideias conturbadas.


Desde que estes estados de invigilância passem a ser constantes,        repetindo-se e tornando-se uma atitude habitual, aí obviamente

       estará configurada a predisposição para o processo obsessivo.

Recordemo-nos de que qualquer ideia fixa negativa que

venha a nos perturbar emocionalmente, é sempre sinal de alarme, ante  o qual deveremos fazer valer em nossa vida o sábio ensinamento do Mestre: “Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque não sabeis quando será o tempo.” Suely Caldas  Schubert

Eu fiz um resumo do texto.

Pesquisado por Dharmadhannya
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