quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A Prática da Meditação Esotérica




A Prática da Meditação Esotérica

Não é um mistério que todo o nosso mecanismo — os veículos dos corpos, emocional c mental — emite algum tipo de som. Visto que cada um desses veículos tem diferentes níveis e diferentes cordas, o som às vezes parece uma sinfonia, às vezes um ruído.

Algumas pessoas emitem ruídos; outras, música. Se os três corpos de um homem são saudáveis, ele compõe música de acordo com o seu nível, e se está altamente alinhado e é uma personalidade de alma infusa, dele emana uma sinfonia de grande beleza.

No futuro, grandes cientistas criarão um ouvido mecânico para ouvir os sons dos corpos físico, emocional e mental, e farão seus diagnósticos de saúde ou doença nessa base.

Eles terão a diagnose mais aperfeiçoada quando esse “ouvir” for criado e a técnica de decifrar as notas for realizada com perfeição. Os cientistas serão também capazes de ouvir a nota da alma e de determinar-lhe a idade ou o desenvolvimento.

Ao entoar o OM estamos realmente liberando as verdadeiras notas de cada átomo nos três planos, e sincronizando-as com a nota da Alma.


Não devemos esquecer que foi o homem real que reuniu a substância dos corpos ao redor dele através da entoação de certas notas, e de novo, quando esse homem alcançar a liberdade, ele será capaz de criar veículos mais aperfeiçoados ou de destruir seus veículos e liberar as pequenas vidas dos veículos, também pela entoação de certas notas.

Depois de entoar os três OMs com grande aspiração e concentração, você está pronto para começar a meditação no nível mais elevado de consciência sobre o qual você se focalizou; isto ocorre devido às etapas anteriores de alinhamento, invocação e entoação do OM.

 Assim, você está livre dos sortilégios do nível astral e das ilusões da mente inferior, livre do assédio de pensamentos ou forças desagradáveis, e pronto para abrir suas velas ao mar infinito de ideias, energias e impressões divinas.

A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO - Parte I

A meditação é realizada no plano mental e na luz do Anjo Solar. Nosso objetivo é expandir nossa comunicação com os mundos objetivo e subjetivo, fazendo uso de objetos de meditação denominados “pensamentos seminais”.

Patanjali diz: “A consciência de um objeto é alcançada pela concentração em sua quádrupla natureza:
A forma — através do exame.
A qualidade (gunas) — através da participação discriminadora.
O propósito — através da inspiração (ou beatitude).
A Alma — como causa — através da identificação.”

Estamos cientes de que a concentração é uma habilidade muito importante. Podemos nos concentrar em qualquer nível se a energia da vontade for utilizada para manter a substância do plano determinado focalizada no objeto.

 A concentração não é possível sem a energia da vontade.
A concentração de que Patanjali fala é estendida a quatro níveis de consciência:
A forma é mantida à luz da sétima, sexta e quinta camadas da mente, para exame.
A qualidade é contatada na quarta e terceira camadas da mente, à luz do Anjo Solar.

O verdadeiro propósito do objeto da nossa meditação é contatado no plano mental superior, especificamente no segundo nível, onde registramos a inspi­ração dos centros superiores.

A verdadeira causa ou “alma” do objeto é contatada no primeiro nível do plano mental, onde é possível a identificação com “a alma” e com os centros superiores do mundo subjetivo.

Toda a nossa natureza está em movimento. Os átomos de todos os nossos corpos estão ou em progressão ou caindo no sono. A meditação é o melhor meio de pôr os átomos da inércia em movimento e a seguir no ritmo, elevando assim a qualidade dos corpos e aumentando neles a quantidade dos átomos rítmicos.

No Sutra das quatro perspectivas, temos quatro técnicas muito importantes para a meditação:
1.                   A forma, através do exame.
2.                   A qualidade, através da participação discriminadora.
3.                   O propósito, através da inspiração.
4.                   A causa, ou alma, através da identificação.

Exame significa comparação com outros objetos, com partes do mesmo objeto, com o “ideal” do objeto. O exame é feito por percepção direta, na concentração. Ioga significa também concentração. Concentração é progressão para o centro e um ato de unidade com o centro, com o núcleo.

A primeira parte da regra é dirigida à forma, e tudo nos mundos físico, emocional e mental tem uma forma. Temos até mesmo formas sutis denomi­nadas protótipos. H. P. Blavatsky, na obra A Doutrina Secreta, diz que

 “o Ocultismo ensina que nenhuma forma pode ser dada a qualquer coisa, quer pela natureza, quer pelo homem, cujo tipo ideal não exista no plano subjetivo”.[1]

Nossa primeira perspectiva é a Forma, e a forma é examinada pelos nossos cinco sentidos, pois cada forma influencia os cinco sentidos. Um objeto pode ser tocado, visto, ouvido, cheirado e saboreado.

 Até mesmo uma forma de pensamento pode ser examinada pelos cinco sentidos, em níveis sutis, mas, ainda assim, permanecer no mundo da forma. Qualquer objeto assim examinado é melhor e mais plenamente conhecido.      

A segunda perspectiva é a Qualidade, que é encoberta pela forma. A qualidade é a consciência da forma, o mecanismo de resposta por trás da forma, o aspecto da alma, o aspecto do raio, o aspecto impulsivo, motivador, direcionador, subjetivo.

As virtudes são qualidades.
Para melhor compreender a qualidade precisamos recorrer à palavra sânscrita original. Em sânscrito, o termo para qualidade é guna.

De acordo com os sábios da índia, temos três espécies de átomos em nossos veículos e em todas as formas da natureza. Temos átomos de inércia, átomos de movimento e átomos de ritmo.

 Esses átomos compõem os nossos veículos e todas as formas da natureza. Em sânscrito, são denominados tamas, rajas e satva. Essas são as três qualidades ou gunas.

Todas as formas, em todos os níveis do plano cósmico físico, são feitas de substância. E essa substância pode mostrar uma dessas qualidades, de acordo com o plano em que ela atua, e de acordo com a força ou energia que expressa.

Os átomos da substância têm um dos três movimentos:
Movimento rotativo
Movimento cíclico espiralado
Movimento progressivo, à frente, ou movimento
progressivo cíclico e rotativo.

Isto é válido para todo o plano cósmico físico, desde o plano da matéria até o plano do puro espírito. Nossos corpos, emoções, pensamentos, ideias, visões ou inspirações são todos substanciais e expressam uma dessas qualidades ou gunas: mais especificamente, inércia, movimento e ritmo; ou movimento rotativo, mo­vimento cíclico espiralado e movimento progressivo, cíclico e rotativo.

Individualmente, cada um de nossos corpos pode ter essas três qualidades, mas uma delas predomina. O corpo físico e as formas físicas podem ser con­troladas por inércia, por movimento ou por ritmo. Se a inércia dá lugar ao movimento e o movimento ao ritmo, dizemos que o corpo está no processo de sublimação.

O Mestre tibetano diz que quando o corpo animal do homem pré-humano alcançou a mais alta vibração sátvica ou rítmica, a individualização tornou-se possível.[2]

A qualidade da inércia cria a concreção na substância. A qualidade do movimento cria atividade senciente e a qualidade do ritmo cria atividade mental na substância.

O reino mineral tem predominância da guna da inércia; o reino vegetal, basicamente da guna do movimento; o reino animal, principalmente da guna do ritmo.

Mas todas essas gunas são relativas entre si. Por exemplo, o ritmo do corpo físico é inércia em comparação com o ritmo do corpo emocional.

O ritmo do corpo emocional é movimento em comparação com o ritmo do corpo mental, e inércia cm comparação com o corpo causai.[3]

O ritmo do corpo mental é inércia em comparação com o corpo átmico e movimento cm comparação com o corpo causal.
Também podemos dizer que a personalidade, a Alma e a Centelha formam uma trindade; a personalidade representa a inércia, a Alma representa o mo­vimento e a Centelha representa o ritmo.

Todas se referem às qualidades com as quais as formas estão carregadas. Essas são as três gunas, as três qualidades. E todas as três podem ser encontradas em cada corpo em várias porcentagens.
Estudemos o diagrama a seguir:
DIAGRAMA I


DIAGRAMA I
Físico
I
M
R
Inércia




I




Emocional
M
Movimento
Inércia



R





I




Mental
M
Ritmo
Movimento
Inércia


R





I




Búdico
M

Ritmo
Movimento
Inércia

R





M




Átmico
R


Ritmo
Movimento
Monádico
R



Ritmo
Legenda:            I - Inércia
M — Movimento R - Ritmo




DIAGRAMA II
Vejamos isso sob outro ângulo.
Domínio                                   Divino___________________ I
Espiritual
Monádico
. II


Átmico
m
z Ritmo

Intuicional
' IV
J
Alma
Mental 1 Superior 2

^ Movimento

3
V
I

4


Personalidade
Mental 5 Inferior 6
VI
Inércia

7

Emocional
VII


Físico








Essa questão pode ser explicada um pouco mais supondo que tenhamos três aviões: um se desloca a uma velocidade de 50 km por hora, o segundo a 500 km por hora e o terceiro a 5.000 km por hora. Se você comparar 50 a 5.000, os 50 km/h são inércia. Se comparar 500 a 5.000, os 500 km/h são movimento. Se comparar 50 com um objeto parado, os 50 km/h são ritmo.

Na verdade, o rajas, que representa movimento ou movimento cíclico espiralado, é uma relação entre as gunas sátvica e tamásica. É um ponto de encontro das forças de inércia e as energias do ritmo; duas correntes encontram-se e criam um redemoinho, movimento, ou movimento cíclico espiralado.

Lemos no Bhagavad Gita que as qualidades, ou as três gunas, são ativas: “Ninguém pode, por um instante que seja, deixar de agir, pois foi feito para agir mesmo que involuntariamente, através dos poderes das gunas.”[4]

As gunas são encontradas no homem e também na Grande Natureza. Os sábios da índia dizem que essas três gunas são responsáveis por toda a exis­tência, por todos os fenômenos nos mundos físico, emocional e mental. Um objeto é mais bem conhecido se sua qualidade também é encontrada — a qualidade da inércia, movimento ou ritmo.

Os sábios indianos dizem ainda que da inércia surge a estagnação, do movimento vêm os vícios e do ritmo provêm todas as qualidades superiores que chamamos virtudes.

Isto significa que, se a personalidade contém princi­palmente átomos de inércia, a Vida Interior não será capaz de expressar-se em toda a sua glória, e as energias irão estagnar e degenerar.

 Quando a per­sonalidade contém mais átomos de movimento, o indivíduo será muito exteriorizado, auto impositivo, exagerado e não avançará no Caminho. Todas as suas energias serão utilizadas para propósitos egoístas e o homem viverá uma vida de vícios.

 Mas se os átomos de seu corpo têm uma alta porcentagem de átomos rítmicos, ele é um homem virtuoso, um homem que irradia, um homem de amor, luz e poder.

É a porcentagem desses três tipos de átomos que condiciona a expressão vital de um homem, ou de qualquer objeto ou ser. Sugere-se que o peregrino medite sobre a qualidade do objeto “através da participação discriminadora”.

 Participação significa comunicação, comunhão mesmo. Um homem sente a qualidade do objeto através da comunicação com ele e pode comunicar-se com um objeto se tiver a mesma qualidade que o objeto tem.

 Isto é como combinar duas notas, como estar sintonizado. Se as notas têm a mesma vibração ou são oitavas, dizemos que estão afinadas, em comunicação ou comunhão. Isto é participação.

 Mas essa participação ou comunhão leva a consciência à fusão e ao não-registro. Aqui entra a frase: participação discriminadora.

 Par­ticipação discriminadora significa que o intelecto humano, embora em comu­nicação e em fusão, deve ter ao mesmo tempo um sentido de distanciamento. Ele deve observar o processo de participação, registrar individualmente o re­sultado da participação ou a qualidade do objeto.

Assim, ele é unificação parcial com a quantidade do objeto, com a mesma qualidade que temos em nós próprios, para medir e descobrir a qualidade do objeto através da parti­cipação e experiência.

A qualidade do ritmo num objeto pode ser reconhecida e registrada por nós, se tivermos a qualidade do ritmo; se não, não podemos participar da qualidade do ritmo do objeto ou reconhecê-la.

 Isto significa que, para ampliar nossa comunicação ou nossa consciência, devemos desenvolver dentro de nós mesmos as dimensões superiores das qualidades.

Suponha que você esteja meditando sobre a coragem.
Qual é a qualidade? Você pode descobri-la, se tiver a qualidade da coragem, se for corajoso, se tiver praticado ações corajosas. Se não puder descobrir a qualidade da coragem, você pode desenvolvê-la em si mesmo praticando atos de coragem. Assim, você descobrirá qual é a sua qualidade.

Na meditação isso acontece naturalmente: primeiro, você supõe; depois, é desafiado a provar a sua -suposição; em seguida, você tenta e, tentando, desenvolve a qualidade da coragem na medida da sua sinceridade.

Você então verá a qualidade real de qualquer ato corajoso.
Verá quanta inércia ele contém, quanto movimento, quanto ritmo.

No decurso da meditação, intuitivamente você começará a traduzir os no­mes dessas três qualidades no seu sentido original, intuicional e simbólico.

Por exemplo, em vez de inércia, movimento e ritmo, você poderá chamá-las: insensibilidade, agitação, serenidade; ou passado, presente, eternidade; ou o que é observado, a observação e o observador; ou mesmo morte, doença, saúde; ou silêncio, ruído, música.

Nossa terceira perspectiva é “o propósito através da inspiração”. O pro­pósito é o alvo da flecha. Esse alvo, esse propósito, é encontrado somente através da inspiração.

Aqui entramos em planos mentais superiores e regis­tramos níveis superiores de consciência, entrando em contato com a ideia subjacente ao objeto.

 Inspiração é o momento em que o reflexo da Mônada, que é a alma humana, registra a mensagem oriunda do seu íntimo. Isso acontece quando os passos precedentes da meditação foram dados conscientemente e com cuidado. Inspiração é inalação; a Mônada, por um breve segundo, inspira e a atenção do reflexo é harmonizada e direcionada para dimensões superiores, para mais luz.

Através da “resposta idêntica”, o propósito do objeto é revelado. Assim, a consciência é expandida c não se cristaliza nos planos mentais in­feriores.

Não é fácil encontrar o propósito real do objeto na sua meditação enquanto você não começar a ter experiências de inspiração. A inspiração é um desdo­bramento progressivo na direção do âmago da luz, como um botão é atraído na direção do sol.

Gradualmente, e na proporção de sua aproximação do sol, ele abre suas pétalas e, quando alcança o sol, a semente do sol no botão ou flor é liberada e se torna una com o sol.

 No caminho desse processo e como resultado de uma maior iluminação, o homem se toma criativo em todos os níveis, e se dá conta do propósito, não só da sua individualidade, mas de toda a criação.

Aqui deve ser mencionado que a fonte original de inspiração é a Mônada, mas sua mensagem é registrada em níveis diferentes. Por exemplo, se o corpo etérico-físico registra a inspiração, um grande fluxo de energia derrama-se nesse nível e remove e purifica o maya, os impulsos cegos no corpo etérico.

 Se a inspiração é registrada no plano astral, alguns dos sortilégios são remo­vidos. Se no plano mental, algumas das ilusões são removidas. Assim, o me­canismo da personalidade se afina com o núcleo interior e pode expressar a voltagem de energia liberada por sua entrada nesse interior mais profundo.

É somente através da inspiração que a verdadeira luz, o verdadeiro amor e o verdadeiro poder são contatados e estes são usados, para que se pense o propósito do universo manifestado.

A bem-aventurança é uma energia que emana do núcleo íntimo do ser humano. A bem-aventurança e a inspiração constituem o mesmo processo, mas a inspiração é o ato de inalação pela Mônada, no qual a alma humano é encaminhada para o âmago.

 A bem-aventurança é o registro do tipo de energia que é liberada por esse encaminhamento e inalação. Na verdade, a inspiração é a resposta do núcleo interior, a resposta ao vôo invocativo que você efetua na direção dos valores espirituais.

Nossa etapa seguinte é descobrir a causa, “a alma” do objeto da meditação. Isso é feito através da identificação.

Temos duas espécies de identificação: uma é aquela em que o homem se identifica com o lado formal do objeto: a segunda é quando o homem se identifica com o lado vital do objeto.

A causa é encontrada nesta segunda identificação, porque o lado vital do objeto é a causa do objeto.

Esta identificação não é fácil. As três etapas anteriores devem ser cum­pridas muito cuidadosa e inteiramente, se a pessoa quiser chegar à quarta etapa e, assim, encontrar a causa do objeto através da identificação.

Sabemos que todo objeto tem uma forma, uma qualidade, um propósito e uma causa. Esta última é o aspecto de vida do objeto. O aspecto vital não pode ser compreendido por esforços mentais, mas somente através da identificação.

Depois do estágio da inspiração, o homem lentamente perde seu sentido de separatividade e entra em profunda comunicação com o aspecto vital do objeto. Este é o estágio mais elevado da meditação, o estágio em que a alma humana se funde com o núcleo do Anjo Solar e experimenta uma felicidade imensurável.

Aqui o homem entra em contato com a alma do objeto e, por um breve tempo, identifica-se com ela. Essa identificação produz o iluminamento ou iluminação de todo o objeto.

Mesmo na última etapa, o cérebro e a mente do homem não estão em suspenso; ao contrário, estão muito serenos e sensíveis a qualquer impressão do alto. Assim, todos os estados de consciência são experimentados e a pessoa retorna à sua consciência normal enriquecida e fortalecida pelo alto.
Torkon  Saraydarian




[1] Ver Blavatsky, H. P., The Secrel Doctrine, Vol. I, p. 683.
[2] Ver The Magnet of Life, Cap. III, de H. Saraydarian.
[3] Ver The Science of Becoming Oneself, Cap. XII, de H. Saraydarian.
[4] Bhagavad Gita 3:5, tradução de H. Saraydarian.

2 comentários:

  1. Muito bom, mas ainda restaram algumas duvidas. Apesar de entender o processo em sí ainda não consigo visualizar bem a sua prática, sobre quais objetos você recomenda a meditação??

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  2. Olá Fernando, desculpe eu soó vi agora seu recado, eu tenho muitas tarefas para realizar e sou eletrica, virgem ascendente virgem, meurcurio no ascendente. Eu acredito que um dos objetos é o anjo solar, eu desenhei o Maha choan que está aqui no blog e medito muito com ele, e quando medito eu e o Sua consciencia nos unimos, é um trabalho de gotas, mas que com o tempo voce sente resultado... intuição, expansão da consciencia, desenvolvimentos de visão, audição, espiritual, e com o mestre eu me ligo com shambala e com meu anjo guardião. grata

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