domingo, 19 de abril de 2015

A Vítima - Arquétipo Problemático

                                                                             

 A Vítima - Arquétipo Problemático



Arquétipo Saudável: A Mãe

Sem raiz, não nos fixamos em canto algum, podemos virar um nômade, sem família, sem endereço, e seguindo sem vínculos afetivos e materiais.

O Enraizamento no Mundo Material

Os arquétipos do chakra da Raiz estão vinculados ao mundo material e às realidades físicas ligadas à sobrevivência. Desde os níveis mais primitivos de subsistência até os estilos de vida mais sofisticados, precisamos manter nossos pés firmes no chão. Ou dominamos os princípios da sobrevivência ou nos tornamos uma das vítimas da vida.

Este texto analisa a diferença entre os dois arquétipos do chakra da Raiz, a Vítima e a Mãe, e propõe exercícios construtivos para enraizar o espírito no corpo e tornar mais fácil a construção de alicerces firmes que possibilitem o desenvolvimento e o aperfeiçoa­mento dos estados de energia superiores.

 Dessa forma, você ficará ligado à realidade e ao núcleo mais profundo do seu ser. Sem esse enraizamento, a sua ligação com as energias superiores será tênue, pois não é possível mantê-la sem mergulhar outra vez na Terra e na “realidade”. A partir de uma base interior saudável, você pode entrar em contato com seus sentimentos, sentir seu corpo e se rela­cionar com os outros.

Quando este chakra está desequilibrado, ou foi imobilizado pelo medo, pelo desamparo, há uma grande Perda de  energia e esta energia nos une com a vida,


É um programa que reabilita a energia da vida circulante, quando está

Relativamente imobilizada pela depressão, insegurança, ressentimento, pelo medo -  você fica sem ação, sem entusiasmo e força para investir na sua vida.


“Quando a dor está coberta pelo sono hipnótico não a sentimos e somos levados a pensar que não a temos. Mas ela está lá e está a consumir a nossa energia. Temos que liberta-la do nosso corpo”.


A sede dessa energia é o chakra raiz, que é o centro de medo que paralisa o homem e não o deixa avançar na vida.

Se o chakra raiz ficar sem energia a pessoa paralisa-se e deixa de funcionar.  Não move e estagna.


A dor suga e consome as boas energias e o medo paralisa.

Temos que libertar a dor e o medo para voltarmos a funcionar.

Para reabilitar esse chakra basta percorrer o programa em baixo.

O que É Enraizamento?

Um dos princípios do enraizamento é: “parar de pensar e sentir o corpo”. De acordo com Alexander Lowen, fundador da terapia bioenergética, e Wilhelm Reich, seu mentor, é através da vida do corpo que podemos sentir o prazer e a dor e nos ligar com nossos sentimentos.

Só mantendo um vínculo direto e consciente com o nosso corpo físico é que podemos descarregar a energia emocional acumulada na vida cotidiana.

Se não enraizarmos nossa energia por meio de alguma forma de expressão, nossas emoções ficam estagna­das e paralisadas, e nós também nos sentimos paralisados e inflexíveis, incapazes de fazer frente a novos desafios com vigor e vitalida­de.

Sem essa ligação com o corpo, ficamos “perdidos no espaço”, incapazes de definir nossa realidade e quem somos.

As pessoas que vivem no reino da fantasia e das conjecturas (estado que poderíamos descrever como “aéreo”) não estão enraiza­das. Estão desligadas de seus sentimentos e são incapazes de lidar com a raiva e com a alegria.

 Elas têm uma compreensão limitada da vida, e podem não saber cuidar bem de si mesmas. A pessoa enrai­zada tem todos os sistemas básicos de apoio à vida funcionando perfeitamente e, portanto, tem abrigo, alimento, dinheiro e vestuário para manter seu mundo físico intacto.

Quando perdemos nosso enraizamento, ou o contato com a realidade, nós nos tornamos vítimas. Isso se manifesta por meio da impossibilidade de administrar nossa vida e coisas como trabalho, casa e outras necessidades básicas. Tudo se transforma em conflito.

O caminho trilhado pelas pessoas que vivem esse estado arque- típico as leva a retomar o contato com seu eu interior — a parte de nós que é eterna e permanente — e trazer de volta ao corpo a cons­ciência.

Esse contato com o eu interior enraíza o espírito e, sensibi­lizando o corpo, coloca essas pessoas em contato com os sentimen­tos. A partir desse momento, elas se tornam capazes de tomar deci­sões realistas, com base no bem e na alegria maior.
 Elas podem, então, livrar-se dos apegos que têm na vida, libertar-se de um passado sofrido tornando-se, de uma certa maneira, mais capazes de aceitar o fluxo da vida e de facilitar as mudanças que precisam fazer. Quando somos flexíveis e maleá­veis deixamos de tentar controlar o fluxo da vida.

A respiração e a movimentação consciente do corpo são uma das maneiras pelas quais se pode chegar a esse resultado. Não deve­mos ficar paralisados numa postura rígida ou numa atitude inflexí­vel. Isso nos ajuda a nos livrar do terror e do medo, da vergonha e da culpa, ou de outras emoções que nos impeçam de viver verdadei­ramente enraizados.

Arquétipo Problemático: a Vítima
Como Reconhecer a Vítima
O arquétipo da Vítima é o que tem o nível de energia mais baixo. A Vítima sente como se estivesse à mercê das forças externas que trabalham contra ela. Ela raramente tem consciência das cir­cunstâncias em que vive, nem se responsabiliza por elas. A Vítima sempre acha que “algo aconteceu a ela”.

As Vítimas sofrem porque, aos olhos delas, toda a possibilidade de escolha lhes foi negada, e o destino delas está completamente fora de controle.

O arquétipo da Vítima está num estado de desam­paro, totalmente dependente do mundo exterior, representado por um parceiro, um companheiro, um grupo de pessoas, uma organiza­ção ou pela família, e desligado do seu centro interior de sentimen­tos. Não entra em cena na vida como um personagem guerreiro vitorioso, entra em cenários que ele se torna vítima e perde o jogo.

 A mente da Vítima está paralisada num estado de medo, de ter­ror ou de desespero, sem sentir nenhuma força interior.

Essas emoções são poderosas e podem subjugar qualquer um que se identifique com elas. Elas podem ser tão avassaladoras que são capazes de romper a ligação entre o nosso plano de existência e o nosso espírito. A condição de Vítima, do ponto de vista dos efei­tos que causa na psique e no corpo, é paralisante.

Para sobreviver, tanto emocional quanto fisicamente, é essen­cial enraizar esses sentimentos e se reconectar com a simplicidade e com a benevolência básicas da vida. Viver no momento presente e confiar no processo de vida nos ajuda a não cair no arquétipo da Vítima.

Drogas, álcool e medicamentos só nos afastam ainda mais do núcleo de nossos sentimentos e instintos. Para sobreviver, preci­samos estar alertas, para que nos sintamos enraizados em nosso corpo, com a nossa força e impulso para frente e para que confiemos na realização do nosso bem maior, aconteça o que acontecer.

Não tem força para atravessar obstáculos, fica imobilizada pelo arquétipo da vítima.

Geralmente, uma combinação de circunstâncias faz com que a Vítima se veja sem nenhuma esperança ou ajuda. Acontecimentos como divórcio, doença, morte, prisão e falência podem facilmente abater as pessoas, afastando-as delas mesmas e fazendo-as se sentir Vítimas.

Se a energia vital for grande, enfrentamos os desafios da vida de cabeça erguida, sabendo que iremos sobreviver e ter domínio da situação. Se, no entanto, nossa força vital não for tão grande ou estiver debilitada, então poderemos cair facilmente nas presas do vitimismo.

 A tragédia que isso representa é a perda da alegria e da bondade da humanidade. Quando as pessoas têm chance de viver e de progredir, a Fonte criativa delas desabrocha. Esse fato é eviden­ciado pelos países ou culturas que perderam suas raízes e foram for­çados a recomeçar do zero. Isso exige tenacidade, força de vontade e coragem, e geralmente significa também fazer sacrifícios e come­ter erros ao longo do caminho.

Grupos étnicos, como os judeus, os vietnamitas, os africanos, os chilenos e os bósnios, foram arrancados de sua terra natal e forçados a recomeçar a vida em outros lugares. Muitas dessas pessoas têm não só uma grande energia vital quanto uma enorme força de vontade para apoiá-las durante épocas de turbulência e de tragédia.

 Elas aprenderam a reconectar sua energia e criatividade à energia vital de maneiras empreendedoras e produtivas, e muitas evitaram cair no arquétipo da Vítima. O que conseguiram fazer da vida é, em parte, resultado das atitudes pessoais e espirituais que tomaram e do sentimento de merecimento que acalentaram.

Se sentirem que têm o direito de viver e prosperar, elas irão superar todos os imprevistos e terão sucesso. Se tiverem dúvidas sobre seus direitos, só pedirão da vida o mínimo, e sempre haverá conflito para reconquistar as raízes e o sentimento de amor-próprio que perderam.

Quando essas atitudes negativas são reprimidas, elas são transmitidas aos filhos e aos netos, para só então se tornar cons­cientes. É, em geral, a segunda ou a terceira geração de imigrantes que tem que tomar consciência das realidades emocionais dos traumas das gerações passadas.

As Vítimas emocionais
Existem Vítimas em diversos níveis. As Vítimas emocionais são pessoas que passam por um período difícil enquanto reconstroem a vida depois de uma tragédia, de uma separação ou de uma perda.

Devido à vulnerabilidade delas, ficam suscetíveis a doenças e crivadas de problemas que ninguém, em circunstâncias normais, acharia fáceis de resolver, mas que elas consideram assustadores e de solução quase impossível.

Muitas pessoas podem não estar conscientes de que carregam traços da mentalidade da Vítima em sua personalidade. Essas raízes podem aflorar em tempos de muita tensão ou de crise. Se parassem e percebessem seus sentimentos a respeito da vida, ficariam surpresas com a profundidade da raiva, do medo, do ressentimento e da frustração que carregam dentro de si.

A atitude que caracteriza a Vítima é a de que os outros são res­ponsáveis pelo que ela está passando ou de que é preciso fazer algu­ma coisa por ela. O seu poder lhe foi arrebatado, e as escolhas, nega­das. Ela está à mercê do que os outros dizem e fazem por ela. Naturalmente, são esses sentimentos de culpa, e de vergonha, que lhe tiram o ânimo e causam uma terrível tensão.

As Vítimas emocionais em geral se vêem em meio a aconteci­mentos que parecem estar além do seu controle. Às vezes, é como se estivessem pedindo ao Universo que fosse conivente com a falta de auto-estima delas, e provasse que elas têm pouco ou nenhum poder pessoal, criando circunstâncias adversas para elas enfrentarem.

No entanto, são exatamente essas circunstâncias que desafiam o arquétipo da Vítima a se tornar mais forte, e que o ajudam a sen­tir que já foi maltratado demais. As Vítimas se transformam, então,em guerreiros espirituais, capazes de enfrentar a vida. Isso as ajuda a ficar de pé por conta própria e a negociar com a vida nos seus pró­prios termos.

E também a vontade de mudar as circunstâncias da vida, trans­formando-as em oportunidades em vez de perdas, que ajuda as pes­soas a superar o vitimismo.

Quase todas têm a oportunidade de se defrontar com esses desafios, no campo da saúde, das finanças ou dos relacionamentos, em algum momento da vida. Que outra razão teríamos para crescer emocionalmente e amadurecer, tornando-nos pessoas plenas e integradas? É enfrentando essas circunstâncias difí­ceis que nos desenvolvemos e nos tornamos seres sábios e cheios de compaixão.

Como começar a mudar a mentalidade da Vítima
A locomoção é a chave para entender a mentalidade da Vítima, e o chakra da Raiz governa nossa capacidade de movimen­tar o corpo. As Vítimas se locomovem muito lentamente ou com grande hesitação e medo, ou muito depressa e compulsivamente, sem colocar os pés firmemente no chão, no momento presente.

 Vivem no sofrimento do ontem e há um certo prazer masoquista e, assim abastece o seu personagem de vítima. A mensagem que o corpo transmite é: procure expressar os sentimentos, para que você possa se libertar e estar consciente do chão embaixo dos pés.

A Vítima também precisa de ajuda para recuperar seu poder de escolha. Uma outra coisa, e talvez a mais importante, é deixar de lado a ideia de que a Vítima está à mercê das outras pessoas ou de uma situação.

 Reformular os pensamentos da Vítima com afirma­ções positivas a respeito da vida faz com que ela possa concentrar a energia em torno de si mesma e comece a transmutá-la novamente em força vital.

Dessa forma, ela começa a se sentir mais forte e apta para escolher livremente o que é melhor para ela. Isso, mais do que qualquer outra coisa, ajuda o arquétipo da Vítima a se transformar”.


Como Funciona o Chakra da Raiz


Função Primária: Enraizar o espírito no mundo material
O chakra da Raiz canaliza a energia da terra para os nossos cen­tros superiores, ao mesmo tempo que ajuda a enraizar nossas energias espirituais mais elevadas, no plano material. Por meio desse centro, podemos manifestar nossa criatividade de forma física. Quanto mais enraizados estivermos, maiores as chances de realizarmos nossos sonhos e de nos tornarmos a pessoa que gostaríamos de ser.

 Quando perdemos nossa ligação com a Terra, perdemos contato com a fonte de cura da Grande Mãe, com o espírito da Terra, e perdemos o “chão”, ou com a realidade. Desligamo-nos da capacidade de cuidar de nós mesmos afetuosamen­te e de nos apoiar, assim como de proporcionar o conforto físico de que precisamos para manter um nível de vida satisfatório”.

Continua parte 2

Um comentário:

  1. Bom dia!
    Encontrei esse texto porque estou procurando um Arquétipo de enrraizamento,e foi perfeito pra mim. Passei por uma separação já está fazendo um ano e meio. Eu estava bem trabalhando seguindo com a vida. Mas uns três meses pra cá estou percebendo que não consigo ficar descalça e estou com muita dor no nervo ciático,nas pernas e uma sensação de estar flutuando. Agradeço pelo seu texto, me trouxe a orientação que eu preciso.
    Namaste
    Maria Raquel de Souza Paiva

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