terça-feira, 29 de abril de 2014

Primeiros passos para a Meditação.





"Primeiros passos para a Meditação".
Pesquisado por DharmaDhannya
“Olhe para dentro de si mesmo. Lembre-se: o Infinito está em toda parte. Mergulhando profundamente na superconsciência você pode acelerar sua mente através da eternidade; com o poder da mente você pode ir mais longe do que a mais distante estrela. O farol da mente está totalmente equipado para lançar seus raios superconscjentes no mais íntimo coração da verdade. Use-o para fazê-lo.”
Paramahansa Yogananda
As Meditações centradas em um tema são, antes de tudo, exercícios de visualização e de percepção de símbolos. São um incentivo ao desenvolvimento e à expansão da consciência.
Ao projetar um símbolo na tela psíquica e ao contemplá-lo, você estará reintrojetando uma imagem que estimulará seu pró­prio Centro, ou Self.

Quando estamos falando do Self, estamos nos referindo ao Centro, dos planos superiores da mente, da Alma, Divina Presença. E este o processo envolvido na prática destes exercícios.
As Meditações Temáticas são portas que se abrem para nos ligar ao Self e à nossa Essência individualizada.

A personalidade olha para fora, ela quer controlar tudo com as suas emoções e a meditação é uma ponte com o Self, com a Alma, com o Dharma.

São “rituais” interiores que, criando um Espaço interno sa­grado, facilitam a emergência das “pérolas” da eternidade na concha da mente.

São a reverência à criação e à complexa simplicidade da forma, que possibilitará, mais tarde, a entrada no Sem-Forma.

— no primeiro momento, meditando com a imagem do Buda, vamos internalizando as qualidades de um Buda e o “objetivo” é nos transformar em um Buda e com a prática poderemos entrar na “vacuidade não-vazia”, na integração com o universo além da manifestação.

O objetivo destes exercícios é sensibilizar a transcendência da identidade com o eu, aprender a controlar a mente inferior, as emoções, alinhar com o centro da fonte, dando início ao contato com a dimen­são além do ego e da personalidade, isto é, à dimensão transpessoal da consciência.

Quando estamos em contato com a Alma,  com  a Fonte estamos “protegidos” do controle mental internos e externos, não somos levados pela emoção, abrimos o terceiro olho da Alma e purificamos nossa alma. Quando estamos re-unidos com a Alma estamos re-unidos com a Superalma com a Unidade.

A meditação emergente, como método de exploração do inconsciente e de contato com o próprio campo da consciên­cia, representa a abertura para um momento do eterno, para a comunhão, para a união (“yoga”), para a reunião das partes cindidas, para a síntese e para o encontro com o Centro e a Totalidade.
As Meditações Temáticas devem ser praticadas depois dos Exercícios Preliminares, de respiração, de Yoga.  Estes, como já foi dito anteriormente, são essenciais, pois preparam o solo da mente para fazer brotar a função curativa dos temas destas meditações. É preciso arar o campo antes de plantar as sementes, que florescerão, certamente, sabendo que o cultivo depende de renovados cuidados, tempo e espera...
Quando você está no início da sua prática de meditações diárias, você está equilibrando sua energia, procure agir como Alma, evite a raiva, sentimento de revolta, culpa, ambientes pesados, drogas, álcool. Sua aura está passando por um processo purificação. Se sentir que está muito intenso suas reações e as reações do ambiente, procure uma orientação com um “mestre”.
Pode ser que seus adversários internos e externos sintam sua mudança e não queiram a separação, eles precisam da sua “velha energia” para permanecerem no seu mundo.
Observações Iniciais
Estes exercícios devêm ser praticados na postura básica de meditação: posição sentada (no chão com as pernas cruzadas ou numa cadeira com pés no chão), coluna ereta, sem se encos­tar, olhos tranquilamente cerrados, mãos descansando sobre as coxas com as palmas voltadas para cima, corpo relaxado, quei­xo paralelo ao solo.
Qualquer alteração da postura básica será explicitada nos exercícios.

“A imaginação é a mãe da esperança, a fé  é seu produto. É a luz que penetra a escuridão, o rastreador que descobre o caminho na floresta. “
E é justamente essa areia o que motiva o surgimento da pé­rola!
Com isso abre-se o véu do Eterno e surge a pérola que o es­pelha e nos vincula à criação, à vida e à transcendência.
1.      A Flauta
Depois do estado de tranquilidade alcançado com os Exer­cícios Preliminares, sente-se na postura de meditação e ouça uma música tocada com uma flauta. Com os olhos fechados, visualize uma flauta doce de madeira, vazia, es­paço oco.
Penetre nessa flauta, nesse espaço. Sinta-o, perceba-o.
Observe agora o sopro entrando na flauta oca. Ouça: a flauta começa a soar.
Vai-se modulando uma doce canção melódica e harmonio­sa. Siga essa música, acompanhando o brotar de cada nota. Perceba a qualidade que daí emana.
Dê-se conta de que você é o flautista, a melodia, a flauta e o Sopro Divino.
Permaneça em silêncio por alguns minutos.
2.      A Taça
Depois de fazer os Exercícios Preliminares, sente-se com os olhos fechados em postura de meditação.
Visualize em sua tela mental uma taça. Observe bem como ela surge para você: de que é feita, sua cor, seu formato, seu ta­manho, o som que ela emite quando você tamborila com seus dedos delicadamente sobre ela.

Passeie por seus contornos, subindo e descendo, pelo lado de fora e por dentro. Se ela estiver cheia, esvazie-a. Observe o vazio desta taça e ao mesmo tempo o espaço preenchido pelo ar!
Encha agora a sua taça com água pura e cristalina — bem devagar, até a borda.

Note que a quantidade de líquido que a taça comporta é exatamente aquela que você verteu nela. Mais uma gota e ela transbordará. Não deixe que esse líquido precioso se perca! Essa é a medida.

Sem perder uma gota, beba essa água curativa, sorvendo-a lentamente. Sinta seus efeitos benéficos de purificação.
Permaneça nesse estado por alguns minutos.
O Cálice.
Sente-se na postura de meditação, depois de ter praticado os Exercícios Preliminares.
Visualize em sua tela psíquica um cálice de cristal.
Preencha-o com água pura e fresca até a borda.

Observe que, aos poucos, a taça começa a crescer, tornan­do, ao final, a quantidade de água, que antes a preenchia total­mente, diminuta!
Dê-se conta do que isso significa: há mais espaço para a água curativa.
Verta, então, mais água no cálice, para que esta chegue até a borda, novamente.

Desfrute da plenitude que a taça cheia o inspira.
Beba de sua água, mergulhe nesse cálice, purificando-se pelo simples contato com seu frescor e brilho.
Fique em silêncio, e sinta que foi o cálice da sua percepção consciente que se alargou, proporcionando a você mais realiza­ção e conhecimento.

O Graal
Depois de ter praticado os Exercícios Preliminares, sente- se na postura de meditação e feche os olhos Visualize-se sendo o Graal: imagine-se como uma taça sa­grada cuja base aberta apoia-se firmemente sobre um altar, e cujas bordas amplas se abrem para conter o néctar da vida.

Observe como você está receptivo ao amor e à sabedoria.
Observe agora a cor do seu Graal, seus desenhos e inscrições.
Fique assim, nesse estado receptivo e responsável, por al­guns instantes.

Posicione os braços acima da cabeça, como se estes for­massem o bojo da taça. Sinta que sua capacidade receptiva se amplia. Devagar desça os braços e junte as palmas das mãos na altura do coração, baixando-as com os dedos apontados para cima até o umbigo.

 Posicione agora as pontas dos dedos para baixo, e vá afastando as mãos, delineando o desenho da base do Graal.
Finalmente, descanse as mãos sobre as coxas, palmas vol­tadas para cima.

Mantenha a sensação da forma do Graal no seu corpo, tra­çada ao realizar estes movimentos, procurando conservar a am­pliação da consciência.

Perceba que você é um receptáculo da energia que pode ser colocada à disposição para preencher outros receptáculos hu­manos, num ato de doação.
5. O Sol Interno
Depois dos Exercícios Preliminares, sente-se na postura de meditação.
Conecte-se com a região central do seu peito, o chakra do coração, colocando sua atenção aí.
Visualize nesse ponto um sol pequenino, que aquece e ilu­mina o seu ser.

Respire profundamente, e perceba que, a cada inspiração e expiração, os raios desse sol se expandem, tornando-se mais fortes, mais brilhantes, mais extensos, prolongando-se para além dos limites do seu corpo.

Note como esse sol resplandecente tomou conta do seu ser, que agora vibra na alegria.
Expanda seus raios de amor, expressando ao mundo o seu sentimento de gratidão por estar tão vivo e tão conectado com o Sol Central, fonte de toda Luz.

Abençoe com seus raios curativos todos os seres e todos os ambientes por onde você passe.
6. O Corpo do Universo
Depois de ter praticado os Exercícios Preliminares, sente- se na postura de meditação.
Feche os olhos e tome consciência do seu corpo. Respire profundamente e vá ampliando gradativamente a extensão do seu corpo. Imagine que, a cada inspiração, você inclui ambien­tes cada vez maiores, tornando-os parte do seu corpo: a sala onde você se encontra;
sua casa; o’ quarteirão em que você mora; o bairro, a cidade; o estado; o país; o continente; o globo terrestre; o globo terrestre e a lua; o sistema solar; nossa galá­xia, a Via Láctea; outras galáxias; o universo, até onde sua mente pode alcançar...

Dissolva-se no corpo do universo do qual você é uma partícula que contém o potencial de toda a criação.

Eu Sou Tudo aquilo que é. Eu Sou.
Sinta a compaixão divina no seu coração.
Sinta a luz que ilumina sua mente em expansão.
Sinta a expansão do amor da Unidade em seu coração.

Agradeça reverentemente à Criação e ao Criador que or­questra o movimento do universo. Sinta a sua união com o Cosmos Infinito.

Depois de alguns minutos nesse estado de expansão da consciência, respire profundamente e mexa delicadamente as extremidades do seu corpo, voltando sua consciência para o ambiente exterior, reconhecendo, desta vez, a magnitude de que tudo é feito.
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8. O Banho de Luz
Sente-se na postura de meditação, depois de ter praticado os Exercícios Preliminares.

Com os olhos fechados, visualize em sua tela psíquica um campo verdejante, pelo qual você está caminhando.
Observe o capim, as flores, o calor morno do ar. Olhe para o azul do céu e sinta-se acolhido nesse lugar.

Caminhe em direção a uma linda cascata que você vislumbra ao longe.
Ouça o som da queda d'água. Aproxime-se.
Você resolve banhar-se nessas águas cristalinas.

Receba o frescor que a água que cai sobre você lhe proporciona, lavando seu rosto, limpando seu corpo, fazendo com que você se sinta novo.

Em meio a esse banho refrescante você descobre que a cascata revela um jogo de luzes, como se fosse uma fonte lumino­sa.

Sua água se torna de uma cor branca luminosa, viva.
Continue a banhar-se nessa cascata mágica e receba a vibração do branco cristalino, permitindo que ela ressoe dentro de você.
A água passa, então, à cor laranja viva e translúcida. Deixe que o laranja vibre em você. Desfrute da magia que é banhar-se numa cascata laranja!
Nova mudança surge, então: a água se topa amarela e bri­lhante. Deixe que a vibração do amarelo ressoe também em você.

E, novamente, a água muda de cor, elevando-se ao verde cristalino. Encontre-se com o frescor dessa vibração. Deixe que ... o poder curativo do verde desperte em você esta qualidade vi­bratória.
                                                                ‘
Uma transformação ocorre em seguida: a água torna-se cor-de-rosa! Envolva-se na vibração rósea do amor que essa água curativa contém. Desfrute dessa qualidade amorosa.

As águas passam, então, a um sutil azul-celeste. Banhe-se nessa delicada vibração cristalina. Deixe que a luz azul da água penetre em suas células fazendo uma limpeza curativa.

Tudo muda novamente: as águas se tornam de um azul- ín­digo transparente magnífico. Observe como a vibração em você eleva sua consciência, à medida que a luz do azul banha suas células.

A água da cascata multicor passa ao violeta. A transparên­cia do violeta exerce mais uma sutil influência, que decorre do poder transformador da sua vibração. Desfrute dessa elevada qualidade enquanto se banha.

Nesse momento, a água torna-se branca e reluzente, e você se mantém sob sua influência purificadora.
Renovado, você encerra esse banho curativo e encontra roupas novas, alvas, à beira da cascata. Você as veste e senta- se em silêncio, numa atitude de meditação.
Permaneça assim por alguns minutos.

Depois, procurando conservar essa maravilhosa sensação de renovação, retorne ao seu ambiente, respirando profunda- mente, mexendo suavemente as extremidades do corpo e abrindo, por fim, os olhos.
9. O Ostensório Vivo Ia Etapa
Depois da prática dos Exercícios Preliminares, sente-se na postura de meditação. Feche os olhos.
Visualize uma luz branca e cintilante no centro do seu peito. A cada inspiração e expiração, expanda essa luz na forma de raios que nascem no seu coração, configurando uma linda es­trela. Estenda esses raios para além dos limites do seu corpo.
Permaneça assim, desfrutando desse estado de consciência benigno e amoroso por alguns minutos.
Faça algumas respirações e volte ao ambiente em que você se encontra, conservando os benefícios da experiência.
2- Etapa
Depois de ter se transformado num “Ostensório Vivo” (1- Etapa), procure ver em sua tela mental essa mesma luz nas pessoas, trazendo quem você achar necessário para dentro dela. Mantenha-se e mantenha-as nesse estado por alguns mi­nutos.
Faça algumas respirações e retorne ao ambiente, procuran­do conservar os benefícios do contato com sua natureza crística”. Liliana Pinto.

Este texto é um resultado de uma pesquisa, é uma compilação. 

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