A Criação do
seu Templo de Luz
JAIWA em LaUna
Huffines
“Minha
surpreendente viagem para a luz começou certa noite, na primavera de 1962.
Depois de eu ter colocado meus quatro filhos para dormir, fiquei meditando num
aposento tranqüilo do meu lar. Naquela noite, imaginei uma nuvem de luz pura
movendo-se na minha direção — tão poderosa que absolveria todos os meus erros,
até mesmo aqueles de que não podia me recordar.
Nunca, nem nos
meus sonhos mais extravagantes, eu poderia imaginar o que aconteceria em
seguida. De repente, me vi no centro de uma luz muito clara, mas ofuscante.
Estava consciente; contudo, não tinha corpo físico e me sentia inteiramente
atordoada por uma presença avassaladora que me permeava e à atmosfera inteira.
Toda crença que eu tinha sobre o que era real ou verdadeiro se dissolveu num
instante.
Fiquei com
medo de me dissolver dentro daquela luz para sempre, e lutei para voltar e
sentir o peso do meu corpo na poltrona. Eu sempre imaginara no meu inconsciente
que esse tipo de experiência espiritual seria repleta de belas cores, música
celestial e talvez até alguns anjos e palácios; mas não havia cores, limites,
construções, anjos ou sequer pessoas nessa luz brilhante.
Um mundo
totalmente novo abriu-se para mim. Tudo parecia fundir-se num grande desenho.
Quando uma aranha encontrou meu olhar e ali ficou, imóvel, durante um momento
que parecia não mais ter fim, tive a sensação de que eu fazia parte da aranha e
ela de mim. Senti tanta ternura, e um amor tão profundo para com todas as
coisas, que queria sair e tocar toda pessoa cuja face revelasse tristeza ou
sofrimento. Quando olhava nos olhos de outra pessoa, sobretudo nos dos meus
filhos, podia ver a luz das suas almas brilhando como uma estrela.
Mas, quanto
mais eu meditava, mais absurda me parecia a minha vida. Era como se eu vivesse
em dois mundos distintos. A bem-aventurança e a paz que sentia durante a
meditação pareciam distantes quando eu me levantava a cada manhã para o início
de mais um dia de compromissos. No entanto, não importava o quão ocupada eu
estivesse; no fundo da minha mente estava a percepção daquele momento único em
que eu fizera parte de uma grande luz.
Compreendi que
essas frequências mais elevadas de luz precisam ser dominadas por meio de uma
ligação apropriada à terra, tal como a eletricidade, e que deve haver meios de
absorver a luz, à medida que ela fosse necessária, em vez de nos
desequilibrarmos por causa de uma única carga excessiva. Só que eu não sabia
como fazer isso.
Existe um
lugar no microcosmo interno, em outra dimensão da realidade, que espelha o reflexo da mente divina no seu
mundo mental superior, que pelas forças mais elevadas do universo e altamente
energizado por muitos seres superiores que concentram um foco de luz sobre ele,
noite e dia. Este lugar é o seu Templo de
Luz.