MANTENHA A MAGIA DO
ENTUSIASMO
TRABALHANDO PARA VOCÊ
Estando fora da
cidade numa viagem de conferências, visitei um meu clube predileto a fim de
“recuperar minha frequência ”, conforme é de regra entre rotarianos.
Escolhendo uma das
mesas, ao acaso, apresentei-me aos outros homens que ali estavam sentados e fui
tomado um tanto de improviso quando um deles rosnou, embora de maneira jocosa:
Então você é o Peale,
bem? Bem, espero que possa fazer alguma coisa por mim. Sente-se e comece a
cuspir sabedoria.
Era evidente que o
homem não seria tão áspero como parecia, e sim um daqueles diamantes em bruto,
como dizemos. Achei-o muito simpático, homem com uma espécie de atitude
zombeteira e desafiante, em seu todo.
— Não me venha com
essa história de pensamento positivo continuou ele — porque estou no fundo,
arrasado, reduzido
a nada e tudo o mais.
Assim foi feita
aquela confissão ultravigorosa, mas completamente franca. Parecia não se
importar que todos o ouvissem, pois falava num vozeirão meio rouco, que toda a
gente ouviria, ainda que não o quisesse.
— Estou completamente
destituído de entusiasmo, e entusiasmo é exatamente o que você vem sempre
tentando impingir. E não pense que não li todos os seus livros. Tenho-os todos.
Gosto deles, também,
estão no ponto, mas por que comigo não deram o estalo não sei. Portanto, para
onde vou, daqui por diante? Como posso arranjar o tal entusiasmo e continuar o
caminho?
Deixei-o dizer o que
quis, desde o início. Ele queria uma resposta e já que não tinha papas na
língua quando falava, também eu não as tive e também eu não me importei com
quem me pudesse ouvir.
— O que você precisa
é Deus.
Isso realmente o
abalou e o silêncio que se fez em torno da mesa parecia maciço bastante para
ser cortado com uma faca. Entretanto, dois homens do outro lado da mesa
mostravam uma expressão reveladora de que eu não estava sozinho naquele jogo.
Esperei um comentário trocista, que aparentemente
se poderia esperar, mas nunca se sabe o que existe verdadeiramente numa
personalidade, isto é, como um homem é de fato por dentro.
Quando ele finalmente
falou foi para dizer, tranquilamente:
— Talvez você tenha
alguma razão. Mas quer me dizer qual é a relação existente entre o entusiasmo e
Deus?
— Direi, sim — falei.
E, apanhando o menu que estava em cima da mesa, escrevi na parte em branco a
palavra Entusiasmo, em letras grandes.
— Já estudou a origem
e derivação das palavras? — perguntei. Aprenderá alguma coisa se o fizer,
alguma coisa que nunca soube antes. Onde imagina que fomos buscar a palavra
entusiasmo que todos damos e recebemos por aí sem penetrar profundamente em seu
significado?
— Como posso saber? —
resmungou meu camarada rotariano. — Jamais estudei palavras, mas posso compreender
uma intenção, quando que é mostrada, portanto, qual é a sua intenção?
— Bem — repliquei —,
a palavra entusiasmo vem de duas palavras gregas, EN e TEOS. A primeira
significa EM, e a segunda é a palavra grega que significa Deus, de forma que
realmente a palavra entusiasmo significa EM DEUS, ou, em outra expressão, CHEIO
DE DEUS.
Assim, para voltar à sua pergunta quanto à sua
possibilidade de obter e manter entusiasmo, a resposta é encher-se de Deus e
manter-se assim.
Vai me pregar um
sermãozinho? — rosnou nosso amigo, embora rosnasse mais brandamente, desta vez.
— Por que não? Você o
pediu. Eu não puxei o assunto, quem puxou foi você.
Ao ouvirem isso os
dois homens que estavam do outro lado da mesa murmuraram afirmativas e tivemos
uma sessão instalada, ali, naquela mesa de almoço, a propósito de como o
entusiasmo trabalha por nós. Sob aquele aspecto externo tão áspero aquele homem
realmente desejava algo.
O entusiasmo pode
trabalhar para nós, e sua ausência pode igualmente trabalhar contra nós. Isto é
um fato, por causa da imensa importância do espírito numa realização vitoriosa
de vida.
Aconteça o que
acontecer, perca você o que perder, se não deixar seu espírito abater-se ou
entrar em colapso, sua capacidade de recuperação se manterá trabalhando.
E todos nós temos essa capacidade de
recuperação em potencial. Mas, quando eu espírito esfria, sua personalidade se
torna quebradiça, e se antes podia suportar os mais pesados golpes, agora as
pancadas relativamente insignificantes podem derrubá-lo e, mesmo, despedaçá-lo.
Numa fundição de
bronze eu vi metal derretido a 2 200 graus sendo derramado em grandes cadinhos
feitos de um certo material translúcido, que, quando quente, brilhava como
fogo.
O superintendente da fundição, que estava me
mostrando o serviço, apanhou um malho enorme e, segurando-o com ambas as mãos,
atirou golpes vigorosos contra um cadinho vazio, e quente.
O mais que conseguiu foi imprimir dentes quase
imperceptíveis em seus lados. Depois, apanhou um martelinho e aproximou-se de
um cadinho que havia esfriado completamente. Com um pequeno movimento, apenas
jogando com o pulso, bateu no cadinho, que se estilhaçou.
— Nada pode partir
estes cadinhos enquanto eles estão quentes — disse ele — e tudo pode parti-los
quando esfriam.
Então, acrescentou,
revelando-se, assim, uma espécie de filósofo:
— É bem difícil
destruir um homem cujo espírito está aquecido, mas a menor coisa pode dobrá-lo
bastante, quando seu espírito esfria.
O nosso
adversário sabe disso, e luta para nos jogar no chão, para nos convencer da
nossa inutilidade, ele se faz forte, e diz que nada somos. Ele precisa esfriar
nosso entusiasmo, quebra nossa força, nossa resistência para nos dominar. E é com
a tristeza que somos vencidos.
Era uma boa maneira
de dizer que a falta de entusiasmo trabalha contra nós, enquanto é magia quando
trabalha por nós.
Não lhe vou prometer
que o entusiasmo, a espécie de entusiasmo que realmente trabalha por nós seja a
qualidade superficial que poderá arranjar e explorar sem se dar a grandes
trabalhos.
O fato é que obtê-la
pode envolver processo bastante compreensivo de reeducação. Pode significar, e
talvez signifique; uma inspeção integral de seu esquema de pensamento. Isso,
certamente, exige exercício, porque é, em grau considerável, habilidade
adquirida. Fundamentalmente, como já dissemos, entusiasmo em profundidade é de
um tom espiritual e contente. Essa é, precisamente, a razão pela qual adverti
nosso desestimulado amigo que ele precisava de Deus.
Se deseja um
entusiasmo que trabalhará por você, devo dizer, com toda a honestidade, que
também necessita de Deus, do fogo do Espírito Santo da
Divina Presença
Talvez seja melhor
que acentuemos essa ênfase dando-lhe uma explicação clara do que exatamente
entendemos por precisar, e ter, Deus. Penso que a melhor maneira de transmitir
esse conceito é sob a forma da experiência de um homem, e o homem em que estou
pensando vem a ser meu amigo Fred R...
Fred Descobre o
Entusiasmo
Fred era filho
bastante desorganizado de pai abastado, dono de pequeno negócio razoavelmente
bom. Sempre teve personalidade encantadora e mente boa, de fato, mas sob suas
atitudes nonchalantes não existia
grande felicidade.
Aconteceu que um amigo telefonou-lhe e
pediu-lhe, certa noite, que fosse a New Flaven, a uma grande reunião na qual um
mestre devia falar.
Antes do término da
reunião ele entregara sua vida a Deus. Parece terrivelmente rápido, concordo, e
os céticos podem bem levar isso em riso, como superficial, e opinar que tal
disposição não teria durabilidade, pelo menos com Fred, pois um sujeito assim
não se obstinaria.
Mas, um sujeito
assim? Não se segue, absolutamente, que um homem seja aquilo que parece ser.
— Quem está aí? —
perguntou o sonolento ministro, de uma janela do andar superior.
— Ê Fred R... e entrei
para o caminho da Luz. Quero começar trabalhando. Desça e venha abrir!
—
— E que tal um pouco
de café? — perguntou Fred. Quebrando alguns ovos numa frigideira, os dois
homens sentaram-se um diante do outro à mesa de cozinha, o pastor ainda em meio
de um estado de choque. Não podia de forma alguma acreditar no que via, naquela
estranha luz no rosto de Fred.
Sempre, naturalmente, acreditara em conversões.
Seria possível que aquele despreocupado rapaz tivesse realmente encontrado
Jesus Cristo?
A partir daquela
conferência na cozinha coisas começaram a acontecer no templo, e na cidade, a
inúmeras pessoas.
O mestre mal sabia o
que fazer com o desenfreado entusiasmo daquele entusiasta da fé, que estava
sempre a gritar-lhe:
— Vamos tratar das
coisas e parar de perder tempo quando se trata de Cristianismo.
Havia muito tempo que
não se viam diante de um ser humano realmente transformado. Alguns jamais
tinham visto tal ser, em toda a sua experiência de frequentadores do templo.
Fred organizou um
grupo de discussão espiritual entre homens de negócios, grupo que se reunia um
dia por semana, para o almoço. Transmitiu, com eficácia, sua própria experiência.
A cidade começou a sentir o impacto.
Então, procurou os
adolescentes. Formou uma classe que se reunia aos domingos pela manhã, quando
Fred atacava todos, mas todos os problemas dos jovens, de frente. Os garotos
adoraram aquilo. Durante vinte e cinco anos ele modelou os melhores homens e
mulheres que se poderia desejar.
Uma noite, em avião
que voava para a Califórnia, conheci um jovem simpático, empenhado na vida de
negócios. Falou-me de seu trabalho, da liderança que exercia na comunidade e do
que a sua igreja significava para ele.
— Onde conseguiu esse
entusiasmo? indaguei.
O senhor deve saber —
respondeu-me. — Recebi-o de Fred R... Tenho orgulho de ser um de seus rapazes
continuou, com os olhos úmidos.
Ou seriam os meus
olhos que se tinham umedecido?
Uma vez por ano Fred
traz sua classe, lotando com ela um ônibus, à de Nova Yorque, para me ouvir. Habituei-me com isso, ultimamente, mas nunca
esquecerei a primeira vez em que vi os jovens trazidos por ele. Fred mal me
conhecia, mas telefonou-me e disse:
Olá, Norman, minhas
baterias precisam ser carregadas de novo e o mesmo acontece aos meus garotos.
Vou levá-los no domingo, e, por favor, tenha alguma coisa no ponto, para nós.
Ele nega ter falado
dessa maneira, mas eu tenho boa memória.
Fred é, sob todos os
aspectos, o maior leigo que já conheci e um dos melhores seres humanos, também.
Tem entusiasmo
que realmente
entusiasma, e recebeu-o diretamente de Deus.
Assim, é isso que eu quero dizer quando
identifico o entusiasmo com Deus. Fred demonstrou a fórmula dinâmica:
entusiasmo é igual a EN TEOS (cheio de Deus).
Isso de trazer Deus
para a fórmula do entusiasmo não vem, da minha parte, de qualquer razão
complicada e misteriosa. Trata-se, simplesmente, de ser Deus a força viva da
qual, ou de quem, toda a vida deriva. “A vida estava n’Ele.. .“ (João, 1:4)
E, novamente:
“Pois n’Ele vivemos,
e nos movemos, e existimos. . .“ (Atos, 17:28)
— Aprenda a viver
pela lei de suprimento de Deus.
Eu fiz alguns
comentários com a letra azul.
— Cultive um radioso
ponto de vista:
— Faça honestamente o
melhor que puder, pense de maneira correta e o Senhor proverá, realmente. Ele
proverá através de você.
— Deus – A Fonte
sempre tomará conta daqueles que O amam e confiam n’Ele e fazem, sinceramente,
o que Ele deseja.
— A prosperidade, a
abundância não deve ser sempre, nem mesmo habitualmente, concebida em termos de
dinheiro, mas de um fluxo constante das bênçãos de Deus.
— Nunca pense ou fale
em carência, pois fazendo isso decretará carência. E pensamentos de carência
criam condições de carência.
Quando
você diz que não irá superar sua carência ou necessidade, você alimenta a
“fome” de viver na carência e decreta pela lei da atração a sua carência.
Tenho observado que há pessoas que não
abençoam o que tem, sua autoestima e negativa e falam da sua vida com ar de
condenação e de punição. Você observa um total desprezo por tudo que tem, e
indiferença por quem está ao seu lado e
por si mesmo.
— Fortaleça os
pensamentos de abundância. Pensamentos de abundância ajudam a criar abundância.
Pensamentos e
palavras formam sua imagem mental. E já que nos tornamos o que imaginamos,
cuide de que seus pensamentos e palavras expressem prosperidade e bênção em vez
de pobreza e derrota.
Todos os dias expulse os pensamentos de
carência de sua mente e torne a enchê-la com dinâmicos pensamentos de
prosperidade.
A Lei do Suprimento e
Uma Vida
de Abundância
Pesquisado por dharmadhannya
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a Fonte:
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