quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

MANTENHA A MAGIA DO ENTUSIASMO TRABALHANDO PARA VOCÊ





MANTENHA A MAGIA DO ENTUSIASMO
TRABALHANDO PARA VOCÊ

Estando fora da cidade numa viagem de conferências, visitei um meu clube predileto a fim de “recuperar minha frequência ”, conforme é de regra entre rotarianos.

Escolhendo uma das mesas, ao acaso, apresentei-me aos outros homens que ali estavam sentados e fui tomado um tanto de improviso quando um deles rosnou, embora de maneira jocosa:

Então você é o Peale, bem? Bem, espero que possa fazer alguma coisa por mim. Sente-se e comece a cuspir sabedoria.

Era evidente que o homem não seria tão áspero como parecia, e sim um daqueles diamantes em bruto, como dizemos. Achei-o muito simpático, homem com uma espécie de atitude zombeteira e desafiante, em seu todo.

— Não me venha com essa história de pensamento positivo continuou ele — porque estou no fundo, arrasado, reduzido
a nada e tudo o mais.

Assim foi feita aquela confissão ultravigorosa, mas completamente franca. Parecia não se importar que todos o ouvissem, pois falava num vozeirão meio rouco, que toda a gente ouviria, ainda que não o quisesse.

— Estou completamente destituído de entusiasmo, e entusiasmo é exatamente o que você vem sempre tentando impingir. E não pense que não li todos os seus livros. Tenho-os todos.
Gosto deles, também, estão no ponto, mas por que comigo não deram o estalo não sei. Portanto, para onde vou, daqui por diante? Como posso arranjar o tal entusiasmo e continuar o caminho?

Deixei-o dizer o que quis, desde o início. Ele queria uma resposta e já que não tinha papas na língua quando falava, também eu não as tive e também eu não me importei com quem me pudesse ouvir.

— O que você precisa é Deus.

Isso realmente o abalou e o silêncio que se fez em torno da mesa parecia maciço bastante para ser cortado com uma faca. Entretanto, dois homens do outro lado da mesa mostravam uma expressão reveladora de que eu não estava sozinho naquele jogo.

 Esperei um comentário trocista, que aparentemente se poderia esperar, mas nunca se sabe o que existe verdadeiramente numa personalidade, isto é, como um homem é de fato por dentro.

Quando ele finalmente falou foi para dizer, tranquilamente:
— Talvez você tenha alguma razão. Mas quer me dizer qual é a relação existente entre o entusiasmo e Deus?

— Direi, sim — falei. E, apanhando o menu que estava em cima da mesa, escrevi na parte em branco a palavra Entusiasmo, em letras grandes.

— Já estudou a origem e derivação das palavras? — perguntei. Aprenderá alguma coisa se o fizer, alguma coisa que nunca soube antes. Onde imagina que fomos buscar a palavra entusiasmo que todos damos e recebemos por aí sem penetrar profundamente em seu significado?


— Como posso saber? — resmungou meu camarada rotariano. — Jamais estudei palavras, mas posso compreender uma intenção, quando que é mostrada, portanto, qual é a sua intenção?
— Bem — repliquei —, a palavra entusiasmo vem de duas palavras gregas, EN e TEOS. A primeira significa EM, e a segunda é a palavra grega que significa Deus, de forma que realmente a palavra entusiasmo significa EM DEUS, ou, em outra expressão, CHEIO DE DEUS.

 Assim, para voltar à sua pergunta quanto à sua possibilidade de obter e manter entusiasmo, a resposta é encher-se de Deus e manter-se assim.

Vai me pregar um sermãozinho? — rosnou nosso amigo, embora rosnasse mais brandamente, desta vez.

— Por que não? Você o pediu. Eu não puxei o assunto, quem puxou foi você.

Ao ouvirem isso os dois homens que estavam do outro lado da mesa murmuraram afirmativas e tivemos uma sessão instalada, ali, naquela mesa de almoço, a propósito de como o entusiasmo trabalha por nós. Sob aquele aspecto externo tão áspero aquele homem realmente desejava algo.

O entusiasmo pode trabalhar para nós, e sua ausência pode igualmente trabalhar contra nós. Isto é um fato, por causa da imensa importância do espírito numa realização vitoriosa de vida.

Aconteça o que acontecer, perca você o que perder, se não deixar seu espírito abater-se ou entrar em colapso, sua capacidade de recuperação se manterá trabalhando.

 E todos nós temos essa capacidade de recuperação em potencial. Mas, quando eu espírito esfria, sua personalidade se torna quebradiça, e se antes podia suportar os mais pesados golpes, agora as pancadas relativamente insignificantes podem derrubá-lo e, mesmo, despedaçá-lo.

Numa fundição de bronze eu vi metal derretido a 2 200 graus sendo derramado em grandes cadinhos feitos de um certo material translúcido, que, quando quente, brilhava como fogo.
 O superintendente da fundição, que estava me mostrando o serviço, apanhou um malho enorme e, segurando-o com ambas as mãos, atirou golpes vigorosos contra um cadinho vazio, e quente.

 O mais que conseguiu foi imprimir dentes quase imperceptíveis em seus lados. Depois, apanhou um martelinho e aproximou-se de um cadinho que havia esfriado completamente. Com um pequeno movimento, apenas jogando com o pulso, bateu no cadinho, que se estilhaçou.

— Nada pode partir estes cadinhos enquanto eles estão quentes — disse ele — e tudo pode parti-los quando esfriam.
Então, acrescentou, revelando-se, assim, uma espécie de filósofo:

— É bem difícil destruir um homem cujo espírito está aquecido, mas a menor coisa pode dobrá-lo bastante, quando seu espírito esfria.

O nosso adversário sabe disso, e luta para nos jogar no chão, para nos convencer da nossa inutilidade, ele se faz forte, e diz que nada somos. Ele precisa esfriar nosso entusiasmo, quebra nossa força, nossa resistência para nos dominar. E é com a tristeza que somos vencidos.

Era uma boa maneira de dizer que a falta de entusiasmo trabalha contra nós, enquanto é magia quando trabalha por nós.

Não lhe vou prometer que o entusiasmo, a espécie de entusiasmo que realmente trabalha por nós seja a qualidade superficial que poderá arranjar e explorar sem se dar a grandes trabalhos.

O fato é que obtê-la pode envolver processo bastante compreensivo de reeducação. Pode significar, e talvez signifique; uma inspeção integral de seu esquema de pensamento. Isso, certamente, exige exercício, porque é, em grau considerável, habilidade adquirida. Fundamentalmente, como já dissemos, entusiasmo em profundidade é de um tom espiritual e contente. Essa é, precisamente, a razão pela qual adverti nosso desestimulado amigo que ele precisava de Deus.

Se deseja um entusiasmo que trabalhará por você, devo dizer, com toda a honestidade, que também necessita de Deus, do fogo do Espírito Santo da Divina  Presença

Talvez seja melhor que acentuemos essa ênfase dando-lhe uma explicação clara do que exatamente entendemos por precisar, e ter, Deus. Penso que a melhor maneira de transmitir esse conceito é sob a forma da experiência de um homem, e o homem em que estou pensando vem a ser meu amigo Fred R...

Fred Descobre o Entusiasmo
Fred era filho bastante desorganizado de pai abastado, dono de pequeno negócio razoavelmente bom. Sempre teve personalidade encantadora e mente boa, de fato, mas sob suas atitudes nonchalantes não existia grande felicidade.

 Aconteceu que um amigo telefonou-lhe e pediu-lhe, certa noite, que fosse a New Flaven, a uma grande reunião na qual um mestre devia falar.

Antes do término da reunião ele entregara sua vida a Deus. Parece terrivelmente rápido, concordo, e os céticos podem bem levar isso em riso, como superficial, e opinar que tal disposição não teria durabilidade, pelo menos com Fred, pois um sujeito assim não se obstinaria.

Mas, um sujeito assim? Não se segue, absolutamente, que um homem seja aquilo que parece ser.

— Quem está aí? — perguntou o sonolento ministro, de uma janela do andar superior.
— Ê Fred R... e entrei para o caminho da Luz. Quero começar trabalhando. Desça e venha abrir!

— E que tal um pouco de café? — perguntou Fred. Quebrando alguns ovos numa frigideira, os dois homens sentaram-se um diante do outro à mesa de cozinha, o pastor ainda em meio de um estado de choque. Não podia de forma alguma acreditar no que via, naquela estranha luz no rosto de Fred.

 Sempre, naturalmente, acreditara em conversões. Seria possível que aquele despreocupado rapaz tivesse realmente encontrado Jesus Cristo?

A partir daquela conferência na cozinha coisas começaram a acontecer no templo, e na cidade, a inúmeras pessoas.

O mestre mal sabia o que fazer com o desenfreado entusiasmo daquele entusiasta da fé, que estava sempre a gritar-lhe:

— Vamos tratar das coisas e parar de perder tempo quando se trata de Cristianismo.

Havia muito tempo que não se viam diante de um ser humano realmente transformado. Alguns jamais tinham visto tal ser, em toda a sua experiência de frequentadores do templo.

Fred organizou um grupo de discussão espiritual entre homens de negócios, grupo que se reunia um dia por semana, para o almoço. Transmitiu, com eficácia, sua própria experiência. A cidade começou a sentir o impacto.

Então, procurou os adolescentes. Formou uma classe que se reunia aos domingos pela manhã, quando Fred atacava todos, mas todos os problemas dos jovens, de frente. Os garotos adoraram aquilo. Durante vinte e cinco anos ele modelou os melhores homens e mulheres que se poderia desejar.

Uma noite, em avião que voava para a Califórnia, conheci um jovem simpático, empenhado na vida de negócios. Falou-me de seu trabalho, da liderança que exercia na comunidade e do que a sua igreja significava para ele.

— Onde conseguiu esse entusiasmo? indaguei.
O senhor deve saber — respondeu-me. — Recebi-o de Fred R... Tenho orgulho de ser um de seus rapazes continuou, com os olhos úmidos.

Ou seriam os meus olhos que se tinham umedecido?
Uma vez por ano Fred traz sua classe, lotando com ela um ônibus, à de Nova Yorque, para me ouvir.  Habituei-me com isso, ultimamente, mas nunca esquecerei a primeira vez em que vi os jovens trazidos por ele. Fred mal me conhecia, mas telefonou-me e disse:

Olá, Norman, minhas baterias precisam ser carregadas de novo e o mesmo acontece aos meus garotos. Vou levá-los no domingo, e, por favor, tenha alguma coisa no ponto, para nós.

Ele nega ter falado dessa maneira, mas eu tenho boa memória.

Fred é, sob todos os aspectos, o maior leigo que já conheci e um dos melhores seres humanos, também. Tem entusiasmo
que realmente entusiasma, e recebeu-o diretamente de Deus.

 Assim, é isso que eu quero dizer quando identifico o entusiasmo com Deus. Fred demonstrou a fórmula dinâmica: entusiasmo é igual a EN TEOS (cheio de Deus).

Isso de trazer Deus para a fórmula do entusiasmo não vem, da minha parte, de qualquer razão complicada e misteriosa. Trata-se, simplesmente, de ser Deus a força viva da qual, ou de quem, toda a vida deriva. “A vida estava n’Ele.. .“ (João, 1:4)

E, novamente:
“Pois n’Ele vivemos, e nos movemos, e existimos. . .“ (Atos, 17:28)



— Aprenda a viver pela lei de suprimento de Deus.
Eu fiz alguns comentários com a letra azul.

— Cultive um radioso ponto de vista:
— Faça honestamente o melhor que puder, pense de maneira correta e o Senhor proverá, realmente. Ele proverá através de você.

— Deus – A Fonte sempre tomará conta daqueles que O amam e confiam n’Ele e fazem, sinceramente, o que Ele deseja.

— A prosperidade, a abundância não deve ser sempre, nem mesmo habitualmente, concebida em termos de dinheiro, mas de um fluxo constante das bênçãos de Deus.

— Nunca pense ou fale em carência, pois fazendo isso decretará carência. E pensamentos de carência criam condições de carência.

Quando você diz que não irá superar sua carência ou necessidade, você alimenta a “fome” de viver na carência e decreta pela lei da atração a sua carência.

 Tenho observado que há pessoas que não abençoam o que tem, sua autoestima e negativa e falam da sua vida com ar de condenação e de punição. Você observa um total desprezo por tudo que tem, e indiferença por quem está ao seu lado  e por si mesmo.

— Fortaleça os pensamentos de abundância. Pensamentos de abundância ajudam a criar abundância.

Pensamentos e palavras formam sua imagem mental. E já que nos tornamos o que imaginamos, cuide de que seus pensamentos e palavras expressem prosperidade e bênção em vez de pobreza e derrota.

 Todos os dias expulse os pensamentos de carência de sua mente e torne a enchê-la com dinâmicos pensamentos de prosperidade.

A Lei do Suprimento e Uma Vida
de Abundância

Deus é vida, portanto, e se não tivermos Deus em nós a força de nossa vida estará em maré vazante. Quando temos vida, teremos, então, contínuo entusiasmo, do tipo que tem potência, vitalidade e poder reais. Numa palavra, entusiasmo do tipo que dá significação e felicidade ao inteiro esquema da vida.Peale N. V.

Pesquisado por dharmadhannya

Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a Fonte:


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