O Espelho revela a sombra.
O Ego (pode ser visto como a personalidade, o eu inferior,
ou sombra, falso eu, a ilusão do “eu”, pequeno eu, eu inconsciente, eu
cristalizado) do passado kármico deseja desesperadamente negar ou evitar a
responsabilidade. O ego neste contexto é imaturo, narcisista, egoísta, ambicioso, cego, invejoso, ...
O ego sombra é tudo aquilo que negamos e que nos pertence. Tudo aquilo que combatemos , odiamos, rejeitamos com veemência. Mas em nossa sombra vive também nosso potencial, tudo aquilo que é inconsciente, todos o poder e potencial não assumido. O caminho do meio, o centro da consciência é o ideal.
O ego sombra é tudo aquilo que negamos e que nos pertence. Tudo aquilo que combatemos , odiamos, rejeitamos com veemência. Mas em nossa sombra vive também nosso potencial, tudo aquilo que é inconsciente, todos o poder e potencial não assumido. O caminho do meio, o centro da consciência é o ideal.
Quais são as fantasias
mais destrutivas do você teme, que você fala sem parar no assunto, que repete
sempre, e você já definiu que vai acontecer, a mais de 10 anos e vem
acontecendo?
Comece com uma lista
de “melhor do que” e imagine como seria o extremo oposto. Ou, então, pense em
alguma fantasia de desastre que passou várias vezes pela sua mente ao longo dos
anos. Coloque-a no papel, descrevendo em detalhes.
Visualize-a. Mergulhe
nela. Sinta o medo, pois você percebe que o Ego ou (eu inferior) realmente quer que isso
aconteça! Quais seriam as suas “vantagens” se isso acontecesse? (Não se
preocupe com a possibilidade de a visualização da cena fazê-la materializar-se.
É a repressão desses temores que lhes confere poder.)
Resolva agora se você
quer ou não rumar para esse “futuro provável”. Se não quiser, faça uma grande
cruz em vermelho sobre as notas que você escreveu. Rasgue o papel em pedacinhos,
jogue no vaso sanitário e acione a descarga.
O Ego, então, tem
toda uma série de crenças negativas, tendências e programas ocultos que limitam
ou mesmo arruínam a nossa vida, além de bloquear nossas tentativas de
programar o que desejamos.
Ele glorifica o esforço violento, a
autopiedade, a vaidade, a hipocrisia, o auto-sacrifício, a punição das outras
pessoas, a evitação, culpa e penaliza o outro em sua arrogância, e a negação da responsabilidade, a desonestidade e a
manipulação.
Ele tem medo da
intimidade, da felicidade e de sentir gratidão. Ele enche a nossa vida de
banalidades e faz-nos sentir culpados e apegar-nos ao passado.
Cada um de nós tem
suas próprias tendências ocultas, velhos e dourados costumes aos quais
retomamos seguidamente, como:
“Quando em dúvida,
sinta pena de si mesmo.” Quais das tendências, jogos e programas ocultos
apresentados acima parecem desagradavelmente familiares para você? Quais o
fazem curvar-se servilmente ou agitar-se no seu assento? Quais o fazem pensar:
“Não, esse/a não pode ser eu. Será possível...?” Se você for honesto consigo
mesmo, saberá a resposta.
Além do Ego
Relaxe profundamente
e imagine-se caminhando por uma linda floresta. Sinta seus pés no chão. Veja a
luz do sol sarapintando as árvores. Ouça o canto dos pássaros e o crepitar de
ramos sob os seus pés. Toque um tronco caído ou os musgos a seus pés. Sinta o
cheiro do ar úmido e envolvente da floresta. Siga pelo caminho que penetra na
floresta.
De repente, alguma
coisa surge por detrás de uma árvore. É uma de suas tendências ou bloqueios.
(Talvez autopiedade, a sensação de ser especial, uma crença na escassez ou um
sentimento de culpa.) Veja a forma que ela assume — quem sabe um animal, uma
criatura mítica, uma personagem de ficção, uma versão mais jovem de si mesmo ou
de alguém que você conhece. Disponha-se a vê-la claramente.
Como a pessoa ou
criatura está bloqueando o seu caminho, você deve avançar e falar com ela.
Presuma que ela vem tentando ajudá-lo de alguma maneira equivocada. Pergunte o
que ela está tentando fazer por você, para que lhe seja possível entendê-la e
perdoá-la.
Assegure-lhe que você agora tem outras
maneiras de lidar com a vida ou novas crenças, e que agora ela pode ajudá-lo de
outras maneiras. Dê-lhe uma nova visão do seu futuro e peça-lhe que se junte a
você.
Em seguida,
disponha-se a fundir-se com esse seu aspecto. (Repita isso quantas vezes
desejar, com outros bloqueios interiores.)
Depois disso, ande
alegremente pelo caminho, com passadas largas, até chegar a uma queda d’água
nas profundezas da floresta. Deixe-a lavar os últimos traços de suas antigas
tendências ou crenças negativas. Então, tranquilamente , volte para o quarto.
Quem é essa pessoa que sempre caminha ao seu lado?
Quando conto, somos somente eu e você,
Mas quando olho para a estrada branca
Sempre há alguém caminhando ao seu lado,
Envolto numa capa marrom, encapuzado,
Não sei se homem ou mulher.
— Mas quem é esse outro que está ao seu lado?
(T. S. Eliot)
Quando nos tornamos
conscientes de seus truques, o Ego tenta fazer-nos perder a pista, projetando
aspectos de si mesmo sobre o mundo exterior. Conforme Laz jocosamente se
expressou, o Ego não é muito esperto, mas é mais esperto do que nós!
Enquanto o Ego
estiver brincando com os seus jogos do tipo “melhor do que”, por exemplo,
veremos nossas piores qualidades fora de nós mesmos, nas outras pessoas. Quando
ele escolher jogos do tipo “pior do que”, iremos projetar nossas boas
qualidades sobre os outros.
O mundo é um espelho.
Se examinarmos nossos amigos, companheiros, familiares, colegas e conhecidos,
veremos o nosso próprio reflexo.
“Richard é tão arrogante.”
“Mary está sempre com
a cabeça nas nuvens.” “John é muito generoso.” “Júlia vive procurando problemas.”
“Tony só pensa em si mesmo.”
Todos esses comentários poderiam ser
características que nos recusamos a enxergar em nós mesmos e que poderiam nos
guiar ao longo do caminho que conduz à autodescoberta.
“Mas Richard é de fato arrogante!” Sim, talvez
seja. Mas por que você resolveu fazer esse comentário, ainda que para si mesmo?
Por que você o atraiu para a sua realidade?
O que quer que mais
detestemos ou temamos nos outros é, com certeza, um aspecto não-reconhecido de
nós mesmos. A nossa própria luta se reflete naquilo contra o que vemos as
outras pessoas lutarem.
Obviamente, isso não
significa que, se um homem se exibe para você, então você deverá estar
reprimindo esse impulso dentro de si próprio.
Todavia, isso vai
refletir algum aspecto seu: os seus julgamentos, ou os “melhor do que” a
respeito de quem faz essas coisas’? Ou suas crenças negativas acerca dos
homens?
Ou, quem sabe, você tem vontade de “se expor”
de alguma maneira — talvez como artista ou participando de atividades políticas
— mas está se bloqueando por medo de humilhação ou de rejeição? Se o “espelho”
não for um simples reflexo, ele será uma metáfora ideal.
O espelho
1) Pense nos
comentários que você faz a respeito das pessoas que conhece — tanto das que
você gosta como daquelas que lhe causam tensão e sofrimento.
Que qualidades você mais admira ou detesta nas
outras pessoas’? Se você for honesto, será possível enxergar essas qualidades —
tanto as boas como as ruins como aspectos de si mesmo’? (Se não, como eles
poderiam estar refletindo as suas crenças?) Contra o que você vê os outros
lutando’?
2) Se você estiver
tendo problemas com alguém, presuma que a outra pessoa é um aspecto de si mesmo
que precisa ser integrado, e experimente a técnica Gestalt da “cadeira vazia”.
Sente-se numa cadeira, de frente para uma
outra cadeira. Imagine que a outra pessoa esteja sentada aí — e comece a
dizer-lhe por que você a considera tão incômoda. Depois, passe para a segunda cadeira
e responda, como se fosse a outra pessoa.
Volte ao lugar onde estava e faça a sua
réplica. Continue passando de uma cadeira para outra todas as vezes que fizer
uma pausa para pensar. Prossiga até ter havido alguma solução para o seu
conflito interior.
Jung chamou esses
aspectos rejeitados de nós mesmos de “a Sombra”, e advertiu que eles podem
tornar-se uma influência destrutiva em nossa vida, a não ser que lancemos luz
sobre eles. A Sombra é escura, gerando o Heathcliff de Catherine. Ela é o
perverso Mr. Hyde do Dr. Jekyll, e pode
ser a causa da nossa
ruína.
Conforme observou
Jung, a Sombra nos é necessária porque não podemos ser tudo aquilo que, em
princípio, poderíamos vir a ser. Precisamos escolher quais aspectos de nós
mesmos vamos expressar no mundo.
Todavia, se enganarmos a nós mesmos,
transmitindo a falsa impressão de que somos só doçura e luz, então a nossa
irada e rancorosa Sombra vai manifestar-se em outra parte — nas outras pessoas,
em nossa visão do mundo, em nosso corpo e em nossos sonhos (talvez como uma
figura sombria e escura, ou através de uma personalidade inteiramente
desagradável).
A nossa Sombra vai repetidamente nos provocar:
“Olhe para mim! Estou aqui!” e podemos ou fingir que ela está “lá fora” ou
fazer um sério exame em nós mesmos.
Num nível social, as
prisões são guetos para uma parcela da nossa Sombra coletiva, tal como ela se
manifesta no mundo.
Os criminosos
representam os aspectos violento, ganancioso, egoísta, destrutivo e imoral de
nós mesmos, de modo que podemos fingir que essas qualidades desagradáveis estão
“lá fora” e nada têm a ver conosco.
Causava-me espanto o
fato de tratarmos os criminosos de uma forma que seguramente perpetua a
auto-imagem dessas pessoas como criminosa e reforça suas crenças negativas a
respeito de si mesmas e da sociedade para, depois, nos surpreendermos com seu
elevado índice de reincidência.
Contudo, existe uma explicação para essa
loucura. Tratamos os criminosos com desrespeito e, muitas vezes, com
desumanidade para que eles continuem a expressar a nossa Sombra.
Por méritos próprios,
uns poucos prisioneiros conseguem descobrir seu lado temo, criativo e expansivo
— Jimmy Boyle é um exemplo famoso mas isso é uma exceção à regra. Não se espera
que os criminosos revelem-se tão humanos como nós outros!
Da mesma forma, a
maioria dos hospitais psiquiátricos é cuidadosamente projetada para deixar as
pessoas loucas e reforçar o “rótulo” “pseudo-médico”, apesar das aparências
superficiais indicarem o contrário.
Aqueles que foram suficientemente
cavalheirescos para ficar “loucos” pelo restante de nós devem supostamente
permanecer loucos; caso contrário, haveria uma ameaça à nossa crença de que a
loucura está “lá fora”.
Se expusermos as
Sombras à luz, elas desaparecerão como que por magia. Contudo, a maioria de nós
tem medo ou, simplesmente, vergonha do nosso lado Sombra; assim, ele permanece
escuro, e à medida que aumentamos a intensidade da luz que incide sobre o nosso
eu consciente, a Sombra se aprofunda.
Isso não significa
que devamos dar vazão ao lado “escuro” da nossa natureza. Tudo o que precisamos
fazer é experimentar e reconhecer o nosso eu Sombra, para que não mais
precisemos projetá-lo sobre o mundo exterior.
Enquanto nos
enganarmos com a ideia de que nem sequer poderíamos imaginar-nos desejando a
morte de alguém, por exemplo, aqueles impulsos assassinos serão substituídos
por outros, como um espelho da nossa Sombra.
Não basta dizer as
palavras Acho que eu poderia matar alguém”; precisamos tê-las dentro do
coração. Somente quando possuímos a nossa Sombra é que nos tornamos inteiros.
(Aqueles que rejeitam a própria Sombra muitas vezes parecem frívolos OU
irreais.)
Conversar com a
Sombra é, por certo, uma simplificação conveniente, pois temos muitos “eus-Sombras”
— assim como temos muitos Egos — e alguns desses “eus” contêm nossas qualidades
positivas reprimidas...
A exploração de nossa Sombra não revela apenas
os diabretes do subconsciente, mas também revela algumas gemas cintilantes.
(Fiquei contente em
conhecer dois de meus “eus” Sombras positivos na meditação - um gigante
amigável que representava minha força, obscurecida pela minha aparência
pacífica; e um gnomo, simbolizando o meu eu mágico, que ainda estava sendo
reprimido por minhas crenças “científicas”.)
Como a Sombra é o
complemento do nosso eu consciente, é fácil adivinhar o que poderia ocultar-se
na escuridão. Quais aspectos de si mesmo você reconhece conscientemente’? Que
aspectos das outras pessoas causam-lhe sobressalto, medo ou desagrado’?
Quais qualidades você
mais inveja nos outros’? Que emoções você raramente ou nunca expressa? Como
seria o seu oposto, a sua imagem no espelho? Nele está a sua Sombra.
A Sombra
Imagine-se sozinho, à
noite, numa casa estranha. Olhe à sua volta e verifique o que você está
vestindo. O vento uiva do lado de fora e fustiga os vidros da janela. O quarto
está mal-iluminado. Subitamente, você ouve um ruído na porta dos fundos. Alguém
está tentando entrar! Você sente medo.
Veja-se agora na
parte de fora, na escuridão do jardim, escondido atrás de uma árvore. Olhe para
a porta dos fundos. Quem está tentando entrar?
(Pode tratar-se de uma figura conhecida, de
alguém vindo de épocas passadas, de um animal ou de um personagem mitológico.
Pode tratar-se de uma pessoa ou de uma coisa.) lembre a si mesmo que essa
figura não pode feri-lo, e aproxime-se.
Quando a figura se
voltar, diga-lhe: “Que a paz esteja com você”, e pergunte-lhe quem ela é e por
que está batendo à porta.
Pergunte quais das suas qualidades ela
representa. Ao terminar a conversa, agradeça-lhe pela ajuda e veja um feixe de
luz saindo do céu e iluminando esse aspecto da sua Sombra. A figura, então, vai
desaparecer.
Por fim, entre no
lugar que ela ocupava e tente inspirar e “possuir” as qualidades que ela
representava - muito embora você talvez nunca optasse por expressá-la. Então,
suavemente, volte para o quarto. (Este exercício pode ser repetido diversas
vezes para descobrirmos outros “eus Sombras.)
Erga-se do eu inferior, da mesma forma como um elefante se
ergue para fora de um pântano lamacento. (O Dharmapada)
Nessa altura, o seu
Ego Negativo talvez esteja se sentindo um tanto nervoso. Ele poderia estar
tentando safar-se através de um ardil. “Bem, farei esse exercício quando tiver
tempo, mas agora estou realmente muito ocupado.”
“A programação parece
muito mais divertida do que toda essa conversa a respeito de Ego e de Sombra.” “Acho
que tenho um bom motivo para sentir pena de mim mesmo!”
“Meu Ego está sob
controle.”“Sei o há em minha Sombra. Gostaria de saber de que trata o próximo
capítulo.” Ouça a si mesmo!
De acordo com a visão
antiga, o crescimento espiritual implica a superação do Ego míope e limitado
para dar lugar ao Eu.
Liberação não
significa matar o dragão, mas elevar-se acima dele, crescer para além dele,
perceber os seus truques e rir calma e afetuosamente quando ele cuspir fogo para
o nosso lado.
Ao observarmos o Ego, em vez de odiá-lo ou
combatê-lo, tomamo-nos livres. Encontramos a paz interior quando, em vez de
levar o Ego a sério, limitamo-nos a observá-lo. Ao observarmos o Ego, em vez de
nos identificarmos com ele, descobrimos o nosso Eu.
O céu
Imagine-se numa
paisagem verde e luxuriante, cercada de colinas. Um riacho corre nas
proximidades, murmurando e gorgolejando, e você senta-se à sombra de uma grande
árvore. Use todos os seus sentidos para imaginar-se aí.
Em seguida, olhe para
o céu azul e note uma nuvem pequena e escura sendo levada pelo vento.
Transforme-se agora nessa nuvem, observando a paisagem de cima para baixo,
vendo o riacho e a árvore grande. Repare numa nuvem pequena, branca e fofa —
não muito distante — e torne-se essa nuvem, movendo-se suavemente pelo céu.
Por fim, torne-se o
céu. Eleve-se acima da paisagem e sinta-se como sendo todo o céu com nuvens
vagando pela sua imensidão. Experimente a imensidão ilimitada de ser o céu.
Depois, volte suavemente para o seu quarto.
Você não tem de destruir todas as nuvens puras ver o céu.
Tudo o que você tem a fazer é continuar lembrando-se de
que você é o céu. (Bartholomew)
Não podemos e não
devemos destruir o Ego, mas podemos aprender a reconhecê-lo, a aceitá-lo e a superá-lo.
Conhecendo o que acontece se
fortalecermos o Ego, e compreendendo nossas tendências, podemos optar pela
mudança para escolher o amor em vez do ódio, a alegria em vez da luta, o perdão
em vez do castigo; a cooperação em vez da competição, a honestidade em vez do
logro, a responsabilidade em vez da culpa; e fazer isso em cada dia da nossa
vida..." Desconheço o autor.
O texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
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