quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Obsessões por espiritos não detectadas : a sabedoria Huna




A Sabedoria Huna 
AS FIXAÇÕES SÃO TRAZIDAS DE VIDAS ANTERIORES?
EXISTEM OBSESSÕES POR ESPÍRITOS NÃO DETECTADAS?
 reencarnação 
Em todas as formas de psicanálise, conforme foi dito, os terapeutas dependem não somente dos sonhos, mas também dos pensamentos que ocorrem aos pacientes (em uma condição de relaxamento físico), permitindo que a mente possa vagar à vontade, uma ideia levando a outra, por livre associação.

 As coisas que vêm à mente dos pacientes nestas condições são como sonhar acordado e são estudadas da mesma forma que os sonhos tidos enquanto adormecidos, para descobrir neles símbolos ou outros indícios que possam ajudar a identificar as lembranças de acontecimentos causadores de complexos.

O paciente muitas vezes imagina cenas, pessoas, lugares e experiências que são quase tão reais para ele como seus sonhos e os descreve a seu analista, como faria com os sonhos. Por causa da clareza destas impressões e porque frequentemente parecem ser tão fiéis à vida, despertam uma perplexidade muito interessante.

Deveriam os sonhos acordados serem considerados como invenção da imaginação ou alguns deles como lembranças trazidas de acontecimentos e circunstâncias relacionadas com vidas passadas do paciente?

Freud inclinava-se à opinião de que tanto o sonho da noite como o do dia, da espécie mencionada, eram baseados na imaginação e não eram experiências.

Como tal, pôs-se a analisar ambos como “estruturas psicológicas” na suais podiam estar ocultos símbolos que apontariam a origem do complexo ou fixação.

Mais tarde, quando Jung separou-se dos princípios freudianos, parece que pensava que esta teoria dificilmente seria suficientemente boa para explicar a questão.

 Jung sugeriu que cada um de nós podia herdar, através dos genes, uma porção da “memória racial”, e por causa disto parecemos lembrar acontecimentos de nossa própria vida passada, que realmente aconteceram nas vidas dos antepassados da raça.

Supunha que estas lembranças eram comuns a todos da mesma raça e não experiências reais e individuais de qualquer paciente. Esta teoria parece tê-lo interessado enormemente, pois está dedicando seus derradeiros anos (1) à pesquisa, através de lendas e escritos medievais, para tentar encontrar o significado dos símbolos e arquétipos na história da raça.

Outros analistas têm falado e escrito sobre a evidência que têm encontrado de que os acontecimentos vividos através encarnações passadas do individuo estavam sendo relembrados.


 Os investigadores da Sociedade de Pesquisa Psíquica já tinham aberto o caminho nesta direção e muitos deles tinham se tornado convencidos de que a reencarnação é um fato e que as memórias de vidas passadas às vezes são relembradas.

 O Sr. Hubbard, em sua última pesquisa (chamada de Cientologia) adota esta postura.

Vamos tomar abreviadamente um dos relatos mais recentes e convincentes sobre testes destinados a explorar a questão combinada de encarnações passadas e fixações, transportadas delas.

 Estes testes foram realizados por volta de 1945 por uma famosa médium e investigadora, Geraldine Cummins, trabalhando e escrevendo com o Dr. R. Connell, na Inglaterra. (Veja seu livro “Cura pela Percepção”) (2). A srta. Cummins descobriu, pelo uso dos sentidos psíquicos, que muitas doenças estranhas e problemas mentais em vários membros de uma certa família antiga da Inglaterra, pareciam surgir de lembranças trazidas de vidas passadas.

 Esta família era judia e os terrores da perseguição tornaram as lembranças duradouras de uma vida para outra, especialmente da vida imediatamente anterior.

 Cito do livro: “Esta narrativa (contando uma circunstância especial na vida de um paciente), subentende-se, justifica a suposição de que, na avaliação das ações de outros, as lembranças legadas a eles, provindas do passado, deviam ser investigadas e avaliadas, antes que qualquer julgamento final possa ser declarado sobre elas.

Os temores, as perseguições, as noites de horror, as câmaras de tortura, os túmulos silenciosos de amigos e parentes injustamente abatidos — quaisquer de tais experiências de acontecimentos na vida de antepassados indubitavelmente pode estender sua influência do passado;

 e afetar as ações dos descendentes no presente, particularmente se tais descendentes sofrerem choques ou traumas (mentais) menores de uma natureza análoga.

 Portanto, um ato de covardia, como é concebido popularmente, pode ter sido iniciado por algum terrível e insistente impulso do passado esquecido que, desconhecido e inexplicado, condenou muitos homens ao opróbrio de seus companheiros.

“Os atributos psicológicos, assim como os físicos, são herdados, modificados ou agravados, à medida que cada geração passa, conforme os genes que os transportam sejam dominantes ou recessivos.

Terrores quase incompreensíveis para alguns de nós, têm suas raízes nutridas por horrores esquecidos. Mãos mortas se estendem do passado e moldam o presente. No futuro, estendem seus dedos ávidos e torcem e distorcem nossas decisões e destinos.

 E nós, antropóides cegos, com demasiada frequência pensamos que as decisões são nossas tão somente nossas que as conquistas bem sucedidas de nossas vidas são inteiramente de nossa própria modelagem. Que os crimes e falhas dos outros são assuntos para condenação desqualificada”.

A transmissão de resultados terminais de relação causada por terríveis experiências de pai para filho, é comentada pelos escritores na discussão de outro caso:

“Não se pode contemplar a agonia atual da raça humana sem nos esforçarmos para avaliar algumas de suas conseqüências, em relação às gerações que ainda estão por vir”. O Dr. Connell conta sobre a assistência a uma criança do sexo masculino que veio ao mundo após a primeira Guerra Mundial.

O pai da criança tinha passado nove meses de trabalho em uma mina de carvão alemã, como um prisioneiro de guerra. Durante aquele período em que esteve na mina de carvão, nunca viu a luz do dia; sofreu de forma inenarrável, física e emocionalmente, sendo perseguido pelo medo.

 Até que seu filho alcançasse a idade de 10 anos, tinha tal horror a todas as visitas que sempre se escondia sob uma cama ou uma mesa, quando chegavam estranhos e sempre que o médico era chamado. Sua doença era um pesadelo para ambos.

 Nasceu com um complexo dominante de terrível medo, e mesmo agora, vinte anos mais tarde e a despeito da criação mais cuidadosa, tem um olhar apavorado. Uma filha, nascida quatro anos mais tarde, puxou a mãe e não teve tal herança”.
Em algumas escolas de psicanálise pensa-se que, a partir do momento da concepção, há algum meio pelo qual o embrião sente e lembra-se de palavras pronunciadas pelos pais, especialmente se houver muita emoção ou alguma dor sentida na ocasião desta recordação. Os fatos parecem confirmá-los e a Huna pode dar uma explicação.

Somente o eu básico, em seu corpo aka ou etérico, está ligado ao embrião. Como o eu médio só começa a desempenhar seu papel na infância algum tempo após o nascimento, todas as palavras e outras impressões são lembradas pelo eu básico e somente por ele — resultando que tais lembranças não são submetidas à luz corretora da razão do eu médio.

Elas assim permanecem na forma de lembranças cegas e ocultas que mais tarde causam estranhos medos ou outras reações mentais. Em quase todos os casos, os impulsos à ação, causados por estas fixações, tendem a causar doenças físicas, se os impulsos forem frustrados e reprimidos.

No caso do menino mencionado acima, podia ser explicado que, conquanto herdasse, através dos genes, as características mentais que podiam responder a temores semelhantes, a causa real da seus terrores podia bem ter sido os quadros desenhados com muita emoção pelo pai, na presença da mãe grávida, ao recordar suas experiências e terrores.

 O eu básico, sendo ilógico, reagiria literalmente às palavras como compulsões, não relacionadas a acontecimentos reais ou a seu lugar no tempo.

Uma possibilidade que nos atrai em nosso estudo dos métodos kahunas parece ter sido esquecida por muitos dos estudantes destes assuntos. E a idéia de que os espíritos dos mortos se ligam aos vivos e os forçam a lembranças de suas próprias vidas no corpo.
 Os psicólogos estudaram tais manifestações e classificaram os espíritos ligados como “partes divididas” do espírito residente ou personalidade. Sob a influência da sugestão hipnótica, as “personalidades secundárias” (ou espíritos, conforme sejam) foram trazidas à superfície e conversaram com eles.

 Muitos têm suas próprias lembranças da vida no corpo, e quase sempre tentam influenciar a pessoa que é sua vítima, impondo pensamentos, emoções e impulsos nela, ou à noite levando o corpo em expedições sonâmbulas.

 Frequentemente lembram da angústia de sua morte na vida terrena, suas doenças, dores e tristezas e fazem aparecer sintomas e emoções correspondentes a elas naquele a quem se ligaram e de cujas forças vitais se alimentam, para ter força de vontade suficiente para exercer uma forma de comando hipnótico, em muitos casos.

Parece natural que os espíritos de antepassados selecionem membros das gerações seguintes como sua vítima ou hospedeiro.

Neste caso, podemos contar com lembranças e reações compulsoras que são impostas aos vivos e que — devido a que a fonte parece ser seu próprio ser interior— produz a crença de que experiências de uma vida passada estão sendo transportadas de suas próprias vidas ou vidas passadas, não da vida terrena de algum espírito ancestral ligado a si.

Os psiquiatras modernos estão plenamente cientes de todas as aparências exteriores das influências dos espíritos, começando com as influências muito leves e intermitentes e terminando em completa obsessão.

Contudo, como é tabu ser tão pouco científico a ponto de admitir que poderia haver tal coisa chamada de espírito, ou uma sobrevivência após a morte, ou um conjunto de lembranças trazidas de uma vida passada, os sintomas que têm sido conhecidos por muitos séculos e que são devidos a espíritos obsessores, têm sido simplesmente recatalogados e recebem novos nomes.

 Sob o nome de “Obsessão” no Dicionário Freudiano de Psicanálise já citado, esta questão está bem ilustrada:
“Obsessão: As obsessões são sempre censuras reemergindo em uma forma transmutada sob repressão — censuras que são invariavelmente relacionadas com um ato sexual realizado com prazer na infância ... Dois componentes são encontrados em toda obsessão: (1) uma idéia que se impõe sobre o paciente: (2) um estado emocional associado a ela”.

Deve-se notar que Freud tomou nota cuidadosamente sobre a força compulsiva do pensamento. Ele, naturalmente, relacionou-a a um pensamento sexual reprimido — mas certamente, na obsessão, podia ter sido forçada sobre o paciente por um espírito.

 Também notou a mudança no estado emocional do paciente, adequada ao pensamento compulsivo. Fica aberta a questão sobre se o pensamento despertou a emoção ou, o que seria mais provável, se provindo de um espírito — se a emoção também veio de um espírito e não foi gerada no paciente.

 Atos e cerimoniais obsessivos foram atribuídos por Freud à parte inconsciente da mente porque, a despeito da razão e lógica, o paciente é incapaz de resistir ao impulso de fazer certas coisas.

Nos hospitais mentais de hoje (tirando os pacientes cujos cérebros foram prejudicados por doença ou venenos como o álcool), a esquizofrenia, ou “personalidade dividida” é a responsável pela maioria dos casos.

 Choques, “stress”, tensão, fixações — quase tudo que enfraquece o indivíduo no nível mental e da “vontade” pelo consumo demasiado de seu mana — pode abrir caminho para as “personalidades secundárias” se manifestarem em maior ou menor grau.

O tratamento por choque elétrico, insulina ou outras drogas é um remédio popular e embora duro para o paciente, frequentemente  é eficaz. (Os 216 kahunas usavam um tratamento por choque de mana há muitos tempos atrás, como já mencionado).

De todos os psiquiatras com treino médico, somente um, que eu saiba, realmente reconheceu a obsessão pelo que é. Ele se separou das tradições científicas limitadoras de sua profissão, para abrir caminho, ao descobrir melhores meios de expulsar estes “espíritos maléficos” ou “demônios”, que eram tão bem conhecidos dos kahunas da Polinésia e que são tão freqüentemente mencionados na Bíblia.

Este homem era o Dr. CarI Wickland, um americano, que durante todos os últimos anos de sua vida dedicou seu tempo e atenção aos ângulos obsessionadores e negaram-lhe tanto reconhecimento quanto atenção.

Contudo, realizou um trabalho pioneiro de uma ordem avançada, obteve excelente resultado em muitos casos, e deixou um notável registro de suas descobertas, teorias e métodos em seus livros, sendo o mais conhecido o seu “Trinta Anos entre os Mortos” (*)

Seu método era o de desalojar espíritos obsessores ou “encostos” de seus pacientes por um choque de eletricidade estática.

 O espírito era orientado para entrar no corpo da Sra. Wickland, (que era uma paranormal) e lá falava-se com ele, persuadindo-o a deixar o paciente em paz e entregue a bons espíritos “guias”, para que cuidassem dele ou o forçassem a mudar seus caminhos.

Era um método inteiramente não-científico, mas muitas curas foram feitas e muito auxílio foi prestado aos sofredores.
Uma vez que os kahunas das ordens de cura eram ou paranormais treinados ou usavam um paranormal como assistente, constantemente estavam buscando espíritos que se houvessem ligado a vivos e estivessem causando algum grau de doença ou perturbação mental.

 Estes espíritos, porque invariavelmente retiravam mana dos vivos para fortalecê-los, eram chamados de “companheiros devoradores” pelos kahunas e em todos esforços para curar um paciente, procuravam-no e se encontrado, eram removidos, assim como eram complexos.

 A técnica observada para a retirada de maus “espíritos era, conforme relatado antes, o acúmulo de uma carga de choque de mana muito grande e o uso dela, associado a um tipo de sugestão hipnótica para desalojar o espírito obsessor.

 O Eu Superior do kahuna também recebia suficiente mana para sua ajuda na operação, quando era solicitado a cooperar. Estava sempre disponível, também, a poderosa cooperação do Poe Aumakua.

Os complexos e os maus espíritos, “coisas roendo-nos por dentro” eram colocados juntos na mesma classificação de pecados, assim como os atos de ferimento cometido aos outros ou erros na boa conduta.

 E é importante declarar novamente, todos estes elementos que entravam na composição do pecado eram basicamente maus, porque faziam o eu básico da pessoa doente ou obsessionada recusar-se a realizar o contato com o Eu Superior.

 Uma vez que a recusa resultava em uma senda bloqueada para o Eu Superior e a fim de obter a cura, era necessário abrir o caminho, sendo a primeira etapa essencial a de corrigir as coisas que tornavam o eu básico bloqueado.
Encontramos no Novo Testamento muitas referências ao trabalho de expulsar maus espíritos, como uma prática de cura. Pouco se sabe sobre o tratamento anterior de Jesus, mas pelo que ele fez e ensinou, é evidente que era um membro da mais alta ordem de cura, como dos kahunas.

 Enquanto curava e ensinava seus discípulos a curar, como parte de seu ministério, seus ensinamentos são do maior valor na reconstrução da antiga tradição, nesta época tão distante. Ele e seus discípulos enfatizaram o papel desempenhado nas doenças por maus espíritos e os retiravam dos pacientes, a fim de trazer a cura. Algumas vezes os maus espíritos eram chamados de “demônios”.

No Velho Testamento, a palavra “diabo” aparece somente quatro vezes na versão King James. No original hebraico, as palavras usadas eram sairim e shedim, ambas usadas duas vezes e significando, respectivamente (conforme consta na versão revisada) bodes ou sátiros e demônios.

O Diabo, ao contrário, era um anjo caído, Satã, o “Príncipe das Trevas”, que se acreditava ser apenas um pouco menos poderoso que Deus. Recebeu o título de “O Adversário” e “O Tentador”. No Novo Testamento, é narrado que Jesus lutou com Satã e foi tentado por ele em seu disfarce de “Príncipe das Trevas”.

Um pouco dessa confusão pode ser esclarecida voltando à religião mais antiga, a Huna. Nela, símbolos belos e muito eficazes eram usados para apresentar idéias básicas que iam dos conceitos magnificentes e vagos, tais como os envolvidos na teoria da Criação, até os conceitos básicos comuns, tais como os três eus do homem, maus espíritos, pecado em geral etc.

A Criação do universo era, na Huna, simbolizada como uma luta titânica entre a Luz e a Treva. Ambas eram simbolizadas e personificadas. A Luz era a Suprema Inteligência e Bem. A Treva era falta de inteligência, estupidez, inércia, a geração e lugar de morada do mal — de tudo que fosse adversário da Bondade.

A Treva personificada era vencida pela Luz personificada e o resultado era a Criação. Contudo, a luta não terminava.

Através de toda evolução ascendente das coisas criadas, incluindo o homem, a luta entre a Treva e a Luz continuava, como o conflito de grandes poderes sombrios e elementais e como fragmentos daqueles poderes existentes nos corações dos homens, continuando a luta em uma escala menor.

 A Treva era, simbolicamente, dividida em partes menores, que eram capazes de penetrar em todos os homens e dirigir os maus, assim como todos os espíritos de homens maus — permanecendo estes maléficos e presos a níveis terrenos após a morte física.

 Por outro lado, a Luz era representada como os Eus Superiores, um para cada homem, para ser sua Luz e guiá-lo para fora dos caminhos da escuridão.

Um dos mais recompensadores esforços ao longo desta linha de procurar entender a natureza composta do pecado, aconteceu no trabalho de traduzir para a língua polinésia o desnorteante significado contido na estória do Jardim do Edem.

 Muitas pessoas hoje pensam que isto é uma alegria, não uma declaração de um fato histórico sobre pessoas específicas e um lugar geográfico. E a estória de todo homem que “cai” do seu estado natural de contato com seu Eu Superior. 

A narrativa tem sido encontrada não somente nos escritos bíblicos, mas ao redor do mundo, contada em muitas línguas e em muitas versões. Era propriedade comum das civilizações, que se centralizavam no Oriente Próximo, há séculos atrás. 

Parece haver pouca dúvida de que é originária dos kahunas dos velhos tempos, pois qualquer dialeto da língua polinésia revela segredos Huna que são estranhos a qualquer outra língua, povo ou filosofia.
No Jardim do Eden, como a estória foi registrada no Velho Testamento, havia uma árvore que foi separada e seu fruto proibido a Adão e Eva. A serpente tentou Eva para comer do fruto, ela persuadiu Adão a compartilhar dele e foram expulsos do Jardim.

Ora, “fruto” é hua, e seu significado secreto é: (1) ser muito ligado ao mal e (2) brigar, estar zangado, invejar. A “serpente” do Gênesis (como o Satã de Jó, o HilIel de lsaías e o dragão, tanto de lsaías como do Apocalípse) entende-se como símbolo da primeira causa do pecado, morte e maldade — e assim, a revolta contra Deus, a Luz e o Bem. São todos símbolos de “pecado” em Huna e a palavra moo os engloba a todos.

Esta palavra significa qualquer tipo de reptil e tem o significado secundário Huna de “secar”, que é o símbolo de tirar e desperdiçar a “água da vida”, ou mana.

A serpente, então, era o espírito do tipo “companheiro devorador”: sabemos isso porque roubava e desperdiçava mana do eu básico — secava-o, de acordo com a simbologia Huna. Esta serpente tentou Eva. A palavra para “tentar” — walewale

— significa não somente “tentar” mas também “apanhar na armadilha” e “cilada”. Isto é importante no entendimento do significado Huna da estória porque a cilada, a armadilha ou qualquer forma de rede, sempre que mencionada ao descrever qualquer parte da Huna, é símbolo de um “companheiro devorador”, espírito obsessor, ou de um complexo.

Conforme os botânicos modernos nos asseguram, a maçã ainda não existia nos tempos bíblicos. Ela foi usada por pintores de quadros imaginários representando o Jardim do Eden, na  Europa, muito mais tarde.

Não foi declarado no Gênesis que a árvore dava maçãs — era simplesmente “a fruta da árvore do conhecimento”. Na versão polinésia, contudo, toda evidência aponta para que a estória tenha sido originada em alguma terra tropical. A árvore era descrita como a árvore da fruta-pão e perto dela crescia uma árvore ohia, ambas tropicais.

Ulu é a palavra para fruta-pão, mas ela tem um surpreendente número de significados Huna que nos contam diretamente ou por meio de simbolos, sobre a natureza dos “companheiros devoradores”, o que fazem para seus hospedeiros e o que forçam seus hospedeiros a executar.

 Estes significados mostram-nos aquilo que foi considerado o mais grave dos pecados da humanidade:
(1) “Ser influenciado em maior ou menor grau pelos espíritos dos mortos”.
(O pior seria ser completamente obsessionado por eles).

(2)”Crescer, em tamanho e força” (Isto mostra o aumento de força dos espíritos, quando retiram mana de sua vítima — “secando-a”).

(3)”Crescer em zanga ou em mais mal” (Os espíritos, uma vez tolerados pela vítima e podendo alimentar-se de seu mana, tornam-se mais e mais poderosos e capazes de forçar seus maus impulsos sobre a vítima.

 Eles se tornam mais e mais capazes de obsessioná-la e assumir o controle mais completo de seu corpo).
A árvore ohia, que na versão da Polinésia ou Huna da estória ficava ao lado da árvore de fruta-pão, nos dá mais significados que corroboram aqueles ocultos em ulu.

(1)”Forçar, compelir, reprimir”. (Estes descrevem muito bem os métodos e habilidades dos espíritos “companheiros devoradores”, em relação à sua influência sobre seus hospedeiros).

(2)”Ser enganador, mau, pecaminoso e maldâso” (Isto nos esclarece sobre a natureza dos espíritos).
O “pecado” de Adão o Eva era o de abrigar maus pensamentos, tão parecidos aos dos maus espíritos que estavam em acordo com eles ou com mentes semelhantes.

 Por esta razão, os eus básicos do homem e mulher permitiam aos espíritos que se ligassem a eles. Logo começaram a aceitar suas idéias e impulsos maléficos como sendo seus próprios. Assim foram expulsos de sua posição alegórica de bondade sem pecado — ou, em outras palavras, da condição do natural e pleno contato com seus próprios Eus Superiores.

Na estória do Gênesis, a serpente foi expulsa e uma maldição colocada sobre ela. A punição de Adão foi a de ser forçado a viver do suor de seu rosto e arar a terra que Deus tinha amaldiçoado, de modo que nela cresciam cardos e espinhos.

Cardos, espinhos e arbustos espinhosos, deve-se lembrar, são, em Huna, símbolos ou dos “companheiros devoradores”, ou dos complexos. (Os kahunas parecem ter usado o mesmo conjunto de símbolos para ambos, sem dúvida porque os dois produziam os mesmos sintomas em seus pacientes).

O Jardim é a condição ideal e normal de vida, quando a pessoa está livre de quaisquer bloqueios na senda, que aparecem sob titulo de “pecados”, na Huna. A palavra “jardim” é kihapai. Seus significados secretos devem ser encontrados nas palavras-raízes das quais é composta. Estas são:

(1) Raiz ki: “espirrar água”. (Símbolo do envio da sobrecarga acumulada de mana ao Eu Superior, ao longo do cordão aka de conexão. isto pode ser feito somente quando o indivíduo está na condição ideal ou normal, na qual seu caminho não está bloqueado por uma das formas de “pecado”).

(2) Raiz pai: “Estar atado. em maços, estar em cachos”.
(Símbolo dos cachos de formas de pensamento ou quadros visualizados da coisa desejada. Estes cachos são enviados com o fluxo de mana pelo cordão aka, ao Eu Superior, na prece do tipo Huna).

(3) Raiz ha: “Respirar profundamente”. (Símbolo de acumular uma sobrecarga de mana. Este acúmulo geral- mente é acompanhado de respiração mais forte).

(4) Raízes combinadas em hapai: “Elevar”. (Este é o símbolo do envio ou “elevação” dos cachos de formas de pensamento para o Eu Superor).

A narrativa do Gênesis nos conta que depois que Adão e Eva foram expulsos do Jardim por causa de seus pecados — porque tinham permitido à serpente tentá-los com sucesso — Deus colocou “Querubins” com “espadas flamejantes” no leste do Jardim para guardar ou “preservar o caminho para a árvore da vida”.

A palavra para “espada” é pahi, cujas raízes, pa e hi têm o significado de “secar” e de “expurgar algo”. O segredo é que a condição ideal, simbolizada pelo jardim, é protegida pelo Eu Superior contra a intromissão de maus espíritos.

São impedidos de tornar-se suficientemente fortes para controlar os vivos, sendo eles mesmos “secados” ou impedidos de obter mana.

Expurgar também é “fazer fluir para fora”e fornece uma confirmação do primeiro significado de que o mana, simbolizado como um fluido, é tirado dos espíritos, se tiveram algum em sua posse (como terão, se estiverem obsessionando uma pessoa viva).

O trabalho de afastá-los e torná-los fracos e inofensivos era realizado pelo Eu Superior. O “caminho da árvore da vida” que devia ser guardado, simboliza o cordão aka. E o que deve ser conservado desbloqueado e aberto. Os maus espíritos devem ser impedidos de causar tal bloqueio.
Através dos kahunas, aprendemos a grande verdade de que, se caminharmos até o fim da vida e morrermos sem sermos purificados de nossas fixações, as levamos conosco.

Por outro lado, pendem como pesadas cargas ao redor do pescoço e impedem o claro entendimento que normalmente nos permitiria prosseguir e progredir, como se deveria, nos estágios evolutivos em direção à perfeição.

 As fixações e males não corrigidos em nossa natureza prendem-nos ao nível terreno e tendem a fazer- nos tornar-nos um “companheiro devorador”.

Há muitos rituais na Igreja Católica que podem ser relacionados a origens Huna ou ter sua fonte em idéias e crenças Huna, mesmo se o significado do ritual tenha sido parcialmente perdido.

 Um destes é o ritual da Extrema Unção e os católicos fazem todo esforço para realizá-lo, com a intenção de obter uma derradeira e final purificação naqueles que estão prestes a morrer.

 O ritual da Confissão com o da Absolvição deveriam, se adequadamente entendidos e administrados, afastar (e conservar longe) as fixações, da senda do indivíduo durante a vida e ele prosseguiria livre, são e desimpedido para a morte.

A Igreja tem também o ritual do Exorcismo para remover os “companheiros devoradores” e em cada caso os rituais são realizados com o uso de “água benta”;

 mesmo se não se compreende mais que isto simboliza o invocar do Eu Superior para finalidades de purificação e pressupõe o auxílio do Eu Superior — que, antecipadamente, deve receber um fornecimento suficiente de mana inferior para trabalhar com ele.

No Tibé existiu, durante séculos, um ritual escrito que frequentemente  foi chamado de “O Livro Tibetano dos Mortos”, para compará-lo com o mais conhecido do antigo Egito. Ambos almejavam assistir uma pessoa moribunda a progredir adequadamente da vida para o estado pós-morte.

 No Tibé tem sido costume um sacerdote ler este ritual de instruções aos moribundos — continuando a ser recitado por algum tempo após a morte, sob a convicção de que o morto pode ouvir e seguir as instruções dadas para sua entrada no “Bardo”, a vida futura.

Em ambos os rituais é colocada muita ênfase no grande valor inerente à vida vivida adequadamente enquanto se está na terra.

 O estado pós-morte é visto como uma continuidade da vida e das mesmas inclinações. Se estas inclinações não são boas, rapidamente podem sobrevir perturbações no outro lado, acredita-se, pois espíritos maléficos espreitam lá, que são inimigos daqueles apanhados nos planos mais inferiores da vida futura. Se há alguma verdade em todas as religiões, deve-se concluir que a condição pós-morte depende muito do progresso moral durante a vida.

A crença em obsessão, ou “companheiros devoradores”, não é mais fantástica; graças a um século de trabalho na pesquisa psíquica e a muitas provas encontradas da sobrevivência humana. O complexo ou fixação foi redescoberto na psicologia moderna.

A alarmante incidência de insanidade em nossa época, aliada ao tratamento mal-informado das vítimas em muitas instituições, parece compelir a um exame das probabilidades de espíritos obsessores, pelo menos em alguns dos casos.


A psiquiatria provou que é possível restaurar alguma pessoa à sanidade, removendo os complexos. Por que não prosseguir com o estudo daqueles pacientes obviamente muito obsessionados por um espírito exterior a eles?"
Freedom L.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/10/obsessoes-por-espiritos-nao-detectadas.html

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