quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A MENTE É O ESPELHO DO UNIVERSO




A MENTE É O ESPELHO DO UNIVERSO

"A mente é a força mestra que modela e faz
E o homem é mente, e cada vez mais empunha
o instrumento do pensamento e, afeiçoando o que quer,
produz mil alegrias, mil males —

Reflete em segredo, e o que ele pensa acontece:
O ambiente nada mais é do que o seu espelho.
Anônimo

Somos feitos da matéria de que se fazem os sonhos, e a nossa vidazinha é cercada de sono. Shakespeare. A Tempestade, Ato 4, Cena 1

SERÁ A VIDA UM MERO SONHO?

A literatura do mundo, no correr dos séculos, tem sugerido ou declarado que a vida não passa de um sonho. Ainda me recordo das palavras que eu costumava cantar quando criança: “Rema, rema, rema, leva o teu barco delicadamente pela corrente afora. Alegremente, alegremente, alegremente, alegremente, que a vida não passa de um sonho!”

Os aborígines maoris, na Austrália, vêm praticando o controle consciente do sonho há séculos; chamam-lhe “caminhar pelos sonhos”. Os sonhos são muito importantes para eles.

O SONHADOR UNIVERSAL

Há muito, muito tempo, o Algo que evoluiu a partir do Nada cresceu e resultou no que podemos intitular tempo linear da Grande e Única Inteligência Suprema. Esse primeiro e leve movimento produziu um desequilíbrio e um efeito de pêndulo, ou o início de uma sucessão de ondas.


Finalmente, diferentes ciclos de ondas se encontraram, criando atrito e luminosidade. Tornaram-se possíveis, ao mesmo tempo, a auto percepção e o auto conhecimento.

 Para se “formar”, a inteligência precisa, primeiro, estar contida numa área em que ondas luminosas batem em alguma coisa e principiam a registrar a percepção de que alguma coisa ou a coisa existe.

A vida como a conhecemos não existe pura e simplesmente, nem apenas como movimento.

Somente quando o movimento é impedido por uma barreira ou contenção, o impacto e a sensibilidade podem ser registrados ou conhecidos pela onda dê luz impactante.

 Quando uma quantidade suficiente de ondas de luz turbilhona e se entrechoca torna-se possível a primeira forma de inteligência.

Essa inteligência aumenta rapidamente se um número suficiente de ondas luminosas que saltam ou refletem, criar vórtices triangulares giratórios ou formas cônicas que funcionam como recipientes.

 À proporção que as ondas contidas de luz continuam a cruzar-se, formam modelos de grades e de “lay line’ que, finalmente, formarão o que reconhecemos hoje como gânglios nervosos.

O primeiro cérebro universal da Inteligência Suprema formou-se, portanto, gradualmente no correr de um sem-número de éons.

Daí por diante, todos os cérebros desde o da mais diminuta entidade de luz com alguma complexidade e os cérebros simples de insetos, plantas e criaturas animais, até o do nosso ser humano — seguiram exatamente o mesmo formato.

 Nosso cérebro é uma cópia ou reflexo minúsculo dentro do nosso universo especular, do primeiro cérebro universal formado pela Inteligência Suprema.

 Somos clones ou cópias especulares do Algo que veio do vácuo do Nada. Somos Sonhadores individuais que sonhamos sonhos singulares dentro da mente inteligente cio Grande Sonhador.


Depois que a inteligência universal se formou e tomou consciência do eu, principiou a “sonhar” ou a criar sonhos ou peças, utilizando réplicas de Si Mesma projetadas mentalmente em mundos dentro de mundos de extensões multidimensionais de tempo e espaço.

No curso dos acontecimentos, criou-se uma quantidade infinita e inexplicável de universos, que passaram a existir, incluindo este nosso universo único que contém a nós e a nossa imagem invertida da Teria e das formações de massa de grande diversidade, reverência e beleza.

Tudo o que percebemos erroneamente como “existente” por causa da dislexia sutil de nossos muitos sentidos foi literalmente sonhado e transformado em “realidade” pelo Sonhador Universal.

 Nossos sentidos, conveniente e obedientemente, nos induzem a pensar e sentir que estamos vivendo ou morando em nossos corpos humanos únicos, cercados por uma paisagem física densa e segura chamada Terra.

Todos os movimentos aparentes estão apenas na nossa mente!

Somos literalmente os pensamentos vivos do Sonhador Universal que nos sonhou como uma porção do sonho da Terra.

Todos os mundos ou realidades do sonho, sem exceção, foram sonhados e convertidos em percepção individual pela Coisa. Você e eu somos um rosto dentro de um rosto, ad infinitum!

Como você descobrirá antes de chegar ao fim deste volume, você e eu temos um propósito e um destino amedrontadores dentro desse sonho magnífico na Terra.

 Em algum ponto dele, despertaremos e sairemos do sonho dotados de suprema inteligência supremo poder para virmos a ser, nós mesmos, criadores universais conscientes!

Creio que você concorda comigo que se trata de um sonho que merece ser sonhado.

A mecânica e a física do que, de quem e do porquê  somos podem ser, e serão, compreendidas e logo conhecidas por todo o mundo na existência humana.

Você é um fragmento da Inteligência Suprema que está a ponto de sair conscientemente do sonho para renascer na verdadeira realidade física, pela primeira vez, em toda a eternidade!

Eu e Pai somos Um-a só consciência.
Eu sou tudo aquilo que é.
Eu sou aquele que tudo é.

O SONHADOR INDIVIDUAL

Como fragmentos vivos do Sonhador Individual, você e eu repetimos o mesmo processo criativo do sonho. Nossos sonhos de saúde, riqueza, prosperidade, fama e sucesso, em inúmeras tentativas diferentes, não ocorrem apenas em nossas horas de “vigília” durante o dia ou à noite, mas também, constantemente, durante nossos ciclos “de sono”.

Muitas pessoas não se lembram de seus sonhos noturnos. Apesar disso, todos sonhamos, sem exceção, durante o estado de sono.

 Até o cético mais empedernido pode ser colocado num programa de auto-sugestão ou de auto-hipnose e acabar evocando uma lembrança consciente dos sonhos noturnos.

Nossa herança comum consiste em sermos sonhadores conscientemente criativos.

Com efeito, podemos afirmar corretamente que o principal propósito dentro de cada um de nós é tornar nossos sonhos uma realidade viva.

Podemos realmente dar substância e vida a qualquer coisa que se possa imaginar se nossos desejos e persistência forem suficientemente fortes. Inúmeros outros já o fizeram. Eu o fiz.

Você pode fazê-lo — se é que já não o fez!

Se, por exemplo, você se imaginar desejando criar um novo jornal em sua comunidade, dará ao seu jornal o nome que bem entender e com o qual tenha “sonhado”.

 Em seguida, mandará imprimir uma porção de bonitos cartões comerciais com o seu nome e o do jornal a que você quer dar vida. Vai para o telefone, envia cartas e entra em contato com os homens de negócios locais, comunicando-lhes que o seu jornal será impresso no dia que você determinar.

Junta o dinheiro dos anúncios deles, prepara um “boneco” bem-feito do primeiro número e leva-o a um impressor. Este imprime as páginas de acordo com suas instruções, faz o número de exemplares que você contratou com ele, e pronto! — nasceu o jornal com que você sonhou, com vida, nome e personalidade próprios!

 Ele continuará a viver e a crescer enquanto você ou qualquer outra pessoa o alimentar ou lhe emprestar vida consciente.

Se você decidir encerrar o sonho da existência ou da realidade do jornal, este deixará de existir. Quando qualquer sonhador desvia sua atenção do que está sonhando, a “entidade” criada no sonho morre e desaparece.

 Com uma única exceção: se tiver sido adotada ou se tiver vida própria suficiente, a entidade poderá individualizar-se e continuar a viver até independente do sonhador que lhe deu vida.

 A música de Beethoven ou as pinturas de Michelangelo são exemplos clássicos disso. Elas viveram para ser conhecidas e amadas por inúmeras gerações muito tempo depois de haver perecido o sonhador humano que lhes deu vida.

Se você pensar realmente em tudo isso, compreenderá que o seu propósito principal aqui, em forma humana como sonhador consciente, consiste em criar sonhos novos e singulares e em dar-lhes tanta vida quanto lhe for possível.

 A isto se chama viver! Você estará, de fato, plenamente vivo quando estiver aberto para novos sonhos e quando colocar neles o máximo que puder de si mesmo! Minha vida é intensamente jubilosa porque dou vida aos meus sonhos!
Você e eu somos sonhadores individuais. As únicas limitações para o seu sonho e para o meu são as que nós mesmos lhes impomos.

 O amor sem condições, a fartura e a alegria sem limites do universo inteiro são seu e meus para que os aproveitemos. A medida dos seus sonhos são unicamente suas decisões.

Você foi generosa e incondicionalmente dotado do poder de dar vida a pequenos ou imensos sonhos universais fora do alcance e da compreensão dos outros.

 Só você pode pintar o seu sonho na tela universal. Ainda que outros queiram pintar sobre o seu sonho, não poderão fazê-lo — exatamente como você não poderá pintar o seu sonho sobre o deles. O seu sonho é só seu, as tristezas, alegrias e grandes triunfos criados por você são só seus.

O pai sonhador e seus muitos sonhadores individuais sobre a Terra criam coletivamente o rico pano de fundo existente de céus, auroras e ocasos, altas montanhas vestidas de neve, gigantescos oceanos de profundidade e amplitude imensas e continentes ricos de matas; vastas planícies cobertas de árvores, lagos, rios, catadupas e vales escondidos — uma terra carregada de todas as formas de plantas, insetos e animais que os criadores podem imaginar.

Tudo o que nossos sentidos percebem tem sido magistralmente sonhado e convertido em rica realidade pelo nosso pai sonhador e por nós.

 Mantemos juntos, de forma coletiva, o sonho da Terra dando vida individualmente ao que cada um presencia. Trata-se, deveras, de um sonho magnífico e belo de uma terra ou de um lar planetário, diversíssimo, só possível através da mente antiga do nosso pai sonhador e da imensa hoste representada por nós, sonhadores individuais.

Quem, portanto, se atreveria a dizer que os sonhos são insignificantes ou que não são poderosos?...

Sonho Lúcido

O melhor sonho que cada sonhador pode ter é o sonho lúcido. O que quer dizer que o sonho é aparentemente mais real do que os sonhos noturnos normais ou os devaneios espontâneos.

 Há um elemento de absoluta clareza na mente do sonhador. O sonho parece estar revestido de outras dimensões, e tudo o que é visto e sentido de algum modo pelo sonhador é inteiramente real.

Quase todos os sonhos clarividentes ou precognitivos que tive na minha vida têm sido extremamente lúcidos. Na sua mente, não há dúvida alguma de que um sonho lúcido é real.

Num dos meus sonhos premonitórios e precognitivos (um dos muitos), tive um sonho muito vivido, em que eu estava descendo a alta estrada. Eu dormira no Hotel e pretendia voltar para casa,  na manhã seguinte.

No sonho, eu estava fazendo uma curva fecda montanha abaixo quando, com uma sensação de náusea, percebi que meu carro perdera os freios. O sonho era muito lúcido e eu, imediatamente, fiz tudo o que me ocorreu à mente para desacelerar o carro na descida.

Cheguei a entrar na folhagem da beira da estrada, na tentativa de dimínuír-lhe o ímpeto, mas tudo em vão. Além de fechada, a curva era muito íngreme, e quando, afinal, consegui terminar a curva escarpada,

 vi uma nesga de céu azul à minha esquerda e compreendi que o carro transpusera a borda da rocha e que eu mergulhava rapidamente em direção à morte, de uma altura de mais de trezentos e trinta metros.

Logo em seguida, despertei do sonho, com o coração a bater com força e ouvindo uma voz calma dentro da minha cabeça que dizia, autoritária: “Tenha esse sonho outra vez!” Inadvertidamente, eu me sentara ereto na cama, ao despertar do sonho, na tentativa de refletir sobre ele.

Depois de pensar na sugestão, entretanto, coloquei a cabeça de novo no travesseiro e tive a impressão de ter adormecido quase instantaneamente, voltando a ter o mesmo sonho muito lúcido e desagradável.

 Eu estava adentrando a mesma curva fechada na descida da montanha quando percebi, mais uma vez, que os freios falharam e que eu estava ganhando velocidade ao fazer a curva.
Mais uma vez, atirei-me a todas as pequenas moitas e árvores que pude ver. O carro ganhou velocidade, mas, desta vez, notei uma grande pilha de rochas mais adiante, à minha direita, e me dei conta de que aquela era a última oportunidade que se me oferecia de desacelerar o carro.

Dirigi-o diretamente para as rochas e colidi com a pilha com muita força. O carro saltou no ar, virou de banda, derrapou numa extensão de dezoito metros e acabou parando, ainda sobre as quatro rodas.

 Meu coração batia com força e, muito embora uma nuvem de poeira continuasse caindo, pulei para fora do carro com grande alívio. Eu podia ver o céu azul à minha esquerda e, enquanto caminhava, cauteloso, de lado, olhei para baixo, por cima do rochedo, e vi que havia uma grande distância dali até o leito do precipício lá embaixo.
Nesse ponto, despertei do sonho. Compreendi de imediato que ele fora precognitivo e que eu devia tomar cuidado para impedir que os freios do carro falhassem na viagem de volta para casa, na manhã seguinte.

Quando me levantei, preparei o carro e desci, verificando os freios de quinze em quinze minutos, enquanto rodava pela estrada.

Tudo estava ótimo, os freios funcionavam perfeitamente. Lembrei-me de verificá-los todas as vezes antes de entrar em qualquer curva íngreme morro abaixo, e foi o que fiz.

Cerca de quinze minutos mais tarde entrei numa curva especialmente escarpada, e então me lembrei de que não verificara os freios. Tarde demais, eu já entrara na curva, e meu pé encostou no chão do automóvel.

 Os freios tinham falhado! Pela terceira vez se desenrolou a cena assustadora. Pus-me a abalroar pequenos arbustos e árvores à beira da estrada sem, contudo, conseguir diminuir, por pouco que fosse, a velocidade; em vez disso, o carro rodava cada vez mais depressa!

 Eu entrevia o céu azul à esquerda e, súbito, avistei a imensa pilha de rochas, à direita. Imediatamente me dirigi para ela. BUMBA!

O pesado carro bateu na pilha de rochas, fazendo-as voar, saltou no ar e virou de lado. Derrapou numa extensão de uns dezoito metros e parou. Com o coração batendo forte e profundamente aliviado, saltei para fora do carro; depois de alguns momentos, caminhei com cuidado até a borda do rochedo e olhei para baixo.

 A distância até o fundo era, pelo menos, de uns trezentos e trinta metros.

 Agradeci ao “navegador espiritual”, que eu agora conhecia como o Grande Sonhador, por me haver, tanto fora como dentro do meu ser, avisado com antecedência através do sonho lúcido — e por eu ter seguido o sábio conselho daquele Espírito Condutor e criado um desfecho diferente para o sonho, salvando meu corpo físico da morte mais uma vez.

Tenho agora perfeita Consciência do poder de um sonho lúcido, e sempre dou uma atenção cuidadosa a qualquer sonho de clareza excepcional.

Você descobrirá que todo e qualquer sonho que pareça inusitadamente real costuma ter uma importância genuína em sua vida.

Aparentemente despertos e aparentemente adormecidos, você e eu somos sonhadores, e, como Shakespeare sabia muito bem, os sonhos são a substância de que é feita a vida.

Exploraremos melhor o assunto no próximo texto, quando tratarmos dos dois primeiros (fiadores diferentes em nosso universo, os criadores do sonho e os criadores da massa física. Estamos todos aprendendo a ser ambos antes de nos “graduarmos” nas lições da Terra".

 Pesquisado por DharmadhannyaEL
Este texto está liberado para divulgação desde que seja citada a fonte:

http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/10/a-mente-e-o-espelho-do-universo.html

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