quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Nosso coração sabe - chakra cardíaco




Nosso coração sabe - chakra cardíaco

Nas profundezas do nosso ser, no âmago do nosso centro do coração, há um lugar protegido e seguro. É aí que a consciência crística é mantida dentro de nós, o coração é a vida de contato com  a Alma, com  a Divina  Presença. Todos temos esse espaço, que independe da religião ou da espiritualidade. Esse lugar simplesmente existe.

Quando agimos a partir desse espaço, nada nem ninguém pode nos aborrecer ou nos magoar, pois nos ligamos com a energia Universal do amor incondicional.

Como abrir o centro do coração
A cor do chakra do coração é verde-claro brilhante, o elo entre o amarelo do plexo solar e o azul do centro da garganta. O núcleo do coração é cor-de-rosa.

Aprendi sobre as maravilhas do cor-de-rosa — a cor e a energia — de um estranho modo, no início da minha carreira. Eu vivia numa casinha pintada de cor-de-rosa por fora e cor-de-rosa pálido por dentro.

Na minha sala de estar, eu tinha cortinas rosa e, à noite, uma lâmpada rosa iluminava as cortinas e irradiava a mais bela luz de paz. Mas eu trabalhava em outro cômodo.

Uma de minhas clientes, além de ser agente de cura, era uma senhora muito religiosa, mas eu sentia que havia um bloqueio no seu chakra do coração.

Orientei-a para examinar a questão e ela viu sombras e detritos ali, que eliminou. Eu estava para pedir-lhe que abrisse os olhos quando aconteceu algo extraordinário: de súbito, vi raios de luz — de um rosa-escuro intenso — a cor exata da luz nas cortinas da sala de estar — começarem a fluir do seu coração. Eram tão brilhantes que a cor iluminou toda a sala.

Levantei-me e fui até a janela verificar se não havia alguém lá fora dirigindo um forte refletor de luz rosa para dentro da sala e, por meio de algum truque, fazendo parecer que os raios vinham do interior da minha cliente!
 
Quando voltei a me sentar, os raios estavam saindo com intensidade ainda maior do seu centro do coração, e dedos de luz começaram a se estender pela sala como se fossem os tentáculos de uma anêmona do mar.

Não sei por quanto tempo contemplei essa incrível visão; mas quando minha cliente abriu os olhos, eu lhe falei sobre o que vira com certa excitação. Ela não tinha percebido coisa alguma, mas se sentia muito tranquila com relação ao problema que estávamos resolvendo. A qualidade da bela energia que dela fluíra servira para comprovar o bem- estar que sentia.

Quando estamos totalmente concentrados no nosso centro do coração, sentimos tamanha segurança que não há nada que nos possa abalar ou assustar. A partir desse espaço, estamos receptivos à nossa orientação superior.

Rose me telefonou pedindo uma consulta urgente. Ela estava tendo um ataque de pânico e seu corpo estava coberto por uma dermatite de origem nervosa.

“Julguei que estava indo bem, mas de repente e senti perdida e muito assustada”, disse ela. Durante sua infância, vários membros de sua família faleceram. Ela sabia que estava recebendo lições de desapego nesta vida, mas vivia apavorada com a possibilidade de perder o marido ou os filhos e esse medo a estava atormentando.

Há muito tempo Rose  queria mudar para uma casa maior e agora eles finalmente podiam arcar com os custos. Sua casa estava à venda, mas de repente, ela começara a sentir uma grande insegurança. “Tudo o que quero na vida é um lar feliz e seguro”, ela reiterava sem parar.

Como Rose estava muito abalada, recordei-a de que a segurança está dentro de nós e de que todos temos no fundo do centro do coração um santuário em que podemos encontrar paz. É a partir desse santuário que podemos enfrentar nossos medos e ver sua natureza ilusória.

Uma maneira de chegar a esse porto seguro que existe no nosso íntimo consiste em visualizar dentro de nós um santuário que podemos visitar sempre que precisarmos de paz interior ou de respostas para os nossos problemas.

Perguntei a Rose onde ela se sentia segura e ela me disse que precisava ir para uma pequena sala de estar com um carpete grosso, um sofá e uma lareira. Ajudei-a a relaxar e chegar a um estado receptivo e dei-lhe tempo para criar essa sala de estar.

 Quando pôde senti-la com clareza, Rose imaginou-se andando pela sala sobre o veludo macio do carpete, sentindo a textura do papel de parede e tocando a pedra fria da lareira.

 Depois, ouviu o tique-taque do relógio do avô no canto e o crepitar das chamas na lareira. Por fim, sentiu o cheiro da cera da mobília e das pinhas ardendo na lareira, bem como a fragrância das flores que estavam num vaso sobre uma mesinha.

A essa altura, ela já se sentia bem relaxada e segura. Rose sabia que nenhum medo poderia influenciá-la enquanto estivesse nesse lugar seguro.

Então, sugeri-lhe que um dos seus grandes medos era que alguém batesse à porta, e que chegara o momento de enfrentá-lo. Ela abriu a porta e viu a Morte parada ali. Sua forma era a de um esqueleto.

“O que você está fazendo aqui?”, perguntou ela.
Eu lhe perguntei o que a Morte respondera e Rose disse: “Ela está falando ‘Vim aqui lembrá-la de que a morte não passa de uma transição. Lembre-se de que a morte da lagarta representa a vida da borboleta’.” Rose agradeceu à mensageira e relaxou visivelmente.

“Não tenho mais medo de você, Morte”, disse ela, num tom de voz surpreendentemente claro e firme. Ela viu o esqueleto desaparecer e sentiu seu medo dissolver-se. Fechando a porta, ela sentiu outra vez a paz e a tranqüilidade do seu santuário interior.

Da próxima vez que o medo bateu à porta, Rose a abriu para várias criaturas esguias e acinzentadas semelhantes a fantasmas.
 “Somos a solidão”, disseram-lhe.
“O que querem de mim?”
“Amor. Ame-nos, por favor.”

De súbito, ela viu que as criaturas representavam todas as pessoas de seu conhecimento que queriam ser amadas! Tudo o que eia precisava fazer era abrir o coração para que todas entrassem. Depois disso, ela nunca mais voltaria a estar sozinha.
Rose começou a rir ruidosamente. “Elas se transformaram em pessoas”, disse ela em meio ao riso, com todo o corpo se sacudindo diante daquele riso interminável.

A mente precisa de dar “nomes aos bois”, de dar um significado para a emoção, uma imagem que venha substituir o significado da imagem que nos  aterroriza.

 Observei o medo sendo eliminado dela. Quando ela parou de rir, tinha um sorriso no rosto. “Quero convidá-las a entrar”, disse. “Não preciso voltar a sentir solidão.” Quando Rose abriu os olhos, o medo se fora.

 O medo é um criado que traz uma mensagem. Ele não tem poder sobre nós. O mensageiro não tem poder; potente é o conteúdo da mensagem.

Todos podem criar para si esse santuário interior. Sua localização não importa. Podemos imaginar uma sala, uma pradaria ou um lugar à beira-mar. Podemos ir para onde quisermos. O único aspecto importante é que criemos um lugar onde nos sintamos em paz e em segurança.

No nosso porto seguro de paz, temos todo o poder de que precisamos. Quando examinamos o medo dessa perspectiva, compreendemos que ele não passa de uma ilusão.

A orientação da natureza

Não é por acaso que o verde, a cor da natureza, é a cor associada ao centro do coração.

O amor incondicional não faz julgamentos. A natureza não faz julgamentos. Por isso, quando estamos em meio à natureza sentimo-nos seguros. Quando relaxamos nessa segurança, pomos ouvir mais prontamente as inspirações do nosso Eu Superior.

Quando precisamos de orientação, podemos fazer nossa pergunta e mergulhar na natureza, tendo a certeza de que a resposta nos será dada de alguma forma.


Quando dirijo seminários, às vezes peço aos participantes que formulem uma pergunta que querem ver respondida. Então, sugiro que se imaginem passeando em meio à natureza e procurem a resposta, sabendo que ela lhes será dada de alguma maneira.

Certa senhora não se sentia realizada nem valorizada no seu casamento. Durante anos ela ansiara por deixar o parceiro, mas temera o impacto que essa decisão teria sobre os filhos. Ela fez a pergunta: “Devo deixá-lo?”

 Ela se viu caminhando sozinha por uma aléia na qual viu um azevim. Um lado da árvore estava enegrecido e seco, enquanto o outro estava vivo e cheio de frutos. Enquanto observava isso, ela viu um esquilo com um filhote na boca.

 O esquilo parou na sua frente como se quisesse chamar a atenção para o que fazia. Ela viu que o animal trazia um filhote na boca e que estava mudando os filhotes de toca. Ela percebeu que eles estariam seguros na nova toca. A natureza estava juntando suas forças para dar uma resposta à sua pergunta.

Um homem que não ia para a frente em seus empreendimentos perguntou até que ponto chegaria com seu negócio atual. Ele sentiu que tudo ia bem mas duvidava do seu próprio êxito levando em conta suas experiências anteriores.

Ele começou a andar por um caminho cheio de vegetação rasteira
e de espinheiros. Quando estava decidindo voltar, saiu numa clareira
que dava para a areia e para o mar. O mar encontrava o céu azul e não
havia obstáculos.

 Ocorreram-lhe as palavras: “Não há obstáculos; o céu é o limite.” Voltando para casa, ele se dedicou de corpo e alma aos seus novos negócios.

O amor incondicional
Quando amamos tanto alguém que formamos com essa pessoa uma unidade, nós o curamos automaticamente. A unicidade é um estado de Graça. Dura apenas um momento, e não é determinada pela nossa vontade. A pessoa pode ser um estranho ou um ente querido.

 Nesse estado de Amor, estamos tão sintonizados com o nosso Eu Divino que elevamos a consciência do outro a Deus, e os milagres acontecem. Não temos de esperar que uma força Divina exterior a nós venha nos conceder a Graça. Quando sentimos um amor incondicional, esse sentimento toca o centro do coração da outra pessoa e acende a centelha Divina que nele existe.

A lição do centro do coração é o amor incondicional. Isso significa aceitar a pessoa exatamente como ela é. Trata-se da mais elevada lição de relacionamento e implica um total desapego.

 O amor incondicional se traduz em aceitar que aquilo que o outro escolhe fazer em sua senda de aprendizagem não pode nos magoar nem nos diminuir de maneira alguma.

Certa vez fiquei num ashram na Índia. Ali eu me sentia muito amorosa e espiritualmente sintonizada. Quando pedimos uma lição, nós a recebemos, e eu me atrevi a pedir a lição do Amor Incondicional.

Naquela noite, vi-me dormindo numa tenda com 300 mulheres, e juro que 299 roncavam. Enquanto tentava dormir em meio ao ruído, virando-me na cama e com as mãos tapando os ouvidos, percebi o quanto eu estava longe de amar incondicionalmente.

Algumas pessoas se envolvem em relacionamentos difíceis a fim de aprender essa forma elevada de amor. Quando alguém é doce e carinhoso conosco, não estamos passando por um teste.

 Se somos seres evoluídos e os pais, a família ou as condições de vida que escolhemos são muito cruéis ou exigem muito de nós, estamos dando a nós mesmos oportunidades de abrir nosso centro do coração.

A mãe de Helen era maníaco-depressiva. Ao longo de sua infância, Helen conviveu com uma pessoa irresponsável, irracional, incoerente e exigente, que muitas vezes a rejeitava. A criança nunca sabia o que esperar da mãe e cedo tomou a decisão de ser independente e de jamais confiar em pessoa alguma. Ela fechou com firmeza o centro do seu coração à mãe.

Na casa dos cinqüenta anos, Helen era uma pessoa afetuosa e sábia que se tornara uma incrível mestre espiritual. Apesar de sua percepção, ela achava difícil abrir o coração à velha mãe complicada e exigente que estava prestes a fazer oitenta anos.

Um dia, na meditação, Helen conscientizou-se de fato de que a mãe era alma muito bela e evoluída que se oferecera para vir a esta vida com problemas mentais com o objetivo específico de proporcionar à filha o difícil teste de que esta precisava. Ela se propôs a ter uma existência solitária e cheia de temores para oferecer a Helen a oportunidade de passar no Plano Terreno por uma lição de amor incondicional.

Depois dessa compreensão profunda, Helen passou a efetuar em si pequenas mudanças que lhe abriram o centro do coração.

É muito frequente descobrirmos que o nosso pior inimigo no plano pessoal é o nosso maior amigo no nível espiritual e que ele pode até ter saído voluntariamente do seu caminho com o objetivo especial de nos ajudar a aprender uma lição.

O amor incondicional é mesmo assim. Quando amamos alguém de modo incondicional, dizemos: “Aceito-o tal como você é.” Não imponho nenhuma condição ao seu comportamento para você ter o meu amor.

 Eu o amo mesmo quando você parece me odiar. Amo-o, ainda que você tenha deixado todo o dinheiro para o meu irmão. Amo você, mesmo que me abandone.”

Quando amamos incondicionalmente a nós mesmos, vemos com muita clareza quem somos e como estamos preparados para ser tratados. Amar de maneira incondicional alguém não significa ter de viver com essa pessoa. Se tivermos avançado demais para continuar com um determinado relacionamento, a vida em comum pode já não servir ao nosso Caminho ou ao do outro.

 Ainda o aceitamos e amamos tal como é. É perfeitamente coerente afirmar: “Amo-o tal como você é. E como também amo a mim mesmo, não quero mais viver com você.”

Todos temos uma alma gêmea, que é a outra metade da nossa alma,
o nosso par perfeito. A maioria de nós tem uma vaga lembrança disso e anseia, no nível inconsciente, reencontrá-la. Contudo, no Plano Terreno, evoluímos por meio de experiências e testes, e não através de mimos. Por isso, estar com a nossa alma gêmea não é um relacionamento que promova o crescimento. A nossa alma gêmea pode até não reencarnar ao mesmo tempo que nós. Não obstante, um dia voltaremos a nos encontrar.

Quando abrimos o coração, tornamo-nos parte da unicidade do Universo. Somos uma coisa só com os animais e com toda a natureza. Sentimo-nos parte do batimento cardíaco cósmico eterno. Vemo-nos num estado de Paz Interior”.

Esse texto está livre para divulgação desde que seja citada a Fonte:

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