segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A UNIÃO COM A ALMA -2


A UNIÃO COM A ALMA - 2
Alice Bailey do livro a Luz da Alma.

 1. AUM. A seguinte instrução diz respeito à Ciência da União.

2. Esta União (ou Ioga) se conquista subjugando-se a natureza psíquica e pela contenção da chitta (ou mente).

3. Quando isto é consumado, o Iogue se conhece como realmente é.

4. Até agora, o homem interno tem-se identificado com suas formas e com as modificações ativas das mesmas.

5. Os estados da mente são cinco, e estão sujeitos à dor e ao prazer; são dolorosos ou não dolorosos.

6. Esta modificações (atividades) são: conhecimento correto, conhecimento errôneo, fantasia, passividade (sono) e memória.

7. A base do conhecimento correto são a percepção correta, a dedução correta e o testemunho correto (ou evidência precisa).

8. O conhecimento errôneo é baseado na percepção da forma e não no estado de ser.


9. A fantasia baseia-se em imagens que não têm existência real.

10. A passividade (sono) é baseada no estado quieto das ‘vrittis” (ou na não percepção dos sentidos).

11. Memória é a retenção daquilo que se conheceu.

12. O controle dessas modificações do órgão interno, a mente, deve ser obtido pelo esforço incansável e pelo desapego.

 13. O esforço incansável é o esforço constante para conter as modificações da mente.

14. Quando se dá suficiente valor ao objetivo a ser alcançado e os esforços para consegui-lo são persistentes e ininterruptos, então a estabilidade da mente (contenção das vrittis) é assegurada.

15. O desapego é a libertação do anseio por todos os objetos do desejo, quer terrenos, quer tradicionais, aqui ou no futuro.

16. A consumação deste desapego resulta num conhecimentos exato do homem espiritual, quando liberto das qualidades ou gunas.

17. Atinge-se a consciência de um objeto pela concentração sobre sua quádrupla natureza: a forma, pelo exame da mesma; a qualidade (ou guna), pela participação discriminativa; o propósito, através da inspiração (ou bem-aventurança); e a alma pela identificação.

18. Conquista-se um estágio mais avançado de samadhi quando, através do pensamento dirigido, aquieta-se a atividade externa. Neste estágio, a chitta responde apenas a impressões subjetivas.

19. O samadhi que se acabou de descrever não vai além dos limites do mundo fenomênico; não ultrapassa os Deuses, nem os que dizem respeito ao mundo concreto.

20. Outros iogues alcançam o samadhi e chegam a uma discriminação do Espírito puro através da crença, acompanhada pela energia, memória, meditação e percepção direta.

21. A conquista deste estado (consciência espiritual) é rápida para aqueles cuja vontade é intensamente viva.

22. Aqueles que empregam a vontade também diferirão entre si, pois seu uso pode ser intenso, moderado ou suave. Em relação à conquista da verdadeira consciência espiritual, há ainda um outro caminho.

23. Pela intensa devoção a lshvara, ganha-se o conhecimento de lshvara.

24. Este lshvara é a Alma, sem limitações, livre de carma e desejo.
25. Em lshvara, o Gurudeva, o germe de todo conhecimento expande-se até o infinito.

26. lshvara, o Gurudeva, não sendo limitado por condições temporais, é o instrutor dos Primitivos Senhores.

27. A palavra de lshvara é AUM (ou OM). Este é o Pranava.

28. Pela emissão da Palavra e pela reflexão sobre seu significado encontra-se o Caminho.

29. Disto vem a entrada na consciência do Ego (a alma) e a remoção de todos os obstáculos.

30. Os obstáculos à cognição da alma são os defeitos físicos, a inércia mental, as perguntas errôneas, a falta de cuidado, a preguiça, a falta de serenidade, a percepção errônea, a incapacidade de conseguir a concentração e de manter a atitude meditativa, uma vez conquistada.

31. A dor, o desespero, a atividade corporal mal aplicada e a direção errada (ou controle) das correntes da vida são os resultados dos obstáculos na natureza psíquica inferior.

32. Para vencer estes obstáculos e o que deles decorre, a intensa aplicação da vontade sobre alguma verdade (ou princípio) é necessária.

33. A paz de chitta (ou substância mental) pode ser alcançada através da prática da compreensão, ternura, firmeza de propósito e de uma atitude desapaixonada em relação ao prazer ou à dor ou a todas as formas do bem ou do mal.

34. A paz de chitta também pode ser obtida pela regulação do prana ou do sopro da vida.

35. A mente pode ser adestrada até ficar firme por meio das formas de concentração relacionadas com a percepção sensorial.

36. Pela meditação sobre a Luz e sobre a Irradiação pode-se atingir o conhecimento do Espírito e, assim, conquistar a paz.

37. A chitta é estabilizada e liberta da ilusão à medida que se purifica a natureza inferior e não mais se cede às suas atrações.

38. A paz (estabilidade da chitta) pode ser alcançada pela concentração sobre o que é mais querido ao coração.

39. A paz também pode ser alcançada pela concentração sobre o que é mais querido ao coração.

40. Assim sua realização se estende do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, e de annu (o atómo ou partícula) a atma (ou espírito) seu conhecimento é aperfeiçoado.

41. Para aquele cuja vrittis (modificações da substância da mente), estão inteiramente controladas, resulta um estado de identidade com e uma semelhança a — o que é conscientizado; o conhecedor, o conhecimento e o campo de conhecimento se tornam um, exatamente como o cristal toma para si as cores do que nele é refletido.

42. Quando o percebedor funde a palavra, a idéia (ou significação) e o
objeto, a isto se dá o nome de condição mental de raciocínio judicioso.

43. A percepção sem raciocínio judicioso é alcançada quando a memória não mais mantém o controle, a palavra e o objeto são transcendidos e apenas a idéia está presente.

44. Este mesmos dois processos de concentração, com ou sem ação judiciosa da mente, também podem ser aplicados às coisas sutis.

45. O grosseiro leva ao sutil e o sutil, através de progressivos estágios leva ao estado de puro ser espiritual chamado Pradhana.

46. Tudo isto constitui a meditação com semente.

47. Quando este estado super-contemplativo é alcançado, o logue adquire a conscientização espiritual pura, através da equilibrada quietude da chitta (substância mental).
48. Sua percepção é agora infalivelmente exata (ou, sua mente revela
apenas a Verdade).

49. Esta percepção especial é única e revela o que a mente racional (empregando testemunhos, inferências e deduções) no pode revelar.
50. Ela é hostil às demais impressões, ou as ultrapassa.

51. Quando este estado de percepção é, por sua vez, também contido (ou superado), então o Samadhi puro é conquistado. Alice  Bailey

Pesquisado por dharmadhannyael
Este textO está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:



Nenhum comentário:

Postar um comentário