sábado, 24 de agosto de 2013

“A Graça da Vida e o Medo”.




Eu fiz alguns comentários com a letra azul.

“A Graça da Vida e o Medo”.

Há duas emoções que são a base de todos os sentimentos  - amor e medo.

 Amor é a aceitação de uma pessoa ou situação exatamente como ela é, sem julgamentos e sem esperar nada em troca.

O amor está relacionado com a Graça Infinita do amor de Deus que é a Luz - a Benção, a consciência, Liberdade, a força, proteção, sorte, saúde, alegria, abundância,  fertilidade..

Tudo o que não vem do amor vem do medo – o desamparo, abandono, o julgamento, o ódio, agressividade, a vingança, a solidão, a guerra, a separação, a violência, e o medo é o diabo que nós criamos, é o mundo que nos ameaça

As lições de vida objetivam livrar-nos do velho inferno que criamos com o  medo, e substituí-lo por amor, pela luz clara do Sol. No Caminho, é útil questionar se estamos seguindo as regras do amor ou do medo.

 Somos comandados por Deus ou pelo diabo? Nossas ações e reações vêm do amor ou do medo?

O amor é sempre mais forte do que o medo. Amor  é luz, e luz sempre consegue penetrar na escuridão.

Mas a escuridão não expulsa a luz.
O medo tem a ver com os sentimentos de não sermos bons o bastante, de não sermos apreciados, e com a morte ou destruição. Se não somos bons o bastante ou amados o suficiente, tememos ser rejeitados. A rejeição significa marginalização e solidão.

Para mim, o pior medo é o da solidão: o medo que surge no nascimento, com a separação da mãe.
E o medo de se separar de Deus, da Graça da vida, ou da energia do Universo.


Esse é o medo mais profundo que nos Impele a construir muralhas de proteção. Fechamo-nos atrás de paredes de medo, e na verdade criamos nosso isolamento.

A palavra “helien”, no Inglês arcaico, significa emparedar. Criamos então nosso próprio “lieli”, inferno em inglês, no isolamento que segue ao medo.

As paredes só podem ser destruídas do lado de dentro, com amor. Quando amamos a nós mesmos, elas automaticamente se dissolvem.

Penny tinha um medo profundo de ser abandonada. Quando criança tinha medo de ir para a escola, temendo que sua mãe tivesse ido embora quando voltasse para casa. Seu medo se tornou tão agudo que ela desenvolveu unia doença de pele que a mantinha em casa.

 O problema de pele se tornou tão grave que ela foi internada cm um hospital por muito tempo, criando desse modo o abandono que tanto temia. Ela se colocou no seu próprio inferno. Casou-se jovem para se livrar do medo de ficar sozinha, e logo criou as condições para que seu marido a abandonasse, reforçando seu inferno.

Penny está agora assumindo responsabilidades pelo que criou por si mesma. Está aprendendo a se amar incondicionalmente, e ao mesmo tempo chegando a amar aos outros do mesmo modo. Isto significa atrair automaticamente amor e amizade para sua vida.

Ao dissolver seu medo com amor, ela está se livrando da ilusão de que está separada do Universo e de Deus.

Quando conseguir dissolver totalmente o medo, nunca mais se sentirá sozinha. E jamais precisará experimentar novamente o sentimento de abandono ou desamparo. Quando a lição for bem aprendida e o medo for superado, Penny estará então sintonizada com as Leis do Amor.

A Lei diz que Deus é Amor, que está na Luz da Unidade. Como somos criados por Deus, nossa essência é Amor. Qualquer coisa em que pensamos, acreditamos ou fazemos proveniente do medo é naturalmente uma contravenção à Lei do Amor.

Se cultivamos raiva, mágoas, amargura e vingança, precisamos fazer algum trabalho sobre nós mesmos para IIOS livrarmos disso.

Quando somos ciumentos, tememos que não haja amor suficiente para nós, ou que outra pessoa seja mais amada. É uma crença na limitação do amor.

Se nosso amor-próprio é insuficiente, fica fácil imaginar que parentes, amigos ou o companheiro ame mais outras pessoas. Gente ciumenta vê o que mais teme em todas as situações.

Uma pessoa ciumenta temerá tanto a rejeição que habitualmente se ofenderá com as mínimas coisas. Ela se recolherá a si mesma, afastando desse modo o amor da pessoa cujo amor tanto desejava. Isso foi o que aconteceu com Terry.

Ele era idoso, usava óculos com armação de chifre e se parecia com a figura que todo mundo faz de um avô ideal. Para as pessoas de fora ele era comunicativo e amável, mas dentro da família era diferente.

Qualquer coisinha o ofendia, e todo mundo já ficava de sobreaviso. Enquanto permanecia o centro das atenções era feliz, mas qualquer desvio de atenção em relação a ele o fazia cair num silêncio execrável.

Terry era como um bebê mimado, exigindo toda a atenção da mãe e reagindo mau-humor quando tinha que conviver com outras crianças.

Seus filhos adultos tinham muito cuidado quando lidavam com ele, pois sabiam que ele se sentiria magoado se houvesse qualquer menção de que fora deixado de fora de algo.

 Eles nem mesmo podiam se encontrar para um cafezinho sem que Terry se sentisse ofendido. Combinaram então de se encontrar escondido, e conservaram o pai na ignorância dos assuntos familiares.

Cada vez que se recolhia ofendido em suas crises de silêncio, Terry se desviava do amor de sua família, das pessoas de quem desejava receber amor, até que se excluiu totalmente em sua possessividade ciumenta.

O ciúme faz com que uma pessoa tente fazer todo o possível para agradar e se insinuar para a pessoa amada. Ela perde sua identidade e se dedica desesperada e excessivamente, até que sufoca o amor da outra pessoa.

Isto foi o que Jean fez, e seu ciúme foi igualmente destrutivo. Ela era bonita e parecia uni passarinho, com grandes olhos azuis que escondiam um profundo poço de carências. Seu primeiro marido a havia abandonado, e só recentemente ela havia se casado pela segunda vez.

Seu medo era tão poderoso que ela acusava seu novo marido de criar fantasias com qualquer mulher que encontrava. Ela sempre se preocupava quando ele ia jogar tênis com um amigo. Imaginava que ele estava com outra mulher, quando se atrasava do trabalho para casa.

Até procurava nos bolsos dele a prova para suas suspeitas. Quando Jean não estava em pânico nem o acusava de alguma coisa, ficava grudada nele, fazendo todo o possível para agradá-lo.

 Perdeu assim sua identidade, no esforço de agradar. Seu pobre marido nunca sabia se ao voltar para casa iria encontrar um tigre vociferante ou um polvo pegajoso.

O medo-ciúme excessivo de Jean foi demais para ele, que depois de três meses ameaçou partir. Neste ponto ela procurou ajuda.

“Se nos deixarmos levar pelo ciúme, criaremos a rejeição e a solidão que tanto tememos. Precisamos trabalhar nosso interior, construir nossos interesses, nossa individualidade, nossa confiança em nós mesmos.”

“Quando nos sentimos satisfeitos conosco, somos pessoas inteiras que não dependem da aprovação dos’ outros. Só então podemos ter uma relação sadia.”

Sil tinha seis filhos, todos com suas próprias famílias, e mesmo assim sentia raiva e ciúmes quando um deles ousava visitar seus irmãos ou irmãs. Sua insegurança interior era tão grande que ela temia perder qualquer gota do amor deles.

Sentia-se inútil e desvalorizada sem seus filhos. Eles eram seu sucesso, a justificativa para sua existência. Quem era ela sem eles? Quem poderia amá-la? Ela ficaria sozinha... Apegando-se demasiadamente, tornou tão desagradável a convivência com sua família que ninguém sentia vontade de visitá-la; e Sil  se viu no inferno criado por ela mesma.

As pessoas gananciosas temem profundamente ficar sem nada, ou seja, que nada sobrará para elas.
Mesmo quando vivem em relativa abundância, sentem medo de que algo lhes seja tomado. Não há paz nesta insegurança Interior.

Felix tinha resolvido alterar seu passado de pobreza para a riqueza material. Dedicou sua vida a fazer dinheiro. E descobriu que, mesmo tendo tudo o que o dinheiro podia comprar, não tinha paz interior. Ele ainda temia que seus bens (sua segurança) pudessem ser arrebatados.

Felix achava que ficaria desvalorizado e vulnerável sem sua riqueza. Na batalha por mais riqueza para alimentar sua segurança e auto-estima, alienou-se de todas as pessoas a quem amava. Se perdesse o dinheiro, quem seria ele? Quem poderia querê-lo? Ficaria sozinho.

Já havia passado a época em que ele acreditava em que alguém pudesse realmente amá-lo por ele mesmo.
Quando nos sentimos culpados, amarramos um monte de pensamentos de energia negativa.

Estamos dizendo:
“Tenho medo de não ser bom o suficiente”, ou “Tenho medo de ser julgado e condenado por insuficiência.”

 Se não somos suficientemente bons, somos julgados insignificantes, o que inevitavelmente resultará em rejeição.

“Um erro do passado não pode ser desfeito, mas podemos nos perdoar e perdoar todas as pessoas envolvidas. Isto dissolve a culpa”.

Frequentemente as pessoas dizem: “Simplesmente não consigo me perdoar. Posso perdoar qualquer outra pessoa, jamais a mim mesmo”. Quanta arrogância! Que orgulho pensar ser de algum modo melhor do que qualquer outra pessoa...

“Todos cometemos erros. A vida é uma experiência de aprendizado. Não estaríamos aqui se não tivéssemos lições para aprender. Não ternos o direito de julgar, nem aos outros nem a nós mesmos”.

Na Terra só podemos ver a parte de nossas vidas que conhecemos conscientemente. E como tentar adivinhar qual é o quadro geral com apenas uma ou duas peças do quebra-cabeças em nossas mãos.
Quando revemos nossas vidas no fim, temos a oportunidade dever todas as situações pela verdadeira perspectiva.

Se nos sentimos culpados por gastar dinheiro, ter coisas boas, ter saúde ou milhões de outras coisas, precisamos examinar a crença básica que temos sobre nós mesmos.

Merecemos tudo o que temos. Tudo o que possuímos ou de que gostamos em nossas vidas é atraído para nós pela energia que distribuímos nesta vida e em outras.

 E assim que ganhamos as coisas, e temos direito de apreciá-las e gozá-las. Sentindo culpa pelas boas coisas em nossas vidas estamos negando agradecimentos a Deus ou ao Universo.

Se nos sentimos culpados por não visitar um parente doente, ou por não fazer doações para caridade, ou por não fazer algo que “deveríamos” fazer, procuremos de onde provém esse “deveria”.

Ter o dever de é uma negativa imposição parental.

Se você não consegue fazer algo com abertura e amor é melhor não fazê-lo. Fazer qualquer coisa porque devemos significa a ocorrência de uma raiva subjacente quando a fazemos;
 embora seja uma boa ação, será invalidade pela raiva. Qualquer visita obrigatória causará raiva, um sentimento muito prejudicial.

Se ainda nos sentimos culpados, precisamos analisar o medo que repousa sob nossa culpa. Se nos inclinamos a nos sentir mal tendemos a nos colocar em situação contrária à vitória, sentindo culpa em relação a tudo.

Quando nos flagelamos com sentimentos de culpa, fechamos o canal de comunicação com as Forças Superiores. Isso significa que elas não podem nos usar em seus propósitos mais elevados.

A culpa nos isola da Graça da Vida.

Gente arrogante teme que seu eu verdadeiro não seja bom o bastante; Por isso se escondem numa arrogância artificial. Uma atitude arrogante é um mecanismo de defesa, que impede a aproximação das pessoas.

 Afinal de contas, se os outros chegassem muito perto e descobrissem nossa verdadeira agressividade interior, e temos medo da raiva que acumulamos, e se soubessem iriam nos rejeitar, e ficaríamos sozinhos.

Sarcasmo, maldade, grosseria, petulância, timidez e verbosidade são camuflagens que servem ao propósito de manter as pessoas à distância. Essas atitudes significam apenas que “Não me sinto interiormente seguro. Estou com medo de você não me achar bom o bastante e me rejeitar”.

Uma garota de dez anos me disse certa vez que odiava todos os seus colegas da classe. Mencionou vários deles, quando então perguntei se ela gostaria de Rod se ele gostasse dela. Ela disse que sim.

Gostaria de Mary se ela também gostasse dela. De repente ela disse com raiva: “eu gostaria de todos se eles gostassem de mim primeiro”. Quantas pessoas passam por isto, sob pretexto de timidez ou falta de confiança...

Trancamo-nos atrás de nossas muralhas, esperando que alguém tome a iniciativa de nos procurar.

No supermercado uma mulher muito tímida me disse: “com licença, a senhora se importa se cii cruzar tia sua frente para pegar algumas laranjas?” eu respondi: “à vontade”, e dei espaço para ela.

 Ela me contou que outra pessoa acabara de ser muito mal educada quando ela tentou alcançar a prateleira.

Eu lhe disse que algumas vezes as pessoas ficam muito nervosas e a melhor atitude é enviar-lhes amor, se eles não o têm para dar. Ela piscou, um  tanto pensativa.

Logo em seguida abordou-me novamente: “obrigada por ter falado aquilo para mim. Você me ajudou a ver tudo de modo diferente”.

Se alguém está muito cansado para lançar-lhe um sorriso, sorria para essa pessoa. Quando nos percebemos usando controles e manipulações, precisamos examinar o medo que temos do que aconteceria, se deixássemos a situação seguir um curso natural.

Muitas crianças aprendem a maniplar e controlar seus pais desde a mais tenra idade. Como não podem assumir diretamente o poder, encontram meios mais sutis para conseguir atenção ou fazer o que desejam.

As mães costumam controlar e manipular maridos e filhos - especialmente se a maternidade é assumida como justificativa de suas vidas. Também os homens não se abstêm do sutil uso da pressão.

Eis algumas formas comuns de manipular os outros:
— ficar zangado, de mau humor, melindrar-se, atrasar-se, lentidão, recusar-se a comer, comer demais, ser imprevisível, ofender-se facilmente, chorar de raiva, ficar deprimido, ser avarento, subornar, ameaçar, sentir dores de cabeça e dores nas costas.

Essas manipulações são estratégias de sobrevivência, que aprendemos para preencher nossas necessidades enquanto crianças. Precisamos detectá-las para nos libertar.

Quem manipula o controle remoto da televisão na família controla também a escolha dos programas, assumindo uma posição de poder.

Conheço urna pessoa que se parece com urna enorme aranha negra, controlando a família com a ameaça velada de mau-humor, estragando assim a harmonia familiar em caso de seus desejos não serem satisfeitos. A família é conivente com esta manipulação e faz o que ela quer, apesar de todos se sentirem revoltados com a situação.

Frederick era um poderoso homem de negócios. Costumava se sentir mal nos fins de semana. Nas manhãs de segunda-feira levantava-se disposto, motivado e pronto para trabalhar; a doença só voltava a se manifestar no fim de semana seguinte. A doença era obviamente genuína.

Quando criança, havia aprendido que estava doente era a melhor maneira de atrair a atenção; como adulto, logo intuiu que a família não tomava conhecimento dele quando estava bem, mas que se desfaziam em cuidados quando estava doente.

Então papai, bastante consciente do que estava fazendo, controlava o fim de semana da família através de sua doença.

Dores de cabeça e dores nas costas são doenças que podem ser usadas inconscientemente como mecanismo de manipulação e controle. Como todas as estratégias de sobrevivência, já tiveram sua utilidade no passado. Ainda assim, continuam sendo usadas em outras situações, mesmo depois de seu propósito básico ter sido alcançado.

Sentir aborrecimento é um modo de eliminar algo que não se quer ver ou ouvir. Se nossas amizades e relacionamentos nos aborrecem, podemos estar com medo da aproximação das pessoas.

 O desagrado impõe barreiras e nos defende de urna maior intimidade. O temor ao fracasso pode causar uma sensação de tédio em relação aos estudos ou ao trabalho: transforma-se numa justificativa do respectivo fracasso.

 “Não é de admirar que não tenhamos conseguido. pois (a tarefa) era muito chata”. A solidão também significa: “Tenho medo de que alguém se aproxime de mim, pois prefiro estar só a correr o risco de ser magoado ou rejeitado”.

June procurou-me aflita. Tinha que passar o Natal na casa de seus sogros, mas sua sogra a odiava e costumava magoá-la de muitas maneiras. A perspectiva era tão desagradável que June não sabia se suportaria.

Examinamos os medos provavelmente sentidos pela sogra de June, e os motivos pelos quais ela precisava tratar June daquela maneira desagradável.

Imediatamente, a percepção de June a respeito de sua sogra foi alterada. Compreendeu que o ciúme, o sarcasmo, as rejeições e o desprezo eram problemas de sua sogra.

 Resolveu passar o Natal com os sogros com uma nova atitude - aberta e animada, tentando aprender com os fatos. Nesse novo estado de consciência, podia sorrir complacente para o que agora reconhecia corno problema apenas de sua sogra, deixando que os comentários flutuassem sobre ela sem atingi-la.

Numa ocasião, no jantar, quando sua sogra serviu a todos pela segunda vez e “se esqueceu” dela, June sentiu que seu estômago se contraía de raiva.

 Mas em vez de ser fisgada pelos velhos sentimentos de raiva impotente, deixou que sua consciência fluísse, pensando que também isso era problema apenas de sua sogra. Notou que poderia escolher entre se sentir magoada ou retribuir com amor.

Descontraiu-se e respirou profundamente, repetindo para si mesma: “Isto é problema dela. Eu estou perfeitamente bem”, e a dor no estômago passou.

Escolheu responder com amor, e não com medo. Corno June não mais reagia com a raiva habitual, usando barreiras e punhais, sua sogra começou a se sentir mais segura e passou a tratá-la melhor. No final do feriado, June constatou que sua relação com a sogra havia mudado.

“O amor tem mágico poder de cura”. Sem medo, somos amorosos, O amor energiza e revitaliza, O amor nunca desaparece, porque o suprimento é ilimitado, já que sua fonte é a energia Universal. O amor que é dado livre e indiscriminadamente sempre volta para nós de alguma forma".

Este texto está livre para divulgação desde que seja citado a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/08/a-graca-da-vida-e-o-medo.html
 Haja Luz para compartilhar para o bem de todos.
Somos Um-a só Alma.
Dharmadhannya

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