quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A esperança é a nossa Chave Mestra




 A esperança é a nossa Chave Mestra.

Quando nada dá certo
Enquanto ouvia as ondas cinzentas arrebentar na areia, Liz sentia sua vida se despedaçando ao seu redor. Tudo dera errado. Ela se sentia mal e estava convencida de que era tudo culpa sua.

Liz brigara com o companheiro e tinha certeza de que ele deixaria e voltaria para a antiga namorada. No estado de espírito perturbado que se apossara dela, Liz batera o carro, e o seguro só cobria prejuízos de terceiros. O pior de tudo é que ela trabalhara dia e noite na preparação de um projeto no trabalho. Sabia que o projeto era bom — muito melhor do que os outros —, mas o chefe o rejeitara de um modo muito desdenhoso.

Ela permanecia encolhida em meio ao vento frio como gelo, culpando-se, criticando-se e se menosprezando, com seus pensamentos rodopiando na sua cabeça até ela se sentir arrasada, com pensamentos sobre suicídio.

Nesse momento, o sol brilhou por entre as nuvens e ela se lembrou de uma das nossas sessões. Eu lhe ensinara a criar pais sábios, que podiam encorajá-la e dar-lhe conselhos em momentos como esse.

Ela interrompeu os pensamentos autodestrutivos, pôs-se de pé e começou a imaginar seus pais sábios. Sua mãe sábia e protetora lhe disse: “Você está faminta. Vá comer alguma coisa quente e começará a se sentir melhor. Você sabe que Jim a ama; fale com ele com bastante tato.”

Seu pai sábio lhe disse: “Você se saiu muito bem; estou orgulhoso de você, O projeto é excelente, merece reconhecimento. Seu patrão simplesmente não compreende o seu valor. É hora de ter coragem. Procure o diretor-executivo.” E acrescentou: “Liz, você é linda; eu a amo e Jim também.”

Ela escutou as vozes sábias e começou a se sentir melhor. Deixou a praia fria e foi procurar um lugar quente onde pudesse comer alguma coisa. Então, sentindo-se muito mais forte, voltou para o trabalho e procurou o diretor-executivo. Ele escutou o que ela tinha a dizer, gostou do projeto que ela elaborara e decidiu passar por cima do chefe de Liz. Ela se sentiu acolhida, valorizada e feliz.

Nesse estado de espírito, foi para casa e procurou encarar de forma positiva as suas dificuldades com Jim. Conseguiu aceitar que ela também contribuíra para criar essas dificuldades. Quando Jim chegou em casa, ela se mostrou afetuosa, receptiva e pronta a ser sincera.

 Eles se entenderam sem maiores problemas.
Jim deu uma olhada no carro batido. O que parecia uma catástrofe à luz da atitude mental negativa de Liz, tornou-se pouco mais que uma amassadinha quando ela e Jim o examinaram. Ele disse que podia desamassar e repintar com facilidade.


Quando ouvimos a voz dos nossos pais sábios, vemos o mundo de uma perspectiva plena de paz. Nessa noite, Liz deitou-se sentindo-se confiante, calma e forte.

 Quando boicotamos a nós mesmos

Minha amiga Sue estava saindo da cidade de carro rumo a uma festa de fim de semana. Sentia-se feliz, atraente e animada, e mal esperava a hora de encontrar o namorado. De repente, Sue viu, com os olhos da mente, o pai e a madrasta, falecidos há muito tempo, sentados no banco traseiro.

A voz do pai dizia: “Você deveria estar trabalhando, não andando a esmo pelo campo, menina.” Ela quase sentiu os dedos ossudos do pai tocando seu ombro enquanto ele acrescentava: “Quando eu tinha a sua idade, nós sabíamos o valor do trabalho.” A voz esganiçada da madrasta soou: “Boas meninas não se comportam assim.” As vozes prosseguiram com suas ordens para que ela parasse de se divertir.

Sue reconheceu aquelas velhas vozes familiares e, por um momento, sentiu a costumeira nuvem cinza de culpa e de depressão envolvendo-a. Mas agora ela dispunha de novos recursos. Ela se empertigou, abriu mentalmente a porta traseira e expulsou os pais censuradores e críticos. E chamou seus pais sábios.

Eles lhe disseram para aproveitar a vida, lembrando-a que ela trabalhara duro e merecia um bom descanso. Aquele era o momento de ela relaxar e se divertir de fato. Ela sentiu o ânimo voltar e começou a cantar. Sua confiança e leveza de espírito retornaram. Seu fim de semana foi uma maravilha.

Muitas pessoas continuam deixando que o seu estado de espírito seja governado pelas imposições negativas dos pais. As palavras deles continuam ecoando na nossa mente, como uma gravação reproduzida constantemente bem depois de eles já não exercerem nenhum controle sobre nós como pais.

Deixam de ser nossos pais no momento em que tomamos consciência disso. Então eles se tornam pessoas com qualidades e defeitos, e não têm mais que cuidar de nós, pois já podemos cuidar de nós mesmos.

A importância de ser um bom pai e uma boa mãe para si mesmo
Se os pais criam os filhos com sabedoria e amor, estes passam a ter dentro de si um reservatório de paz interior. Quando somos bons pais para nós mesmos, criamos a nossa própria fonte de paz interior, que ninguém pode nos tirar.
 Meu trabalho de ensinar as pessoas a criar seus pais sábios para guiá-los teve origem na minha experiência pessoal. Tive uma surpreendente confirmação de que esse trabalho dá resultado quando fiz uma consulta com uma respeitada clarividente.

 Em suas visões, um homem muito forte apareceu. A princípio, ela não conseguiu identificá-lo. Não se tratava de um parente falecido nem de um guia espiritual. De súbito, a mulher disse: “Que coisa extraordinária! Ele é o pai que você sempre quis ter. 

Ele é forte e sábio; e lhe dá inspiração. Você o criou com as suas próprias formas-pensamento; ele é real para você.” Ela ficou impressionada com a força daquilo que eu mesma criara. E, é claro, todos podem fazer isso.

Como teria sido a sua vida se você tivesse tido um pai justo, forte e amigo, que se sentisse bem com a sua condição de homem? Imagine que ele encorajasse você e mostrasse que o amava.

Se a sua mãe tivesse sido sábia e dedicada, se tivesse ouvido e compreendido você, se o tivesse amado e se sentido à vontade com sua condição de mulher, como teria sido a sua vida?

A verdade, no entanto, é que ninguém tem pais perfeitos. Simplesmente não existe esse tipo de pai neste planeta, porque nós estamos aqui para aprender e para crescer. Quando compreendemos isso, podemos iniciar o processo de criação de nossos pais sábios. Isso significa reservar um tempo para parar e perguntar a si mesmo: “Se eu tivesse pais perfeitos, o que eles estariam me dizendo agora?”

Pessoas sábias ignoram o julgamento e as críticas. Eles transmitem seus ensinamentos através do estímulo, do carinho e do amor. Nossa voz sábia feminina pode nos dar conselhos sensatos e prudentes ou simplesmente nos lembrar das nossas boas qualidades e dons.

 Nossa voz sábia masculina nos dá força e coragem, e ajuda a nos sentirmos seguros. Essas vozes sábias sempre hão de nos recordar do nosso vínculo com a Fonte e do fato de a Força estar dentro de nós, o que nos permite mudar a nossa situação ou a nossa vida mediante a alteração dos nossos padrões de pensamento. Se nossos pais interiores são negativos, críticos e medrosos, nos sentimos deprimidos ou ansiosos, incapazes de agir.

Quando nos incentivamos com palavras sábias, amorosas e solícitas, adquirimos uma força imensa. Podemos fazer qualquer coisa e disso advém uma sensação de paz interior.

Quando a vida parece sombria, temos a impressão de que a centelha da esperança se extinguiu. O futuro se assemelha a uma chama que s apagou, deixando apenas uma camada de cinzas recobrindo o esqueleto de madeira morta.

 Contudo, muitas dessas chamas têm sido trazidas de volta à vida por mãos experientes com o fole, de maneira que, em segundos, centelhas e chamas iluminam a escuridão. Assim acontece com a nossa vida. Podemos aprender a revitalizar a nossa centelha in tenor e a devolver a nós mesmos a paz e a harmonia".

este está livre para divulgação desde que seja citada a Fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/08/a-esperanca-e-nossa-chave-mestra.html#more
Repassando - Dharmadhannya

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