AJA COMO SE O EXTERIOR FOSSE VOCÊ
Quando você (Alma) processa
mudanças, aqueles com os quais interage passam a agir de forma diferente, você
entra em ação no mundo da Unidade do Dharma das Almas, da Mônada em uma dimensão
superior. Apenas devido ao fato de você processar e limpar algo, eles mudam.
Como isto é possível? Isto se torna possível devido a interligação entre todas
as coisa.
Aquele que “me renega” é parte de mim, que eu projeto e que “eu me renego” e que quando o mundo me diz não, é o "não" que o“pequeno eu” diz para mim, quando eu digo não para o mundo.
Ao compreender o processo da consciência da Unidade tudo fica claro. Quando eu começo a sentir parte integrante e participante do todo, eu compreendo meu egoísmo, minha raiva, minha ignorância. Esta percepção é um caminho a ser conquistado, quando nos unimos à Alma do Mundo. Dharmadhannya
Aquele que “me renega” é parte de mim, que eu projeto e que “eu me renego” e que quando o mundo me diz não, é o "não" que o“pequeno eu” diz para mim, quando eu digo não para o mundo.
Ao compreender o processo da consciência da Unidade tudo fica claro. Quando eu começo a sentir parte integrante e participante do todo, eu compreendo meu egoísmo, minha raiva, minha ignorância. Esta percepção é um caminho a ser conquistado, quando nos unimos à Alma do Mundo. Dharmadhannya
Poder aceitar-se como consciência pura,
de certa forma exige que você primeiro assuma algo como um contrato com o seu
Eu superior — ainda que aceitando intelectualmente, a princípio, os termos do
contrato.
Entrar no processo da consciência da
Unidade é complexo. Pensar que aquele “me renega” é parte de mim, que eu
projeto e que “eu me renego” é
complicado. Quando o mundo me diz não, é o não que o meu “pequeno eu”
diz para mim, quando eu digo não para o mundo.
Quando eu começo a sentir parte integrante e
participante do todo, eu não projeto meu egoísmo, minha raiva, minha ignorância
e é um caminho a ser conquistado, quando nos unimos à Alma do Mundo.
O contrato diz que, em termos de seu
trabalho de processamento:
Você se dará conta de que tudo o que
observa fora de si é, em realidade, uma parte escondida de você mesmo.
Se inicialmente tiver dificuldade em ver
isso, você pode agir como se fosse verdade.
Agindo como se o exterior fosse você,
mesmo se ainda não estiver sentindo isso, começa a permitir que o princípio
registre-se em sua mente consciente. Concordando em ver a vida desta nova
forma, você começa a reconhecer e a apropriar-se das partes separadas de seu
ser, escondidas em seu inconsciente e que são refletidas de volta a você, a
partir do mundo exterior.
A
medida que se dá conta disso e se apropria delas, você começa a trazer a
consciência de volta à totalidade, com seu trabalho de processamento.
Inicialmente, esse acordo de alterar sua percepção não parecerá muito real
porque aprendeu, como parte de seu estado separado, que o exterior não está
ligado a você.
Entretanto, se estiver disposto a agir como se
assim o fosse, você se tornará capaz de ver seu mundo e a si mesmo de maneiras
surpreendentemente novas. Isto leva, certamente, a uma experiência de unidade.
Por exemplo, se você tenta se identificar com ser bom, deveria tentar agir como
se as pessoas fora você, que julga más, fossem em verdade uma parte sua.
Talvez de uma próxima vez em que você vir o
noticiário e assistir a uma reportagem a respeito de algum criminoso, você faça
uma afirmação mental ou oração de que deseja apropriar-se do criminoso como
parte de seu próprio inconsciente.
Ou pode também tentar com alguém que você
conheça, que você julgue mau. Além de utilizar afirmações mentais, pode também
simplesmente imaginar como seria estar na pele daquela pessoa. Escreva em seu
diário sobre quaisquer mudanças em consciência que surgirem como resultado.
Fazendo isso, sua percepção da vida tornar-se-á mais integrada, total e, como
resultado, muito mais plena e estimulante.
Esse contrato de apropriação do exterior
como sendo você não é tão incomum assim. De fato, na Bíblia cristã, Jesus conta
uma parábola que possui inclinação diferente, mas que, em efeito, contém o
mesmo princípio. E Mateus 25:34-40:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à
sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos
está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de
comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
estava nu, e vestistes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.”
Então os justos lhe responderão, dizendo: ‘Senhor,
quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de
beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E
quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos verte?’
E, respondendo o Rei, lhes dirá: ‘Em verdade
vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes.” No início, na medida em que faz o trabalho de processamento, o
acordo para apropriar-se do exterior como sendo você mesmo pode ser tão simples
quanto os ensinamentos religiosos de ver a face de Cristo ou do Buda em todos..
Se puder lembrar-se do contrato na maior
parte do tempo, a integração será mais completa e mais abrangente. Se você deve
se conhecer como um com tudo, que é o estado de iluminação, então deve começar
a apropriar-se de tudo como sendo você.
Inicialmente, pode assumir um
compromisso de ver desta maneira durante orações e afirmações, ou lembrando a
si mesmo sobre seu compromisso, simplesmente e tão frequente quanto creia
necessário.
Dependendo de seu nível de seriedade a
respeito da transformação e do despertar, pode ser que se perceba querendo
assumir esse contrato com muita profundidade. Seja qual for seu nível de
compromisso, verá que na verdade vai contra tudo aquilo que aprendeu, que é ver
o mundo exterior como separado de você.
Essa forma antiga, condicionada e ilusória de
ver a vida continua em você — por um bom tempo. Então, precisamos agir como se
não houvesse separação — por um bom tempo. Ainda assim é possível ganhar muito
terreno em seu trabalho de integração se puder saltar e seguir com isso. No
decorrer dos anos trabalhando com as pessoas, percebi que elas se movem muito
mais rapidamente quando assumem esse compromisso.
A medida que você aceita que seu modo de
percepção é extensamente limitado em projeção ao exterior, você começa a se
compreender mais. Se observar o mundo à sua volta com esse princípio em mente,
poderá ver as partes escondidas de si mesmo, e você desenvolverá enorme
compaixão. Na medida em que se liberta das projeções mais e mais, eventualmente
começa a ver o mundo como realmente é. Começa a tornar-se um vidente da
verdade.
Isto sem dúvida parecerá mágico, mas
assim acontece pelo fato do interior e o exterior serem um, e isto é uma
verdade superior. Quando um muda, o outro também o Faz. E desta forma
aparentemente miraculosa é que é possível, com o tempo, modificar toda a
dinâmica que mantém seu mundo no lugar — e com isso mudar seu mundo.
Você pode, frequentemente, mudar à sua
volta, mas de uma forma que é mais necessária para o mundo, e isso sem tomar as
atitudes costumeiras na resolução de problemas. Por exemplo, se você teve uma
discussão com um amigo que terminou em uma troca raivosa, seu primeiro impulso
pode ser o de tentar enterrar os sentimentos de ressentimento e tentar remendar
as coisas tão rapidamente quanto possível.
A
menos que se purifique no interior primeiro e equilibre-se, atingindo igualdade
e verdadeiro perdão em seu interior, através do processamento necessário de
seus próprios assuntos, pegar o telefone para ligar para seu amigo pode
resultar apenas em um remendo tênue e superficial da amizade. Ou você pode
mesmo piorar o problema dizendo as coisas erradas.
Isto não significa que, em algumas
ocasiões, não possa tentar conversar com a outra pessoa. Entretanto,
processadores experientes geralmente tentarão fazer primeiro todo o processamento
necessário para limpar o assunto antes de pegarem no telefone. Eles modificam a
consciência de antemão, para terem certeza de que a chamada terá efeitos positivos.
Isto não é manipulação ou mágica. E uma sequência natural de sua própria
resolução interna-externa...
Através da mudança da organização de sua
própria consciência,
torna-se possível a abertura de um
caminho e a manifestação da mudança exterior que você busca.
-
Os bloqueios e obstruções que encontramos
em nossas vidas externas são, frequentemente, resultado de convolações
estranhas tecidas pela personalidade ancestral,
atávico que habitam o interior de nossas próprias mentes e de nossas
projeções aos outros.
As convolações são baseadas em
conceitos, crenças e idéias condicionadas de nós mesmos.
UM EXEMPLO DE AGIR COMO SE O EXTERIOP
FOSSE VOCÊ
Eu estava processando com um homem que
sentia como se sua vida estivesse uma bagunça, principalmente na área
financeira e com seu trabalho, que era de autônomo, construindo móveis Finos.
Ele já trilhava um caminho espiritual há algum tempo, possuía um certo grau
de desenvolvimento espiritual e havia
tido experiências de ver que o mundo externo é um espelho de sua realidade
interior.
Mas ele reclamava que se sentia especialmente
preso nas áreas de trabalho e de dinheiro, de que sua vida de alguma Forma não
estava funcionando nessas arenas.
Ele disse que as pessoas com as quais
ele fazia contratos frequentemente desistiam e não entregavam os materiais na
hora, ou simplesmente não apareciam. Ele também disse que frequentemente seus
contratantes e clientes eram terríveis tiranos, fazendo demandas irracionais e
duras, enraivecendo-se com ele, manipulando e dominando-o para conseguir o que
queriam.
Também explicou que as pessoas eram muito
rígidas com seu dinheiro em relação a ele. Frequentemente tinha problemas em
fazer com que as pessoas pagassem no prazo estipulado, e reclamava que a
maioria das pessoas estava sempre tentando pechinchar com ele para reduzir o
preço.
Ele havia se frustrado tanto no decorrer
dos anos, tendo que lidar constantemente com esse tipo de comportamento advindo
do mundo exterior, que havia tentado várias vezes vender o negócio.
Disse-me que estava completamente confuso e
perplexo pela situação, porque pensava ser um artesão e negociante muito
honesto, trabalhador e confiável. Sentia que tratava todos os seus contratantes
e clientes com justiça e que eles o estavam tratando injustamente.
Ele não podia ver e não estava disposto
a apropriar-se de seu mundo exterior como uma parte sua, como um espelho de seu
próprio inconsciente. No desespero, ele queria processar para tentar mudar as
coisas.
Eu lhe pedi para imaginar que o mundo
externo, seus contratantes e clientes, eram na verdade ele mesmo. Eu disse: “Se
isto fosse verdade, o que você Faria? Como você se sentiria?” Ele disse que se
sentiria terrível se tratasse as pessoas daquela maneira e que iria querer
mudar.
Então, o primeiro passo que tomou foi o de
fazer a técnica de processamento de polaridades, que inclui escrever uma lista
de todos os comportamentos e traços de caráter de seus contratantes e clientes
que o incomodavam. Ele utilizou palavras tais como:
fora de horário, inconsistente, não
aparecer, tirano, irracional, duros, raivosos, manipuladores, dominadores,
coisas do seu jeito, rígidos com dinheiro, pagamentos atrasados, pechinchas,
preços reduzidos. Após ter terminado sua lista, ele olhou para mim e disse,
incrédulo: “Esta lista sou eu?!” Foi algo difícil de engolir, e ele não
conseguia apropriar-se daquilo como parte dele. Eu lhe assegurei que era apenas
ego, de qualquer forma, que era apenas a metade da figura, e que, em verdade,
nada daquilo era quem ele realmente era.
O próximo passo foi o de fazer uma
prece. Pediu para lhe ser mostrado como a lista de palavras era verdadeiramente
seu próprio espelho inconsciente, e pediu ajuda em agir como se o exterior
fosse parte dele.
Então terminou os próximos dois passos
simples na técnica e aguardou a mudança ocorrer. Os insights que vieram a ele
na hora seguinte foram poderosos e mudaram sua vida.
Reexaminando sua lista, começou a ver
aspectos de sua própria vida nos quais ele se comportava exatamente como seus
contratantes e clientes. Entretanto, nunca lhe havia ocorrido que houvesse uma
situação paralela acontecendo entre suas realidades interna e externa.
Ele nunca havia visto o efeito do
espelho porque estava tudo no inconsciente — até que fez uma lista e tornou
tudo consciente. Contou-me que, realmente, muitas de suas namoradas reclamavam de
sua inconstância, falta de compromisso e irresponsabilidade, que são exatamente
os comportamentos que ele reclamava sobre seus relacionamentos de negócios.
Viu áreas em sua vida nas quais era um
enorme tirano, também. Especialmente com suas namoradas, disse que, por vezes,
podia ser bem irracional, duro e raivoso em relação a elas. Também viu como
exibia o mesmo grau de raiva em muitos de seus relacionamentos de negócios,
assim como eram com ele — exceto que ele nunca o expressava porque tinha muito medo.
Em vez disso, preferia reprimir sua raiva e
deixar que permanecesse no inconsciente, o que significava que ele sempre
lidava com contratantes raivosos. Estavam representando, para ele, sua raiva
inconsciente.
No que se refere ao aspecto financeiro,
viu uma dinâmica na qual ele manipulava com seus clientes as cotas de preços,
aumentando-os de forma enganosa com falsa informação, porque tinha medo de que
eles, de alguma forma, prejudicassem seu lucro com negociações manipuladoras.
Então, seu comportamento era, em verdade, tão
manipulador quanto o deles, mas em sua mente ele havia de alguma forma
justificado e nem se dava conta do que estava fazendo! Estava enganosamente
aumentando os preços de seus produtos, assim como sabia que seus contratantes
estavam fazendo com ele.
Também reconheceu que sua própria natureza
sovina se externalizava desta forma — e especialmente com o imposto de renda. Confessou
que sua contabilidade criativa com os registros devidos ao imposto de renda era
tão extensa e enganosa que ele nem desejou começar a explicá-la para mim. Nunca
havia ligado seu comportamento com o imposto de renda ao seu comportamento em
relacionamentos de negócios.
De alguma forma, em sua mente, ele havia
justificado seu comportamento com o imposto de renda dizendo a si mesmo que não
contava. E claro que sua própria falta de generosidade com o imposto de renda e
com seus negócios era o tipo de comportamento avarento que reclamava nas outras
pessoas.
Começou a ver como essas experiências
paralelas entre seu próprio comportamento e os comportamentos do mundo exterior
em relação a ele estavam, de alguma forma, relacionadas.
Estava disposto a reconhecer que talvez
o exterior fosse, verdadeiramente, um espelho de alguma parte sua, e que seu
próprio comportamento estava, de alguma forma, ligado a uma dinâmica com o
exterior.
Foi no agir como se o exterior fosse seu
próprio espelho inconsciente,
e através da prece por ajuda para vê-lo,
que ele obteve alguns insights profundos para conhecer a verdade da situação.
Por agora, até que tenha tido uma chance
de aprender os métodos expostos, apresento aqui alguns lembretes das maneiras
simples através das quais pode começar a agir como se o exterior fosse você:
• Ponha-se no lugar da pessoa no
exterior e escreva sobre o que você observa e como se sente.
• Faça uma lista de adjetivos e outras
palavras descritivas a partir dessas observações e tente ver os aspectos de si
mesmo nesta lista.
• Ore por ajuda agindo como se o
exterior fosse você e vendo como o exterior é você.
• Ponha bilhetes em lugares criativos de
sua casa que digam coisas como: “O exterior sou eu”.
Quando você está em conexão com a Unidade, sua Alma está em Harmonia com tudo e com todos,
você segue no aqui e no agora. A Vontade de Deus (Grande Espírito) orienta seu
Destino.
Comece a reparar, enquanto você
desenvolve sua prática de processamento, como a atitude e o comportamento dos
outros mudam em relação a você. Escrever sobre isso ajuda-o a aterrar a
experiência e a aprofundar sua compreensão.
RECUPENDO NOSSO LADO INCONSCIENTE
Na realidade, unidade e totalidade são
tudo o que há mas, em nosso estado de limitação, temos uma visão muito parcial
do todo. O inconsciente contém o resto das frequências vibratórias da
existência que perfazem o todo. Se quisermos recuperá-las, assim como nosso
estado de totalidade, devemos olhar à nossa volta para tudo que parece estar
fora de nós como se estivesse em nosso interior.
Isto significa que devemos internalizar a
noção de que:
Não
somos apenas o corpo, mas muito mais.
Somos
também aquilo que está fora do corpo.
Em nosso estado ilimitado de consciência,
teoricamente podemos estar em qualquer lugar. Nossa consciência não está
limitada a nossos corpos.
Exemplos da consciência sendo mais que o
corpo são comuns em todos os livros populares de experiência pós-vida. Muitas e
muitas pessoas vivenciaram sua consciência viajando muito além dos limites do
corpo físico e então voltaram ao corpo para contar seus relatos. Além disso,
muitas pessoas vivenciam, durante a
infância, o fenômeno da consciência de ser mais que o corpo.
Lembro-me de ter vivenciado isso quando
minha mãe costumava escovar meu cabelo. Eu tinha cabelo fino que se embaraçava
durante a noite e detestava escová-lo porque doía. Lembro-me de todo o
procedimento, com seis anos de idade, enquanto o via do outro lado da sala. Frequentemente,
se algo é doloroso, a consciência sairá do corpo. Isto é especialmente verdadeiro
para crianças pequenas, que ainda não se ligaram completamente a seus corpos.
As portas da percepção ainda estão bem
abertas para elas. Ver o exterior como não sendo separado de você é muito
difícil, a princípio. Na verdade, leva muito tempo antes que você realmente o
perceba experimentalmente como sendo parte de você mesmo.
Apenas após ter alcançado estados de
unidade, poderá verdadeiramente experimentar o mundo físico que está fora e
separado de seu corpo como estando ligado a você.
Isto é uma experiência. A medida que o
ego é purificado, você pode verdadeiramente sentir o que as pessoas estão
pensando, mesmo que estejam no outro lado da sala. E isto não ocorre como se
você estivesse fora de seu corpo e entrasse nelas para sentir. Você, em
verdade, sente isso dentro de si, porque o seu interior é o cosmo.
“...o microcosmo é um exato paralelo do
macrocosmo. O completo drama do universo é repetido aqui, neste mesmo corpo. O
corpo inteiro, com seus processos biológicos e psicológicos, torna-se um
instrumento através do qual o poder cósmico se revela. De acordo com princípios
da Yoga, tudo o que existe no universo está no corpo individual.”
Estamos tão identificados neste mundo com a
idéia de sermos o corpo, que tudo o que podemos ver é a lógica do: “Este é o
meu corpo, aquele é o seu corpo, e não há nada senão espaço entre nós dois.” Em
outros níveis, existe um fluxo energético tremendo entre duas pessoas. Uma vez
que comece a abrir o inconsciente, se dá conta disso.
NOSSAS PROJEÇÕES ENCOBERTAS
Através de nossos desejos criamos um
campo energético que puxa as coisas a partir do exterior em nossa direção e,
através da repulsão ou do medo, empurramos as coisas para longe.
Esses são fluxos energéticos reais, também
conhecidos como projeções. Então, quando você olha para seus amigos ou seus
pais, ou seus parentes, você os verá obscurecidos por suas próprias projeções.
O que vê naquela pessoa é o que está projetando nela.
Já percebeu como você pode ver um certo
indivíduo, de certa forma, mas se perguntar a mais alguém como vê esse mesmo
indivíduo, ele diz que vê a pessoa de uma forma completamente diferente da sua?
Talvez haja características que ambos vêem.
Essas sempre existirão porque somos
muito semelhantes, e as coisas que projetamos são frequentemente muito
similares, também. Mas, em verdade, você verá o que quer ver naquela pessoa, e
a outra pessoa verá o que também quer. Essas são projeções sutis e subjetivas.
Você pode dizer: “Bem, será que aquela
pessoa na qual projetamos, possui vida objetiva própria? “Sim, é claro que sim.
Mas talvez você nunca veja a verdade de quem aquela pessoa é. Tudo o que você
pode ver são suas próprias projeções. Quando você reconhecer e internalizar as
projeções, tornando-as conscientes e integrando-as em seu interior, então
talvez veja aquela pessoa pela primeira vez. Talvez veja quem ela é.
Acreditar que o exterior nada tem a ver
conosco, que não é conectado, é uma escolha. “Ver é crer, e não vejo meu corpo
ligado ao exterior. E assim que quero que seja porque quero ter um
relacionamento com o mundo exterior. Não quero que o exterior seja eu mesmo. Se
for eu, não há nada com o qual me relacionar”. Então, essa é nossa escolha.
Escolhemos viver no sistema separado. Isto é perfeito para a maior parte das
pessoas neste planeta.
E essa a escolha que estão fazendo. Mas,
se desejamos despertar, temos que fazer outra escolha e precisamos estar
dispostos a nos apropriar do fato de que somos muito mais que o corpo. Temos
que estar dispostos a explorar o vasto e expandido inconsciente e a nos
abrirmos para a experiência de sentir o vasto inconsciente em nosso interior.
Com o surgimento da iluminação, realizamos e vivenciamos que todo o cosmo está
em nosso interior.
PROJEÇÕES E ESPELHOS
Nossos pensamentos, crenças, julgamentos
e assuntos internos emaranhados cobrem nosso mundo. Isto sabemos ser verdade. A
dinâmica não percebida é o lado oposto de nossa consciência (que foi jogado no
inconsciente) - afeta o mundo ao nosso redor.
E, de fato, o lado escondido, o lado
inconsciente, que detém a chave verdadeira que mantém nossa realidade externa
no lugar e que leva à liberação do sistema de separação e limitação.
Quando empurramos algo para o inconsciente,
empurramos a coisa para longe de nós, e nos aferramos ao lado consciente. De
fato, empurramos o inconsciente para tão longe, que acaba por se manifestar
fora de nós mesmos e torna-se parte de nossa realidade. O princípio é o
seguinte:
Tudo que se encontra fora do corpo e no
mundo que o rodeia é um espelho de seu próprio ser inconsciente, ou seu mundo interno, o microcosmo espelha o macrocosmo.
Normalmente você fica cego e não
reconhece sua projeção do lado escondido no mundo externo, e nem nas pessoas e
nas coisas aparentemente fora de si. Leva tempo para, em verdade, dar-se conta
de que o mundo à sua volta é uma projeção de seu próprio inconsciente.
Em um paradigma mais integrado isto é a
verdade, embora não pareça a verdade deste mundo. Para ilustrar o ponto,
observemos um exemplo muito simples, porém claro. A maioria das pessoas nasce e
aprende um julgamento de valores sobre bem e mal. A maioria das pessoas ama a
bondade e despreza a maldade.
Tentamos nos ater à bondade tanto quanto
possível, tornando-a nossa realidade consciente. Isso significa que tentaremos
ser bons, comportando-nos de certas formas — obedecendo às leis da terra e
mantendo a companhia de pessoas que seguem a lei, identificamo-nos como sendo
bons.
Empurramos o lado oposto, ser mau, para dentro
do inconsciente. Neste ponto, projetamos pessoas más externamente, assim como dentro
do inconsciente. Enquanto nossa consciência interna estiver separada em
julgamentos de valores bons e maus, nossa realidade externa refletirá isso.
Quando nos identificarmos como sendo bons, a maldade permanecerá no
inconsciente e, portanto, acabará por emergir no mundo externo. Quando nos
identificarmos como sendo maus, então a bondade estará no inconsciente e fora
de nós.
Geralmente, agimos motivados por um lado
da polaridade e o outro lado, o lado inconsciente, será representado pelo mundo
externo. Quando reconciliamos e unificamos ambos os lados da polaridade,
criamos equilíbrio e totalidade em nosso interior, assim como no mundo à nossa
volta.
Os métodos de processamento de
polaridade ajudam, de maneira muito específica e prática, a despertar essa
consciência de nossa realidade externa como representando nosso próprio
inconsciente, e isto começa a propiciar uma vida mais equilibrada e integrada.
Os bloqueios e obstruções que
encontramos em nossas vidas externas são frequentemente , resultado de
convolações estranhas que habitam o interior de nossas próprias mentes e de
nossas projeções aos outros.
As convolações são baseadas em
conceitos, crenças e idéias condicionadas de nós mesmos, que fazem parte do
egocentrismo.
UM EXEMPLO DE AGIR COMO SE O EXTERIOR
FOSSE VOCÊ
Eu estava processando com um homem que
sentia como se sua vida estivesse uma bagunça, principalmente na área
financeira e com seu trabalho, que era de autônomo, construindo móveis finos.
Ele já trilhava um caminho espiritual há algum tempo, possuía um certo grau de
desenvolvimento espiritual e havia tido experiências de ver que o mundo externo
é um espelho de sua realidade interior.
Mas ele reclamava que se sentia especialmente
preso nas áreas de trabalho e de dinheiro, de que sua vida de alguma forma não
estava funcionando nessas arenas.
Ele disse que as pessoas com as quais
ele fazia contratos frequentemente desistiam e não entregavam os materiais na
hora, ou simplesmente não apareciam. Ele também disse que frequentemente seus contratantes e clientes eram terríveis
tiranos, fazendo demandas irracionais e duras, enraivecendo-se com ele,
manipulando e dominando-o para conseguir o que queriam.
Também explicou que as pessoas eram
muito rígidas com seu dinheiro em relação a ele. Freqüentemente tinha problemas
em fazer com que as pessoas pagassem no prazo estipulado, e reclamava que a
maioria das pessoas estava sempre tentando pechinchar com ele para reduzir o
preço.
Ele havia se frustrado tanto no decorrer
dos anos, tendo que lidar constantemente com esse tipo de comportamento advindo
do mundo exterior, que havia tentado várias vezes vender o negócio. Disse-me
que estava completamente confuso e perplexo pela situação, porque pensava ser
um artesão e negociante muito honesto, trabalhador e confiável.
Sentia que tratava todos os seus contratantes
e clientes com justiça e que eles o estavam tratando injustamente. Ele não
podia ver e não estava disposto a apropriar-se de seu mundo exterior como uma
parte sua, como um espelho de seu próprio inconsciente. No desespero, ele
queria processar para tentar mudar as coisas.
Eu lhe pedi para imaginar que o mundo
externo, seus contratantes e clientes, eram na verdade ele mesmo. Eu disse: “Se
isto fosse verdade, o que você faria? Como você se sentiria?” Ele disse que se
sentiria terrível se tratasse as pessoas daquela maneira e que iria querer
mudar.
Então, o primeiro passo que tomou foi o
de fazer a técnica de processamento de polaridades que inclui escrever uma
lista de todos os comportamentos e traços de caráter de seus contratantes e
clientes que o incomodavam. Ele utilizou palavras tais como:
Através da mudança da organização de sua
própria consciência, torna-se possível a abertura de um caminho e a
manifestação da mudança exterior que você busca.
RESUMO DO CAPÍTULO
Aqui estão alguns dos pontos principais
que introduzimos até agora:
• No sistema separado percebemos a
partir da mente ou/ou.
• Um indivíduo é consciência dividida em
dualidade.
• O sistema separado é um sistema de
julgamentos negativos e positivos.
• Ignorância é a prática de ignorar.
• Julgar e culpar o exterior é muito
natural para nós.
• Não podemos encontrar soluções de ganho-ganho
com uma mente ganho-perda.
• Não somos apenas o corpo, mas sim
muito mais. Somos também
aquilo que se encontra fora do corpo.
• Já que tudo está interligado, quando
mudamos nossa realidade interna, o exterior muda também.
• Sermos capazes de nos aceitar como
consciência pura requer que assumamos um contrato com o eu superior.
Concordamos em nos apropriar de tudo o que vemos fora de nós como uma parte
escondida de nós mesmos. Se isto for difícil a princípio, podemos agir como se
fosse verdade.
• Se devemos nos conhecer como sendo um
com tudo, que é o estado de iluminação, devemos então nos apropriar de tudo
como sendo nós mesmos.
• Através da mudança da organização de
nossa própria consciência, é possível abrir um caminho e manifestar a mudança
exterior que buscamos.
No final, para todos, sempre há um
reconhecimento surpreendente desta realidade escondida, à medida que percebem a
interconexão entre seus comportamentos e os comportamentos daqueles à sua
volta.
As mudanças em relação ao mundo externo
são apenas possíveis se existir uma conexão energética entre você e o mundo ao
seu redor. E necessário estar-se alinhado com a unidade para poder
ver esse princípio". Thuston L.T.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citado o nome do blog.
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