sexta-feira, 19 de julho de 2013

AJA COMO SE O EXTERIOR FOSSE VOCÊ



AJA COMO SE O EXTERIOR FOSSE VOCÊ

Quando você (Alma) processa mudanças, aqueles com os quais interage passam a agir de forma diferente, você entra em ação no mundo da Unidade do Dharma das Almas, da Mônada em uma dimensão superior. Apenas devido ao fato de você processar e limpar algo, eles mudam. Como isto é possível? Isto se torna possível devido a interligação entre todas as coisa. 

 Aquele que “me renega” é parte de mim, que eu projeto e que “eu me renego” e que quando o mundo me diz não, é o "não" que o“pequeno eu” diz para mim, quando eu digo não para o mundo.

 Ao compreender o processo da consciência da Unidade tudo fica claro. Quando eu  começo a sentir parte integrante e participante do todo,  eu compreendo meu egoísmo, minha raiva, minha ignorância. Esta percepção  é um caminho a ser conquistado, quando nos unimos à Alma do Mundo. Dharmadhannya

Poder aceitar-se como consciência pura, de certa forma exige que você primeiro assuma algo como um contrato com o seu Eu superior — ainda que aceitando intelectualmente, a princípio, os termos do contrato.

Entrar no processo da consciência da Unidade é complexo. Pensar que aquele “me renega” é parte de mim, que eu projeto e que “eu me renego” é  complicado. Quando o mundo me diz não, é o não que o meu “pequeno eu” diz para mim, quando eu digo não para o mundo.

Quando eu  começo a sentir parte integrante e participante do todo, eu não projeto meu egoísmo, minha raiva, minha ignorância e é um caminho a ser conquistado, quando nos unimos à Alma do Mundo.

O contrato diz que, em termos de seu trabalho de processamento:
Você se dará conta de que tudo o que observa fora de si é, em realidade, uma parte escondida de você mesmo.
Se inicialmente tiver dificuldade em ver isso, você pode agir como se fosse verdade.

Agindo como se o exterior fosse você, mesmo se ainda não estiver sentindo isso, começa a permitir que o princípio registre-se em sua mente consciente. Concordando em ver a vida desta nova forma, você começa a reconhecer e a apropriar-se das partes separadas de seu ser, escondidas em seu inconsciente e que são refletidas de volta a você, a partir do mundo exterior.

 A medida que se dá conta disso e se apropria delas, você começa a trazer a consciência de volta à totalidade, com seu trabalho de processamento. Inicialmente, esse acordo de alterar sua percepção não parecerá muito real porque aprendeu, como parte de seu estado separado, que o exterior não está ligado a você.

 Entretanto, se estiver disposto a agir como se assim o fosse, você se tornará capaz de ver seu mundo e a si mesmo de maneiras surpreendentemente novas. Isto leva, certamente, a uma experiência de unidade. Por exemplo, se você tenta se identificar com ser bom, deveria tentar agir como se as pessoas fora você, que julga más, fossem em verdade uma parte sua.

 Talvez de uma próxima vez em que você vir o noticiário e assistir a uma reportagem a respeito de algum criminoso, você faça uma afirmação mental ou oração de que deseja apropriar-se do criminoso como parte de seu próprio inconsciente.


 Ou pode também tentar com alguém que você conheça, que você julgue mau. Além de utilizar afirmações mentais, pode também simplesmente imaginar como seria estar na pele daquela pessoa. Escreva em seu diário sobre quaisquer mudanças em consciência que surgirem como resultado. Fazendo isso, sua percepção da vida tornar-se-á mais integrada, total e, como resultado, muito mais plena e estimulante.

Esse contrato de apropriação do exterior como sendo você não é tão incomum assim. De fato, na Bíblia cristã, Jesus conta uma parábola que possui inclinação diferente, mas que, em efeito, contém o mesmo princípio. E Mateus 25:34-40:                                                                                       

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.”

 Então os justos lhe responderão, dizendo: ‘Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos verte?’

E, respondendo o Rei, lhes dirá: ‘Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” No início, na medida em que faz o trabalho de processamento, o acordo para apropriar-se do exterior como sendo você mesmo pode ser tão simples quanto os ensinamentos religiosos de ver a face de Cristo ou do Buda em todos..

Se puder lembrar-se do contrato na maior parte do tempo, a integração será mais completa e mais abrangente. Se você deve se conhecer como um com tudo, que é o estado de iluminação, então deve começar a apropriar-se de tudo como sendo você.

Inicialmente, pode assumir um compromisso de ver desta maneira durante orações e afirmações, ou lembrando a si mesmo sobre seu compromisso, simplesmente e tão frequente quanto creia necessário.

Dependendo de seu nível de seriedade a respeito da transformação e do despertar, pode ser que se perceba querendo assumir esse contrato com muita profundidade. Seja qual for seu nível de compromisso, verá que na verdade vai contra tudo aquilo que aprendeu, que é ver o mundo exterior como separado de você.

 Essa forma antiga, condicionada e ilusória de ver a vida continua em você — por um bom tempo. Então, precisamos agir como se não houvesse separação — por um bom tempo. Ainda assim é possível ganhar muito terreno em seu trabalho de integração se puder saltar e seguir com isso. No decorrer dos anos trabalhando com as pessoas, percebi que elas se movem muito mais rapidamente quando assumem esse compromisso.

A medida que você aceita que seu modo de percepção é extensamente limitado em projeção ao exterior, você começa a se compreender mais. Se observar o mundo à sua volta com esse princípio em mente, poderá ver as partes escondidas de si mesmo, e você desenvolverá enorme compaixão. Na medida em que se liberta das projeções mais e mais, eventualmente começa a ver o mundo como realmente é. Começa a tornar-se um vidente da verdade.

Isto sem dúvida parecerá mágico, mas assim acontece pelo fato do interior e o exterior serem um, e isto é uma verdade superior. Quando um muda, o outro também o Faz. E desta forma aparentemente miraculosa é que é possível, com o tempo, modificar toda a dinâmica que mantém seu mundo no lugar — e com isso mudar seu mundo.

Você pode, frequentemente, mudar à sua volta, mas de uma forma que é mais necessária para o mundo, e isso sem tomar as atitudes costumeiras na resolução de problemas. Por exemplo, se você teve uma discussão com um amigo que terminou em uma troca raivosa, seu primeiro impulso pode ser o de tentar enterrar os sentimentos de ressentimento e tentar remendar as coisas tão rapidamente quanto possível.

 A menos que se purifique no interior primeiro e equilibre-se, atingindo igualdade e verdadeiro perdão em seu interior, através do processamento necessário de seus próprios assuntos, pegar o telefone para ligar para seu amigo pode resultar apenas em um remendo tênue e superficial da amizade. Ou você pode mesmo piorar o problema dizendo as coisas erradas.

Isto não significa que, em algumas ocasiões, não possa tentar conversar com a outra pessoa. Entretanto, processadores experientes geralmente tentarão fazer primeiro todo o processamento necessário para limpar o assunto antes de pegarem no telefone. Eles modificam a consciência de antemão, para terem certeza de que a chamada terá efeitos positivos. Isto não é manipulação ou mágica. E uma sequência natural de sua própria resolução interna-externa...

Através da mudança da organização de sua própria consciência,
torna-se possível a abertura de um caminho e a manifestação da mudança exterior que você busca.
-
Os bloqueios e obstruções que encontramos em nossas vidas externas são, frequentemente, resultado de convolações estranhas tecidas pela personalidade ancestral, atávico que habitam o interior de nossas próprias mentes e de nossas projeções aos outros.

As convolações são baseadas em conceitos, crenças e idéias condicionadas de nós mesmos.


UM EXEMPLO DE AGIR COMO SE O EXTERIOP FOSSE VOCÊ

Eu estava processando com um homem que sentia como se sua vida estivesse uma bagunça, principalmente na área financeira e com seu trabalho, que era de autônomo, construindo móveis Finos. Ele já trilhava um caminho espiritual há algum tempo, possuía um certo grau
de desenvolvimento espiritual e havia tido experiências de ver que o mundo externo é um espelho de sua realidade interior.

 Mas ele reclamava que se sentia especialmente preso nas áreas de trabalho e de dinheiro, de que sua vida de alguma Forma não estava funcionando nessas arenas.

Ele disse que as pessoas com as quais ele fazia contratos frequentemente desistiam e não entregavam os materiais na hora, ou simplesmente não apareciam. Ele também disse que frequentemente seus contratantes e clientes eram terríveis tiranos, fazendo demandas irracionais e duras, enraivecendo-se com ele, manipulando e dominando-o para conseguir o que queriam.

 Também explicou que as pessoas eram muito rígidas com seu dinheiro em relação a ele. Frequentemente tinha problemas em fazer com que as pessoas pagassem no prazo estipulado, e reclamava que a maioria das pessoas estava sempre tentando pechinchar com ele para reduzir o preço.

Ele havia se frustrado tanto no decorrer dos anos, tendo que lidar constantemente com esse tipo de comportamento advindo do mundo exterior, que havia tentado várias vezes vender o negócio.

 Disse-me que estava completamente confuso e perplexo pela situação, porque pensava ser um artesão e negociante muito honesto, trabalhador e confiável. Sentia que tratava todos os seus contratantes e clientes com justiça e que eles o estavam tratando injustamente.

Ele não podia ver e não estava disposto a apropriar-se de seu mundo exterior como uma parte sua, como um espelho de seu próprio inconsciente. No desespero, ele queria processar para tentar mudar as coisas.

Eu lhe pedi para imaginar que o mundo externo, seus contratantes e clientes, eram na verdade ele mesmo. Eu disse: “Se isto fosse verdade, o que você Faria? Como você se sentiria?” Ele disse que se sentiria terrível se tratasse as pessoas daquela maneira e que iria querer mudar.

 Então, o primeiro passo que tomou foi o de fazer a técnica de processamento de polaridades, que inclui escrever uma lista de todos os comportamentos e traços de caráter de seus contratantes e clientes que o incomodavam. Ele utilizou palavras tais como:


fora de horário, inconsistente, não aparecer, tirano, irracional, duros, raivosos, manipuladores, dominadores, coisas do seu jeito, rígidos com dinheiro, pagamentos atrasados, pechinchas, preços reduzidos. Após ter terminado sua lista, ele olhou para mim e disse, incrédulo: “Esta lista sou eu?!” Foi algo difícil de engolir, e ele não conseguia apropriar-se daquilo como parte dele. Eu lhe assegurei que era apenas ego, de qualquer forma, que era apenas a metade da figura, e que, em verdade, nada daquilo era quem ele realmente era.
O próximo passo foi o de fazer uma prece. Pediu para lhe ser mostrado como a lista de palavras era verdadeiramente seu próprio espelho inconsciente, e pediu ajuda em agir como se o exterior fosse parte dele.

Então terminou os próximos dois passos simples na técnica e aguardou a mudança ocorrer. Os insights que vieram a ele na hora seguinte foram poderosos e mudaram sua vida.

Reexaminando sua lista, começou a ver aspectos de sua própria vida nos quais ele se comportava exatamente como seus contratantes e clientes. Entretanto, nunca lhe havia ocorrido que houvesse uma situação paralela acontecendo entre suas realidades interna e externa.

Ele nunca havia visto o efeito do espelho porque estava tudo no inconsciente — até que fez uma lista e tornou tudo consciente. Contou-me que, realmente, muitas de suas namoradas reclamavam de sua inconstância, falta de compromisso e irresponsabilidade, que são exatamente os comportamentos que ele reclamava sobre seus relacionamentos de negócios.

Viu áreas em sua vida nas quais era um enorme tirano, também. Especialmente com suas namoradas, disse que, por vezes, podia ser bem irracional, duro e raivoso em relação a elas. Também viu como exibia o mesmo grau de raiva em muitos de seus relacionamentos de negócios, assim como eram com ele — exceto que ele nunca o expressava porque tinha muito medo.

 Em vez disso, preferia reprimir sua raiva e deixar que permanecesse no inconsciente, o que significava que ele sempre lidava com contratantes raivosos. Estavam representando, para ele, sua raiva inconsciente.

No que se refere ao aspecto financeiro, viu uma dinâmica na qual ele manipulava com seus clientes as cotas de preços, aumentando-os de forma enganosa com falsa informação, porque tinha medo de que eles, de alguma forma, prejudicassem seu lucro com negociações manipuladoras.

 Então, seu comportamento era, em verdade, tão manipulador quanto o deles, mas em sua mente ele havia de alguma forma justificado e nem se dava conta do que estava fazendo! Estava enganosamente aumentando os preços de seus produtos, assim como sabia que seus contratantes estavam fazendo com ele.

 Também reconheceu que sua própria natureza sovina se externalizava desta forma — e especialmente com o imposto de renda. Confessou que sua contabilidade criativa com os registros devidos ao imposto de renda era tão extensa e enganosa que ele nem desejou começar a explicá-la para mim. Nunca havia ligado seu comportamento com o imposto de renda ao seu comportamento em relacionamentos de negócios.

De alguma forma, em sua mente, ele havia justificado seu comportamento com o imposto de renda dizendo a si mesmo que não contava. E claro que sua própria falta de generosidade com o imposto de renda e com seus negócios era o tipo de comportamento avarento que reclamava nas outras pessoas.

Começou a ver como essas experiências paralelas entre seu próprio comportamento e os comportamentos do mundo exterior em relação a ele estavam, de alguma forma, relacionadas.

Estava disposto a reconhecer que talvez o exterior fosse, verdadeiramente, um espelho de alguma parte sua, e que seu próprio comportamento estava, de alguma forma, ligado a uma dinâmica com o exterior.

 Foi no agir como se o exterior fosse seu próprio espelho inconsciente,
e através da prece por ajuda para vê-lo, que ele obteve alguns insights profundos para conhecer a verdade da situação.

Por agora, até que tenha tido uma chance de aprender os métodos expostos, apresento aqui alguns lembretes das maneiras simples através das quais pode começar a agir como se o exterior fosse você:
• Ponha-se no lugar da pessoa no exterior e escreva sobre o que você observa e como se sente.
• Faça uma lista de adjetivos e outras palavras descritivas a partir dessas observações e tente ver os aspectos de si mesmo nesta lista.
• Ore por ajuda agindo como se o exterior fosse você e vendo como o exterior é você.
• Ponha bilhetes em lugares criativos de sua casa que digam coisas como: “O exterior sou eu”.

Quando você está  em conexão com a Unidade, sua  Alma está em Harmonia com tudo e com todos, você segue no aqui e no agora. A Vontade de Deus (Grande Espírito) orienta seu Destino.

Comece a reparar, enquanto você desenvolve sua prática de processamento, como a atitude e o comportamento dos outros mudam em relação a você. Escrever sobre isso ajuda-o a aterrar a experiência e a aprofundar sua compreensão.

RECUPENDO NOSSO LADO INCONSCIENTE
Na realidade, unidade e totalidade são tudo o que há mas, em nosso estado de limitação, temos uma visão muito parcial do todo. O inconsciente contém o resto das frequências vibratórias da existência que perfazem o todo. Se quisermos recuperá-las, assim como nosso estado de totalidade, devemos olhar à nossa volta para tudo que parece estar fora de nós como se estivesse em nosso interior.

 Isto significa que devemos internalizar a noção de que:

Não somos apenas o corpo, mas muito mais.
Somos também aquilo que está fora do corpo.

Em nosso estado ilimitado de consciência, teoricamente podemos estar em qualquer lugar. Nossa consciência não está limitada a nossos corpos.

Exemplos da consciência sendo mais que o corpo são comuns em todos os livros populares de experiência pós-vida. Muitas e muitas pessoas vivenciaram sua consciência viajando muito além dos limites do corpo físico e então voltaram ao corpo para contar seus relatos. Além disso,
muitas pessoas vivenciam, durante a infância, o fenômeno da consciência de ser mais que o corpo.

Lembro-me de ter vivenciado isso quando minha mãe costumava escovar meu cabelo. Eu tinha cabelo fino que se embaraçava durante a noite e detestava escová-lo porque doía. Lembro-me de todo o procedimento, com seis anos de idade, enquanto o via do outro lado da sala. Frequentemente, se algo é doloroso, a consciência sairá do corpo. Isto é especialmente verdadeiro para crianças pequenas, que ainda não se ligaram completamente a seus corpos.

As portas da percepção ainda estão bem abertas para elas. Ver o exterior como não sendo separado de você é muito difícil, a princípio. Na verdade, leva muito tempo antes que você realmente o perceba experimentalmente como sendo parte de você mesmo.

Apenas após ter alcançado estados de unidade, poderá verdadeiramente experimentar o mundo físico que está fora e separado de seu corpo como estando ligado a você.

Isto é uma experiência. A medida que o ego é purificado, você pode verdadeiramente sentir o que as pessoas estão pensando, mesmo que estejam no outro lado da sala. E isto não ocorre como se você estivesse fora de seu corpo e entrasse nelas para sentir. Você, em verdade, sente isso dentro de si, porque o seu interior é o cosmo.

 “...o microcosmo é um exato paralelo do macrocosmo. O completo drama do universo é repetido aqui, neste mesmo corpo. O corpo inteiro, com seus processos biológicos e psicológicos, torna-se um instrumento através do qual o poder cósmico se revela. De acordo com princípios da Yoga, tudo o que existe no universo está no corpo individual.”

 Estamos tão identificados neste mundo com a idéia de sermos o corpo, que tudo o que podemos ver é a lógica do: “Este é o meu corpo, aquele é o seu corpo, e não há nada senão espaço entre nós dois.” Em outros níveis, existe um fluxo energético tremendo entre duas pessoas. Uma vez que comece a abrir o inconsciente, se dá conta disso.

NOSSAS PROJEÇÕES ENCOBERTAS
Através de nossos desejos criamos um campo energético que puxa as coisas a partir do exterior em nossa direção e, através da repulsão ou do medo, empurramos as coisas para longe.

 Esses são fluxos energéticos reais, também conhecidos como projeções. Então, quando você olha para seus amigos ou seus pais, ou seus parentes, você os verá obscurecidos por suas próprias projeções. O que vê naquela pessoa é o que está projetando nela.

Já percebeu como você pode ver um certo indivíduo, de certa forma, mas se perguntar a mais alguém como vê esse mesmo indivíduo, ele diz que vê a pessoa de uma forma completamente diferente da sua? Talvez haja características que ambos vêem.

Essas sempre existirão porque somos muito semelhantes, e as coisas que projetamos são frequentemente muito similares, também. Mas, em verdade, você verá o que quer ver naquela pessoa, e a outra pessoa verá o que também quer. Essas são projeções sutis e subjetivas.

Você pode dizer: “Bem, será que aquela pessoa na qual projetamos, possui vida objetiva própria? “Sim, é claro que sim. Mas talvez você nunca veja a verdade de quem aquela pessoa é. Tudo o que você pode ver são suas próprias projeções. Quando você reconhecer e internalizar as projeções, tornando-as conscientes e integrando-as em seu interior, então talvez veja aquela pessoa pela primeira vez. Talvez veja quem ela é.

Acreditar que o exterior nada tem a ver conosco, que não é conectado, é uma escolha. “Ver é crer, e não vejo meu corpo ligado ao exterior. E assim que quero que seja porque quero ter um relacionamento com o mundo exterior. Não quero que o exterior seja eu mesmo. Se for eu, não há nada com o qual me relacionar”. Então, essa é nossa escolha. Escolhemos viver no sistema separado. Isto é perfeito para a maior parte das pessoas neste planeta.

E essa a escolha que estão fazendo. Mas, se desejamos despertar, temos que fazer outra escolha e precisamos estar dispostos a nos apropriar do fato de que somos muito mais que o corpo. Temos que estar dispostos a explorar o vasto e expandido inconsciente e a nos abrirmos para a experiência de sentir o vasto inconsciente em nosso interior. Com o surgimento da iluminação, realizamos e vivenciamos que todo o cosmo está em nosso interior.

PROJEÇÕES E ESPELHOS
Nossos pensamentos, crenças, julgamentos e assuntos internos emaranhados cobrem nosso mundo. Isto sabemos ser verdade. A dinâmica não percebida é o lado oposto de nossa consciência (que foi jogado no inconsciente) - afeta o mundo ao nosso redor.

 E, de fato, o lado escondido, o lado inconsciente, que detém a chave verdadeira que mantém nossa realidade externa no lugar e que leva à liberação do sistema de separação e limitação.

Quando empurramos algo para o inconsciente, empurramos a coisa para longe de nós, e nos aferramos ao lado consciente. De fato, empurramos o inconsciente para tão longe, que acaba por se manifestar fora de nós mesmos e torna-se parte de nossa realidade. O princípio é o seguinte:

Tudo que se encontra fora do corpo e no mundo que o rodeia é um espelho de seu próprio ser inconsciente, ou seu mundo interno, o microcosmo espelha o macrocosmo.

Normalmente você fica cego e não reconhece sua projeção do lado escondido no mundo externo, e nem nas pessoas e nas coisas aparentemente fora de si. Leva tempo para, em verdade, dar-se conta de que o mundo à sua volta é uma projeção de seu próprio inconsciente.

 Em um paradigma mais integrado isto é a verdade, embora não pareça a verdade deste mundo. Para ilustrar o ponto, observemos um exemplo muito simples, porém claro. A maioria das pessoas nasce e aprende um julgamento de valores sobre bem e mal. A maioria das pessoas ama a bondade e despreza a maldade.

 Tentamos nos ater à bondade tanto quanto possível, tornando-a nossa realidade consciente. Isso significa que tentaremos ser bons, comportando-nos de certas formas — obedecendo às leis da terra e mantendo a companhia de pessoas que seguem a lei, identificamo-nos como sendo bons.

Empurramos o lado oposto, ser mau, para dentro do inconsciente. Neste ponto, projetamos pessoas más externamente, assim como dentro do inconsciente. Enquanto nossa consciência interna estiver separada em julgamentos de valores bons e maus, nossa realidade externa refletirá isso. Quando nos identificarmos como sendo bons, a maldade permanecerá no inconsciente e, portanto, acabará por emergir no mundo externo. Quando nos identificarmos como sendo maus, então a bondade estará no inconsciente e fora de nós.

Geralmente, agimos motivados por um lado da polaridade e o outro lado, o lado inconsciente, será representado pelo mundo externo. Quando reconciliamos e unificamos ambos os lados da polaridade, criamos equilíbrio e totalidade em nosso interior, assim como no mundo à nossa volta.

Os métodos de processamento de polaridade ajudam, de maneira muito específica e prática, a despertar essa consciência de nossa realidade externa como representando nosso próprio inconsciente, e isto começa a propiciar uma vida mais equilibrada e integrada.

Os bloqueios e obstruções que encontramos em nossas vidas externas são frequentemente , resultado de convolações estranhas que habitam o interior de nossas próprias mentes e de nossas projeções aos outros.

As convolações são baseadas em conceitos, crenças e idéias condicionadas de nós mesmos, que fazem parte do egocentrismo.

UM EXEMPLO DE AGIR COMO SE O EXTERIOR FOSSE VOCÊ

Eu estava processando com um homem que sentia como se sua vida estivesse uma bagunça, principalmente na área financeira e com seu trabalho, que era de autônomo, construindo móveis finos. Ele já trilhava um caminho espiritual há algum tempo, possuía um certo grau de desenvolvimento espiritual e havia tido experiências de ver que o mundo externo é um espelho de sua realidade interior.

 Mas ele reclamava que se sentia especialmente preso nas áreas de trabalho e de dinheiro, de que sua vida de alguma forma não estava funcionando nessas arenas.

Ele disse que as pessoas com as quais ele fazia contratos frequentemente desistiam e não entregavam os materiais na hora, ou simplesmente não apareciam. Ele também disse que frequentemente  seus contratantes e clientes eram terríveis tiranos, fazendo demandas irracionais e duras, enraivecendo-se com ele, manipulando e dominando-o para conseguir o que queriam.

Também explicou que as pessoas eram muito rígidas com seu dinheiro em relação a ele. Freqüentemente tinha problemas em fazer com que as pessoas pagassem no prazo estipulado, e reclamava que a maioria das pessoas estava sempre tentando pechinchar com ele para reduzir o preço.

Ele havia se frustrado tanto no decorrer dos anos, tendo que lidar constantemente com esse tipo de comportamento advindo do mundo exterior, que havia tentado várias vezes vender o negócio. Disse-me que estava completamente confuso e perplexo pela situação, porque pensava ser um artesão e negociante muito honesto, trabalhador e confiável.

 Sentia que tratava todos os seus contratantes e clientes com justiça e que eles o estavam tratando injustamente. Ele não podia ver e não estava disposto a apropriar-se de seu mundo exterior como uma parte sua, como um espelho de seu próprio inconsciente. No desespero, ele queria processar para tentar mudar as coisas.

Eu lhe pedi para imaginar que o mundo externo, seus contratantes e clientes, eram na verdade ele mesmo. Eu disse: “Se isto fosse verdade, o que você faria? Como você se sentiria?” Ele disse que se sentiria terrível se tratasse as pessoas daquela maneira e que iria querer mudar.

Então, o primeiro passo que tomou foi o de fazer a técnica de processamento de polaridades que inclui escrever uma lista de todos os comportamentos e traços de caráter de seus contratantes e clientes que o incomodavam. Ele utilizou palavras tais como:

Através da mudança da organização de sua própria consciência, torna-se possível a abertura de um caminho e a manifestação da mudança exterior que você busca.


RESUMO DO CAPÍTULO
Aqui estão alguns dos pontos principais que introduzimos até agora:

• No sistema separado percebemos a partir da mente ou/ou.
• Um indivíduo é consciência dividida em dualidade.

• O sistema separado é um sistema de julgamentos negativos e positivos.

• Ignorância é a prática de ignorar.
• Julgar e culpar o exterior é muito natural para nós.

• Não podemos encontrar soluções de ganho-ganho com uma mente ganho-perda.
• Não somos apenas o corpo, mas sim muito mais. Somos também
aquilo que se encontra fora do corpo.

• Já que tudo está interligado, quando mudamos nossa realidade interna, o exterior muda também.
• Sermos capazes de nos aceitar como consciência pura requer que assumamos um contrato com o eu superior. Concordamos em nos apropriar de tudo o que vemos fora de nós como uma parte escondida de nós mesmos. Se isto for difícil a princípio, podemos agir como se fosse verdade.

• Se devemos nos conhecer como sendo um com tudo, que é o estado de iluminação, devemos então nos apropriar de tudo como sendo nós mesmos.
• Através da mudança da organização de nossa própria consciência, é possível abrir um caminho e manifestar a mudança exterior que buscamos.

No final, para todos, sempre há um reconhecimento surpreendente desta realidade escondida, à medida que percebem a interconexão entre seus comportamentos e os comportamentos daqueles à sua volta.

As mudanças em relação ao mundo externo são apenas possíveis se existir uma conexão energética entre você e o mundo ao seu redor. E necessário estar-se alinhado com a unidade para poder ver esse princípio". Thuston L.T.

Este texto está livre para divulgação desde que seja citado o nome do blog. 
Haja luz para compartilhar para o bem de todos. dharmadhannyaEl





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