sexta-feira, 5 de julho de 2013

A obesidade Infantil - Crianças merecem ser feliz





A obesidade Infantil

“Foi-se o tempo que criança saudável era criança gordinha. Hoje o cenário é assustador: a obesidade atinge 15% dos pequenos, que estão expostos a riscos de gente grande. A falta de exercícios e a alimentação inadequada são os grandes culpados pelos quilos a mais. Só para se ter uma ideia  quando o pequeno devora um pacote de bolacha na hora do lanche, está ingerindo o equivalente a uma refeição completa em calorias.

Os prejuízos são enormes: além do impacto na auto-estima, aumenta a chance de problemas ortopédicos, de infecções respiratórias e de pele, de cirrose hepática por excesso de gordura depositada no fígado - a chamada esteatose.

Pior: uma criança obesa em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto rechonchudo. O risco sobe para 50% caso ela entre na adolescência gorda. Explica-se: as células adiposas vão ficando cada vez mais recheadas de gordura até que estouram e se multiplicam, fenômeno mais comum justamente no primeiro ano de vida e na adolescência. Reverter o quadro depende basicamente de uma coisa: reeducação alimentar.

Ele tem tendência à obesidade?
Os cientistas identificaram oito fatores que podem levar à obesidade a partir dos 7 anos:
1. Mães que engordam demais durante a gravidez podem gerar bebês com mais tendência à obesidade
2. Crianças com peso e altura acima da média entre 8 e 18 meses têm maior propensão ao problema
3. Ao completar um ano, o bebê não deve pesar mais do que o triplo do que tinha ao nascer
4. Também não deve crescer mais do que 25 centímetros no primeiro ano.
5. Bebês que dormem pouco ficam mais cansados e fazem menos atividades durante o dia, facilitando o acúmulo de gordura.
6. Crianças com mais de três anos que ficam mais de oito horas por semana na frente da TV
7. Aparecimento de gordurinhas localizadas antes dos quatro anos
8. Pais gordos: além da genética contra, os filhos podem imitar seus hábitos


Como anda a balança do seu filho
Nas crianças, o IMC isolado não é o melhor parâmetro pois o rápido crescimento e as oscilações de peso e altura não permitem uma avaliação precisa. Mas estes valores servem de referência. Ultrapassá-los merece atenção:
• 7 anos

IM Pré-obesidade
IM Obesidade
meninos
17
19
meninas
17
20

• 8 anos

IM Pré-obesidade
IM Obesidade
meninos
18
20
meninas
16
21

• 9 anos

IM Pré-obesidade
IM Obesidade
meninos
19
21
meninas
19
22

• 10 anos

IM Pré-obesidade
IM Obesidade
meninos
19
22
meninas
20
23

• 11 anos

IM Pré-obesidade
IM Obesidade
meninos
20
23
meninas
21
24

Conseqüências


A realidade nacional anda cada vez mais pesada. Nada menos que 40% da população brasileira tem problemas com a balança e 11% já são declaradamente obesos - contra apenas 5% na década de 1970. Tudo graças aos péssimos hábitos do mundo moderno. Está certo que estamos longe da epidemia que assola os Estados Unidos, onde 30% das pessoas são obesas, mas isso não alivia a carga. Afinal, o excesso de peso é uma doença grave, e eliminar dobrinhas significa muito mais do que manter uma boa silhueta: é sinônimo de saúde.

O impacto no espelho e as dificuldades em fazer algumas tarefas diárias que muitos gordinhos relatam são apenas o menor dos males da obesidade.

 Os quilos em excesso respondem por uma infinidade de doenças que muitas vezes parecem não ter a mínima relação com a balança. Mas é fato: eles sobrecarregam os órgãos, aumentando a freqüência dos batimentos cardíacos e a contração das artérias.

Além dos males cardiovasculares, o obeso está mais exposto a doenças como hipertensão, diabete, depressão e apneia  Aliás, a obesidade é um dos pilares da chamada síndrome metabólica, um pacote de distúrbios que abre caminho a diversas doenças.

As células de gordura também aumentam os níveis de insulina e estrogênio, que aceleram a reprodução celular - um atalho para o surgimento de tumores. Isso tudo sem contar a dificuldade em gerar filhos: o excesso de peso compromete a produção de espermatozoides e a qualidade dos óvulos. Nas mulheres, há mais tendência a formar cistos no ovário. 

Dietas famosas
 Atkins
Elaborada pelo médico americano Robert Atkins, proíbe os carboidratos e libera proteínas e gorduras. Mas a ingestão de gordura em excesso pode causar problemas cardíacos, diabete e câncer.

• Dean Ornish
Rival de Atkins, o cardiologista também americano indica a ingestão de carboidratos (pães e massas). A gordura, no caso, é a vilã. Mas a gordura também cumpre seu papel no organismo e não pode ser extinta do cardápio. Ela entra na formação dos neurônios e dos hormônios, por exemplo.
• Berverly Hills
Dieta da moda nos anos 80, consiste em refeições à base de frutas, como o abacaxi e o mamão, que ajudariam a queimar gorduras. As frutas contêm vitaminas, sais minerais e fibras, mas são pobres em proteínas, cálcio e ferro. Além disso, como está restrita a apenas um tipo de alimento, tem alto índice de desistência.
• Vigilantes do Peso e Dieta dos Pontos
Em ambos os casos, cada alimento vale certa quantidade de pontos. Pode-se comer até um determinado número de pontos por dia. Ambas possuem dois aspectos positivos: recomendam equilíbrio na alimentação e não proíbem nenhum item. O problema é quando se consomem todos os pontos em combinações erradas. Vale consultar um especialista para não enfrentar carências nutricionais.

"A obesidade Infantil"

Ter um filho rechonchudo já foi motivo de orgulho para a família. Agora preocupa, pois o cheinho de hoje pode ser o obeso de amanhã
por Alice Sampaio / ilustrações Beto Uechi Revista Saúde.

Há uns 20 anos, quando a gente ia se divertir na Disneyworld, lá nos Estados Unidos, voltava com relatos de espanto diante do número de gorduchos que circulavam pelos parques. Já naquela época, as pesquisas mostravam que 25% das crianças americanas eram obesas. Mas agora o problema não está mais restrito àquele país.

Parece que o mundo inteiro engordou. A obesidade supera até o drama da desnutrição do continente africano e os médicos tratam o assunto como uma questão de saúde pública. No Brasil, o último inquérito nacional promovido pelo Ministério da Saúde e pelo IBGE data de 1996, mas já identificava 5% de crianças obesas na faixa de 0 a 5 anos. Hoje, novos levantamentos incluem nesse time 10% dos brasileirinhos de 5 a 10 anos.

E um estudo recente, feito com 20 mil crianças em Santos, pasme, elevou para 40% a população mirim de obesos ou com sobrepeso. Para 2006, o governo promete conferir os números por meio de mais pesquisas. Enquanto isso, os médicos vão fazendo suas conjecturas a partir do que vêem nos consultórios. E o que eles dizem é assustador: cerca de 15% das nossas crianças já fazem parte da multidão de obesos que, se nada for feito, pode até dominar o planeta.

Come-se muito, gasta-se pouco

Falta de exercícios, hábitos alimentares inadequados, ansiedade, bombardeio de anúncios de alimentos “gordos” na TV, vida familiar conturbada... — tudo isso pesa na balança. Literalmente. É claro que a genética também conta. “Se um dos pais é obeso, a criança tem de 30% a 40% de chance de vir a ser. Se os dois são, o risco dobra”, explica Ângela Spínola, coordenadora do setor endocrinologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

 Mas, entre todos esses inimigos, o sedentarismo é o pior. “As crianças não andam mais de bicicleta porque é perigoso circular pelas ruas, passam horas grudadas na TV ou plugadas na internet e entendem recreio como hora de comprar lanche”, critica Ary Lopes Cardoso, pediatra responsável pela unidade de nutrologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Aulas de balé e outras modalidades que exigem um mínimo de esforço e ainda são recompensadas com hambúrguer e batata frita não passam de meros paliativos”, opina.

É duro admitir, mas o nosso estilo de vida também vai para o banco dos réus. Sentar-se em torno da mesa, com a família reunida, e saborear uma refeição feita em casa, a conversa rolando gostosa, é raridade. Em vez disso, cada um come num horário, às pressas, em geral na praça de alimentação de shoppings e lanchonetes. “O fato de os pais passarem menos tempo com os filhos e assim terem pouca chance de lhes ensinar hábitos alimentares saudáveis também influi”, afirma Antonio Roberto Chacra, professor titular de endocrinologia da Unifesp.

Geração fast-food

Nada contra sair para jantar fora ou curtir um hambúrguer eventual. No entanto, trocar rotineiramente a comida caseira pelo cardápio gordo das lanchonetes é garantir uma ingestão excessiva de carboidratos.

“Esse nutriente é importante e necessário. Mas, numa refeição saudável, deve ocupar 50% do cardápio, deixando espaço para 15% de proteína e 35% de gordura”, lembra Ângela Spínola. “Quando uma criança devora um pacote de bolacha na hora do lanche, está ingerindo o valor calórico equivalente a uma refeição completa e — pior — com uma predominância absoluta de carboidrato.”

Para ensinar a moçada a comer direito, respeitando a proporção entre os nutrientes, o nutrólogo José Augusto Taddei, chefe da disciplina de nutrição e metabolismo da Unifesp, propõe um jogo: cada qual faz seu prato e quem abusar do carboidrato tem de compensar esse excesso pagando uma multa, não em dinheiro, mas com alguma forma de atividade física.

 A idéia é divertida e nasceu de um estudo da equipe de Taddei, realizado em 2004, depois de avaliar as propagandas veiculadas nos intervalos dos programas infantis das maiores redes de TV. A conclusão: 10% delas estimulavam a garotada a consumir biscoitos, refrigerantes e achocolatados, ao contrário do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, onde os anúncios de alimentos hipercalóricos está proibido. “O carboidrato saudável não é o açúcar refinado, mas a frutose das frutas e os açúcares dos amidos e cereais”, ensina Taddei.
saude.abril.com.br/especiais/nutri_infantil/planeta_gordinhos

2. “Obesidade Infantil: um problema de saúde pública’
A obesidade é definida como um problema tão antigo quanto os primeiros passos do ser humano na Terra, já que acompanha o homem desde os primórdios da sua criação. Lidarmos com uma doença que toca na área do prazer humano que é “comer”, torna-se uma tarefa difícil e árdua.

A obesidade infantil vem sendo, há muitos anos (desde os anos noventa), considerada a doença nutricional que mais cresce no mundo e a de  mais difícil tratamento Nos países desenvolvidos, ela é considerada uma  doença crônica e um dos mais importantes problemas de saúde pública.

A obesidade apresenta-se de dois tipos:
Obesidade androide: quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdômen. É típica do homem obeso. A
obesidade visceral está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2, a dislipidemia e a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial.

Obesidade genóide: quando a gordura se distribui, principalmente, na  
metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da  mulher obesa.

Nas crianças, o excesso de peso ocorre mais frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência. Tal situação pode ser atribuída em parte, ao maior acesso aos alimentos industrializados, que acompanha a urbanização, juntamente com a falta de informação adequada, que induz a erros alimentares como o aumento do consumo de alimentos ricos em sal e gorduras.

Vários fatores influenciam o comportamento alimentar, entre eles fatores externos (unidade familiar, valores s sociais e culturais, mídia, fast food e manias alimentares); fatores internos (necessidades e características psicológicas, imagem corporal, preferências alimentares, saúde), fatores genéticos (doenças cardiovasculares, diabetes, etc) e fatores ambientais (dieta, sedentarismo, família, desmame precoce, etc).

Uma criança é caracterizada obesa quando o seu IMC (Índice de Massa Corpórea) está acima do percentil 85, de acordo com a OMS. De acordo com dados do IBGE, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros  possui sobrepeso e 7,3% sofre de obesidade.

As classes sociais que mais possuem casos de obesidade infantil são a média e alta. Estudos brasileiros mostram que nas escolas privadas a prevalência de sobrepeso e obesidade é maior que nas escolas públicas e este  dado se justifica pelo acesso mais fácil das crianças de nível sócio-econômico  melhor a alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como as modernidades tecnológicas que elas têm acesso e que levam ao sedentarismo.

Outro importante fator para a obesidade dos filhos é originário dos próprios pais. Quando um dos pais é obeso, o risco da criança ser obesa é de 50%. Se o pai e a mãe são obesos, esse risco sobe para 90% e sabemos que embora os fatores genéticos respondam por 24 a 40% dos casos de sobrepeso, não se pode negar o efeito do exemplo e compartilhamento de atitudes da família.

As consequências da obesidade infantil acarreta, dentre outros problemas, hipertensão, colesterol elevado, diabetes mellitus tipo 2, doenças ortopédicas, apneia do sono e problemas psicossociais. E estes problemas tendem a piorar na fase adulta, pois uma criança obesa tem grandes chances de ser um adulto obeso.

Antes de falar em emagrecimento devemos estar atentos para a necessidade da prevenção da obesidade, que se dá por uma série de atitudes simples, provenientes dos pais no ambiente familiar.

Não existe regra sem exemplo e as atitudes devem fazer parte do cotidiano de toda a família. Dentre algumas das dicas, está a educação
alimentar baseada em alimentos ricos em fibras e pobres em gordura e
açúcares simples, a cada 3 horas, e em quantidade adequada para cada
faixa etária.

Nos casos em que os pais não tiverem a supervisão adequada da alimentação dos filhos, como crianças que são cuidadas por babás, é preciso ter atenção para que não lhes seja oferecido doces e frituras, nem que haja a troca de refeições por guloseimas.

Este tipo de comida deve ser a exceção, em casos de festas infantis, por exemplo, e para crianças acima de dois anos. Os pais devem limitar o número de horas que as crianças passam em frente aos aparelhos eletrônicos, estimulando-as a praticar exercícios. O ideal é que a criança faça exercícios físicos pelo menos 3 vezes por semana.

Quando a criança já se tornou obesa é importante que os pais procurem o tratamento especializado para a sua idade, que contemple o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar (composto por médico, nutricionista, educador físico e psicólogo).

Como ensinar as crianças a comer bem?
• Coloque uma quantidade pequena de comida no prato, se a criança desejar mais ela poderá repetir;
• É fundamental deixar um bom intervalo entre as refeições, o que dará espaço para que a criança tenha fome. Intervalos pequenos levam a recusas com mais frequência, comprometendo a aceitação de certos alimentos;
• Procure não dar comida na boca, pois a criança deve ser incentivada ao ato de comer;
• Como a criança tem o hábito de imitar, toda a atitude de quem faz e de quem oferece a refeição devem ser positivas e favoráveis para a formação de bons hábitos;
• Não torne fácil o acesso às guloseimas;
• Procure fugir dos alimentos gordurosos, açucarados e muito temperados
(como por exemplo, frituras, fast food, guloseimas, conservas e embutidos).
• Vejam se a criança não está recusando os alimentos por estarem muito quentes, com cheiro desagradável ou forte, misturas de alimentos, temperos, tipo de corte etc.

Como criar hábitos saudáveis nas crianças?
• Pratique atividade física como caminhadas, andar d de bicicleta, piscina ou
simplesmente brincar de esconde-esconde no parque;

• Limite TV, vídeo game, computadores. Estes hábitos levam a uma vida sedentária, e lanches em excesso aumentam os riscos de obesidade e doenças cardiovasculares;
• Definir metas específicas e limites, como uma hora de atividade física por dia ou duas sobremesas por semana com exceção das frutas;
• Não recompense as crianças com comida. Doces e salgadinhos como prêmio incentiva hábitos ruins;
• Faça do jantar um momento família. Quando todos se sentam juntos para comer, há menos chance das crianças que comerem os alimentos errados ou petiscar demais;
• Faça um jogo de ler os rótulos dos alimentos. A família inteira vai aprender o que é bom para sua saúde e ser mais consciente do que comem;
• Insista em boas escolhas alimentares na escola.

Dicas de lanches saudáveis
Opção 1: 3 bisnaguinhas integrais com geleia de morango ou requeijão, 1 caixinha de achocolatado e 1 maçã.
Opção 2: 5 cookies integrais, 1 caixinha de suco de soja com sabor de fruta e 1 banana.
Opção 3: sanduíche natural, 1 caixinha de achocolatado e 1 pêra.
Opção 4: 1 pedaço de bolo caseiro, 1 caixinha de suco de soja com sabor de fruta e 1 fruta.
Opção 5: 1 lanche de pão integral com queijo processado que não precisa de refrigeração e suco de fruta de caixinha.
O lanche perfeito é aquele que contenha alimentos fonte de
carboidratos (pães, biscoitos, entre outros) que darão energia para seu filho brincar e realizar todas as tarefas do dia a dia. Frutas que fornecem as vitaminas e minerais essenciais para dar pique e proteger contra doenças e proteínas (de preferência leite e derivados que são fontes de cálcio) que ajudam a fortalecer o sistema imunológico”. (1). Flaviana Pedron

1 - revistasaudeinterativa.com.br/artigos/ed60/Obesidade%20Infantil%20-

Flaviana Pedron
Nutricionista – CRN² 7547P
Pós-graduanda em Nutrição Clínica e Estética

 Este texto é resultado de uma pesquisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário