terça-feira, 4 de junho de 2013

Espelhos criam autoimagens




Os Espelhos Criam Autoimagens

Lembre-se: nenhuma criança pode “ver-se” diretamente—ela só pode ver a si própria pelos reflexos que produz nos outros. Seus “espelhos” literalmente modelam a sua auto-imagem. A chave para a identidade que o seu filho constrói está diretamente ligada à maneira pela qual ele foi julgado.

Maria  olha para o espelho com admiração, se vê com os olhos da mãe boa.

 Cris não se admira no espelho, então será necessário cultivar o amor próprio - cuidar da criança interior com o amor de uma mãe generosa.

 O que acontece entre o seu filho e as pessoas que o cercam tem, consequentemente, uma importância fundamental.
Uma identidade positiva depende de experiências positivas de vida.

Conclusões dos espelhos
Você já pensou em si mesmo como um espelho? Você é um espelho — um espelho psicológico que seu filho usa pra construir sua própria identidade.

E toda a vida dele é afetada pelas conclusões a que chega.

Toda criança nasce sem um senso do eu. Todas elas têm de aprender a ser humanas, no sentido em que nós usamos esta palavra Encontrou-se, ocasionalmente, uma criança que conseguiu sobreviver com total isolamento de outras pessoas. Sem linguagem, sem consciência, sem necessidade dos outros, sem senso de identidade, a “criança-lobo” só é humana na aparência. Tais casos nos mostram que o senso da individualidade, ou personalidade, não é instintivo. E uma realização social, aprendida na convivência com os outros.


Autodescoberta
“O Outro me diz quem sou”
Tomemos um bebê típico e vejamos como ele constrói a imagem de si mesmo.

Todo vermelho e enrugado, nasce o pequeno Pedro. Seus pais orgulhosos, expedem comunicados proclamando a chegada de um novo indivíduo, de um ser à parte — seu filho. Ninguém diz a Pedro que ele chegou. E a essa altura, ele não entenderia a mensagem. Tendo sido uno com a mãe e com o seu ambiente durante nove meses, ele não sabe onde acaba e onde começa o resto do mundo. Não sabe que é uma pessoa.

Inúmeras sensações novas — tato, ser tocado, fome, dores, sons objetos imprecisos— despertam a sua curiosidade. Por mais primitivo que seja seu equipamento, ele começa a explorar, tateando, o seu estranho mundo novo. Quando ele toca o pé, sente alguma coisa ali  e em seus dedos. Quando toca seu ursinho, a sensação está apenas nos dedos. Com o passar dos dias, compreende que o pé é parte dele mesmo e que o ursinho não o é.

Ao mesmo tempo, verifica que as pessoas são diferentes das coisas. Elas se movimentam, fazem barulhos e o ajudam a sentir-se mais confortável. Um certo dia ele observa a diferença entre colocar um biscoito na boca de sua mãe e colocá-lo na sua própria boca. Começa a perceber que ele e a mãe são diferentes, mas, nessa fase, ainda se considera uma extensão dela, talvez um pouco como a cauda de um cão.

Pedro aprende a falar à medida que seu cérebro amadurece. A linguagem é o instrumento que lhe permite sentir-se plenamente separado, o que é essencial para sua autoconsciência. Vamos ver como isso acontece.

Pedro descobre, através da imitação, que certos sons representam determinados objetos. E verifica logo que os objetos podem ser rotulados qualitativamente. Aprende: “Fogo quente”, “Neném dodói” ou “Papá bom”.

Finalmente ele aprende o seu próprio nome. Agora ele tem um símbolo que lhe permite pensar em si mesmo, separado dos demais. Isso representa um enorme passo à frente. Permite-lhe atribuir qualidades a si próprio, tal como havia feito anteriormente com coisas.

 Pode dizer “Pedro quente”, “Pedro dodói” ou “Pedro bom”. Agora, pode falar sobre ele mesmo, descrever-se e julgar-se. Pode pensar em si em comparação com os outros: “Eu maior que Bobby”, e em termos de tempo, “Pedro já vai embora”.

Entre os quinze e os dezoito meses, Pedro tem uma ideia da separação, mas é imprecisa. A consciência plena só ocorrerá aos dois anos ou aos dois anos e meio. Antes disso, porém, seu nome lhe dá um ponto de referência com o qual relaciona vários rótulos descritivos. Primeiro pelos seus sentidos e, em seguida, pela linguagem, toda criança constrói uma imagem de si mesma.

Mensagens sem palavras
Muito antes de compreender as palavras, Pedro registra impressões generalizadas sobre si mesmo (e o mundo) com base na maneira como é tratado. Ele sente se é posto no colo com carinho, ou sacudido como um saco de batatas; ele sabe se os braços que o envolvem são aconchegantes, ou se apenas são um apoio vago e desinteressado. Sabe quando sua fome é respeitada e quando é ignorada.

 O toque, os movimentos corporais, as tensões musculares, o tônus e a expressão facial daqueles que o cercam transmitem a Pedro um fluxo constante de mensagens. E seu radar é espantosamente preciso. (Todos os bebês são sensíveis, mas em diferentes graus; alguns são mais sensíveis dc que outros).

As crianças pequenas são particularmente sensíveis aos estado emocionais da mãe. Quando a mãe de Pedro está apressada ou tensa. ele é exigente e pouco cooperador na hora de mudar a fralda ou de comer.

Quando ela está tranquila e tem tempo de aturar seus caprichos, ele é quieto e pacífico como um cordeiro. Uma conspiração? Não, ele está reagindo à linguagem corporal, que lhe informa se o clima psicológico é bom ou sujeito a chuvas.

Vamos dar a Pedro duas mães diferentes e ver como as primeiras impressões de si próprio dependem da qualidade das mensagens corporais delas.

A mãe A (ou substituta) centraliza sua atenção em Pedro, e não na tarefa que está executando. Por exemplo, quando lhe dá banho, os músculos dela estão relaxados e sua atitude é brincalhona e suave; há uma luz doce em seus olhos. Ela examina os pés gordinhos e enrugados, delicia-se com as suas reações ao pingar água sobre sua barriga. Quando Pedro balbucia, ela responde.

 Se ele espalha água com a mão, vê a mãe reage com uma risada e participar da sua brincadeira. Não há palavras, mas os dois estão se comunicando. Pedro sente e vê a receptividade dela. Não sabe que ele é um ser à parte, mas tem as suas primeiras noções de que é valorizado.

A mãe B aproveita sempre a hora da amamentação para ler. Sem braços o sustentam frouxa e indiferentemente. A atenção não se volta para o menino, mas para o livro. Se Pedro balbucia, ela não toma conhecimento.

 Quando ele se movimenta, os braços da mãe não colaboram. Se agarra a blusa dela, a mãe o faz soltar sem sequer olhar para ele. Pedro e a mãe não estão partilhando uma experiência. Na verdade, não há um encontro terno, humano, direto de pessoa para pessoa. A mãe é todo o mundo de Pedro naquele momento e suas primeiras experiências ensinam-lhe que não merece atenção.

Para ele, o mundo é um lugar muito frio no qual tem pouca importância. Podemos ver que Pedro teria uma série de impressões muito diferentes a respeito de si próprio, com a mãe B e com a mãe A.

Algumas experiências com bebês demonstram que o grau de receptividade carinhosa que proporcionamos cria as bases de uma futura visão positiva do eu. Essa receptividade é construída pelo tipo de atenção, sorrisos, carinhos, canções e conversas que damos aos bebês.

Os pais que fazem brincadeiras com seus filhos pequenos — “montar no cavalinho”, “o gato comeu”, e outras — podem fazê-lo de maneira a refletir um respeito carinhoso e um prazer. Esses reflexos colocam a criança no caminho da auto-estima elevada.

 Os pais que nunca brincam com os filhos, ou que os tratam com uma eficiência fria e impessoal, não lhes transmitem as primeiras impressões de sua importância. Não há muita alegria, para um ser humano, em ser recebido com indiferença ou rejeição.

Antes de se preocupar com as ocasiões em que ficou irritado, distante ou tenso com seu filho, você deve lembrar-se de que mensagens isoladas, ou pouco frequentes, não causam danos permanentes.

 O importante é o número total de mensagens de amor ou de desinteresse, juntamente com a sua intensidade. Se os momentos de prazer forem mais frequentes, a criança receberá a mensagem.

Antes de aprender o significado das palavras, portanto, cada criança recolhe milhares e milhares de impressões sobre si mesma que lhes são transmitidas pela linguagem corporal dos outros.

 Essas impressões só se transformam em juízos claros a seu próprio respeito algum tempo depois, mas são importantes porque as mensagens posteriores dependem delas; afinal, as primeiras impressões deixam marcas profundas.

Mensagens com palavras
Quando a criança passa a compreender as palavras, abre-se, para ela, um novo caminho para se descobrir como pessoa.

Assim que aprende a andar, Pedro arranca o brinquedo do amigo, deliciado com o belo prêmio que conquistou. Nessa idade, a preocupação com as necessidades dos outros é nula e o choro do amiguinho o deixa totalmente indiferente. A mãe repreende: “Pedro! Não faça isso! Menino feio!’’

Para a criança pequena, os outros— especialmente os pais — são espelhos infalíveis. Quando a mãe o chama de feio, Pedro conclui que essa deve ser uma de suas qualidades e adota esse rótulo para si naquele momento específico. As palavras (e atitudes) da mãe encerram um peso enorme — as maneiras construtivas de falar com a criança).

Imaginemos agora que a mãe de Pedro é, para ele, um espelho que devolve os reflexos negativos de si próprio. Durante anos, ele ouve:
“Não posso com esse menino. Ele é impossível!”,

 “O que você quer?” (num tom impaciente, de “Meu Deus, outra vez!”); “Por que você não consegue notas melhores, como a sua irmã?”;

 “Pedro foi convidado para passar o fim de semana fora” (num tom de grande alívio). “Mal posso esperar que as férias acabem e que Pedro volte logo à escola”. Quando ele foi para o primeiro ano, as palavras que a mãe dirigiu à professora foram: “Tenho pena de você, por ter que  aguentá-lo a maior parte do dia!”.

Pela maneira como Pedro foi tratado, podemos ver por que ele teria, necessariamente, de formar um juízo negativo a seu próprio respeito. Não é de surpreender que ele se considere um problema.

Não há dúvidas de que as palavras têm poder. Elas podem destruir ou fortalecer o auto-respeito. Mas as palavras devem corresponder a sentimentos autênticos. A auto-estima não vem do fato de se enganar a criança; na verdade, nada poderia ser pior.

A menos que as palavras e as atitudes se harmonizem, as crianças percebem a discrepância. Aprendem, então, a não confiar no que lhes dizemos, e examina melhor a importância da coerência entre as mensagens.

Como ocorre com as mensagens não-verbais, as explosões negativas ocasionais não causam danos permanentes. Toda mãe perde a calma de vez em quando. (Mesmo assim, os sentimentos negativos podem ser transmitidos de maneira não destrutiva.
 Mas a criança que está mergulhada nas acusações de caráter verbal conclui: meus próprios pais não gostam de mim, quem vai gostar?”

Tratamento da auto-imagem.

A auto-estima elevada, portanto, resulta dos reflexos positivos que cercam a criança. Você poderá dizer: “Bobagem, conheço muita gente que, quando criança, teve a pior relação possível com os pai e com a vida em geral. Apesar disso, tiveram sucesso e hoje parecem muito seguras de si e realizam coisas notáveis.”

Realmente há muitas pessoas assim. Mas os elementos exteriores do “sucesso” não asseguram a paz interior. Muitas vezes pessoas que exteriormente parecem bem-sucedidas, pagam, no íntimo, o preço:
vivem atrás de uma máscara de falsa confiança na alienação, com defesas neuróticas e insatisfeitas.

 Solitário que não gostam de si mesmos, podem usar constantemente o trabalho como uma fuga. Mesmo assim, sentem a sua inadequação, por maior que seja o “sucesso” exterior que conseguem demonstrar.

A verdadeira auto-estima, que nos interessa aqui, é a maneira pela qual nos sentimos intimamente, e não a aparência de felicidade ou a acumulação de riquezas e posições.

Para se considerar uma pessoa realmente adequada e sentir-se bem interiormente, a criança precisa de experiências de vida que lhe provem que tem valor e que é digna de ser amada. Não basta dizer à criança que ela é especial. A experiência é que importa. Ela fala mais alto do que as palavras.

As crianças valorizam a si mesmas na medida em que foram valorizadas.

Vários fatores combinados fazem da mãe ou do pai um espelho extremamente importante na vida de seu filho: a prolongada dependência dos pais para a sua satisfação física e emocional, o permanente contato com eles, e o fato de que os reflexos de si mesmo, vistos através dos pais, constituem as suas primeiras experiências. Para a criança pequena, os pais são tão grandes quanto Deus.

Deus no sentido arquétipo de Provedor, de ser Grande, Poderoso, Protetor, aquele que alimenta.

Um menino de quatro anos expressou a visão típica que as crianças têm dos poderes paternos, quando ele e seu pai passaram de carro perto de algumas casas, certa noite. Apontando para uma delas, que estava com as luzes acesas e as persianas fechadas, ele perguntou: “O que as pessoas estão fazendo dentro daquela casa, Papai?”.
“Não sei, meu filho.”
“Ora, e por que você não sabe?”, perguntou ele.

Para as crianças pequenas o pai e a mãe são todo-poderosos e oniscientes: são, literalmente, uma linha de comunicação vital. E perfeitamente lógico que aos três ou quatro anos se acredite que os pais podem ver através de persianas fechadas.

Portanto, as razões da criança pequena são: “Esses deuses todo- poderosos me tratam como mereço ser tratada.

 “O eles dizem ao meu respeito é o que eu sou”.

Usando suas palavras e linguagem corporal para construir essa auto-imagem, ela luta para se enquadrar na visão que tem de si mesma. E uma imagem à qual corresponderá.

Como pais, devemos ter sempre em mente que nossos reflexos têm um efeito poderoso sobre o avanço do senso de individualidade da criança.

As outras pessoas são espelhos.

Não somos, é evidente, os únicos espelhos na vida de nossos filhos. Qualquer pessoa que passe longos períodos com eles afeta a sua auto-imagem. Pouco importa se essa pessoa é parente, vizinho, babá ou empregada.

 Os professores contribuem muito para a imagem que a criança faz de si mesma, já que há um contato constante e também por exercerem acentuado poder sobre ela. Irmãos e irmãs são outros espelhos.

Embora a criança não dependa deles para as suas necessidades físicas e emocionais, eles oferecem estímulo social, competição e são parte íntima da sua vida cotidiana. Reagem continuamente a ela enquanto pessoa.

Mais ou menos aos seis anos, a criança se liberta da dependência total da família. A maneira pela qual outras crianças, que não as de sua casa, reagem a ela torna-se cada vez mais importante. Ela verifica logo
que os outros valorizam certas qualidades.

 E o fato de ter ou não essa qualidade afeta a ideia que faz de si mesma. Os meninos tendem a valorizar a capacidade atlética, a força física e a coragem. As meninas,  em geral, notam mais os atrativos físicos, a boa aparência, a sociabilidade e a cordialidade. Dão à ternura e às virtudes morais maior prioridade do que os  meninos.

As crianças que têm suas características valorizadas pelas outras da mesma idade sentem-se mais adequadas do que aquelas que não dispõem desses atributos, porque recebem repetidos reflexos positivos
do grupo.

As crianças cujos interesses e valores discordam visivelmente das outras de sua idade provavelmente se sentirão isoladas — e verão a si mesmas como pessoas de menor valor. A partir dos seis anos, e com maior intensidade à medida que se aproxima da adolescência, toda criança necessita do apoio social das demais cujos valores correspondem aos seus.

Domínio e realização.

Quando a criança que está aprendendo a andar compreende que é um ser à parte, tenta superar a sua impotência dominando a si mesma e ao seu ambiente. Seus êxitos e fracassos refletem-se na sua atitude para consigo mesma. Vejamos como isso funciona.

Toda criança recebe mensagens do próprio corpo. Ted, por exemplo, herdou pernas compridas e músculos fortes e bem coordenados. Qualquer que seja a atividade que ele praticar, terá bons resultados. Outras crianças querem tê-lo em seus times esportivos: os professores e os pais o aprovam calorosamente.

Sua habilidade lhe permite perceber que há uma diferença entre ele e seu amigo Clarence, cujo corpo, pequeno e mal coordenado, o convence de que não possui muitas das coisas valorizadas pelo grupo.

O índice de crescimento, o nível de energia, a capacidade física, a aparência, a força, a inteligência, a cordialidade, a habilidade e as deficiências de uma criança, provocam reações nos outros. A criança chega a conclusões sobre quem é, em parte, baseada nas suas próprias observações de si mesma, em comparação com os outros, e, em parte, na reação desses outros para com ela. E cada reação aumenta ou diminui os seus sentimentos de valor próprio.

As atitudes dos outros em relação à capacidade da criança são mais importantes do que a posse de determinadas características. A existência de uma deficiência na criança não é tão importante quanto as reações que ela provoca nas pessoas que a cercam. Atitudes de pena e desprezo fazem com que o menino ou menina se sinta infeliz. Em conseqüência, a imagem que tem de si mesmo, naquela área, torna-se defeituosa.

A escola apresenta, na sala de aula, no recreio, uma série de obstáculos que devem ser superados para que a criança se veja como uma pessoa capaz. Ali está Jil, que amadureceu depressa, tanto física como mentalmente.

 Ela está preparada para enfrentar as tarefas escolares, sobretudo a leitura, antes de muitas de suas colegas. Aprende a ver-se diferente de Joel, cujo amadurecimento foi mais lento. Ela desenvolve um respeito pelas suas capacidades mentais. Tem evidências concretas de que é mais do que simplesmente adequada na escola.

Uma menina do segundo ano, cujas notas escolares eram altas, escreveu: “Gosto de mim mesma porque faço bem os meus deveres”. A consciência de sua competência aumentou-lhe o prazer de ser ela mesma.

Ao examinarmos a importância do domínio sobre a auto-estima, não devemos esquecer que o êxito tem mais peso se ocorrer em áreas importantes para a criança. Harlan, aos doze anos, destacava-se como aluno de piano, mas era um fracasso nos esportes. Seu talento musical pouco significava para ele, pois não era valorizado pelos amigos.

Toda atividade da qual a criança participa lhe transmite informações sobre ela mesma. Em clubes, esportes, igreja e grupos sociais, na escola e no trabalho, ela obtém, constantemente, reflexos que acrescenta à sua crescente coleção de auto-percepções.

As respostas a ‘‘Quem sou eu?’’

A imagem que toda criança tem de si mesma é produto dos numerosos reflexos que fluem de muitas fontes: o tratamento que recebe da pessoas à sua volta, o domínio físico sobre si mesma e sobre o ambiente, e o grau de realização e reconhecimento em áreas que são importantes para ela.

Esses reflexos são como instantâneos de s mesma que ela cola num álbum imaginário de retratos, e que formam base de sua identidade. Tornam-se a sua auto imagem ou autoconceito - suas respostas pessoais à pergunta “quem sou eu?

A construção da identidade está relacionada com o autoconceito que é construído com um conjunto de ideias e representações que se tem de si próprio.

É importante ter em mente que a imagem que a pessoa tem de si mesma_pode ser ou não exata.

Todo ser humano tem um eu e um auto-imagem. Quanto mais exata a imagem que a criança faz de si mesma, mais realisticamente ela conduz a sua vida.

O sr. e a sra. K. precisavam de um filho que se destacasse. Lila absorvendo os elogios exagerados dos pais, vê a si própria como um cantora de talento — ilusão alimentada pela sua professora de canto ávida por dinheiro.
 Lila, porém, tem problemas porque o público não parece entusiasmar-se com o seu canto. Se ela recusar modificar auto-imagem alimentada pelos pais e pela professora, poderá esgotar se tentando se tornar alguma coisa para a qual não tem talento.

 Isso só pode levar à frustração e ao fracasso e talvez ao ridículo puro e simples ante os outros. Lila tem, portanto, menos razões para gostar de s mesma. Se alterar sua auto-imagem, ajustando-a às suas capacidade leais, não poderá manter a carreira de cantora como seu objetivo — que é o desejo dos seus pais.

Naturalmente, quanto mais o autoconceito de uma pessoa corresponde às suas capacidades reais, à sua habilidade e ao seu potencial mais provável é o seu sucesso. Terá, então, maiores oportunidades d se ver como uma pessoa adequada.

Aparecimento da auto-estima
No momento em que a criança absorve as descrições que os outros fazem dela, assimila as suas atitudes para com essas qualidades. O sr. T., por exemplo, diz freqüentemente a Lilly:

 “Meu Deus como você é agitada!” Uma segunda mensagem— um julgamento d valor— está implícita nessa frase cujo tom diz:

 “E isso é mau!”Lilly aprende a ver-se como agitada e aprende a pensar nisso como um traço negativo. Ela pode, então, reprimir uma parte natural de si mesma par conseguir aprovação e aumentar o seu respeito próprio, ou, se aceitar julgamento do pai, sentir-se um pouco menos aceitável devido a essa
qualidade,
-
As palavras são menos importantes do que os julgamentos que as acompanham.

O sr. S. chama Sammy muitas vezes de “monstro”. Mas seu tom é de amor e orgulho, como se dissesse: “Meu filho, você é um grande sujeito!”. Sammy refere-se a si mesmo como monstro, mas usa essa classificação com orgulho. Lembre-se: a linguagem corporal fala sempre mais alto do que as palavras.

O juízo que a criança faz de si mesma surge a partir do juízo dos outros. E quanto mais a criança gosta de sua auto imagem, maior a sua
auto-estima.

Geralmente aos cinco anos a criança já reuniu reflexos suficientes a seu respeito para poder formar a sua primeira estimativa do valor que tem. Pode não se sentir bem consigo mesma em todas as ocasiões, mas, se de modo geral se sentir basicamente amada e valorizada, se alegrará por ser quem é.

Sempre que alguém diz “Não dou para isso”, na realidade não está dizendo nada a seu respeito. Pode achar que está fazendo uma observação sobre seu valor pessoal (seu eu), mas, na verdade, está fazendo um comentário sobre a qualidade de suas relações com os outros — a partir das quais construiu a sua auto-imagem.

Pela maneira como uma pessoa vive a sua vida, pode-se afirmar:
“Não é tão importante o que você é, mas aquilo que acha que é”.

Brett, aluno do quinto ano, focalizou esse tema quando lhe pediram para escrever sobre o que gostaria de falar no Dia de Ação de Graças:


Estou contente por não ser um peru! Estou grato por eu ser eu e por você ser você. Estou satisfeito por me sair bem na escola. Estou contente por estar aqui, e não lá.

Estou satisfeito por ser uma pessoa e não um cachorro ou um gato... Estou feliz por frequentar esta escola. Estou contente por ter bons amigos com quem brincar. Estou agradecido por ter um irmão para conversar em casa. E estou agradecido apenas por eu ser eu mesmo!

Um testemunho eloquente dos espelhos positivos que cercam Brett.

 Lembre-se: nenhuma criança pode “ver-se” diretamente—ela só pode ver a si própria pelos reflexos que produz nos outros. Seus “espelhos” literalmente modelam a sua auto-imagem. A chave para a identidade que o seu filho constrói está diretamente ligada à maneira pela qual ele foi julgado.

 O que acontece entre o seu filho e as pessoas que o cercam tem, consequentemente, uma importância fundamental.

Uma identidade positiva depende de experiências positivas de vida.


Postado por Dharmadhannya

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