domingo, 8 de julho de 2012

Os Centros Sutis, os Chakras, sonhos, sincronicidade.





Os Centros Sutis, os Chakras, sonhos, sincronicidade e a Tradição Ocidental
Patrick Paul – Resumo
Postado Por  Dharma dhannya

 Com o desenrolar do tempo vocês talvez percebam que certos princípios que compreendiam mais ou menos, estarão melhor integrados. Dentro da linguagem dos chakras, isto significa que irão em direção à ascensão da energia e, portanto, a uma integração ou universalização cada vez maior.

Quando associamos, por exemplo,
- o centro Basal ao mineral,
- o Sacral ao vegetal,
- o Umbilical ao animal,
- o Cardíaco ao humano,
-  o Laríngeo ao homem angélico,
- o Frontal ao mundo dos deuses
- e o Coronário ao mundo de Deus, na verdade, essa integração deve ser compreendida como sendo a aquisição do conhecimento do mineral em si, do vegetal em si, do animal em si, e assim por diante.

 Em outras palavras, quando a energia animal, ligada ao chakra Umbilical, for perfeitamente integrada, o animal em vocês se revelará em seus sonhos.

Cada vez que sonhamos com um animal, estamos em ressonância com o centro Umbilical e, se o animal for branco, significará que a sua pele tomou-se Luz, portanto, que a força animal foi iluminada.

 Nesse momento, o animal entregará a vocês uma determinada força.
Ao aparecer, por exemplo, um gato branco, reflitam sobre qual é a função simbólica: do gato. Uma das qualidades do gato é enxergar à noite, isto é, enxergar o invisível.
Se aparece no sonho um urso que estende sua pata, tal como ocorreu comigo, visto que o urso é um símbolo de poder real, trata-se da pata de poder. Isso quer dizer que recebemos, nas iniciações do centro Umbilical, uma potência animal, de ação.

 Porém, para ser mais preciso, direi que se trata de uma iniciação do centro Umbilical no centro Frontal. Quando o ser alcança o nível Frontal, os centros, um após o outro, serão embranquecidos, ou seja, haverá a integração de cada uma dessas energias.

O javali branco, por exemplo, está ligado ao poder sacerdotal, aos poderes de invisibilidade ou ao aspecto inapreensível das coisas. O javali é um animal solitário que um dia está aqui, noutro ali, difícil de ser visto, pois se esconde na floresta do inconsciente.


Portanto, seu embranquecimento simboliza a integração de todas essas forças e, quando isso se dá, significa que um certo nível está integrado. Eu o encontrei sob a forma de um javali de cristal.

Todos esses elementos são muito reais, tanto no mundo intermediário do sonho, quanto na realidade do corpo Causal e, na seqüência, vocês também os sentirão claramente na vida física. Como no caso do encontro com o gato branco, ver o invisível é, na verdade, ver dentro do visível coisas que pertencem ao invisível.

Numa visão global pode haver diferentes agrupamentos de chakras, como por exemplo, quatro e três, ou então três, três e um, que é exatamente a ordem do Gênesis, na Bíblia. Também podemos agrupar os centros em cinco e dois, ou dois a dois.

Na classificação dois a dois é interessante estabelecer um paralelo com a ciência contemporânea no campo da neurologia. Nessa visão, os dois primeiros centros, o Basal e o Sacral, estão em ressonância com o sistema neuro-vegetativo.

Pode-se dizer que o centro Basal é yin e está ligado à função hormonal, e que o centro Sacral é yang e liga-se ao sistema nervoso neuro-vegetativo.

Os centros Umbilical e Cardíaco correspondem às emoções e sentimentos e ao sistema límbico.

Com relação ao yin-yang a função cardíaca é yin e permite memorizar as experiências vividas. Através desse centro ocorre a passagem entre o corpo psíquico e a alma imortal .

 A função do centro Umbilical no sistema límbico é destruir as cargas emocionais não integradas e desnecessárias.

Os centros Laríngeo e Frontal referem-se ao neo-córtex ou ao que chamamos de cérebro direito e cérebro esquerdo. O centro Laríngeo corresponde ao mental analítico, portanto à energia yin, enquanto que o Frontal, ao cérebro direito, à intuição intelectual, que os hindus chamam de Buddhi.



2. A OPERATIVIDADE E A LINGUAGEM
DOS MUNDOS INTERIORES

Existem realidades que dificilmente são enunciadas ou ensinadas, pois nos diversos mundos falamos das mesmas coisas sob diferentes óticas. Por exemplo, a operatividade dos mundos interiores é evidente, mas, para vê-la, é preciso estarmos despertos. Antes, portanto, de questionar a operatividade dos mundos interiores, seria interessante nos questionarmos sobre a nossa capacidade de observá-los. Os mundos interiores têm uma linguagem de invisibilidade muito diferente da nossa habitual.

A questão é como traduzir o invisível para a nossa experiência terrestre. O invisível só é visível para quem tem olhos para vê-lo, os outros nada vêem.

 Portanto, para falar aos cegos sobre o invisível, utiliza-se uma linguagem do mundo visível, mas sempre correndo o risco da identificação com o objeto, em detrimento da realidade interior. Esse problema é comum a todos os ensinamentos.

Quanto à operatividade dos mundos interiores, só é possível comprová-la pelo testemunho vinculado à fé, qualidade esta que nos possibilita estarmos abertos ao mundo invisível mesmo sem vê-lo.

O verdadeiro ensinamento dirige-se ao despertar da vida interior e invisível e, embora seja sabido que só através do visível poderemos encontrar o invisível, esse ensinamento não pode ser completamente provado. Trata-se de uma situação bem paradoxal: é necessário sempre se apoiar no visível sem nele se deter.

Voltando aos chakras, é possível apreendê-los visivelmente, em termos de espaço corporal, mas não concretamente no corpo. O corpo está aquém dos chakras, e de certo modo, é o que os reúne.

 Podemos localizar o chakra Basal, na altura do cóccix, ou do Frontal na altura da testa, mas evitem cair na armadilha de fixar o chakra na forma corporal, pois eles têm funções sutis, invisíveis, subjacentes à matéria.

Esse mesmo princípio é válido para todos os níveis. Ao traduzir os chakras em termos astrológicos, por exemplo, direi que o chakra Basal é Saturno. Numa visão existencial isso facilita, pois Saturno é um planeta que posso ver no céu. Como admitir, porém, que um pequeno ponto, a milhões de quilômetros de distância no céu, pode ter uma influência sobre mim?

 Saturno tem, de fato, uma forte influência no campo energético ou sutil, mas que, de modo algum, é física ou concreta. Nesse sentido Os cientistas têm razão quando afirmam que a astrologia não funciona, pois em termos quantitativos e materiais Saturno, na verdade, não tem influência sobre nós; sua influência, repito, é no nível sutil.

Por isso sempre insisto na relação com a morte, pois nela pode- se melhor pressentir a postura de tudo ou nada. Na morte, quando o corpo físico termina, os níveis de invisibilidade ainda subsistem.

Portanto, o trabalho consiste em irmos na direção dos níveis interiores, pois o nosso testemunho tem que ser o da vida interior. Um ensinamento não é transmitido para que nos sintamos bem dispostos ou possamos melhor resolver nossas pequenas questões terrestres, embora no início do trabalho todos se iludam quanto a isso.

 O ensinamento existe para nos possibilitar uma abertura à vida interior. Para obtermos essa abertura o ego e o pequeno mental, que tentam possuir e controlar tudo, são os grandes empecilhos.
Ao consolidarmos uma aspiração real em direção aos mundos interiores, poderão ocorrer efeitos físicos que fazem a vida existencial transcorrer melhor, mas o objetivo não é esse.

Para termos acesso aos níveis interiores, é necessário desapego e confiança. Normalmente um acompanha o outro; só podemos nos desapegar se confiamos. Isso vale para todos os níveis, inclusive para as práticas corporais.

Para que o gesto seja justo é preciso confiar em si e desapegar-se da forma do exercício que se quer realizar. Se quisermos fazer bem o gesto, certamente fracassaremos, pois estaremos preso à forma e não ao invisível da energia. Cultivem sempre o desapego e a confiança em si, e a partir daí tudo lhes será dado.

O desapego permite a desidentificação da forma, e, por não ficarmos apegados à matéria, poderemos alcançar um outro nível de experiência, também real, mas de uma realidade pertencente ao nível sutil e invisível.

 Num trabalho, como o desenvolvido aqui, vocês talvez tenham a impressão de que nada ocorreu, que houve apenas um ensinamento mais ou menos compreendido, práticas corporais ridículas, nada portanto que os façam dar pulos de alegria.

Se permanecermos no nível material, isso é a pura verdade e perdemos nosso tempo. Por outro lado, se houver uma pequena sensibilidade ao invisível, vocês talvez sejam curados de uma lepra (falarei mais adiante da lepra dos metais) e poderão ter acesso a uma cura espiritual.

 A cura, todavia, nem sempre está onde gostaríamos de que ela estivesse. Como as coisas não ocorrem como desejamos, é preciso estarmos despertos para percebê-las.

Todas as curas espirituais, descritas nos Evangelhos, estão ligadas a seres que têm fé, isto é, abertos e receptivos.

 Se não houver fé, Jesus pode aparecer em pessoa, mas nada acontecerá, como por exemplo, quando Tomé toca as chagas de Cristo para assegurar-se da realidade da ressurreição que, na verdade, não é material. Na etimologia hebraica, Tomé significa “duplo”, mostrando que não é o nosso corpo físico que está equipado para tocar a realidade da ressurreição.

 Vejam como todos esses ensinamentos abrem para dimensões não habituais. E preciso sensibilizar-se e abrir-se aos poucos para experimentar essa realidade sutil.

Quem pode o mais, pode o menos, mas o inverso não é verdadeiro. A medida que crescermos, poderemos mais para nós próprios; para os outros, porém, apenas na medida da abertura deles. Não podemos querer que pessoas sem experiências, e que não cresceram, compreendam uma outra realidade.

Nesse caso a conduta apropriada consiste em se colocar no nível da pessoa e, partindo do lugar em que se encontra, utilizar sua própria linguagem para, aos poucos, permiti- la abrir-se e sensibilizar-se para outras compreensões.

Esse trabalho não é feito para que a pessoa adquira mais poder sobre sua existência física, mas para que possa alçar-se a níveis mais sutis de si própria.

Como conseqüência, haverá repercussões no nível físico, resultados práticos que se tornarão permanentes, mas o objetivo não é este. Se alguém estiver aberto, abrirá a Bíblia em qualquer lugar e compreenderá seu significado. Saberá agir diante de experiências concretas de qualquer natureza.
O desapego quando uma pessoa morre, por exemplo, não é uma atitude de indiferença. E normal ficarmos tocados mas, ao mesmo tempo, por experiência própria, interior, sei que a vida continua depois da morte.

 Tive provas disso e o que digo não é uma especulação ou intuição. Somos completamente amados e acompanhados pelo mundo celeste. Se nós O amamos, Ele nos ama e, sem pedir coisa alguma, Ele nos dará, pois a grande chave é a relação de amor.

Sem jamais ter pedido, tive um certo número de experiências interiores ligadas a pessoas que já haviam morrido. No ano passado, um de meus velhos amigos morreu e alguns dias depois tive a ocasião de ‘encontrá-lo nos mundos interiores.

Não o encontrava há algum tempo antes de sua morte e, nesse contato, entre outras coisas, ele se queixou de uma dor muito forte na perna. Perguntei à família se ele tivera algum problema na perna. Confirmaram-me ser esse um de seus grandes problemas.

Na minha última estada no Brasil, meu padrinho morreu e eu só soube disso na volta. Tive a ocasião de vê-lo nos mundos interiores por três vezes. Na primeira vez, pouco tempo após sua morte, estava num estado vegetativo ao lado de seu túmulo. Na segunda, dava a entender que tentava voltar para sua casa terrestre, mas a porta estava fechada.

Perguntei a sua mulher o que isso poderia significar, pois ela mora no campo e normalmente a porta permanece aberta. Ela me disse que desde a morte de seu marido, quando saía pára o campo, trancava a porta. Na terceira vez, apareceu com um corpo de Luz e me deu algumas indicações ligadas à salvação.

Vejam como todo um conjunto de coisas nos é mostrado quando há uma entrega plena a nossos outros níveis. E necessário estarmos sempre num estado de pobreza espiritual, aspirando a receber. Por outro lado, é preciso recolocar em questão tudo o que se possa receber.

Primeiro, porque ninguém detém a verdade absoluta, mas principalmente porque o que recebemos é sempre tingido e limitado por nossos próprios filtros.

 A medida que o trabalho se repete, pela paciência e assiduidade, iremos aos poucos nos abrindo a dimensões mais sutis e perceberemos, com toda a simplicidade que há, de fato, um poder operativo.

É evidente que nestes dois ou três dias apenas propus a vocês uma espécie de resumo. Sugiro que retomem todo esse trabalho e cresçam com ele. No que diz respeito à prática, abordem um só tema por dia, um só chakra por vez.

 Comecem as reuniões com métodos indutivos que podem ser corporais, respiratórios ou de mantras, para que o psico-corporal esteja receptivo a algo mais profundo.

Apenas nessas práticas já há muito a ser aprendido. Notei aqui que o trabalho corporal deve ser bastante aprofundado, pois de maneira geral vocês habitam pouco seus corpos.

 Por outro lado, não é possível realizarmos juntos um trabalho de reajustamento corporal, uma vez que venho apenas de tempos em tempos ao Brasil. Seria necessário praticar com regularidade.

 O que propus aqui é superficial, pois alguns minutos numa postura não bastam para vivenciarmos profundamente uma energia. E preciso ir ao interior, renovar a prática e ter acesso a pessoas que já percorreram o caminho e podem corrigir certos defeitos. As práticas são sempre muito interessantes quando os gestos são executados bem lentamente.

Se quiserem trabalhar o corpo, sugiro que procurem pessoas que trabalham com o Tai Chi Gong. Como nunca pratiquei Ioga, não posso dizer muito a respeito, mas penso que, se encontrarem uma linhagem de qualidade, poderá ser muito interessante. Alguns de vocês sabem que tenho uma afeição muito especial pelas práticas de combate com espada, mas infelizmente práticas interiores de combate quase nunca são ensinadas; nos dias de hoje, é raro encontrar um professor que as pratique.

A cada reunião, após as práticas indutivas, quando o nível corporal estiver em maior ressonância e receptividade introduzam métodos mais interiores, como visualizações, meditações, trabalhos sobre simbolismos e analogias.

 Sintam-se livres, escolham meditações sobre um texto bíblico, sobre cartas de Tarô, que possibilitem aos poucos chegar, não apenas a percepções corporais ou a sentimentos que qualificaríamos de informais, mas também a reflexões, intuições, ou seja, à consciência e ao conhecimento. E preciso fazer com que esses níveis desçam até nós.

Encerrem a prática com um momento de silêncio, para que possam de novo tocar o Vazio e não se prenderem a nada. Façam voltar ao Vazio o que a ele pertence.

Esse é o método de trabalho que sugiro desenvolverem, e não se esqueçam de ter confiança, pois, uma vez mais, o caminho que vocês trilharem, irá construí-los.

 Podemos perceber num certo ser coisas que outros não vêem, mas deixo bem claro que isso não quer dizer que veremos auras ou coisas do gênero, pois esses fenômenos não passam de etapas intermediárias, de modos de representação e de percepção e não de realidades, o que tampouco quer dizer que elas não sejam portadoras de sentido.

Quanto à operatividade do trabalho, é preciso compreender bem que o caminho é ir realmente em direção aos mundos interiores, mesmo que a priori isso pareça ser história de loucos, pois, uma vez mais, para o ego tudo isso é muito incerto.

É muito interessante trabalhar os chakras meditando sobre o Apocalipse de São João.
Apenas para elucidar um pouco essa afirmação, direi que a carta à Igreja de Efeso corresponde ao centro Basal, ao planeta Saturno e ao ponto mais baixo da descida da energia.

 Quando dispomos dessa referência, os versículos subsequentes dessa carta adquirem pleno sentido.

 “Conheço tua conduta, tua fadiga e tua perseverança; sei que não podes suportar os malvados. És perseverante, pois sofreste por causa do meu nome, mas não esmoreceste. Devo reprovar-te, contudo, por teres abandonado teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde caíste”. (Apocalipse 2:2-5)

Para a Igreja de Esmirna, que se refere ao centro Sacral, a Júpiter, à Luz e à vida, está escrito:
 “Mostra-te fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida. O vencedor de modo algum será lesado pela segunda morte”. (Apoc. 2:10-11).

Com relação à Igreja de Pérgamo, que corresponde ao centro Umbilical, a Marte, é ressaltado o aspecto alimento e caloria: “Ao vencedor darei do maná escondido”. (Apoc. 2:17).

Na carta à Igreja de Tiatira, está escrito: “sou eu quem sonda os rins e o coração;” (Apoc. 2:23) o que se refere. sem dúvida ao chakra Cardíaco e aos atributos de Vênus, que no plano energético corresponde aos rins e ao coração.

Na carta à Igreja de Sardes, que corresponde a Mercúrio e ao chakra Laríngeo, está escrito: “Caso não vigies, virei como um ladrão, sem que saibas em que hora venho te surpreender” (Apoc. 3:3). Como vocês sabem, Mercúrio também era o deus dos ladrões.

Mesmo sem nos aprofundarmos nos detalhes, é possível perceber que nos textos sagrados e tradicionais são encontradas as indicações dos centros energéticos e são sugeridas outras maneiras de serem trabalhados.
No Pai Nosso, em francês — e não estou pretendendo filiá-los a uma determinada religião — as frases ligadas a cada chakra começam sempre pela palavra “que”. São elas:
1. Pai nosso que estais no céu,
2. Santificado seja o Vosso Nome,
3. Venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu.
4. O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
5. Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores,
6. Não nos deixeis cair em tentação,
7. Mas livrai-nos do mal.

Patrick: O que se pode perceber nessas sete proposições?
Aluno: Os sete pecados capitais?
B: As de cima são positivas e as de baixo negativas?

P: Existem, claramente dois grupos, um com quatro e outro com três proposições. Essa separação é clássica no campo tradicional.

As quatro proposições relativas aos centros inferiores estão marcadas pela dualidade, enquanto que as três relativas aos centros superiores constituem-se em nomeações espirituais.

O mesmo pode ser encontrado na Tradição ligada aos chakras. Os três centros inferiores correspondem ao karma, implicando portanto noções de causa e efeito, bem como o que, em termos alquímicos, denomina-se “ferrugem” ou “lepra dos metais”.

Essas proposições referem-se predominantemente à queda e ao pecado original. Por outro lado, as proposições superiores não estão ligadas a elementos de dualidade ou pecado, entendendo-se aqui o pecado como ignorância.

Se os centros inferiores estão ligados à dualidade, os centros intermediários, ou mais exatamente o Cardíaco e o Laríngeo, que antecedem os superiores, ainda têm uma certa dualidade, mas constituem uma progressiva preparação para a não-dualidade.

 Eles opõem de certo modo um movimento de solve ao movimento de coagula. E como se os centros superiores tivessem a capacidade de dissolver a dualidade, o pecado, o karma e ajudassem a nos liberar de todas as cristalizações, fixações e identificações.
O Pai Nosso e os chakras

Solve........................................ Coagula ......................................
Nome...Coronário.... Ofensas..... Umbilical... ofensas Umbilical... Marte
Reino... Frontal .... Sol e Lua ... Tentação Sacral ... Júpiter
Vontade.... Laríngeo... Mercúrio... Mal... Basal... Saturno.
Pão... Cardíaco... Vênus.

Vejam uma vez mais a unanimidade das tradições. Ao rezarem o Pai Nosso, mesmo sem saber, vocês estarão trabalhando os chakras. Muito embora no ocidente esse ato não seja qualificado dessa maneira, trata-se do mesmo trabalho. Não temos, portanto, motivo algum para invejar as outras tradições.

O problema é sempre estarmos presos às identificações e, se eu tivesse dito que faríamos um trabalho sobre o Pai Nosso, certamente viriam menos pessoas. Os chakras vendem bem porque as outras tradições parecem ser sempre melhores. Na verdade, tal atitude representa uma fuga, pois seremos incapazes de compreender o sentido profundo de outras tradições, se não formos capazes de compreender antes a nossa.

Intercâmbio
Aluno: A referência ao “Pão nosso de cada dia” seria no sentido físico de estar presente e viver o aqui e agora?
Patrick: Em parte sim, mas na verdade tanto o pão como o vinho nos remetem ao mistério do corpo de ressurreição e à natureza de certo modo vegetal desse corpo.

A: Pode-se dizer que a fé está ligada ao pão?
P: Não, As virtudes estão divididas em ordinais e cardinais, que “coincidentemente” formam um grupo de quatro e outro de três. A fé é a mais alta de todas.

A: Você mencionou que o pão e a vontade são transições para chegarmos aos chakras superiores. Trata-se de uma preparação progressiva para a não-dualidade?
P: Sim, justamente.

A: E a oração da Ave Maria?
Solve Coagula

P: Ela foi construída de outra maneira. A oração à Virgem está mais ligada aos mundos inferiores. Ela fala de fecundação, de morte, isto é, do simbolismo feminino, que conduzirá à gestação, à forma, à vida física, mas também à morte. Essas duas orações não se referem ao mesmo campo. E até possível estabelecer um paralelo da Ave Maria com os chakras, mas seria menos definido.
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