domingo, 15 de julho de 2012

Setimo Chakra .Netuno . Sagrado e o Divino


                                                          

 Setimo Chakra. Netuno O Sagrado e o Divino. 

 A “ativação” das glândulas sagradas é um exercício diário físico, espiritual, e mental. A prática do Yoga, da dança, do Shi Kung, Tai chi ou de um exercício físico ativa a circulação da energia, e desbloqueia os chakras e a energia estagnada que adoece. A união do corpo e da mente promove a União da Alma com o  Espírito. Os curadores precisam fazer circular a energia, a luz do Corpo de Luz e, assim  iluminar a Aura com a beleza da Alma.

 A meditação no Terceiro olho protege seus Chakras e especialmente do plexo solar de ataques e da dominação e favorece seu contato com energias superiores. O contato com a Alma  protege a todos que trabalham como curadores em todas as áreas de atendimento ao público.

Quando você medita com o Sexto Chakra, você se reune com a sua Divina Presença, com a sua Alma,  com a Unidade e a intuição  nos guia em direção ao Dharma.

"Netuno.  O Sagrado e o Divino. Self. Arquétipos".
A. Howell
 Resumo.
Trata-se de um grande paradoxo, mas a percepção humana funciona de modo dualista; neste caso, com o Interior e o exterior, ou com o sujeito e o objeto, dificultando mais a questão.

Devemos ver os Deuses, ou Netuno como uma linguagem simbólica que une esse exterior a esse interior, e como uma linguagem de correspondências.

Um símbolo serve de mediador entre os níveis de consciência, e isso a simbologia astrológica faz com facilidade. Trata-se, como disse o astrólogo-filósofo Dane Rudhyar, de “uma álgebra da vida”. Ela tem a capacidade de converter as “coisas” de símbolos em processos, e um símbolo é a melhor forma de descrever urna coisa que se acha num contínuo estado de fluxo.

Este é um pensamento mais profundo. Ele nos leva a uma compreensiva aceitação do que Jung chama de arquétipos ou imagens primordiais. A abordagem mais próxima dos processos universais a que podemos chegar consiste em personificá-los e em fazer deles deuses, o que é reconhecer com reverência o nível da sua realidade.

A astrologia, os mitos e a sua relação com os Planetas nos ajuda a decifrar os deuses no passado nos termos dos processos arquetípicos que eles representaram, e que ainda representam, no mundo exterior da natureza e dos eventos, e no mundo interior de sentido da psique.


Os símbolos são Imagens; nós as lemos com o hemisfério direito do cérebro. O símbolo dos planetas  não mostra senão hieróglifos ou símbolos; logo, as Imagens vêm à luz de modo inteiramente espontâneo quando olhamos para um deles. Dessa maneira, não deveríamos nos surpreender com a existência da sincronicidade, nem com o fato de as Imagens serem, na verdade, válidas. Verifiquei isso repetidas vezes por experiência própria. E funciona.

Para o estudioso do símbolo, ou pelo menos para aquele a quem chamo astrólogo analítico, o horóscopo representa virtualmente um mapa vivo para esse reino interior.

 Isso não é urna idéia nova. Orígenes, teólogo cristão do século III d.C., escreveu: “...compreende que tu mesmo és também um outro pequenino mundo, e que tens dentro de ti o Sol e a Lua, bem como as estrelas.”

Ele também escreveu (num dos seus comentários sobre O Livro da Sabedor i) algo que perpassa o pensamento astrológico, a relação e a correspondência entre a manifestação visível exterior e o sentido psicológico interior.

Pois quando enumerou todas as coisas uma por uma, o autor da Sabedoria divina disse finalmente que recebeu o conhecimento das coisas ocultas e das coisas manifestas.

E, sem dúvida, ele revela com isso que cada coisa manifesta deve estar com uma oculta; isto é, todas as coisas visíveis apresentam um padrão e uma matriz invisíveis.

Então, já que é impossível para o homem, vivendo na carne, conhecer alguma coisa dos elementos ocultos e Invisíveis a menos que tenha aprendido alguma Imagem e semelhança deles a partir das coisas visíveis, suponho que Aquele que fez todas as coisas com sabedoria criou todas as espécies de coisas visíveis sobre a Terra,

 de modo a colocar nelas algum ensinamento e conhecimento das coisas invisíveis e celestiais, para que, por meio deles, a mente humana pudesse elevar-se ao entendimento espiritual e buscar os elementos das coisas no céu [psique];

de modo que, Instruída pela sabedoria de Deus, ela pudesse dizer: “Aprendi as coisas que estão ocultas e as que estão manifestas.”

Para nós, esses símbolos estão ocultos, não apenas na natureza, mas nas religiões, na geometria, nas cores e nas etimologias das línguas, pois as palavras e os modos inconscientes com que são usadas estão Igualmente repletos de segredos.

Mais adiante, veremos que a Mãe-Deusa e a Lua têm elos de sentido com a taça, o ventre, o cálice, a concepção, a receptividade do ego na psique, e que todas essas coisas estão relacionadas entre si.

Outro que sustentou opiniões semelhantes foi Paracelso, um compatriota de Jung, que viveu no século XV. Jung chegou a fazer duas preleções importantes sobre Paracelso, com base nas quais eu gostaria de mencionar algumas palavras do velho médico. Você deveria realmente ler essas preleções, se é que já não as leu, porque elas estão repletas de sabedoria. Paracelso o escreveu:

A partir do exterior aprendemos a conhecer o interior. Há no homem um firmamento como no céu, mas não de uma parte; há duas. Pois a mão que separou a luz da treva, e que criou o céu e a Terra, fez o mesmo no microcosmo abaixo, tendo tomado do alto, e encerrado dentro da pele do homem, tudo o que está contido no céu. Por essa razão, o eu exterior é um guia para o céu Interior...

Pois o céu é o homem e o homem o céu, e todos os homens formam um só céu, e o céu é apenas um homem.

Jung também recorre a Paracelso — que sem dúvida conhecia bem A Tábua de Esmeralda’ —. a autoridade clássica da alquimia medieval, e cita o famoso trecho: “Aquilo que está embaixo é igual àquilo que está em cima, e aquilo que está em cima é igual áquilo que está embaixo para realizar os milagres de uma coisa só.”

Há momentos em que eu gostaria de poder ler “assim na terra como no céu” no sentido horizontal: “assim do lado de fora como do lado de dentro”.

A polaridade do em cima e do embaixo joga muito com o conceito de um céu e de um Deus literalmente em cima, no céu, e de nós embaixo, na Terra.

 Pressinto que fora/dentro sugere uma unidade não menos significativa e, para nós, mais fácil de compreender em função dos eventos exteriores e do significado Interior.

Jung também sugeria que nos inclinamos a pensar que poderíamos ser diferentes se ao menos as nossas circunstâncias exteriores fossem favoráveis, mas que o contrário é inteiramente verdadeiro.

 Apenas quando mudamos a nossa consciência é que os eventos exteriores começam a fazer sentido. Espero que o leitor entenda o que estou sugerindo. Paracelso utiliza o exterior para diagnosticar o Interior, e não para o justificar.

Paracelso não restringiu os “planetas” a uma existência vinculada apenas com a humanidade. Ele os percebia em toda a natureza, nos minerais, nas plantas, em todos os níveis da criação tangível e intangível.

Na condição de materialistas, tendo sido criados com um ponto de vista materialista, tendemos a entender isso literalmente e a pô-lo de parte como conversa fiada; mas, quando vemos o que ele estava tentando dizer em ternos simbólicos, então podemos compreender esses “planetas” como símbolos dos processos universais.

 Um processo pode funcionar tanto no exterior como no interior, e na verdade revelar que eles são essencialmente uma só coisa.

E como se esses níveis de manifestação criadora fossem oitavas musicais. Embora representem a energia em níveis vibratórios diferentes, eles ressoam entre si em todos os níveis.

 Essa idéia foi expressa por Pitágoras, o grande geômetra grego, que relacionou os planetas com a escala musical. Quase dois mil anos depois, um astrônomo Inglês, William Bode, descobriu o que hoje se conhece como Lei de Bode; ela demonstra que a razão matemática entre os planetas, do Sol a Saturno (incluindo o cinturão de asteróides), equivale precisamente à razão entre as notas das cordas de um violão!

A astrologia descreve uma lei de correspondência entre o mundo exterior visível e o mundo interior invisível da psique. A nova Física e os místicos sugerem que o motivo disso é o fato de eles serem, na verdade, um só.

No entanto, para fins de evolução, em termos de consciência, parece importante que continuemos a percebê-los como dois — exterior e interior, sujeito objeto.

 Em todo caso, ambos os pontos de vista — UM e DOIS — são igual mente válidos e necessários. A contribuição de Jung é muito significativa nesse aspecto: o mundo do ego (definido por ele como o centro da consciência) é o do Dois.

O ego tem de ser o que percebe o mundo do espaço/tempo e da matéria, do masculino/feminino, dos órgãos genitais aos níveis mais elevados da tensão dos opostos e dos mundos do paradoxo.

Se queremos encontrar o mundo do Self (definido por Jung como o centro e a totalidade da psique), então temos de vê-lo através do Terceiro Olho. (“Que teus olhos sejam um”, disse Jesus.)

 E o que veremos então é Unidade. Foi-nos dito repetidas vezes que o único meio de se conhecer a Deus é “conhecer a si mesmo”.

Deus, como disse Nicolau de Cusa, é aquele círculo cuja circunferência não está em parte alguma, e cujo centro está em toda parte.

Talvez, tivéssemos, se fôssemos capazes de abrir aquele grande Olho Interior, o privilégio de ver “o reino do céu que se espalha pela Terra, mas que os homens não vêem”, como afirmou o Evangelho Segundo Tomé.

O Self tem de viver no lugar santo chamado temenos, e no tempo chamado por Jung illud tempus ou “Era uma vez”, que são o lugar e o tempo da sincronicidade.

Se todos temos um Self que vive e está bem, no Inconsciente nada há a obter. Temos tudo, como nos dizem os sábios. E apenas um maldito inconveniente o fato de o ego não saber disso! Por isso, temos de continuar lutando da melhor forma possível, tornando as coisas cada vez mais difíceis para nós.

A fascinante tarefa que temos à frente, na Nova Era de Aquário, descobrir Deus, não “exteriormente”, mas na verdadeira morada do Espírito o reino do céu da psique.

 Jesus até disse aos seus discípulos: “Sois deuses’ e nos disse que buscássemos primeiro o reino dos céus, e que tudo o mal nos seria acrescentado. Talvez pudéssemos parafrasear isso, falando, em termos psicológicos, de buscar primeiro o Self na psique, colhendo depois a dádivas do sentido.

Aqui, evidentemente, temos de lembrar que, para Jung, o Self equivale ao Cristo Interior, ao Atman, ou, talvez, àquilo qu alguns denominam Ser Transpessoal.

 Em todo caso, trata-se de um conceito espiritual, e não de um conceito egoísta ou totalmente pessoal. Acho essas definições muito arriscadas e enganosas; elas estão quase sempre sujeitas a falsa interpretação, isso é o motivo de um hieróglifo ou símbolo ser muito mais seguro e compreendido com mais propriedade. O símbolo do Deus Manifesto em nós é o do  círculo com um ponto no centro.

Esse é também o símbolo do Sol e do metal ouro, como você mais tarde descobrirá.

Concluindo: essa idéia básica dos dois modos de percepção, o Um e o Dois, não é necessariamente uma abordagem dualista ou maniqueísta.

Ela apenas implica que Tudo é Um, mas que o Um necessita do Dois com o objetivo de formar e dar suporte à manifestação, e que, quando os opostos se encontram, surge um Terceiro.

 Heresia maniqueísta era a idéia de que havia apenas duas forças opostas, a do bem e a do mal, a da luz e a da treva no mundo exterior sem nenhuma ênfase no Um (interpretação equívoca da parte dos cristãos, de acordo com o erudito Henri Corbin).

Você pode notar que esses profundos conceitos metafísicos fundamentam multas religiões orientais. Eles foram interpretados de modo tão lamentável no passado porque os cristãos consideravam os deuses orientais, bem como as deidades gregas e celtas, literalmente.

Os cristãos não viam que os deuses eram personificações dos processos universais que emanam do Um. Por exemplo, Brahma é o Fundamento do Ser ou Deus Não-Manifesto que, ao se manifestar, se torna Brahma o Criador, Vishnu o Preservador, e Shiva o Destruidor.

 O ar que respiramos é criador, a circulação de oxigênio no sangue conserva a vida e, quando exalamos, morremos um pouco, só para renascermos na Inspiração seguinte. No nascimento, assumimos um corpo; na vida, preservamos esse corpo e, na morte, nós o deixamos para trás.

Cortou-me o coração entrar nas cavernas de Elephanta, perto de Bombaim, e ver as esculturas serenas, majestosas e tão dignas desses deuses, feitas em pedaços por Invasores cristãos ignorantes, embora bem-intencionados.

Essa iconoclastia ainda espreita em toda parte, e o diabo é o literalismo. Quando tomamos as coisas literalmente, aniquilamos o poder dos símbolos de nos fazer percorrer os vários níveis do entendimento.

 As vezes, eu lhe escrevo com um verdadeiro sentimento de premência. E muito grande a necessidade de tolerância e de respeito para com visões diferentes. Nunca me esquecerei de ter ouvido Joseph Campbell observar que é errado supor que todas as guerras são travadas por razões econômicas.

Elas são travadas, disse ele, por causa de divergências em termos de mitologias e de visões de mundo. A menos que vejamos os processos que unificam essas mitologias e visões de mundo no nível mais profundo, continuaremos a achar defeitos e a projetar mutuamente as nossas sombras coletivas, como temos feito há milhares de anos. Isso torna profundamente significativo o estudo de uma linguagem simbólica. A dedicação a ele poderia nos levar a uma nova compreensão e à paz.
Por ora é só; com amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário